A instalação de portos marítimos comerciais em diversos locais ao redor do mundo, sobretudo no início do processo que hoje chamamos de globalização, foi um fator preponderante e estruturador para a fundação de inúmeras cidades. Assim, abordar a relação entre certas cidades e seus portos é também discutir sobre sua própria história, conformação e desenvolvimento ao longo do tempo, uma vez que essas áreas desempenharam um papel fundamental para o crescimento do comércio, da economia e, inevitavelmente, da própria vida urbana, fazendo dessas cidades centros vitais e estratégicos de intercâmbio cultural, comercial e social.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Prêmio reconhece projetos que transformam as cidades em “caminháveis”
No Brasil, mais de 80% da população vive em ambientes urbanos e o modo de locomoção principal nas cidades é o caminhar, que representa 39% dos deslocamentos diários, segundo a ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos). Se considerarmos que os deslocamentos por transporte público terminam e começam a pé, o caminhar está presente em cerca de 67% dos deslocamentos diários. Já sendo a mobilidade à pé a realidade dos brasileiros, o que falta? Melhorar as estruturas das cidades para que elas sejam mais “caminháveis”.
Quanto mais gente, menos árvores?
Diante da crise climática, ruas arborizadas, que já eram algo desejável, tornaram-se um atributo imprescindível para a qualidade de vida em São Paulo. O adensamento populacional no centro expandido, rico em infraestrutura, por sua vez, parece ser o caminho mais eficiente para o crescimento da capital. Será, contudo, que os dois objetivos são conflitantes, que adensamento populacional está correlacionado a mais concreto e menos árvores?
Requalificação de orlas marítimas e fluviais: projetos que repensam a relação da cidade com a água
A requalificação de orlas marítimas e fluviais é um elemento importante para a transformação de muitas áreas urbanas, podendo proporcionar uma série de benefícios significativos para as cidades e seus habitantes. A presença da água, seja na forma de rios, lagos ou mares, historicamente desempenhou um papel fundamental para a formação e desenvolvimento de muitas cidades, relacionando-se intimamente com suas dinâmicas. Essa relação modificou-se e apresentou-se de maneiras distintas ao longo do tempo e muitas vezes esses espaços foram negligenciados de inúmeras formas, sobretudo por determinado tipo de planejamento urbano que desconsiderou suas potencialidades em detrimento de outros imperativos, como o transporte rodoviário e a implantação de equipamentos industriais.
É possível usar criptomoedas para comprar a casa própria?
A aquisição de imóveis através de criptomoedas, como o Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB), já é uma realidade em muitos países como os Estados Unidos, a Inglaterra e o Brasil. Com a ascensão desse mercado e a maior aceitação desses ativos como uma forma legítima de pagamento, investidores e compradores estão explorando novas possibilidades de transação com as criptomoedas, o que, nos anos recentes, vem incluindo o setor imobiliário entre as negociações.
Uma metrópole fluvial: projeto para a Bacia Hidrográfica do Lageado em São Paulo
Rios urbanos, nas suas diferentes escalas, podem ser eixos estruturadores de uma urbanização com qualidade ambiental urbana. O objeto deste artigo, que se baseia em conceitos desenvolvidos pelo Grupo Metrópole Fluvial, é a Bacia Hidrográfica do córrego Lageado, situada no extremo leste do município de São Paulo e parte do município de Ferraz de Vasconcelos. O Tietê, rio para onde confluem as águas dessa bacia, o Lageado e seus afluentes estabelecem três escalas de rios e de urbanização, que comportam programas distintos relacionados aos usos da água: da navegação e energia, no âmbito regional, ao parque fluvial do bairro, passando pelo abastecimento, drenagem, energia e irrigação.
O poder de transformação do urbanismo tático
Pode ser um parklet, uma minipraça, uma pintura no asfalto para mudar o desenho de uma rua e readequar o uso de um espaço público. Cidades em diversas partes do mundo – incluindo o Brasil – estão partindo de intervenções temporárias para catalisar projetos de longo prazo que tornem as ruas mais seguras, criando espaços públicos inclusivos e de qualidade.
Tais iniciativas adotam a técnica chamada de urbanismo tático, que promove a reapropriação do espaço urbano por e para seus principais usuários: as pessoas. Esse movimento ganha força em um contexto de crise nas áreas urbanas, no qual os governos enfrentam dificuldades para entregar a uma população crescente serviços urbanos básicos, como habitação, transporte de qualidade e espaços livres adequados, que permitam a mobilidade ativa e segura das pessoas.
Como o rio Nilo moldou a arquitetura e a paisagem de Cairo, no Egito
No centro do Cairo, o Rio Nilo, um dos cursos d'água mais emblemáticos do mundo, moldou o destino da civilização por milhares de anos. Servindo como uma vibrante linha de vida, conectando bairros e fomentando um agitado centro de transporte, o Rio Nilo é um recurso natural essencial para o árido Egito. Ao longo da história do país, ele foi considerado fonte de vida e fertilidade em suas enchentes anuais, trazendo riqueza para as terras ao redor. Na edição deste ano da Bienal de Arquitetura de Veneza, o Pavilhão do Egito "NiLab" focou em explorar esta fonte de água e seus efeitos no ambiente construído.
O Pelourinho em Salvador: da arquitetura colonial ao Olodum
O Pelourinho, localizado no Centro Histórico de Salvador, Bahia, é uma das imagens e cartões-postais mais conhecidos, divulgados e visitados da capital baiana. Possuindo um acervo colonial urbano e arquitetônico de grande importância cultural, recebeu o título de Patrimônio Mundial da Humanidade pela UNESCO, em 1985. Com mais de quatro séculos de história, a região já abrigou as mais diversas atividades, funções e dinâmicas, e sua trajetória se imbrica à da própria cidade. Atualmente, é um dos principais pontos turísticos soteropolitanos e, além de seu próprio acervo colonial, concentra uma série de equipamentos do setor como hotéis, restaurantes e museus.
Estudo mostra que peso de edifícios está afundando Nova York
Pesquisadores da Escola de Oceanografia da Universidade de Rhode Island divulgaram um estudo no qual afirmam que a cidade de Nova Iorque está afundando por causa do peso das suas inúmeras e enormes construções. Os grandes edifícios da Big Apple, como a cidade é conhecida, estão aumentando os riscos de inundações por lá.
Além das inundações e do aumento do nível do mar provocado pelas mudanças climáticas, o risco para os moradores de Nova Iorque aumenta porque a cidade está afundando entre 1 e 2 milímetros por ano em média, com alguma áreas chegando ao dobro desta medida.
A vila flutuante de Ganvie: um modelo de urbanismo socioecológico
Localizada na parte sul da República do Benin, perto da cidade portuária de Cotonou, Ganvie é a maior vila flutuante da África. Situada no meio do Lago Nokoué, é caracterizada por casas coloridas sobre palafitas de madeira construídas ao redor de ilhas artificiais do século XVII.
Essa arquitetura única nasceu da história da tribo Tofinu, que a construiu como um refúgio contra o comércio de escravos. Foi mantida ao longo do tempo pelos seus sistemas socioecológicos aquaculturais comunitários e hoje se tornou uma atração turística do país. A vila foi reconhecida como patrimônio cultural mundial pela UNESCO em 1996, atraindo até 10.000 visitantes anualmente. No entanto, esse fluxo de turistas impactou os moradores e as práticas socioecológicas que sustentam esse ambiente aquático. A aquacultura tornou-se cada vez mais desafiadora de manter, pois a vila luta para sustentar sua base econômica. Além disso, as práticas tradicionais de construção foram substituídas por modernas, e a vila enfrenta desafios ambientais contínuos. No entanto, o estilo de vida único dos moradores em torno da água ainda pode oferecer muitas lições para o design de futuras cidades flutuantes.
Considerando uma cidade de 15 milhas por hora
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Quando a MUNI, rede municipal de trens de São Francisco, gastou muito dinheiro em um "metrô central" para Chinatown, eu fiquei receoso. Num sábado recente, porém, eu revivi o passeio pelas galerias que eu fazia antes da pandemia, pegando o trem de Berkeley para a cidade, caminhando para uma galeria perto da estação Embarcadero, depois pegando um bonde passando pelo estádio de beisebol até a estação CalTrain, onde troquei para outro bonde para ir às galerias e estúdios de artistas da Minnesota Street's Dogpatch.
Arranha-céus: a solução é crescer para cima com térreos amigáveis
Singapura, China, Dubai (Emirados Árabes Unidos), Londres (Inglaterra), Toronto (Canadá), Hong Kong, Nova York (EUA) e Paris (França) são exemplos de lugares que vêm se verticalizando mais intensamente nos últimos anos e adotando uma série de medidas para conter a expansão de seus territórios ao mesmo tempo em que buscam atender à demanda por mais moradias e infraestrutura. Nesse sentido, essas regiões têm visto crescer cada vez mais o número de arranha-céus ou prédios altos — como também são chamados — sendo construídos em seus bairros, inclusive em áreas centrais e históricas.
5 Mitos sobre a redução da velocidade do trânsito urbano
Cidades em todo o mundo podem salvar milhares de vidas todos os anos por meio de medidas bastante simples: a moderação do tráfego e a gestão das velocidades. Readequar os limites de velocidade veicular nas vias urbanas é uma das iniciativas destacadas pela ONU e a OMS para que países cumpram a meta de reduzir à metade as mortes e lesões graves no trânsito até 2030.
Conheça os vencedores do 5º Prêmio Design Tomie Ohtake
Na noite da última terça-feira, dia 16 de maio, durante a inauguração da exposição dos cinco projetos selecionados, foram revelados os dois premiados do 5º Prêmio Design Tomie Ohtake que receberam troféus e publicações do Instituto Tomie Ohtake. Conheça os projetos a seguir:
Quando o arquiteto desenha para comunidades: 7 parques e praças
A arquitetura é capaz de reconciliar o sentido de pertencimento e dignidade espacial. Além de projetar equipamentos habitacionais ou de cultura, abordar o espaço público em comunidades que habitam espaços vulneráveis também é urgente e necessário para brindar uma infraestrutura digna que traga qualidade de vida à população. Por isso, reunimos sete intervenções em territórios marginalizados que demonstram o potencial de transformação que pode surgir a partir do espaço.
Dados são fundamentais para melhorar a qualidade de vida nas cidades
O urbanista francês Alain Bertaud é conhecido por seu trabalho na análise e no planejamento de sistemas urbanos. É autor de vários livros, incluindo Ordem sem Design: Como os Mercados Moldam as Cidades, cuja versão em português será lançada no dia 11 de abril, em um evento que será realizado a partir das 9h, no Insper. Bertaud vai participar de um painel para discutir os temas abordados em sua obra e outros aspectos relacionados a aglomerados urbanos.