A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, inaugurada em 20 de maio, está sendo uma verdadeira materialização do tema O laboratório do futuro, definido por Lesley Lokko. A curadora convidou "arquitetos e profissionais de um campo ampliado de disciplinas criativas a buscarem exemplos nas práticas contemporâneas que apresentem um caminho para que o público avance, imaginando eles mesmos o que o futuro pode trazer".
O Pavilhão do Chile, com a curadoria de Gonzalo Carrasco, Alejandro Beals e Loreto Lyon (Beals Lyon Arquitectos), explorou o tema Ecologias em Movimento. A exposição apresenta os desafios atuais acerca da reparação e restauração ecológica com o estudo dos processos de recuperação do solo com sementes endêmicas.
Para nós, o futuro não é um ponto, objetivo ou Éden a ser alcançado, mas sim um campo de contingências, experiências e situações. Pensar em arquitetura junto e em colaboração com outras espécies é o tema central. - Gonzalo Carrasco, curador do Pavilhão do Chile.
Artigo Relacionado
Temas emergentes na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023: destaques dos pavilhões nacionais"Ecologias em Movimento" aborda de que forma no projeto original da Quinta Normal de Santiago, "arquitetura e ciência permitiram imaginar o futuro de um país que estava entrando na modernidade" no século XIX, segundo os organizadores.
Diferente de outros anos, o pavilhão do Chile está localizado dentro dos galpões principais do Arsenale. Está dentro do percurso principal dos visitantes. Desde o início, quisemos fundir, por contraste, com o que imaginamos que os outros expositores fariam, gerando uma espécie de pausa, um lugar mais tranquilo, uma condição atmosférica que convidasse à detenção e a olhar atentamente essa coleção de 250 sementes. - Alejandro Beals, curador do Pavilhão do Chile.
A subsecretária de Culturas e Artes, Andrea Gutiérrez, em declarações oficiais, afirmou que a proposta expositiva, ao ser escolhida para representar o país, "responde a importantes problemáticas culturais e sociais relacionadas à reconstrução de solos degradados no Chile".
Acreditamos que o futuro de nossa humanidade está ligado à preservação das espécies vegetais e, acima de tudo, nativas. Acreditamos que a arquitetura por si só não pode mais seguir sem trabalhar com esses contextos e territórios. - Loreto Lyon, curadora do Pavilhão do Chile.
Convidamos você a acompanhar a cobertura completa do ArchDaily da Bienal de Veneza 2023: O Laboratório do Futuro.