De fato, diante das mudanças climáticas, parece bem razoável voltarmos a valorizar nas construções aspectos como ventilação e iluminação naturais, por exemplo, tal qual se fazia no passado — e, com isto, reduzir o consumo de energia e a produção de gases de efeito estufa.
https://www.archdaily.com.br/br/1004818/urbanismo-sustentavel-de-volta-para-o-futuroVitor Meira França
Conforme exploramos práticas sociais que desafiam o modelo hegemônico na arquitetura, passamos a reconhecer a importância de abordar questões relacionadas à identidade, gênero, raça e orientação sexual no âmbito da prática espacial. Ao considerar essas dimensões, nosso objetivo é destacar como o ambiente construído pode promover novas maneiras de visualizar a sociedade e moldar o relacionamento que tecemos com o mundo ao nosso redor. Em busca de vozes que apresentem novas perspectivas, selecionamos uma bibliografia que demonstra as pesquisas e experiências de indivíduos que desafiam as normas ditadas por uma abordagem universalizante. Uma bibliografia de 20 livros internacionais que oferece diversas narrativas que nos convidam a perceber, imaginar e vivenciar o espaço por meio de uma lente LGBTQIA+.
Intervenção urbana no entorno da escola Anne Frank, em Belo Horizonte. Foto: Rafael Tavares / Octopus Filmes
O urbanismo tático é um tipo de intervenção no espaço urbano que vem ganhando destaque e levantando discussões em diversos locais nos últimos tempos. Ele parte da ideia de que ações civis de baixo custo e de pequena escala podem ter um impacto significativo no ambiente urbano, melhorando suas dinâmicas e o cotidiano das pessoas. No entanto, de uma intervenção pontual, temporária ou de escala reduzida, a partir de sua aceitação e reconhecimento, muitas dessas iniciativas extrapolaram suas pretensões iniciais e se transformaram em disparadoras de processos urbanos mais amplos, desencadeando novas atuações que envolvem outros atores, esferas e até o próprio poder público.
Em busca de rotas escolares com mais acessibilidade e ações que incluem as crianças na mobilidade urbana, o coletivo Cidade Ativa, em parceria com a IDOM, desenhou um plano de ação baseado no diagnóstico de dois casos da cidade de São Paulo. Disponível gratuitamente e online, o material serve como inspiração para outras cidades que pretendem tornar o espaço urbano mais seguro e acessível.
https://www.archdaily.com.br/br/1003811/rotas-escolares-seguras-e-acessiveis-para-as-criancas-um-plano-de-acaoArchDaily Team
A SEMANAU - SEMANA DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UFERSA é um evento realizado pelo curso de Arquitetura e Urbanismo do Semiárido, pertencente a UFERSA - Campus Pau dos Ferros. Ao longo das suas quatro edições o seu objetivo principal vem sendo aproximar os discentes da Universidade Pública do interior rural com profissionais, estudantes e pesquisadores da área de atuação (Arquitetos e Urbanistas) ou relacionadas a ela.
Estabelecendo conexões entre os discentes com o âmbito profissional e a identidade regional, através da troca de experiência por meio de discussões, atividades e vivências; pode-se exemplificar e aproximar da realidade do mercado
São Paulo, 2023 – Estão abertas as inscrições para o curso Gestão da Mobilidade Urbana – Uma via para cidades inteligentes e sustentáveis, do Laboratório Arq.Futuro de Cidades do Insper, que será realizado no decorrer do mês de agosto e início de setembro. As oito aulas pretendem aprofundar o conhecimento nas dinâmicas da mobilidade urbana, tema central nas discussões de políticas que possam garantir uma melhor qualidade de vida para os habitantes. As alternativas de deslocamentos se refletem na experiência urbana de cada um – possibilitando, dificultando ou até mesmo inibindo o acesso e o direito à cidade.
A falta de água potável e saneamento adequado é uma problemática que ainda afeta milhões de pessoas em todo o mundo e, mesmo no século XXI, uma grande parcela da população ainda carece de pleno acesso a tais recursos básicos. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) apontam que cerca de 3 em cada 10 pessoas, o equivalente a 2,1 bilhões de pessoas em todo o mundo, não possuem acesso à água potável em casa, e cerca de 60% da população global, não tem acesso a sistemas de saneamento adequados e geridos de forma segura, mesmo os que residem em áreas urbanizadas.
Por mais que eu seja crítico ao impacto dos shopping centers na vida urbana paulistana, ainda não consigo evitá-los completamente. Seja porque tenho pouco tempo, mas preciso passar no supermercado e também comprar um presente de aniversário; seja porque o filme que quero ver só está sendo exibido naquele horário e naquele shopping; seja porque meus filhos adoram o espaço de brincar no terraço do Shopping Pátio Higienópolis e, como preciso mesmo comprar um tênis novo, acabamos indo lá.
https://www.archdaily.com.br/br/1003394/quanta-gente-quanta-alegria-o-papel-dos-shopping-centers-na-vida-urbanaVitor Meira França
Gênova, Itália. Criado por @dailyoverview. Fonte da imagem: @maxartechnologies
A instalação de portos marítimos comerciais em diversos locais ao redor do mundo, sobretudo no início do processo que hoje chamamos de globalização, foi um fator preponderante e estruturador para a fundação de inúmeras cidades. Assim, abordar a relação entre certas cidades e seus portos é também discutir sobre sua própria história, conformação e desenvolvimento ao longo do tempo, uma vez que essas áreas desempenharam um papel fundamental para o crescimento do comércio, da economia e, inevitavelmente, da própria vida urbana, fazendo dessas cidades centros vitais e estratégicos de intercâmbio cultural, comercial e social.
No Brasil, mais de 80% da população vive em ambientes urbanos e o modo de locomoção principal nas cidades é o caminhar, que representa 39% dos deslocamentos diários, segundo a ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos). Se considerarmos que os deslocamentos por transporte público terminam e começam a pé, o caminhar está presente em cerca de 67% dos deslocamentos diários. Já sendo a mobilidade à pé a realidade dos brasileiros, o que falta? Melhorar as estruturas das cidades para que elas sejam mais “caminháveis”.
Bairro Jardim Paulistano. Foto de Alexandre Giesbrechtm, via Flickr. Licença CC BY-SA 2.0
Diante da crise climática, ruas arborizadas, que já eram algo desejável, tornaram-se um atributo imprescindível para a qualidade de vida em São Paulo. O adensamento populacional no centro expandido, rico em infraestrutura, por sua vez, parece ser o caminho mais eficiente para o crescimento da capital. Será, contudo, que os dois objetivos são conflitantes, que adensamento populacional está correlacionado a mais concreto e menos árvores?
A requalificação de orlas marítimas e fluviais é um elemento importante para a transformação de muitas áreas urbanas, podendo proporcionar uma série de benefícios significativos para as cidades e seus habitantes. A presença da água, seja na forma de rios, lagos ou mares, historicamente desempenhou um papel fundamental para a formação e desenvolvimento de muitas cidades, relacionando-se intimamente com suas dinâmicas. Essa relação modificou-se e apresentou-se de maneiras distintas ao longo do tempo e muitas vezes esses espaços foram negligenciados de inúmeras formas, sobretudo por determinado tipo de planejamento urbano que desconsiderou suas potencialidades em detrimento de outros imperativos, como o transporte rodoviário e a implantação de equipamentos industriais.
A aquisição de imóveis através de criptomoedas, como o Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB), já é uma realidade em muitos países como os Estados Unidos, a Inglaterra e o Brasil. Com a ascensão desse mercado e a maior aceitação desses ativos como uma forma legítima de pagamento, investidores e compradores estão explorando novas possibilidades de transação com as criptomoedas, o que, nos anos recentes, vem incluindo o setor imobiliário entre as negociações.
Perspectiva do projeto para o córrego Morro Vermelho, afluente do Lageado. Fonte: desenho da autora
Rios urbanos, nas suas diferentes escalas, podem ser eixos estruturadores de uma urbanização com qualidade ambiental urbana. O objeto deste artigo, que se baseia em conceitos desenvolvidos pelo Grupo Metrópole Fluvial, é a Bacia Hidrográfica do córrego Lageado, situada no extremo leste do município de São Paulo e parte do município de Ferraz de Vasconcelos. O Tietê, rio para onde confluem as águas dessa bacia, o Lageado e seus afluentes estabelecem três escalas de rios e de urbanização, que comportam programas distintos relacionados aos usos da água: da navegação e energia, no âmbito regional, ao parque fluvial do bairro, passando pelo abastecimento, drenagem, energia e irrigação.
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Inscrições para bolsas Jaime Lerner até o final de junho
O Instituto de Arquitetura Avançada da Catalunha lança a segunda edição das Bolsas Jaime Lerner. Este ano, a Bolsa é oferecida para que profissionais de todos os países da América Latina possam cursar o nosso Mestrado Online em Cidades: O Urbanismo Próximo no ano letivo 2023/2024. Reforçamos, assim, nosso compromisso em apoiar jovens arquitetos locais em seu esforço em se especializar para contribuir efetivamente para cidades melhores em seus respectivos países.
Nesta segunda edição, a Bolsa Jaime Lerner oferecerá para estudantes Latino-americanos 1 Bolsa de 100% (cobrindo todos os custos do Mestrado), e para os finalistas com os melhores Portfólios serão
Adequações no desenho da Delfino Cintra, em Campinas, promovem comportamentos mais seguros. Foto: Bruno Batista/WRI Brasil
Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.
Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas.
https://www.archdaily.com.br/br/1001571/o-poder-de-transformacao-do-urbanismo-taticoReynaldo Neto e Paula Manoela dos Santos
No centro do Cairo, o Rio Nilo, um dos cursos d'água mais emblemáticos do mundo, moldou o destino da civilização por milhares de anos. Servindo como uma vibrante linha de vida, conectando bairros e fomentando um agitado centro de transporte, o Rio Nilo é um recurso natural essencial para o árido Egito. Ao longo da história do país, ele foi considerado fonte de vida e fertilidade em suas enchentes anuais, trazendo riqueza para as terras ao redor. Na edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Egito "NiLab" focou em explorar esta fonte de água e seus efeitos no ambiente construído.
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Pelourinho em Salvador. Foto de Kunze, via Visualhunt
O Pelourinho, localizado no Centro Histórico de Salvador, Bahia, é uma das imagens e cartões-postais mais conhecidos, divulgados e visitados da capital baiana. Possuindo um acervo colonial urbano e arquitetônico de grande importância cultural, recebeu o título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 1985. Com mais de quatro séculos de história, a região já abrigou as mais diversas atividades, funções e dinâmicas, e sua trajetória se imbrica à da própria cidade. Atualmente, é um dos principais pontos turísticos soteropolitanos e, além de seu próprio acervo colonial, concentra uma série de equipamentos do setor como hotéis, restaurantes e museus.