O projeto de um espaço que reivindique a ação humana conjunta, que deixe de lado os interesses individuais para poder tratar das questões de interesse comum, evidencia a necessidade de responder às considerações da ação do encontro.
Contar com lugares compartilhados de diversos tipos é fundamental para o desenvolvimento social das comunidades, no entanto, diversas foram as experimentações ao redor do espaço de reunião e dos espaços de serviço que os alimentam. O desenvolvimento desse tipo de encontro é uma tarefa inerente ao arquiteto em seu papel ativo, social e contemporâneo no melhoramento da qualidade de vida.
A seguir, explore uma série de projetos que exemplificam tipos de organização arquitetônica em projetos comunitários.
+ Cubos para a Comunidade em Shanghai / INCLUDED
Tal como o projeto Eco Bulevar de Vellecas de Ecossistema Urbano, em numerosos casos as formas de apropriação do espaço frequentemente ficam a azar da atividade das pessoas que o usam. A importância de provocar os espaços em si para a comunidade vai ao encontro dessa exigência espacial e essa necessária flexibilidade espacial.
Nesse sentido, a tentativa de criar um espaço acessível, escalável e móvel poderia chegar ao ponto de mover-se com a comunidade no caso desta se ver obrigada a deslocar-se, caso dos recipientes de carga adaptados da INCLUDED, que servem aos migrantes marginalizados de Shanghai.
+ Casa para todos em Kesennuma / Zhaoyang Architects
A atividade de reunião é associada, em alguns casos, à necessidade de refúgio. Em alguns desses casos, os espaços de serviço acabam configurando o espaço protegido central, que funciona como o centro das atividades comunitárias.
+ Centro Social Las Margaritas / Dellekamp Arquitectos + TOA Oficina de Operações Ambientais + Comunidade de Aprendizagem
Em casos de maior demanda espacial, tanto para sustentar reuniões comunais ou festas locais ao ar livre, o espaço central de encontros é livre e os edifícios de apoio se posicionam de forma perimetral, protegendo a área central das condições climáticas.
+ Centro Comunitário de El Rodeo de Mora / Fournier_Rojas Arquitectos
Mencionando a dissociação entre espaço de reunião e espaço de serviços, a planta livre permite uma multiplicidade de atividades que podem promover o desenvolvimento social e o progresso comunitário. O acesso dos cidadãos a uma arquitetura pública pode ficar evidenciado com a leitura e compreensão do edifício, no sentido de uma flexibilidade espacial e da forma que surge de seu vínculo simbólico com o local e natureza circundante.
+ Espaço acolhedor BE / H&P Architects
Em diversos caso de estudo, é possível observar como o espaço responde a uma carência urbana, permitindo transparência e encontro, físico e visual, na intenção de melhorar a relação tanto entre as pessoas, quanto entre elas e o contexto circundante. Nesse sentido, o vínculo estreito entre os espaços convida a envolver-se com eles e com as pessoas que o utilizam.
+ Parque Educativo San Vicente Ferrer / Plan:b arquitectos
No público do espaço comunitário, a imagem coletiva pode ficar associada à representação de certos elementos: os parques educativos na Colômbia possuem programas similares e uma organização singular do espaço público, que inclui, principalmente, a possibilidade de utiliza-lo como ponto de encontro, debate e expansão de atividades.
+ Colégio Pies Descalzos / Giancarlo Mazzanti
Vários projetos reservam importante lugares de reunião exclusivos para o desenvolvimento de uma comunidade. As condições de vida das pessoas se potencializam na transformação de seu entorno e na geração de um símbolo urbano que permita a apropriação de seus habitantes.
+ RE-AINBOW / H&P Architects
As considerações na construção de um projeto multifuncional para a comunidade devem relacionar-se tanto com a capacidade de poder adaptar o espaço às necessidades de seus visitantes, quanto com a proporção de espaço que se destina ao exterior/interior e ao dinâmico/estático.
+ Quadra / Rozana Montiel | Estudio de Arquitectura
Complementar ao caso anterior, as proporções dos espaços podem ser entendidas de diversas maneiras. Não só como uma somatória de espaços, mas com um modelo programático diferente que valida, tanto coberturas multiuso, quanto pórticos com programas inseridos entre os espaços dos pilares onde quadras esportivas podem transformar-se em lugares de interação para atividades diversas e funcionar como centro comunitário.
+ Praça Comunitária Towada / Kengo Kuma & Associates
Na construção de um lugar para a reunião dos cidadãos, até agora como semelhança em todos os casos escolhidos, o público parecia prevalecer quase em sua forma primitiva, o espaço aberto, mas configurado de praça-ágora que permite congregar os cidadãos.