La Escuelita: O documentário é um registro do projeto de ensino alternativo de arquitetura que aconteceu em Buenos Aires entre 1976 e 1981, em meio a um contexto social e político particular da Argentina. A ditadura que iniciou com o golpe de Estado no dia 24 de março de 1976.
O documentário apresentado por Libido Cine (Jorge Gaggero) e Moderna Buenos Aires - Conselho Profissional de Arquitetura e Urbanismo (CPAU), evidencia uma experiência exitosa que influenciou várias gerações de arquitetos a partir da ação de alguns dos seus protagonistas: professores e alunos da La Escuelita.
La Escuelita foi composta por um grupo de professores que haviam sido expulsos da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Buenos Aires após o golpe de Estado de 1976. A fundação deste grupo de ensino alternativo de arquitetura se deu por parte dos arquitetos Tony Diaz, Justo Solsona e Rafael Viñoly em conjunto com Ernesto Katzenstein. O objetivo era criar um espaço de discussão para os arquitetos de Buenos Aires e retomar a reflexão sobre os problemas da disciplina.
Tem gente que pergunta, por que eles foram embora? e eu digo, bom, fomos também porque nos despediram. É uma realidade.
A partir do vínculo de alguns dos seus membros no panorama internacional - como a amizade entre o arquiteto italiano Aldo Rossi e Tony Díaz - o grupo da Escuelita conseguiu manter contato com personagens como Manfredo Tafuri ou Rafael Moneo. Estas notáveis relações construíram uma atmosfera de reflexão a partir do projeto, da crítica e da história em relação com o contexto arquitetônico internacional.
Nos faziam levar papel e lápis para desenhar, então eu disse: isto parece uma escolinha.
A produção dos primeiros cinco anos por parte do grupo foi publicada no livro titulado La Escuelita; 5 años de enseñanza alternativa de arquitectura en la Argentina:1976/1981". Atualmente, a Escuelita foi o começo de uma renovação profunda do olhar sobre a história da arquitetura na Argentina e uma importante conformação que influenciou várias gerações futuras de arquitetos.
Foi uma comunicação, uma troca que para mim é sempre o básico, como a alimentação, para manter o pensamento.