Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África

A 18ª Exposição Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza encerrou em 26 de novembro. No total, mais de 285 mil pessoas visitaram a exposição, fazendo desta a segunda edição mais visitada da história. Com o nome de "O Laboratório do Futuro", esta bienal foi liderada pela curadora Lesley Lokko e foi a primeira a focar na África e sua diáspora, explorando a "cultura fluida e entrelaçada das pessoas de ascendência africana que agora atravessa o globo", relacionando temas como decolonização e descarbonização.

Esta edição atraiu uma ampla variedade de visitantes, sendo que 38% deles foram representados por estudantes e jovens. Os visitantes organizados em grupos representaram 23% do público em geral, sendo que a grande maioria dos grupos era de escolas e universidades. Os números indicam um evento centrado na transmissão de conhecimento e circulação de ideias.

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 2 de 8Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 3 de 8Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 4 de 8Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 5 de 8Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Mais Imagens+ 3

A curadora Lesley Lokko explica que "a validação desta exposição - de qualquer exposição - não está apenas no número de ingressos vendidos, espaço na mídia, críticas ou comentários nas redes sociais. Está nos pequenos elos, às vezes despercebidos, que são captados, amplificados, costurados e apresentados meses, anos, até décadas depois. Gosto de pensar - e só o tempo dirá se é uma suposição razoável - que esta exposição foi rica em elos, e que seu legado é o impulso de continuar criando, costurando, falando, formulando novas ideias sobre nossa profissão, seu lugar e importância no mundo dos pensamentos e coisas, enriquecendo discursos onde pode, substituindo onde deve, reparando onde é necessário e defendendo o que é valioso. É um legado do qual estou incrivelmente orgulhosa. Saio desta experiência reconhecendo que, por um lado, talvez eu tenha tido uma das menores equipes que qualquer curador teve até agora, e, por outro lado, a maior. Todos que tocaram em qualquer aspecto desta exposição, com suas mãos, corações e mentes, são parte dessa equipe e sempre serão."


Artigo Relacionado

O que é um curador de arquitetura?

Continue lendo para explorar a cobertura do ArchDaily sobre o evento, desde entrevistas no local até debates sobre os principais temas desta edição.

Brasil vence Leão de Ouro de melhor participação nacional na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 8 de 8
Pavilion of Brazil: Terra [Earth]/ Gabriela de Matos and Paulo Tavares. Image © Matteo de Mayda

Representando a África na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023: conceitos e abordagens recorrentes

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 5 de 8
ACE/ACP, Olalekan Jeyifous. Imagem © Matteo de Mayda, cortesia da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia,

Em Veneza: 12 entrevistas com curadores discutindo o impacto da Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 2 de 8
Cortesia de La Biennale di Venezia

Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 como uma experiência de cura: entrevista com Lesley Lokko

Temas emergentes na Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023: destaques dos pavilhões nacionais

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 4 de 8
Pavilhão da Suíça. Imagem © Matteo de Mayda, cortesia da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia,

Ressignificar e reviver: explorando o reuso em pavilhões e bienais

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 3 de 8
Pavilhão dos Países Nórdicos. Imagem © Matteo de Mayda, cortesia da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia,

Prática utópica, poder político e comunidade na arquitetura: uma entrevista com Olalekan Jeyifous

Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África - Imagem 7 de 8
Olalekan B. Jeyifous. 'Canyon Dreamscape'. Los Angeles, CA (UCLA Medical Center: Olive View Care Village), 2021. Imagem © Charles White

Galeria de Imagens

Ver tudoMostrar menos
Sobre este autor
Cita: Florian, Maria-Cristina. "Retrospectiva da 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza, a primeira voltada para a África" [A Look Back at the 18th Venice Architecture Biennale, the First to be Focused on the Culture of Africa] 12 Dez 2023. ArchDaily Brasil. (Trad. Ghisleni, Camilla) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/1010546/retrospectiva-da-18a-bienal-de-arquitetura-de-veneza-a-primeira-voltada-para-a-africa> ISSN 0719-8906

¡Você seguiu sua primeira conta!

Você sabia?

Agora você receberá atualizações das contas que você segue! Siga seus autores, escritórios, usuários favoritos e personalize seu stream.