O Confrontos [ideias e práticas urbanísticas] tem por objetivo dar uma visão geral das principais teorias do campo de urbanismo e de desenho urbano que permearam a literatura e a prática ao longo do século XX, com foco na atuação do arquiteto urbanista. A premissa é a de que não há uma corrente única, ou pensamento singular, que alcance a complexidade da intervenção urbana. Ao contrário, a atuação na área de urbanismo existe na defesa de uma posição, sobre a qual não há consenso, há conflito. Por meio de confrontos de ideias de diferentes autores, o curso buscará investigar as precedências e mostrar as relações entre estes, às vezes sinérgicas, às vezes em oposição, possibilitando assim que o aluno se posicione de maneira crítica em sua atuação profissional, também, via projeto.
Urbanismo: O mais recente de arquitetura e notícia
Inscrições abertas para o 4o curso "Confrontos [ideias e práticas urbanísticas]"
Projetos em Assentamentos: caminhos para um desenvolvimento inclusivo
O Brasil possui uma pluralidade de instrumentos relacionados à política urbana. No entanto, a complexidade dos desafios exige que pensemos também em soluções multidisciplinares e inovadoras, capazes de qualificar o espaço urbano de modo equitativo, possibilitando o pleno desenvolvimento da nossa sociedade. Durante muito tempo, a principal abordagem em relação a assentamentos foi a aplicação de processos de remoção ou alternativas para tentar escondê-los. Apesar dessas práticas ainda ocorrerem, nas últimas décadas, houve um avanço no que tange o reconhecimento dos assentamentos e a formulação de estratégias, programas e políticas por gestões municipais para urbanização dessas áreas. Observar essas experiências concretas de intervenção pode auxiliar na elaboração de caminhos que visem o desenvolvimento inclusivo destes territórios.
A sua cidade cuida de você?
Como é a sua rua? Dá vontade de caminhar na calçada? Você se sente seguro andando de bicicleta por ela?
Sabe essa sensação de que o seu dia poderia ser melhor aproveitado? Se você não está fazendo tanto exercício quanto gostaria, saiba que a preguicinha não é a única responsável. Talvez você ainda não tenha percebido, mas a forma da sua cidade também tem grande influência sobre seus hábitos.
"Landscape as Urbanism in the Americas" publica arquivo digital sobre paisagem e urbanismo
Nas últimas duas décadas a paisagem tem sido reivindicada como modelo e meio para a cidade contemporânea. O discurso e as práticas da paisagem como urbanismo podem ser encontrados na Europa, América do Norte e Ásia. Durante esse tempo, uma série de práticas arquitetônicas e urbanísticas alternativas surgiu na América Latina, apostando nas implicações ecológicos e territoriais do projeto urbano.
O surgimento dessas práticas coincide com as transformações sociais e políticas em muitos países da região. Nessa linha, o projeto Landscape as Urbanism in the Americas do Office for Urbanization (Harvard GSD) concentra-se em fomentar uma série de discussões sobre as potencialidades da paisagem como meio de intervenção urbana no contexto social, cultural, econômico e ecológico específico das cidades latino-americanas.
Como 'fazer' cidade considerando as diferenças de gênero?
A luta das mulheres pelo reconhecimento de que sua contribuição para a sociedade não é apenas reprodutivo tem sido constante. De invisíveis e relegadas ao domínio do privado, hoje as mulheres tem passado a assumir novos papéis que antes lhes eram negados e os espaços ganhos, vão sendo modificados na maneira em que participam da vida da cidade.
No entanto, o excesso de burocracia, indolência e falta de vontade tem deixado as mudanças físicas da cidade em uma evidente defasagem, distanciadas das mudanças ideológicas, deixando-as, muitas vezes, no discurso do como deveria ser.
Urbanismo inclusivo: empoderando as crianças em nossas cidades
Ao falar de planejamento urbano e espaço público, é importante pensar nas diferentes vivências que uma mesma cidade oferece aos seus habitantes. O urbanismo inclusivo é um tema amplo que pode ser abordado a partir de diferentes enfoques: gênero, acessibilidade e meios de transporte, por exemplo. Idealmente, a cidade deve ser projetada levando em consideração as situações particulares da população, acomodando diferentes experiências dentro de um mesmo espaço compartilhado.
O problema dos vazios urbanos em Campo Grande / Ângelo Marcos Vieira de Arruda
Inegavelmente, um dos maiores problemas urbanísticos de Campo Grande, são os vazios urbanos existentes em seu território.
Desde os primórdios dos planos diretores, diversas diretrizes tentaram regular a produção do espaço urbano, levando em conta sempre a necessidade de urbanizar os vazios, de sorte a permitir que a mancha urbana fosse contínua. A partir da década de 1970, a cidade recebeu contingentes populacionais em função de sua futura condição de capital de Mato Grosso do Sul em 1979 e, com isso, acelerou-se a urbanização descontrolada e os limites do perímetro foram sendo ampliados e os parcelamentos novos surgindo, disputando espaço com os conjuntos habitacionais públicos e com as ocupações irregulares em curso. Resultado ao fim da década, a cidade teve quase 200 favelas, mais de 10 mil novas casas construídas e uns 120 mil lotes vazios ao fim dos anos 1990.
Densidade urbana pode ser fator chave para a economia de energia até 2050
A densidade urbana é um ponto muito importante para o futuro das cidades. Seguindo os princípios do Desenvolvimento Urbano Orientado pelo Transporte Sustentável (DOTS), por exemplo, entre os fatores que cidades mais compactas conseguem melhorar está a eficiência energética dos prédios. Agora, uma pesquisa publicada na PNAS comprova que quanto mais dispersa a população, maior o consumo de energia.
Participação social e place branding: missões para as novas gestões municipais
O Brasil vive um cenário político e econômico conturbado, no qual as cidades carecem de propostas e soluções concretas para as questões urbanas. Nesse contexto, um ponto relevante para as novas administrações municipais é a “visão de cidade”. Além de estabelecer as metas para o futuro, essa visão precisa ser compreendida pela população, a fim de que possa traduzir seus anseios.
CAU/SP lança edital de projetos para a valorização da arquitetura e urbanismo
O CAU/SP vai receber, até o dia 24 de fevereiro, propostas de Organizações da Sociedade Civil (OSC) de projetos ou atividades que favoreçam a promoção da Arquitetura e Urbanismo e a valorização do exercício profissional de arquitetos e urbanistas.
O Edital de Parcerias deste ano conta com uma verba orçamentária de R$ 1,45 milhão, e tem por objetivo apoiar a difusão de conhecimento técnico, científico e cultural.
TU Delft oferece curso online e gratuito sobre desafios urbanos em países emergentes
“Rethink the City. New Approaches to Global and Local Urban Challenges” é um curso online e gratuito oferecido pela Faculdade de Arquitetura da Universidade de Delft, nos Países Baixos, a partir de 28 de março deste ano.
O curso tem como objetivo abordar os desafios urbanos nos países emergentes, oferecendo uma nova perspectiva que permite compreender e analisar o sul global. Por isso, os conteúdos estão estruturas em três eixos temáticos: "justiça espacial", "criação e gestão de habitações" e "resiliência urbana".
Captura da mais valia urbana: Uma fonte de financiamento pouco utilizada / Víctor Rocco
Ao estudarmos modelos de localização entendemos a acessibilidade como a facilidade com a qual se podem realizar atividades e como se dá o vínculo entre os sistemas de transporte e os usos do solo [1.] A acessibilidade é medida, usualmente, como o número de atividades que podem ser realizadas em um determinado tempo. A duração do deslocamento entre as atividades espacialmente distribuídas é chave na eleição de onde e com que frequência realizá-las. Além disso, influenciam na decisão do lugar onde viver. Por isso, existe a natural disposição a pagar, ceteris paribus, por melhor acessibilidade. A construção de novas obras de infraestrutura e transporte público melhora a acessibilidade e aumenta o valor dos imóveis. Mas isso requer fundos que, no caso de corredores de transportes ou linhas de metrô, alcançam cifras significativas. Por isso é relevante discutir sobre alternativas para seu financiamento.
Depois do êxodo rural / Álvaro Domingues
No tempo em que os animais não falavam, distinguia-se muito bem a cidade do campo – a cidade era urbana e o campo era rural. Simplicíssimo. Assim são as definições claras que tudo explicam pelo que claramente precisa de ser explicado e vice-versa. Nessas idades tautológicas ainda nem sequer tractores havia para revolver e amaciar a terra. Trabalhava-se de sol a sol, esperava-se o bom tempo, o calor e a chuva quando fizessem mais falta, pelo S. Miguel eram as colheitas e Santiago pinta o bago. Nas romarias estrelejavam foguetes, sermões e missas cantadas, longas procissões e malgas de vinho para os farnéis.