Com excessão de alguns casos isolados, ao longo de todo o território do Peru—seja no litoral, na serra ou na selva amazônica—, o clima do país conserva características de regiões tropicais ou subtropicais, sendo que as diferenças entre as temperaturas médias durante o inverno e o verão não são muito significativas. Devido a sua localização e característica geográfica específica, a temperatura em todo o país oscila entre os 15° C e os 27° C ao longo do ano, sendo atípicas situações de frio ou calor extremo. Por este motivo, a relação entre arquitetura e a paisagem assim como entre os espaços interiores e exteriores, é um elemento de projeto muito explorado pela grande maioria dos arquitetos e arquitetas do país.
Cada vez mais as pessoas se concentram em grandes centros urbanos. As cidades estão cheias de gente e possibilidades, mas isso está longe de significar que sejam um ambiente acolhedor. A solidão e a ansiedade estão presentes na vida de quem vive na correria das “selvas de pedra” e, para ajudar a aliviar estes sentimentos, a resposta está na natureza.
Muitos estudos já foram publicados, mostrando como o contato com a natureza afeta positivamente a nossa saúde. Ouvir o canto dos pássaros, colocar a mão na terra, passar algum tempo do nosso dia em contato com o verde – tudo isso traz benefícios para o nosso bem-estar físico e mental. E agora, pesquisadores mostraram que as áreas verdes ajudam também a amenizar o sentimento de solidão.
Os escritórios evoluíram tremendamente nos últimos anos, tornando-se cada vez mais como um espaço doméstico, incorporando novas paletas de cores, mobiliários flexíveis, texturas aconchegantes e até mesmo vegetação como parte do design. Neste último caso, não é simplesmente um acréscimo estético, mas o verde é integrado de tal forma que transforma e valoriza completamente a experiência de trabalho de quem está dentro. Como as plantas podem se tornar protagonistas do espaço de trabalho? Vamos rever 7 casos que os integram de forma criativa em prol do bem-estar dos usuários.
Nem todo projeto arquitetônico pode incorporar um projeto paisagístico, considerar um jardim ou acesso a uma ampla área verde. Espaços menores precisam de estratégias mais criativas para incorporar a vegetação. Independentemente do contexto, as plantas oferecem benefícios em todos os tipos de espaços, como a regulação da temperatura interna, uma opção de produção sustentável em menor escala do que uma estufa, além de suas qualidades estéticas. Neste artigo, apresentamos 4 estratégias simples e uma seleção de exemplos para incorporar plantas em espaços de pequena escala.
Em novembro de 2021, o Parque Municipal Augusta Prefeito Bruno Covas foi inaugurado na região central de São Paulo. Apesar das celebrações, o desfecho poderia ser melhor. A decisão de virar parque resultou de um processo que se estendeu por anos entre empresas que construiriam torres residenciais e comerciais no terreno, e moradores e grupos de ativismo interessados na criação de um parque no mesmo terreno.
https://www.archdaily.com.br/br/972853/qual-o-verdadeiro-custo-do-parque-augustaAnthony Ling e Guilherme Pereira
Uma espécie de telha-jardim foi desenvolvida por holandeses. O produto “dois em um” promete transformar qualquer telhado comum em um oásis verde, trazendo diversos benefícios para os moradores.
Diferente de uma cobertura verde, cujas plantas devem ser montadas no topo do telhado, esta telha já possui a vegetação “acoplada”. Cada unidade é coberta com uma mistura de sedum e substrato. E o melhor: não requer muita manutenção.
Apesar de serem práticas relacionadas, o paisagismo e a jardinagem são atuações diferentes que trabalham com elementos naturais e vivos no ambiente construído. Veja a seguir a atuação de cada uma dessas práticas.
No dia 21 de setembro o planeta comemora o dia da árvore, uma data que tem como objetivo conscientizar a respeito da preservação da natureza. Ainda na infância estabelecemos algumas relações com a natureza que acabam fazendo parte do nosso imaginário se desenvolvendo e influenciando também na arquitetura. Selecionamos 22 projetos de usos variados que se inspiram na relação com a natureza e com esse imaginário.
Se seu objetivo é criar uma floresta dentro de casa, muito provavelmente já se deparou com o problema de não saber onde colocar aquela planta que você acabou de comprar.
As dicas a seguir mostram um jeito de organizar seus vasos para que a falta de espaço não seja mais uma questão.
Quem gosta de plantar e cultivar alimentos ou outros tipos de planta, sabe que uma estufa pode ser muito importante em diversas situações. Seja para proteger as plantas do frio, para abrigar espécies específicas que são mais sensíveis ao vento ou ainda para o desenvolvimento de brotos e mudas que depois serão replantados em outros lugares.
Ter a sua própria estufa requer espaço. Existem muitas opções de estufas “prontas” e também é possível contratar profissionais especializados para a construção do seu espaço de cultivo. Mas também é possível usar a criatividade e um pouco de tempo e disposição para construir a sua própria estufa.
Plantar árvores é uma das ações mais simples e eficientes combater as mudanças climáticas, e o plantio é usado por muitas empresas para compensar as emissões de carbono. Mas, ao escolher este caminho, é preciso se certificar que estamos plantando árvores que efetivamente irão armazenar quantidades suficientes de carbono.
Nesta escolha, o local do plantio é um fator importante. As árvores precisam ser plantadas onde poderão viver durante décadas e absorver devidamente o carbono que circula no ar.
https://www.archdaily.com.br/br/966892/inteligencia-artificial-da-ibm-indica-onde-plantar-arvores-para-armazenar-mais-carbonoEquipe ArchDaily Brasil
Pátios e jardins exteriores desempenham um papel fundamental na configuração e organização do espaço. Em muitos casos, estes elementos fornecem diretrizes para a organização de percursos, articulando espaços interiores e exteriores, proporcionando melhores condições de iluminação e ventilação natural, além de maximizar a conexão com a natureza sem no entanto, abrir mão da privacidade.
Como condição intrínseca à essência do homem, buscamos constantemente o contato com a natureza, independente das qualidades físicas ou geográficas nas quais nos encontramos. Cada vez mais afastados da natureza dita selvagem, articulamos meios e estratégias para que ela ainda se mantenha presente em nosso cotidiano, mesmo que seja por ínfimos instantes.
Nesse sentido, existem inúmeras maneiras pelas quais se faz possível domesticar a natureza, gesto que acompanha a história da humanidade, sempre desafiando limites técnicos e causando fascínio. Os jardins internos verticais são um exemplo disso.
Foto de A. Duarte, via VisualHunt.com / CC BY-SA. ImageCerrado, terceiro bioma com maior diversidade de flora no país
Com quase cinquenta mil espécies vegetais – das quais mais da metade são endêmicas, ou seja, só existem naturalmente aqui – a flora brasileira é uma das mais diversas e ricas do mundo. Dados como estes fazem parte da maior e mais completa biblioteca virtual de botânica do país, o Flora do Brasil 2020, elaborado pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
https://www.archdaily.com.br/br/957957/flora-do-brasil-2020-biblioteca-digital-gratuita-da-biodiversidade-vegetal-no-paisEquipe ArchDaily Brasil
Presentes em diferentes contextos – de orlas fluviais, áreas costeiras ou inseridos na malha urbana – parques lineares representam uma tipologia muito particular de espaço público que, de partida, evoca a ideia de um vetor e, consequentemente, o sentido de movimento. Nem por isso limitam-se a atividades e programas associados à passagem e deslocamento, mostrando-se uma instigante solução para a carência de espaços de lazer, contemplação e permanência nas mais variadas situações urbanas.
A seguir, reunimos 12 exemplos de parques lineares construídos em diferentes partes do mundo, ilustrados por fotografias e pelos desenhos de suas plantas.
Os jardins sempre estiveram presentes nas composições arquitetônicas como testemunhas do momento cultural, do status e da religiosidade dos povos. Entretanto, há algumas décadas, é possível perceber um fortalecimento dessa relação entre arquitetura e espaços verdes. Uma situação que culminou em 2020, com grande aumento do protagonismo dos ambientes verdes, muito relacionado a pandemia do Covid-19 e o isolamento social que ela tem provocado. Nesse sentido, relação da casa com jardim se consolidou, de pequenos vasos em apartamentos no centro das cidades a exuberantes projetos paisagísticos dentro e ao redor de residências, representando – em diversas escalas – a busca pela reconexão com a natureza.
Com o adensamento das cidades e redução da disponibilidade de solo, o fenômeno da verticalização tem se intensificado nas cidades de todo o mundo. Assim como a verticalização de edifícios — que costuma dividir opiniões de arquitetos e urbanistas — muitas iniciativas têm buscado na dimensão vertical uma possibilidade para promover a presença do verde nos centros urbanos. Jardins, fazendas ou florestas verticais, hortas em coberturas e estruturas suspensas para agricultura urbana são algumas das possibilidades de verticalização do cultivo de espécies vegetais, cada uma com suas especificidades e impactos específicos para as cidades e seus habitantes.
Mas seria a verticalização a solução ideal para tornar as cidades mais verdes? E quais são os impactos dessa ação nos centros urbanos? Ou ainda, quais os benefícios da vegetação que são perdidos ao adotar soluções em altura, ao invés de promover seu cultivo diretamente no solo?
Lago das Rosas, em Goiânia. Imagem: Jean Carlos Faleiro, via Wikimedia Commons
Assim como a infraestrutura urbana pode ser definida como a rede de estruturas e serviços necessários para um funcionamento eficiente das cidades, a infraestrutura verde também pode ser entendida como uma rede interligada, mas de áreas e elementos que conservam os valores e funções dos ecossistemas naturais. Uma das múltiplas definições que circulam em torno da infraestrutura verde afirma que a sua rede constituinte promove a qualidade da água e do ar, além de uma série de benefícios para as pessoas e para a vida selvagem.