Texto por Constanza Martínez Gaete via Plataforma Urbana. Tradução Archdaily Brasil.
A artista neozelandesa, Tiffany Singht, criou o “Drums Between the Bells” com o propósito de que as pessoas caminhem pelo centro de Melbourne, toquem os materiais que compõem a intervenção e se tornem elas mesmas um elemento fundamental da intervenção. Feita com 12 mil pequenos sinos amarrados com fitas brancas em um olmo centenário localizado no centro da cidade, a intervenção também busca, através de sua presença visual e tátil, diminuir a interferência causada pelos ruídos dos automóveis.
A decoração que se deu sob a árvore não foi concebida para permanecer intocada durante todo o período da exposição, mas, pelo contrário, permite que o público pegue livremente cada sino e mude sua posição embaixo do olmo. Além disso, cada pessoa pode pegar um sino e colocá-lo em qualquer outro ponto da cidade. A única condicionante é que, para fazê-lo, a pessoa deveria tirar uma foto da nova localização e compartilhá-la.
O novo lugar designado ao sino deveria ser especial para o participante que o colocará lá. A ideia era que com as novas imagens, poder-se-ia criar um mapa interativo que permite conhecer a nova localização de cada sino. Apesar de nem todas as pessoas terem tirado a foto, um pequeno número fotografou os sinos e suas novas localizações e colocou as fotos em um mapa do Flickr.
Tiffany disse que sua intervenção urbana mostra como “a obra de arte transforma um espaço cotidiano em um instrumento musical ao ar livre”. Como a copa da árvore era bastante grande, as pessoas que participaram puderam escrever aquilo que queriam com giz no chão.
A instalação esteve disponível por sete dias do mês de março, durante o festival de arte “Next Wave”, celebrado na cidade. No último dia de exibição as pessoas puderam pegar os sinos. Assim que isto aconteceu, o fotógrafo Cleo Barnett se surpreendeu com a velocidade com que as pessoas retiraram os acessórios da intervenção.