O projeto “Hydropolis” foi projetado pelas estudantes MArgauxLeycuras, Marion Ottmann e Anne-HinaMallette, da escola de arquitetura de Nantes, e ganhou recentemente um dos prêmios do concurso organizado pela Fundação Jacques Rougerie. “Hydropolis” é uma cidade aquática localizada no Vale do Nilo, Egito, que pretende explorar a seu favor o fenômeno do aumento do nível das águas ao invés de sofrer as consequências e reagir posteriormente.
Mais imagens e a descrição do projeto dada pela equipe de projeto, a seguir.
Pesquisadores da Universidad de Jaén, na Espanha, estão desenvolvendo um protótipo de tijolo composto por uma mistura de argila com resíduos de celulose. O resultado é um bloco resistente, de baixa condutividade térmica, com qualidades isolantes, econômico e de baixo impacto ao meio ambiente.
A indústria papeleira gera toneladas de resíduos todos os anos - em 1991, 27% dos resíduos tóxicos e perigosos na Espanha procediam desse ramo industrial, hoje em dia este número aumentou - é por isso que os pesquisadores investigam a possibilidade de unir ao material cerâmico os resíduos da celulose que provem das fábricas de papel - reciclado, neste caso - assim como os resíduos líquidos procedentes da depuração de suas águas residuais e gerar, desta forma, uma solução estrutural que é ao mesmo tempo econômica e ambientalmente correta.
Algumas semanas atrás, Michael Kimmelman do The New York Times abordou um problema comum à arquitetura e ao urbanismo. Diz-se assim: Era uma vez na década de 1990 a cidade de Medellín, na Colômbia, conhecida como "a capital mundial dos homicídios". Então, através dum planejamento urbano os bairros mais pobres foram conectados a cidade. Com esta medida, os índices de criminalidade despencaram e contra todas as probabilidades, a cidade se transformou.
Cynthia Davidson: O que “sustentável” significa pra você, especialmente com respeito ao seu trabalho?
Glenn Murcutt: É manter ou seguir levando; continuar. Coisas vivas podem ser sustentáveis se permitidas crescerem em equilíbrio com outros organismos e não consumirem em índices maiores do que é sustentável, como normalmente fazemos quando fazemos super-colheitas ou intoxicamos a terra. Nós não nos planejamos adequadamente para o futuro. Os povos aborígenes australianos têm a cultura mais longa e contínua registrada no planeta. Eles sobreviveram por ao menos 40.000 anos –não através de competição, mas sim através de cooperação; trabalharam com a terra e não contra ela. Os povos aborígenes tradicionais têm vivido e trabalhado de maneira muito sustentável.
O Grupo de Tecnologia de Estruturas da Universidade Politécnica da Catalunha desenvolveu uma espécie de concreto que tem a capacidade de fazer crescer naturalmente organismos vegetais.
Nesta semana, apresentamos uma publicação que é uma compilação de projetos urbanos de diferentes partes do mundo que têm sido parte de processos de reconversão de áreas que estavam abandonadas e que graças à gestão das autoridades, se posicionaram como lugares de encontro e entretenimento. Por exemplo, no espaço residual entre as linhas do trem que une Queens a Manhattan, em Nova York, se criou uma praça pública com jardins e áreas de descanso. Outro caso exposto é o que se desenvolveu no parque Cantinho do Céu em São Paulo, Brasil, onde se construiu uma rede de esgotos que evitou que as vias de circulação para ciclistas e pedestres fossem inundadas. Isto é só um resumo dos 82 casos presentes no livro, cada um classificado em um processo “RE” particular – seja de regeneração de territórios, reutilização de edifícios ou reciclagem de materiais – que altera a análise e discurso linear tradicional dos projetos de arquitetura urbana.