Nos últimos anos, a mudança de algumas das principais ruas de Nova Iorque tem sido realmente impressionante. Fotografias com milhares de automóveis têm dado lugar a outras, que mostram o desaparecimento dos carros e a apropriação dos espaços públicos por pedestres e ciclistas.
Vision Zero: O mais recente de arquitetura e notícia
Vídeo: A grande transformação das ruas de Nova Iorque
“Lina Bo Bardi: Visionary Architect” homenageia o centenário da arquiteta em Nova Iorque
O American Institute of Architects, em Nova Iorque, celebra a vida o obra da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi com a série de palestras Lina Bo Bardi: Visionary Architect. O evento homenageia o centenário da arquiteta modernista cujas contribuições para a arquitetura, arte e design brasileiro ecoam atravessaram diversas gerações e continuam a influenciar a cultura contemporânea no Brasil.
Livro de Héctor Vigliecca sobre habitação social terá lançamento no Brasil e nos EUA
O arquiteto e urbanista Héctor Vigliecca lançará “O Terceiro Território – Habitação Coletiva e Cidade”, primeiro livro sobre seus principais projetos de habitação social, no dia 26 de março, em Orlando, EUA, a convite do American Institute of Architects e da Universidade da Flórida.
Álvaro Siza e Eduardo Souto de Moura criam instalação em Washington
Os arquitetos Eduardo Souto de Moura e Álvaro Siza Vieira são os autores da instalação intitulada Jangada de Pedra, que estará em exibição durante uma mostra de criação contemporânea ibérica em Washington, no mês de março.
A instalação é uma iniciativa do Arte Institute, com o patrocínio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), e estará exposta em frente ao John F. Kennedy Center for the Performing Arts, o centro cultural nacional dos EUA.
Durante três semanas - de 03 a 24 de março de 2015 -, o Kennedy Center acolherá uma mostra cultural intitulada "Iberian Suite: Arts Remix Across Continents", um evento de divulgação da cultura de Portugal e Espanha, que contará com a participação de artistas da lusofonia e da América Latina.
Vídeo: Santiago Calatrava fala sobre seu edifício para o "Ground Zero" em Nova Iorque
Em um vídeo produzido para a BBC Magazine, o arquiteto espanhol Santiago Calatrava fala sobre seu projeto para a Igreja St. Nicholas - única edificação religiosa do memorial do 11 de setembro. O edifício, que teve suas obras iniciadas ano passado, foi descrito por Calatrava como uma "pequena joia" para Manhattan. A nova igreja, de inclinação Ortodoxa Grega, substitui uma igreja de mesmo nome destruída nos atentados de 2001. O novo projeto se localiza perto do local original na 130 Liberty Street, voltando-se para o parque e museu do National September 11 Memorial. Com planos de inaugurar em 2016, Calatrava discute as principais ideias e referências por trás desse projeto único e controverso.
Chicago criará seu primeiro “Espaço Compartilhado” sem sinais de trânsito
Em 2004, algumas cidades da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Holanda e Inglaterra começaram a criar Espaços Compartilhados, ou seja, ruas e calçadas onde não há sinais de trânsito.
Apesar da primeira coisa a se pensar sobre estes lugares é que eles não são seguros, a experiência das cidades que já contam com esse tipo de espaço demonstra que estes são mais seguros, pois todos os usuários das vias devem prestar mais atenção, o que acaba diminuindo o número de acidentes.
É por isto que, desde sua criação, diversas cidades já adotaram esta iniciativa, removendo os sinais de trânsito das ruas. Esse é o caso de Chicago, que aprovou seu primeiro Espaço Compartilhado em Argyle, onde, além de eliminar alguns sinais, reduzirá a velocidade dos veículos para 24 km/h, um limite ainda inferior ao das Zonas 30.
Veja a opinião dos especialistas sobre estes espaços e sobre o caso de Chicago, a seguir.
Gentrificação: os perigos da economia urbana hipster
Nesse artigo, publicado originalmente em Al Jazeera como "The peril of hipster economics", a escritora e pesquisadora estadunidense Sarah Kendzior escreve que a deterioração urbana em alguns bairros das principais cidades do mundo se converteu lamentavelmente em um conjunto de peças urbanas a serem "remodeladas ou idealizadas" pela gentrificação.
Segundo a autora, estes bairros - carregados de uma estética atrativa nostálgica e de uma enriquecedora "vida urbana" - estimulam a chegada de novos residentes de alto padrão que procuram esse estilo de vida em bairros historicamente associados as populações marginais - carentes de serviços públicos e oportunidades de trabalho -, que acabam sendo removidas para subúrbios pobres.
"Querem mudar uma memória que outros já construíram. Isto é a economia hipster", afirma Sarah.
Leia o artigo a seguir.
5 iniciativas nos EUA que tornaram os espaços públicos mais dinâmicos
As intervenções realizadas em parques urbanos, como por exemplo, a instalação de cadeiras no Parque Bryant de Nova Iorque, ou as obras de arte que são frequentemente instaladas em espaços públicos, fazem com que as cidades sejam lugares mais agradáveis, dinâmicos e atrativos para viver.
Nesse sentido, a organização estadunidense Project for Public Spaces (PPS), acredita que “mais do que nunca, as obras de arte pública são estimulantes e convidam a um diálogo ativo ao invés da observação passiva, fomentando, assim, a interação social que pode inclusive conduzir a um sentido de coesão social entre os próprios espectadores”.
Tomando essa definição, o especialista em Geografia Humana da Universidade de Auckland, Thejas Jagannath, identificou cinco ações desse tipo que acontecem em cidades estadunidenses e que permitem que os cidadãos mudem sua percepção de um lugar, podendo identificar-se com este, considerando-o divertido e dinâmico.
Veja, a seguir, estes cinco projetos.
Vídeo: A história do Parque Millenium de Chicago em 3 minutos
Antes da construção do Parque Millenium de Chicago nos anos 90, uma parte dos 24,5 hectares da superfície era utilizada como um estacionamento para carros e outra porção usada pela companhia ferroviária de Illinois, que deixava alguns trens antigos parados no local.
Vendo como este enorme terreno estava se perdendo, o ex-prefeito Richard Daley iniciou uma aliança com representantes do setor público e privado para desenvolver um parque dentro da cidade e, assim, reativar o espaço.
San Francisco aprova lei que diminui os impostos dos terrenos baldios que possuem hortas comunitárias
No início de setembro, San Francisco implementou uma nova lei que visa tornar mais sustentáveis os terrenos desocupados que existem na cidade. A normativa propõe que os proprietários dos terrenos possam pagar menos impostos se permitirem que esses espaços sejam destinados à criação de hortas urbanas abertas à comunidade durante um período mínimo de cinco anos.
Dessa maneira, San Francisco torna-se a primeira cidade dos Estados Unidos a oferecer incentivos fiscais para promover a agricultura urbana. Assim, a ideia é que os terrenos desse tipo desenvolvam um uso produtivo que beneficie os moradores em vez de permanecer abandonados e fechados até que seus donos decidam o que fazer.
Mais informações sobre essa nova lei, a seguir.
4 organizações cidadãs dos EUA que transformam lugares abandonados em espaços públicos
Há algum tempo publicamos as 7 ideias que a urbanista Helen Leung desenvolveu para que os cidadãos possam recuperar de maneira rápida e econômica lugares abandonados das cidades antes que as autoridades decidam o que fazer com eles.
Mostramos agora como trabalham quatro organizações cidadãs dos Estados Unidos que se dedicam a difundir onde estão esses lugares e quais são suas características, visando recuperá-los através das ações e ideias das comunidades locais. Dessa forma, buscam fazer uma ponte entre quem vive próximo a esses espaços e aqueles que têm propostas para transformá-los em novos espaços públicos.
Conheça, a seguir, essas organizações e o modo como trabalham.
A roda d’água que promete descontaminar o rio da cidade de Baltimore até 2020
O antigo porto Inner Harbor é um dos principais destinos turísticos da cidade de Baltimore, EUA. Construído há mais de 200 anos, hoje este espaço é considerado um exemplo de renovação urbana, transformando-se num novo lugar de passeio e estar para os cidadãos, sem deixar de lado seu passado industrial.
No entanto, um dos problemas que a cidade encontrou no lugar é a contaminação do rio Patapsco que desemboca no porto. Para solucionar a questão, há alguns meses foi instalada uma roda d’água que recolhe os dejetos e que funciona através da energia mecânica do rio e de energia solar.
Saiba mais sobre essa estratégia de descontaminação, a seguir.
O uso da bicicleta nos EUA: As mudanças geradas pelas ciclovias segregadas
O aumento recente do número de ciclistas nas cidades brasileiras coloca em pauta a necessidade de uma infraestrutura cicloviária que proporcione mais segurança aos trajetos em duas rodas e que conviva pacificamente com quem se desloca a pé, em transporte público ou de carro.
Para conhecer soluções para esta necessidade, é útil ver o que têm feito outras cidades em relação a esse assunto.
Assim, mostramos a seguir um estudo que revela algumas cifras dos efeitos positivos gerados pela implementação de ciclovias segregadas das pistas dos veículos automotores em cinco cidades estadounidenses, onde não apenas os trajetos se tornaram mais seguros, como também o número de ciclistas aumentou.
Artistas urbanos de Nova Iorque contam com mais espaços públicos para intervenções
O Departamento de Transporte (DOT) de Nova Iorque conta com o DOT ART, um programa de arte através do qual o departamento se associa com artistas e organizações dedicadas à arte urbana, oferecendo-lhes oportunidade de transformar as ruas, praças, pontes e calçadas da cidade por meio de instalações esculturas, pinturas de muros e estêncis.
Assim, a cidade confere cada vez mais valor às mostras de arte e oferece mais espaços para que os próprios cidadãos intervenham nos lugares, tornando-se muito mais atraentes e representativos.
A seguir, mostramos 7 projetos realizados através desse programa que vão desde muros e viadutos pintados até esculturas feitas a partir de bicicletas, que promovem a conscientização da necessidade de um transporte limpo.
O que torna uma cidade caminhável?
Caminhar por um bairro que tenha parques, comércios e serviços próximos uns dos outros é sem dúvida uma atividade mais agradável que andar por regiões onde esses programas e usos se encontram menos adensados.
Dentre os fatores que influenciam nisso, segundo um estudo da Universidade de British Columbia, estão o desenho do espaço urbano, o acesso aos transportes públicos, a densidade populacional e as leis de zoneamento, que mudam de um município para outro.
Na pesquisa foram comparadas duas regiões do estado de Washington com o objetivo de observar onde a experiência urbana se mostrava mais agradável. Foi incluída na pesquisa, também, a medição feita pelo Walk Score, um site que pontua os índices de caminhabilidade das regiões, tomando como base, entre outros fatores, os deslocamentos a pé, de bicicleta e em transporte público.
Veja os resultados a seguir.
Jeff Speck: A cidade caminhável
Já publicamos anteriormente alguns artigos sobre as qualidades e benefícios de caminhar e como podemos construir cidades mais “caminháveis” e agradáveis, tanto para os pedestres quanto para os ciclistas. Dentro desse mesmo tema, compartilhamos a seguir a palestra do renomado urbanista Jeff Speck, que comenta alguns desses benefícios e razões pelas quais as cidades deveriam ser mais bem planejadas em função dos pedestres, expondo argumentos baseados nas experiências e conselhos de economistas, epidemiologistas e ambientalistas.
Embora os exemplos dos Estados Unidos não sejam tão similares aos da nossa realidade, ao citar porcentagens, tempos de deslocamento e índices de obesidade, estes casos podem ser tomados como válidos para praticamente qualquer contexto.
A seguir, um breve resumo das palavras de Jeff Speck.
Uso da bicicleta como meio de transporte urbano gera economia de US$ 4,6 bilhões nos EUA
Quando uma política promove o uso da bicicleta como meio de transporte urbano, é comum que esta se justifique pela economia que o ciclismo urbano gera. Este é um tema muito importante quando se considera, por exemplo, que em média 16% dos orçamentos familiares nos Estados Unidos são gastos com o transporte, e ainda mais alarmante é a constatação de que esta cifra sobe para 55% nas famílias mais pobres.
Esse e outros temas são abordados no informativo “Pedaling to Prosperity”, elaborado pela Liga de Ciclistas Americanos em colaboração com outras organizações, que traz diversos dados sobre o aumento do uso da bicicleta como meio de transporte urbano, a porcentagem dos deslocamentos diários de bicicleta em todo o país (EUA) e o custo de manutenção de uma bicicleta em comparação com o de um automóvel.
Veja alguns destes dados a seguir.
Novo plano de transporte de Washington cogita implementar tarifação viária no centro financeiro da cidade
Desde 2003, quando o centro de Londres começou a implementar as tarifas viárias, ou seja, desde que foi fixada uma taxa para transitar pelo centro da cidade, o número de automóveis diminuiu 30%, a qualidade do ar aumentou e foram gerados US$2 milhões, posteriormente aplicados em novas infraestruturas de transporte.