"A monumentalidade é enigmática. Não pode ser criada intencionalmente. Não são necessários nem o material mais requintado nem a tecnologia mais avançada... ."
Hoje celebramos o aniversário de um dos grandes da arquitetura moderna internacional: Louis Isadore Kahn, que completaria 115 anos. Muitas das obras deste renomado arquiteto nascido da Estônia foram claramente influenciadas por antigas ruínas, trazendo delas sua monumentalidade. Contudo, seu trabalho também se caracteriza por seguir a linha de Le Corbusier, incorporando a ela uma crítica tipológica da arquitetura e a busca constante por uma nova poética.
Kahn foi um dos arquitetos mais influentes do século XX. A seus edifícios monumentais e atemporais incorporam uma "construção reflexiva dos espaços" - com ele mesmo define seu trabalho. Seus temas principais são a materialidade e a luz; através da simplicidade e austeridade do concreto aparente e do tijolo acentua o caráter monolítico de seus edifícios. Por outro lado, nos interiores, a manipulação da luz em todas as suas obras confere o drama necessário para transmitir a alma dos materiais.
Em sua vida profissional, realizou cerca de 200 projetos. A coleção de seus desenhos no arquivo da Universidade da Pennsilvania registra 6.363 exemplares, muitas obras e trabalhos formais de seu escritório, além de 100 modelos, fotografias e correspondências.
A Biblioteca da Phillips Exeter Academy, Exeter, EE. UU. 1965- 1972, é uma das obras de maior destaque de Kahn. Também se destacam o Salk Institute e a Casa Esherick.
Mais de 30 anos após sua morte, foi inaugurado em Manhattan o memorial Franklin Roosvelt, que não pôde ser construído durante a vida do arquiteto devido a problemas financeiros. A conclusão do parque Four Freedom é uma homenagem tanto ao ex-presidente como para Kahn. A obra revive o talento do arquiteto em encontrar o monumental no simples e, apesar de sua grande escala, apresenta uma especial atenção aos detalhes.
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