No início deste ano a New Cities Foundation promoveu o concurso AppMyCity!, que buscava premiar e reconhecer os aplicativos que melhorem, de alguma forma, a relação dos cidadãos com o desenvolvimento e construção de suas cidades.
Após analisar mais de 50 aplicativos, o júri anunciou os 9 semifinalistas e, algumas semanas mais tarde, os três aplicativos finalistas: Djump, Peerby e Social Cyclist, que se apresentaram na conferência New Cities Summit 2014 (17 e 19 de junho em Dallas, EUA). O júri, composto por 10 representantes de organizações culturais, meios de comunicação, tecnologia e desenho, escolheu como vencedor o aplicativo holandês Peerby, cujos desenvolvedores receberam o prêmio de US$5.000.
Sensores nas calçadas que reconhecem a presença de pedestres e informam os semáforos; sistemas que identificam a presença e o movimento das pessoas e enviam um alerta aos motoristas; e dispositivos que permitem que os automóveis “se comuniquem” entre si, alertando sobre os pedestres que estão nas redondezas. Estes são alguns dos sistemas que começaram a ser desenvolvidos para melhorar a segurança nas ruas.
Andrew Carnegie uma vez disse, “Tenha grandes objetivos.” Ele seguiu seu próprio conselho. O poderoso magnata da indústria do ferro do século XIX teve a visão de construir uma ponte por sobre o Rio Mississippi, uma obra de quase dois quilômetros. Em 1874, o elemento estrutural primário era o ferro - o aço apenas engr. As pessoas tinham receio de aço, tinham até medo dele. Era uma liga metálica não comprovada.
No entanto, após a conclusão da Eads Bridge em St. Louis, Andrew Carnegie gerou um golpe publicitário para provar que o aço era de fato um material de construção viável. A superstição popular do dia declarou que um elefante não iria atravessar uma ponte instável. No dia de abertura, um Carnegie confiante, o povo de St. Louis e um elefante de quatro toneladas começaram a cruzar a ponte. O elefante foi recebido no outro lado com pomposo estardalhaço. O que se seguiu foi o maior boom de construção vertical na história americana, com Chicago e Nova York como pioneiros. Isso é certo: você pode agradecer um elefante viciado-em-adrenalina por mudar a opinião americana sobre a segurança da construção em aço.
Então se o aço substituiu o ferro - assim como o ferro substituiu o bronze, e o bronze o cobre - o que iria substituir o aço? Fibra de Carbono.
Este artigo, escrito por Carlo Ratti, apareceu originalmente no The European intitulado "The Sense-able City". Ratti fala das forças motrizes por trás do movimento Cidades Inteligentes e explica por que pode ser melhor focar na adaptação de cidades já existentes com as novas tecnologias ao invés de construir novas.
Qual era espaço vazio apenas alguns anos atrás agora está se tornando New Songdo na Coréia, Masdar, nos Emirados Árabes Unidos ou PlanIT em Portugal - novas "cidades inteligentes", construídas a partir do zero, estão brotando por todo o planeta e os atores tradicionais, como governos, urbanistas e promotores imobiliários, estão, pela primeira vez, trabalhando ao lado de grandes empresas de Tecnologia e Informação - como a IBM, Cisco e Microsoft.
As cidades resultantes são baseadas na idéia de se tornar "laboratórios vivos" para novas tecnologias em escala urbana, diluir a fronteira entre bits e átomos, habitação e telemetria. Se o arquiteto francês do século 20 Le Corbusier avançou no conceito da casa como uma "máquina de morar", estas cidades poderiam ser imaginadas como microchips habitáveis, ou "computadores ao ar livre".
Leia para saber mais sobre a ascensão das Cidades Inteligentes.
Diversas vezes enfrentamos o projeto de espaços externos onde a vegetação deve ser a protagonista. Neste tipo de projeto o uso correto de espécies vegetais é fundamental para determinar as cores, odores, texturas e graus de fechamento e intimidade que necessitamos para nossa proposta. O conhecimento destes elementos é necessário tanto para projetos pequenos, como jardins e terraços, quanto para propostas maiores, como avenidas, praças e parques. No entanto, apesar do desenho destes espaços serem parte importante de nossa tarefa profissional, muitas vezes não temos o conhecimento nem as ferramentas para abordá-lo da melhor forma possível.
Então, como saber se uma espécie é adequada para um determinado contexto climático? Como saber a quantidade de luz que necessita? Quais são suas dimensões, suas cores? Para responder a estas perguntas, apresentamos uma ferramenta que pode ser útil no momento de projetar espaços abertos com vegetação.
Situado na rua 130 com a Park Avenue no East Harlem, Eidos é uma comunidade prototípica auto-suficiente livre de arquitetura baseada em algum momento do futuro próximo. O projeto consiste em fazer a gestão da diferença e o desejo dentro de uma condição espacial coletiva. As tecnologias de fabricação aditiva (7 eixos robô - impressoras 3D) são empregadas com os meios técnicos através dos quais os habitantes expressam e manifestam fisicamente seus lares desejados.
Johnny Lee, líder de projeto na Advanced Technology and Projects da Google, quer que nossos aparelhos celulares experienciem o mundo como assim como nós o fazemos: "somos seres físicos que vivem em um mundo 3D, ainda que os dispositivos móveis de hoje assumam que o mundo físico acaba nos limites da tela", diz ele - é por isso que sua equipe está trabalhando no Project Tango, um dispositivo que utiliza sensores de movimento e profundidade para construir um modelo 3D do espaço que nos circunda.
Neste artigo, originalmente publicado por Arup Connect como "Anthony Townsend on Smart Cities", Townsend discute seu livro "Smart Cities: Big Data, Civic Hackers, and the Quest for a New Utopia" e explica como, na sua visão, o impulso em direção às cidades inteligentes esta sendo liderado pelas pessoas erradas - ou seja, empresas de tecnologia com objetivos de curto prazo. Os arquitetos, planejadores e cientistas que deveriam estar liderando esta mudança, entretanto, geralmente encontram dificuldades para compartilhar seu conhecimento.
Seu livro argumenta que há uma necessidade de ações de base ao invés de implementação de cidades inteligentes de cima para baixo liderada por empresas. Como você vê arquitetos e engenheiros se encaixando neste quadro?
Arquitetos e engenheiros em geral devem atender os interesses de seus clientes. Há um equilíbrio que deve ser atingido, quase de projeto em projeto, sobre o quanto podem dizer de uma peça de tecnologia relacionada ao modelo de negócios para o projeto, ou até uma estratégia de placemaking, tem consequências não intencionais, ou que pode haver uma abordagem mais democrática ou inovadora.
Muito da visão de cidades inteligente foi formada por engenheiros de TI e profissionais de marketing. O problema não é só o fato de ser uma visão relativamente ingênua sendo forçada por empresas com objetivos de venda em curto prazo. É que simplesmente não compreende a complexidade do urbanismo de qualidade, e o papel que comunicação e informação têm na criação de bons lugares em que as pessoas gostariam de comprar, trabalhar, morar.
Leia mais sobre os desafios das cidades inteligentes a seguir
A Adobe lançou uma importante atualização para o Photoshop CC (Creative Cloud) com a intensão de que um "processo de impressão 3D simplificado" transforme o programa na "ferramenta favorita de qualquer pessoa que queira imprimir um modelo 3D." O nova ferramenta do sofware permite que designers criem um modelo a partir de um croqui, ou refinem um desenho preexistente a ponto de poder imprimi-lo em uma impressora 3D. Sabendo que os problemas mais comuns em impressão 3D são erros humanos de modelagem virtual, o Photoshop inclui uma ferramenta de reparos automáticos de modelo.
Este vídeo de dois minutos produzido por Andrew Heumann, do escritório NBBJ, destaca uma característica valiosa do projeto paramétrico; através do qual o arquiteto pode otimizar a forma e orientação de um edifício, analisando diversas possibilidades de visuais segundo as necessidades dos clientes.
Em um mundo onde as pessoas se deslocam cada vez mais, as cidades estão passando por um problema que não estava previsto: seus cidadãos estão se mudando para outros lugares. Quando as ofertas de emprego e os recursos começaram a ficar escassos, algumas cidades modernas, como Detroit por exemplo, sofreram severas dificuldades e, frequentemente, processos de esvaziamento e contração urbana. Em contrate a isto, a "Very Large Structure" de Manuel Dominguez, resultado de sua tese na ETSA em Madri, propõe uma cidade nômade que pode se mover sobre esteiras (semelhantes as de tratores) em direção a locais onde trabalho e recursos sejam abundantes.
Esta certamente não é a primeira vez que a ideia de uma cidade nômade é proposta. A Walking Cityde Ron Herron é um dos projetos mais conhecidos do Archigram e tem influenciado a teoria da arquitetura desde então. Entretanto, o projeto da "Very Large Structure" vai além na ideia de cidade móvel ao incluir sólidas propostas para geração de energia a bordo da cidade.
Continue lendo para saber mais sobre este provocativo projeto - incluindo suas pranchas de apresentação e uma série de imagens.
Desde o início da era moderna, sempre houve uma forte relação entre a arquitetura e o carro, especialmente na obra de Le Corbusier.
Le Corbusier era fascinado por seu carro (o Voisin C7 Lumineuse); a estética desta máquina funcional produzida em massa influenciou profundamente seus projetos. A ênfase na função é traduzida através da ideia de que casas devem ser "máquinas de morar" e inspirou uma série de experiências de casas prefabricadas produzidas em massa (como a Maison Citrohan). A maior parte destes conceitos foram posteriormente materializados através da icônica Villa Savoye, cuja planta térrea fora concebida para acomodar o raio de giro de um carro.
Inicia hoje, 23 de julho, a 14ª edição do FILE - Festival Internacional de Linguagem Eletrônica em São Paulo, que acontecerá até 01 de setembro. A programação ocupará quatro espaços do Centro Cultural FIESP, na Avenida Paulista, e contará com uma grande variedade de obras: instalações interativas, animações, aplicativos para tablet, games, machinimas, performance, experiências sonoras, net e videoarte; representando conexões entre a arte e a tecnologia.
Na primeira semana do festival, o público poderá participar de workshops, palestras e mesas-redondas com pesquisadores e artistas brasileiros e estrangeiros. A participação em todas as atividades é gratuita.
Projetores de vídeo a preços acessíveis abriram o caminho para uma jovem e impressionante forma de arte: vídeo-mapeamento 3D, um modo de projeção que usa a própria arquitetura como tela. Artistas e pesquisadores iniciaram o movimento, desenvolvendo uma nova linguagem visual para interpretar a arquitetura. Mais tarde, a publicidade adotou essa técnica para promoção de marcas, com projeções em larga escala em arranha céus; ativistas políticos também iniciaram diálogos, transformando intervenções efêmeras em interessantes formas de destacar e abordar problemáticas de desenho urbano.
Mais sobre como artistas e outros grupos desenvolveram essa linguagem visual para narrativas urbanas na continuação.
Nesta terça feira, 10 de dezembro, o laboratório TransvençãoLAB, de Porto Alegre - RS, receberá o grupo Poaxpatial para o encontro “Mapeamento Colaborativo e Cultura da Participação e o Espaço Urbano”, que debaterá os usos destas ferramentas e possibilidades de mapeamento na compreensão do nosso ambiente construído – a cidade.
Estão convidados todos os profissionais que pensam a cidade, pessoas que imaginam o espaço urbano e todos os interessados em repensar o ambiente em que vivemos.
A fabricante de elevadores finlandesa KONE revelou uma nova tecnologia de içamento que permitirá aos elevadores se deslocar o dobro da distância máxima atual. Este novo desenvolvimento significa, por exemplo, que o Burj Khalifa não continuará sendo o edifício mais alto do mundo por muito mais tempo. O Burj, que se eleva a uma altura de 828 metros, apresenta uma distância máxima percorrida por seus elevadores de 504 metros. A KONE promete dobrar este número.
The Mapdwell Projecté um grupo colaborativo de pesquisadores, acadêmicos e profissionais do MIT oriundos de diversos campos - design, tecnologia de edificações, engenharia, ciências ambientais, economia e ciência da computação - que busca desenvolver uma fonte comunitária de informações precisas voltadas à pesquisa sobre práticas sustentáveis. O Sustainable Design Lab do MIT atuou em colaboração com o estúdio de design MoDE (Modern Development Studio), que elaborou a interface online. O objetivo fundamental do Mapdwell é fornecer uma ferramenta que permita que comunidades tomem decisões embasadas quanto à incorporação de práticas sustentáveis em seus cotidianos através de conscientização e acesso a informações sobre eficiência energética e desenvolvimento inteligente.
Mais informações sobre a ferramenta a seguir.
No início de maio, Mapdwell revelou seu primeiro protótipo de "Solar System" - uma plataforma informática de mapeamento. O trunfo da Solar System é a quantidade de dados reunidos, acessíveis através da interface convidativa. O Solar System gera as informações necessárias para a instalação de painéis fotovoltáicos, comparando simultaneamenteos efeitos ambientais obtidos. Permite que os cidadãos definam inclinação, formato e orientação das águas dos telhados; simula a radiação solar com base em dados climáticos históricos; considera obstruções físicas como vegetação e construções vizinhas; computa a geração potencial de energia solar; apresenta programas de incentivo e taxas especiais a nível nacional, estadual e local; e apresenta dados precisos e imparciais.. Os cidadãos podem acessá-las para qualquer edifício em uma cidade, embasando as escolhas da comunidade em relação ao desenvolvimento sustentável.
Apesar da Mapdwell insistir que os proprietários executem uma análise in loco dos edifícios para definir a melhor implantação de painéis e seu porte, a Solar System deve chegar a estimativas muito precisas. Para criar o mapa, a Mapdwell combina imagens aéreas da área com LiDAR (Detecção e Espectro de Luz, na sigla em inglês) para criar um mapeamento topográfico. São determinados, assim, ângulos das coberturas e anteparos físicos que afetam a intensidade de sol em uma área determinada.
Meagan Durlak e James Frankis, ambos estudantes de Design Transdisciplinar na Parsons New School for Design, desenvolveram uma ferramenta móvel de mapeamento que revela a verdadeira dinâmica existente nas comunidades informais e favelas.
O sistema, conhecido como Mark, está sendo testado na favela de Heliópolis, em São Paulo. Após a fase de testes, a dupla espera que seja possível adaptar a ferramenta a outros assentamentos informais ao redor do mundo. O aplicativo se baseia em SMS e foi concebido não apenas para fornecer informações sobre os assentamentos a organizações externas, mas também para servir de plataforma aos próprios habitantes, que se tornam cartógrafos de seu próprio ambiente cotidiano.