Muitas vezes o conceito de patrimônio é associado a algo que teve valor no passado e que merece ser conservado. No caso de uma obra de arquitetura, queríamos que alguns edifícios que conta nossa história se mantivessem intocados no tempo, sem considerar, em ocasiões, o uso e significado real do edifício nos nossos tempos. Nos fazemos a pergunta: segue tendo valor um edifício se seu uso está obsoleto?
Apesar da fascinação que temos por ruínas, em algumas ocasiões a conversão ou reabilitação podem ser a melhor alternativa - e seguramente a mais contemporânea - à conservação. Através delas é possível inovar em materiais, que podem agregar ainda mais valor ao passado da obra arquitetônica. Como também, converter espaços que inicialmente foram pensados para abrigar determinadas funções e que hoje admitem novos usos de acordo com a atualidade.
Conservar um edifício sem atualizar ou repensar suas funções pode o levar ao desgaste, o congelando no tempo e impedindo sua adaptação às próprias mudanças da sociedade. Qual é a sua opinião sobre o assunto?
Vasculhamos nosso arquivo e selecionamos algumas intervenções em edifícios históricos para ilustrar o tema. Veja todas, a seguir.
Reforma de um antigo Bunker / B-ILD
Espaço de Arte Contemporânea no antigo Convento da Madre de Dios / sol89
Reconversão de um Palheiro em Cortegaça / João Mendes Ribeiro
Escola Profissionalizante de Culinária em Antigo Abatedouro / Sol89
Centro Cívico Cultural de Palencia / EXIT Architects
Centro Interpretativo da Paisagem da Vinha / SAMI-arquitectos
Fazenda Bacoc / Reyes Ríos + Larraín Arquitectos
Intervenção na 'Plaza de la Pescadería', Sevilha / Mariñas Arquitectos Asociados
Reabilitação do matadouro real do Século XVI de Porcuna / Pablo Manuel Millán Millán