Há 100 anos, em 1923, o livro Vers une Architecture de Le Corbusier foi publicado na revista L'Esprit Nouveau. A coleção controversa de ensaios do mestre modernista serviu como manifesto para o desenvolvimento da arquitetura moderna, influenciando gerações de arquitetos e gerando polêmicas sobre os princípios de design arquitetônico propostos. O livro defende a beleza de projetos industriais, como os de aviões, automóveis ou transatlânticos; propõe uma maneira completamente diferente de construir cidades, favorecendo torres altas e esbeltas cercadas por vegetação exuberante, e apresenta os cinco princípios de Le Corbusier para o desenho moderno.
Agora, um século depois, essas teorias se tornaram parte da educação de todos os arquitetos, mas também são altamente contestadas. Alguns críticos argumentam que a abordagem rígida, especialmente em relação aos princípios de planejamento urbano, não consegue envolver as nuances culturais e contextuais de diferentes comunidades, levando a ambientes urbanos alienantes. Ainda assim, o legado de Le Corbusier é significativo, servindo como um ponto de referência constante para os arquitetos ao explorar o equilíbrio entre funcionalidade, estética, simbolismo e impacto social em seus projetos.
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Le Corbusier desempenhou um papel crucial na formação do movimento modernista na arquitetura. Suas ideias mais radicais defendiam a ideia de uma arquitetura adaptada às necessidades e oportunidades da nova era industrial, favorecendo a funcionalidade e a higiene em detrimento das expressões estilísticas. Ele refletiu essas crenças em seu conceito de "a casa como uma máquina de morar", criando espaços que atendem seus ocupantes com precisão e eficácia. Plantas abertas, a integração de novos materiais, como o concreto, e o amplo uso da luz natural se tornaram sinônimos do movimento modernista.
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Influência Mundial
Os cinco pontos de arquitetura definidos por Le Corbusier, incluindo pilotis, a planta livre, a fachada livre, janelas em fita e jardins no telhado, podem parecer práticas comuns hoje, mas quando introduzidos há um século, eram radicalmente diferentes de quaisquer outras práticas arquitetônicas da época. Ao insistir que os edifícios devem ser o mais eficientes possível, ele também se tornou um pioneiro da produção em massa destinada a fornecer soluções habitacionais eficientes e acessíveis. O mesmo impulso também levou ao amplo uso de concreto, então um material relativamente novo que se mostrou versátil e barato. O impacto de Le Corbusier também se estende além da Europa, talvez mais notavelmente na Índia, onde seu trabalho na cidade de Chandigarh marcou as práticas arquitetônicas do país recém-independente.
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Edifícios Icônicos
Os princípios pioneiros de Le Corbusier podem ser melhor observados por meio de sua obra construída. Focados na interação entre forma e função, luz e sombra, e nas texturas únicas do concreto exposto contrastando com as cores primárias, seus edifícios permaneceram como fonte de inspiração para arquitetos em todo o mundo. Em 1931, quando a icônica Villa Savoye foi concluída, ela se tornou o exemplo abrangente de seus 5 princípios orientadores que definiam o movimento modernista. Mais tarde em sua carreira, essas regras começaram a se curvar, adotando cada vez mais linhas curvas que expressam uma espiritualidade e simbolismo ocultos.