O escritório Herzog & de Meuron divulgou o projeto para o Seoripul Open Art Storage, um espaço de arquivo coletivo que atenderá três museus em Seul: o Museu de Arte de Seul, o Museu de Arte Artesanal de Seul e o Museu de História de Seul. Para além do programa de arquivo, a proposta tem como objetivo abrir o edifício para visitantes, transformando o armazenamento de objetos artísticos em um espaço cívico dinâmico. Localizado na extremidade leste do Parque Seoripul, o volume é caracterizado por uma estrutura de vidro piramidal em um jardim que funciona como um espaço externo isolado para visitantes do Arquivo/Museu.
O projeto cria elementos arquitetônicos para os programas específicos que abrange: cafeteria, biblioteca e entrega e manuseio de objetos artísticos. Estes são tratados como blocos minerais que ancoram o volume piramidal envidraçado o qual abriga o arquivo. Esta cobertura de vidro apresenta uma abertura horizontal na parte superior, onde estão localizados a administração e o restaurante. Acima deste andar, a última seção superior do volume é dedicada a oficinas de preservação de arte.
O terreno ao redor será transformado em platôs inspirados nos princípios tradicionais dos jardins coreanos. Os quatro blocos minerais são posicionados de forma a maximizar as vistas para várias "paisagens emprestadas", ao mesmo tempo em que acomodam programas específicos em relação ao seu entorno. Entre os volumes, um espaço especial serve como plataforma para exposições de artefatos selecionados.
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Qual o papel dos museus de arte nos dias de hoje?A seção piramidal contém o bloco de arquivo, abrigando as coleções de arte que vão do nível 2 ao nível 5. Os artefatos são agrupados de acordo com seus materiais e necessidades especiais, e não em relação aos seus museus, para que todas as condições climáticas ideais possam ser alcançadas. Os níveis são divididos em 4 seções: materiais compostos e objetos de arte em grande escala; cerâmica, trabalhos em metal, vidro e jade, e trabalhos em pedra; trabalhos em madeira, trabalhos em papel, caligrafia e trabalhos em marfim/osso; e pinturas têxteis e artes midiáticas. À medida que a circulação vertical, a manipulação dos objetos e os sistemas técnicos são agrupados em uma espinha funcional no lado sul, o restante dos pavimentos permanece flexível e adaptável aos diferentes conceitos curatoriais.
A abertura no sexto andar oferece vistas panorâmicas em todas as direções, enquanto o restaurante oferece aos visitantes uma oportunidade de pausa. Um longo átrio também permite conexões visuais com as oficinas de conservação de arte acima. O projeto também se esforça para alcançar neutralidade de carbono por meio de uma estratégia que se concentra em cinco áreas-chave de impacto. A estrutura prioriza concreto com alto teor de reciclagem, estratégias passivas como abertura limitada de janelas e isolamento cuidadoso reduzem o consumo de energia, enquanto uma bomba de calor geotérmica fornece uma fonte de energia sustentável. Além disso, elementos fotovoltaicos gerarão eletricidade, e a água da chuva será coletada e utilizada em todo o volume.
O Open Art Storage representa um programa arquitetônico relativamente novo, tendo como referência o Depósito Boijmans Van Beuningen do MVRDV em Roterdã, um dos primeiros projetos do gênero. A instalação, construída para abrigar o arquivo do Museu Municipal Boijmans Van Beuningen, propõe um novo tipo de experiência, recebendo os visitantes para explorar a coleção e as oficinas de preservação.