Compreender os motivos que engendram desigualdades econômicas e sociais em nossa sociedade é um dos tópicos mais controversos e amplamente debatidos no campo do urbanismo. É evidente que esta é uma questão complexa, onde muitos fatores devem ser considerados—sendo um deles a localização e acessibilidade às áreas verdes em uma cidade. Embora parques urbanos sirvam como espaços de convívio e lazer, construindo comunidades, seus benefícios para a saúde pública nem sempre compensam. Em muitos casos, a instalação de áreas verdes se dá às custas de um amplo processo de gentrificação e expulsão das comunidades mais pobres. Neste contexto, nos cabe pensar em soluções que nos permitam construir cidades melhores, mais verdes e principalmente, mais inclusivas e portanto, menos desiguais.
verde: O mais recente de arquitetura e notícia
Como cidades mais verdes podem ajudar a criar um futuro equitativo?
WOHA conclui primeiro empreendimento sustentável de uso misto em Taiwan
Sky Green, o primeiro projeto da WOHA em Taichung, Taiwan acaba de ser concluído. Encomendado pelo investidor Golden Jade, com a Universidade Feng Chia como consultoria, o projeto é o primeiro empreendimento de uso misto verde e sustentável da cidade.
Aeroporto Internacional de Ruanda estabelece novo recorde de sustentabilidade e eficiência
Maior projeto público de Ruanda, o Aeroporto Internacional de Bugesera está prestes a se tornar o primeiro edifício verde certificado na região. Altamente eficiência em termos energéticos, a ponto de ser independente da rede pública de fornecimento, o projeto contará com um terminal de passageiros de 30 mil metros quadrados, 22 balcões de check-in, dez portões e seis pontes de embarque. Financiado por uma parceria público-privada, o projeto tem custo estimado em US$ 414 milhões.
"International Competition in Architecture 2017" busca propostas para o mar e o espaço
O arquiteto, o engenheiro, o designer, todos participam do desenvolvimento e construção do mundo. Juntos, olhando mais além, além de ideias preconcebidas e conceitos bem estabelecidos, esses empreendedores, esses criadores, têm o poder de criar novas regras, propor novas direções: instalações e habitações inovadores que trazem novas condições de vida, dando lugar a novas formas de transporte e de consumo de energia, para combater os principais desafios ambientais da nossa era. Os prêmios da Jacques Rougerie Foundation apoiam e acompanham essa visão.
A inovação, a ruptura arquitetônica, o desenvolvimento sustentável e a resiliência contra as mudanças climáticas são as palavras-chave desta 7ª edição da competição internacional em arquitetura da Jacques Rougerie Foundation – Institut de France.
Campus Central de Inovação de Taiwan MOEA / Bio-architecture Formosana + NOIZ ARCHITECTS
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Arquitetos: Bio-architecture Formosana + NOIZ ARCHITECTS; Bio-architecture Formosana + NOIZ ARCHITECTS
- Área: 24721 m²
- Ano: 2014
Purificador de ar transforma CO2 em jóias nos Países Baixos
O designer holandês Daan Roosegaarde do Studio Roosegaarde, em colaboração com Environmental Nano Studios e o professor Bob Ursem, criou o maior aspirador de poluição atmosférica do mundo em Roterdã, Países Baixos.
Apelidado de Smog Free Tower, o aspirador de 7 metros de altura age como um filtro que usa uma "tecnologia livre de íons de ozônio" patenteada para purificar 30 mil metros cúbicos de ar por hora usando pouquíssima energia elétrica e eólica.
TED Talk: Norman Foster fala sobre arquitetura verde e sustentabilidade
“Como arquiteto, você projeta para o presente, com consciência do passado, para um futuro que é essencialmente desconhecido. A agenda verde é provavelmente a agenda e a questão mais importante da atualidade [...] todos os projetos que, de algum modo, são inspirados por esta agenda, tratam de um estilo de vida comemorativo, de certo modo celebrando os lugares e espaços que determinam a qualidade de vida."
Por que arquitetos devem assumir o papel de líderes nas questões de sustentabilidade
Este artigo, publicado originalmente na GreenBiz, é de autoria de Lance Hosey, diretor de sustentabilidade da RTKL.
Um dos grandes nomes da sustentabilidade, Hunter Lovins, certa vez disse que a indústria da construção é "dinamicamente conservadora - ela trabalha duro para permanecer no mesmo lugar."
Mas os velhos hábitos não podem resolver completamente novos desafios. De acordo com a 350.org, as empresas de combustíveis fósseis tem atualmente em suas reservas cinco vezes a quantidade de carbono que, se queimada muito rapidamente, poderia elevar as temperaturas atmosféricas a níveis catastróficos onde tempestades da escala do furacão Sandy poderiam se tornar frequentes. O progresso rápido e profundo é imperativo.
A arquitetura está em uma arena essencial para a inovação sustentável. As construções representam cerca da metade da energia gasta e das emissões anuais nos EUA e três quartos da eletricidade consumida. Com o ambiente da construção em crescimento - o parque imobiliário dos EUA aumenta cerca de 278 milhões de metros quadrados a cada ano - os arquitetos têm uma oportunidade histórica para transformar este impacto em algo positivo.
Continue lendo para descobrir os 6 estratégias que os arquitetos podem usar para transformar a profissão, a seguir...
Porque a "Arquitetura Verde" quase nunca merece este nome
Originalmente publicado, por Michael Mehaffy e Nikos Salingaros em Metropolis Mag como "Why Green Often Isn't".
Algo surpreendente acontece nos edifícios ditos "sustentáveis". Ao analisá-los pós-ocupação, eles mostram-se muito menos sustentáveis do que se propuseram a ser. Em alguns casos, saem-se pior que outros mais antigos e sem essa pretensão. Um artigo de 2009 do New York Times, “Some buildings not living up to green label,” discorreu sobre a disseminação do problema com ícones da sustentabilidade. Entre outras razões, o Times apontou para a uso generalizado de vedações envidraçadas extensas e grandes plantas nas quais muito do espaço útil fica longe do exterior, dependendo de iluminação e ventilação artificiais.
Um pouco por conta desta publicidade negativa, a cidade de Nova Iorque instituiu uma nova lei exigindo a verificação do desempenho de edifícios. O que desmascarou muitos outros edifícios icônicos. Outro artigo do Times, “City’s Law Tracking Energy Use Yields Some Surprises,” relatou que o lustroso novo edifício do 7 World Trade Center, certificado LEED Gold, fez apenas 74 pontos na escala Energy Star - um ponto abaixo do mínimo de "alta eficiência". Uma nota modesta que nem compensa significativamente as demandas da construção.
Mais sobre o assunto a seguir.