No mês passado, a capital mexicana aprovou a Lei de Mobilidade (LM) que, além de suplantar responsabilidades entre instituições e promover alterações técnicas, deu um passo em direção a um novo foco da normativa urbana.
Desta forma, passou-se de uma normativa que estava centrada no transporte e estradas para uma lei que se sustenta na mobilidade e que a reconhece como um direito fundamental dos cidadãos.
Até o momento a Ponte de Öresund, uma das maiores da Europa com mais de 7.800 metros de extensão, que conecta Copenhague (Dinamarca) e Malmö (Suécia), permite, em seus dois níveis, apenas o tráfego de carros, caminhões e trens em dois níveis.
Recentemente, entretanto, a Dinamarca propôs um plano de conexão via bicicletas entre estas duas cidades, reconhecidas entre as mais bem preparadas para o ciclismo urbano segundo o Ranking Copenhagenize 2013. A ideia consiste em criar uma “estrada” ou ciclovia sobre a ponte que une os dois países, ampliando consideravelmente suas infraestruturas cicloviárias e conformando uma região metropolitana internacional que engloba quatro milhões de habitantes.
Há algumas semanas, os limites e alguns elementos de sinalização ao longo de 500 metros da rodovia N329, na cidade de Oss, Holanda, começaram a emitir luz proveniente da energia solar que absorvem durante o dia. Esse novo sistema permite que estes elementos horizontais e verticais liberem energia até oito horas após o sol se pôr.
A proposta foi concebida pelo artista Daan Roosegaarde e desenvolvida pela empresa de engenharia Heijmans. Após a divulgação do projeto a ideia ganhou o Dutch Design Awards 2012, sendo considerada a primeira rodovia solar do mundo.
Veja algumas fotos e um vídeo do projeto, a seguir.
Uma das características dos espaços públicos bem projetados é que as pessoas querem visitá-los e gostam de permanecer neles. Para que isto ocorra há vários fatores envolvidos, como a influência exercida pela arquitetura, os edifícios históricos e os monumentos, as atividades que existem no lugar, a facilidade de acessá-lo, entre outros.
Em relação a este último ponto, não apenas os deslocamentos são importantes, mas também os acessos através das conexões oferecidas pelo transporte público. Portanto, tem-se um equilíbrio entre desenho urbano e transporte planejado que influencia o caráter e causa um impacto social nos espaços públicos.
Conheça, a seguir, três espaços bem sucedidos nesse aspecto:
Oferecer um sistema de transporte público confiável e eficiente é a estratégia de muitas cidades para desestimular o uso dos automóveis particulares e, assim, evitar os danos ambientais e urbanos causados por estes.
Há alguns dias, Helsinki anunciou um ambicioso plano que visa integrar vários meios de transporte ao seu atual sistema público que, em teoria, funcionaria tão bem que os cidadãos não teriam mais razões para possuir um carro.
Saiba mais sobre este plano que pretende, até 2025, desestimular o transporte individual motorizado da capital finlandesa.
BiciMAD é o nome do sistema público de bicicletas elétricas recentemente inaugurado em Madri. O objetivo desse sistema é proporcionar um meio alternativo de transporte limpo para os cidadãos e fomentar o uso de bicicletas na cidade.
O sistema compreende 1.580 bicicletas distribuídas entre 123 estações localizadas no centro da cidade e nos bairros de Moncloa, Salamanca, Retiro, Pacífico e Arganzuela e funciona de forma ininterrupta (24 horas por dia, todos os dias da semana). As bicicletas têm autonomia de cerca de 70 quilômetros.
https://www.archdaily.com.br/br/624592/madri-inaugura-sistema-publico-de-bicicletas-eletricasEquipo Plataforma Arquitectura
Quando uma política promove o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, é comum que esta se justifique pela economia que o ciclismo urbano gera. Este é um tema muito importante quando se considera, por exemplo, que em média 16% dos orçamentos familiares nos Estados Unidos são gastos com o transporte, e ainda mais alarmante é a constatação de que esta cifra sobe para 55% nas famílias mais pobres.
Esse e outros temas são abordados no informativo “Pedaling to Prosperity”, elaborado pela Liga de Ciclistas Americanos em colaboração com outras organizações, que traz diversos dados sobre o aumento do uso da bicicleta como meio de transporte urbano, a porcentagem dos deslocamentos diários de bicicleta em todo o país (EUA) e o custo de manutenção de uma bicicleta em comparação com o de um automóvel.
Desde 2003, quando o centro de Londres começou a implementar as tarifas viárias, ou seja, desde que foi fixada uma taxa para transitar pelo centro da cidade, o número de automóveis diminuiu 30%, a qualidade do ar aumentou e foram gerados US$2 milhões, posteriormente aplicados em novas infraestruturas de transporte.
Neste vídeo, referente ao projeto Atlas Vivo de Chile, o gerente de operações do projeto Transporte Fluvial Sustentável de Valdivia, Mauricio Hodge, mostra as instalações e o funcionamento do primeiro conjunto construído flutuante autossustentável do mundo.
Esta é uma ideia do valdiviano Alex Wopper, cujo objetivo é implementar um sistema de transporte público no rio Calle-Calle que visa descongestionar a cidade e diminuir o tempo de deslocamento de seus habitantes.
https://www.archdaily.com.br/br/623302/video-transporte-publico-fluvial-em-valdiviaEquipo Plataforma Arquitectura
Os mapas de metrô devem ser fáceis de ler, memorizar e utilizar. O arquiteto sérvio-francês JugCerović desenvolveu sete regras que, segundo ele, ajudariam a conceber os mapas de metrô de qualquer cidade do mundo, de modo que as pessoas possam entendê-los como um sistema único, independente do país de origem.
Trinta mil metros quadrados livres para novos usos urbanos, um viaduto a menos e apenas uma via de automóveis para cada sentido. É isso que se vê desde o início de março na Avenida Sabino Arana, em Bilbao (Espanha), depois que as autoridades demoliram parte da estrada, que era uma das principais vias de acesso à cidade, para (futuramente) gerar espaços mais agradáveis e adequados à escala dos habitantes.
Embora ainda não esteja definido o destino do terreno onde antes estava o viaduto, a Prefeitura de Bilbao anunciou que promoverá consultas públicas com os cidadãos para discutir ideias sobre os usos do novo espaço urbano. Até o momento já foram apresentadas propostas para a construção de um bulevar e um parque infantil.
Este é mais um exemplo dos esforços empreendidos por algumas cidades para oferecer mais espaços seguros e de qualidade para pedestres e veículos não motorizados. A substituição de rodovias e outras infraestruturas voltadas para o transporte individual motorizado (frutos de políticas rodoviaristas) por espaços públicos agradáveis, seguros e pensados para a escala das pessoas é o tema tratado pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITD ) e pela Embarq na publicação "A Vida e Morte das Estradas Urbanas".
Em vista da extinção de cerca de 40 mil vagas de estacionamento na cidade de São Paulo, o prefeito Fernando Haddad afirmou, nesta última quarta-feira, que as vagas de automóveis não farão falta para a cidade e tampouco atrapalharão o transito da maior cidade do país.
A medida prevê que as milhares de vagas de estacionamento dêem lugar a construção de ciclovias e ciclofaixas, uma iniciativa que, segundo o prefeito, tirará São Paulo do século XIX e lhe garantirá um lugar no século XXI.
O teleférico urbano mais longo do mundo, redes de escadas rolante instaladas ao ar livre, um funicular que funciona como um metrô e um bonde suspenso que está em funcionamento desde 1903 são alguns dos exemplos que têm solucionado os problemas de mobilidade das pessoas em setores de difícil acesso, diminuindo o tempo de viagem e tornando os percursos mais atrativos.
Dos cinco casos que lhes apresentamos, dois são sul-americanos. Conheça-os a seguir.
No final de maio, o sistema de aluguel de bicicletas públicas de Nova York, o Citi Bike, completará um ano de funcionamento, período suficiente para realizar as primeiras avaliações em relação ao seu uso.
E isto foi o que fizeram três pesquisadores das universidades de Columbia e Nova Yorkbuscando saber se os ciclistas que mais usam o sistema tem um convênio casual (diário ou semanal) ou anual, os horários em que se alugam mais bicicletas e quais são alguns dos locais mais trafegados da cidade.
Nos deparamos com um artigo de The Atlantic Cities com uma interessante análise do porquê as cidades estadunidenses são mais dependentes do automóvel do que as europeias.
O artigo explica que entre os anos 1920 e 1960, as políticas adotadas a respeito do automóvel nos Estados Unidos serviram de modelo para grande parte da Europa ocidental. Mas no final de 1960, muitas cidades europeias começaram a reorientar suas políticas para frear o uso do automóvel promovendo o uso do transporte público, da bicicleta e de se locomover a pé.
Durante as últimas duas décadas, em um contexto onde as cidades dos EUA são muito dependentes do automóvel, com grande expansão dos seus subúrbios e um sistema de transporte cada vez mais insustentável, inverteu-se as posições e os planejadores desse país começaram a observar as políticas de transporte europeias.
Os números mostram a necessidade de uma mudança. Em 2010, os estadunidenses fizeram 85% de suas viagens diárias em automóvel, em comparação com a Europa, onde o automóvel é utilizado entre 50 e 65% das viagens diárias. As longas distâncias somente explicam em parte a diferença, porque a realidade é que nos Estados Unidos 70% das viagens de uma milha (aprox. 1.5 km) são feitas com automóvel, enquanto na Europa as viagens dessa mesma distância são feitas 70% a pé, em bicicleta ou em transporte público.
.A seguir, 4 razões de porquê os EUA é mais dependente do automóvel que a Europa. (publicaremos outras em breve)
https://www.archdaily.com.br/br/01-188995/9-razoes-do-porque-os-eua-sao-mais-dependentes-do-automovel-que-a-europa-parte-iEquipo Plataforma Arquitectura
Os arquitetos e urbanistas devem estar atentos aos avanços que a tecnologia pode oferecer aos arranjos urbanos. Pensando nisso, o XX Congresso Brasileiro de Arquitetos (XX CBA) traz a mesa “Sistemas de Transporte e Gestão Urbana”, onde três especialistas vão apontar instrumentos capazes de melhorar a fluidez e controle dos fluxos urbanos.
A mesa acontece no dia 25 de abril, a partir das 16h45, na sala 7 do Centro de Eventos do Ceará. Para participar do Congresso, as inscrições com descontos especiais para estudantes, sócios do IAB e grupos organizados, vão até o dia 11 de abril.
Em 2011 Hamburgo foi nomeada a Capital Verde da Europa pela Comissão Europeia. Esta indicação, refeita todos os anos, reconhece as cidades que desenvolvem planos para melhorar a qualidade de vida de seus habitantes e cuidar do meio ambiente. No caso, Hamburgo estabeleceu como meta reduzir suas emissões de CO2 em 40% até 2020 e em 80% até 2050.
Como parte da nomeação, a cidade lançou um conjunto de planos, chamado “Trem de Ideias”, que busca melhorar os problemas que afetam seus cidadãos. Dois dos projetos mais emblemáticos são o plano para eliminar o uso de automóveis nos próximos 20 anos e a construção de uma cobertura verde sobre a rodovia A7 que formaria um parque urbano.