Como A. Quincy Jones, com razão, disse: "não existe arquitetura sem importância".[1] O arquiteto trabalhou ao lado de seu colega, Frederick E. Emmons, colocando seu coração e alma no projeto da Case Study House #24 que, infelizmente, nunca foi construído. O local em que a residência seria construída fazia parte da Rolling Hills Ranch, área que hoje é popularmente conhecida como San Fernando Valley.
O projeto da casa levou em conta o meio ambiente que, ricamente, pode ser visto nos desenhos arquitetônicos. A região, com a sua vegetação verdejante, convida o usuário a nadar, andar à cavalo, fazer churrasco, entre outras atividades ao ar livre.
O San Fernando Valley é uma das cidades-dormitório de Los Angeles, onde a variação de temperatura é um grande fator na construção de casas. Durante a era do pós-guerra, em 1945, muitos projetos estavam sendo selecionadas para fins comunitários e San Fernando se mostrou um excelente lugar para abrigá-los. A Case Study House #24 era, na verdade, um plano comum para 260 casas no total. O projeto completo consistia em um parque compartilhado e instalações recreativas. No entanto, tudo começou com a planta da casa de 160 metros quadrados, proposta por Jones e Emmons e patrocinada pelo empreendedor do pós-guerra, Joseph Eichler. [2]
O desenho foi planejado como uma estrutura parcialmente subterrânea para controlar a temperatura e proporcionar um certo nível de privacidade para o dono da casa. O Hammer Museum em Los Angeles possui um modelo da planta original apresentada por Quincy e seu associado. Além do gesto semi-subterrâneo, outra ideia que fez a #24 parte dos 36 projetos de estudo de caso, foi o fato de que ele projetou um reservatório de água em seu telhado. Novamente, isto foi feito de forma inteligente, a fim de controlar a naturalmente a temperatura durante o período mais quente de LA. Este reservatório seria conectado com um sistema para irrigar as árvores e plantações. A parte da fachada que estava acima do solo seria coberta com portas de vidro deslizantes, oferecendo acesso aos pátios criados dentro dos muros de contenção, reforçando o estilo de vida interior-exterior que muitos compradores do período pós-guerra desejavam.
Um elemento que representou a experiência e visão de Jones, era a cozinha. Notavelmente, este espaço incluiu a introdução de uma copa. De acordo com A. Quincy Jones, a cozinha era o coração da maioria das atividades da família, apresentando a necessidade de múltiplas experiências, e, portanto, foi dividida em dois. O espaço principal foi destinado a ser autônomo, enquanto um espaço secundário, a copa, poderia estar entre a sala de estar e cozinha. Este arranjo permitiu que o proprietário isolasse a parte 'desarrumada' da casa e facilmente recebesse os convidados, a qualquer momento. Toda a lavação de louça e semelhantes tarefas sujas teriam um lugar na copa enquanto a área de estar seria na cozinha "real". [3]
Por último, Jones e Emmons incluíram vegetação de grande porte em parte do desenho. De acordo com o seu processo de pensamento, uma relaxante atmosfera dentro do agregado familiar só poderia ser criada se as plantas fossem cultivadas de tal maneira que elas bloqueassem o som e a luz.
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- Case Study House #26 / Beverley David Thorne
- Case Study House #1 / Julius Ralph Davidson
- Case Study House #9 / Charles Eames and Eero Saarinen
- Case Study House #6 / Richard Neutra
- Case Study House #22 / Pierre Koenig
- Case Study House #21 / Pierre Koenig
- Case Study House #8 / Charles & Ray Eames
- Farnsworth / Mies van der Rohe
- Pavilhão de Barcelona / Mies van der Rohe
Referências:
- Kaplan, Sam Hall. “Quincy Jones, the Architect and His Legacy,” LA Times, 3/26/1988
- Case Study House 24,” Arts & Architecture Magazine, Dezembro, 1961
- ibid.