O estudante de arquitetura Carlo de Riaño Carril desenha por hobby. Seus desenhos são uma mistura entre arquitetura e escultura, explica ele. Espanhol e residente em Madrid, se interessa principalmente pela música, cinema, esportes e sobretudo arquitetura e construção. Além da técnica nessas disciplinas, ele possui interesse em história. Depois de viver durante o ano passado em Palermo (Sicília - Itália), através de sua bolsa do programa Erasmus da União Europeia, recorreu toda Itália que é um de seus países favoritos.
Na continuação, uma descrição do trabalho segundo o autor.
Os desenhos que faço estão na metade do caminho entre o arquitetônico e o escultórico. Não podem ser arquitetura porque carecem de um programa e não atendem à algumas necessidades. São espaços e formas que não resolvem nada. No entanto, a linguagem utilizada é muito próxima à arquitetônica e ao de um determinado modo de construção. Aparentemente, qualquer um dos desenhos poderiam se assemelhar à ideia do que é um edifício, salvo que nenhum deles possui alguma lógica. São arbitrários e irracionais, por isso poderiam se aproximar mais do terreno escultórico. Todavia, pela estreita relação que existe entre escultura e arquitetura, não seria muito complicado converter tais formas em espaços úteis que conformem arquitetura sempre e quando não forem criadas na realidade.
Comecei fazendo estes desenhos para expressar ideias simples que tinha na cabeça, mas, pouco a pouco, ia somando e adicionando improvisadamente outras igualmente simples e obtinha algo muito complexo. Como continuei produzindo, a única evolução até o momento foi a dos que criei mais densos. No mesmo espaço (porque até agora todos foram feitos numa A4) fui colocando mais informações até chegar aos últimos desenhos, nos quais a densidade é extrema.
Os únicos meios materiais que disponho para realizar estes desenhos são uma A4 e e um pilot V 5 (que nos últimos foi substituído por um G-TEC-C4, que permite uma linha mais fina para poder aumentar a densidade do desenho). A técnica para conseguir uma linha tão reta é colocar o papel numa posição que ao traçar uma linha a mão levantada me saia o mais reta possível.
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