Festivais de música podem oferecer a artistas, designers e arquitetos uma plataforma para apresentar seu trabalho para grandes multidões. A própria escala dessas instalações, o espaço para exploração artística e o vasto público que alcançam podem representar aos designers uma oportunidade para mostrar suas ideias. Através da escala, cor, imagens e iluminação, essas instalações criam impressões duradouras nas pessoas que frequentam esses eventos e naqueles que as veem através de notícias ou redes sociais. Alguns temas explorados este ano incluíram reformular elementos familiares de formas inéditas, geometrias abstratas de grande escala e o uso de materiais inovadores.
Apresentar objetos familiares de forma inovadora
Maggie West / Eden
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Artigo RelacionadoNesta instalação do Coachella, a fotógrafa e artista Maggie West recontextualizou plantas através de sua escala massiva e iluminação estranha. Cada lado da instalação de 17 metros de altura apresentava fotografias tiradas sob uma iluminação surreal de luz fria ou quente. À noite, a instalação se iluminava, projetando efeitos visuais baseados nas características naturais de cada planta.
Estudio Normal / Capot
O escritório de arquitetura Estudio Normal reutilizou noventa e cinco capôs de carros para projetar o epicentro escultural do Lollapalooza de Buenos Aires. Eles os arranjaram em forma de cone para criar sombra para o público. A instalação nasceu ao observar o papel alternativo que os capôs dos carros estacionados desempenham na cidade, como assentos para socializar.
Kumkum Fernando / The Messengers
O artista Kukum Fernando fundiu simbologia asiática com geometrias futuristas para criar figuras semelhantes a totens para o Coachella. Inspirado em sua criação no Sri Lanka, ele deu um toque futurista aos mitos e imagens com os quais cresceu para dar características únicas a cada escultura, produzindo criaturas com cores vivas e criaturas detalhadas semelhantes a robôs.
A intersecção de arte e tecnologia
Vincent Leroy / Molecular Cloud
A instalação cinética e reflexiva de Vincent Leroy tinha como objetivo alterar a percepção do público do espaço no Coachella. As instalações em forma de nuvem do artista consistiam em uma série de esferas cor-de-rosa em movimento que refletiam as multidões e seu entorno.
Ozel Office / Holoflux
O estúdio de arquitetura da UCLA, Guvenc Ozel, criou uma peça escultural abstrata que exibia arte digital. O escritório interdisciplinar projetou uma peça que tinha como objetivo reformular a percepção do visitante sobre o digital e o físico. À noite, ela se iluminava, projetando cores e formas brilhantes e criando maneiras totalmente diferentes de entender a geometria de longe e de perto.
Experimentando novos materiais
MIT Media Lab / The Living Knitwork
O pavilhão vivo do MIT no Burning Man usou tramas de fios ativos elétricos tricotados em 3D para iluminar sua geometria em forma de flor. Seus fios continham sensores que respondiam à interação do usuário fornecendo iluminação e mudando de cor. A materialização do projeto mesclou perfeitamente tecnologia, arquitetura e expressão artística para criar uma experiência que levava os usuários a uma jornada narrativa e interativa.
Simon Carroll / Hayes Pavilion
O designer de cenários de festival Simon Carroll projetou um pavilhão feito de madeira recuperada e micélio no festival de Glastonbury. A estrutura em espiral de 26 metros de comprimento tinha uma parede revestida com biomaterial cultivado a partir de fungos. Essa instalação chamou a atenção para biomateriais alternativos que poderiam ser usados para criar os cenários elaborados que demandam os festivais de música.
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