Carla Juaçaba é uma arquiteta que trabalha no Rio de Janeiro, onde se dedica ao desenho de diversos espaços com um olhar disciplinado que destaca o particular e exuberante contexto brasileiro.
Nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1976. Estudou arquitetura na Universidade Santa Úrsula, na mesma cidade. Formou-se arquiteta em 1999.
Desde 2000 desenvolve sua prática profissional da arquitetura e da pesquisa de forma independente em seu escritório no Rio de Janeiro. Empreende projetos públicos e privados, centrando seu trabalho sobretudo no desenho de residências, a partir do estudo detalhado de seus programas. Conta com uma equipe de colaboradores com os quais divide o desenvolvimento projetual e discute as diversas facetas de suas propostas.
Como estudante universitária trabalhou com a arquiteta Gisela Magalhães, da geração de Niemeyer, sobretudo na área de exposições relacionadas às artes nativas brasileiras e os museus históricos.
Como parte de sua produção, é possível mencionar algumas obras significativas: a Casa Rio Bonito, do ano 2005; a Casa Varanda, de 2007; a Casa Mínima, de 2008 e a Casa Santa Teresa, de 2012.
No que se refere à arquitetura comprometida com seu contexto, em uma entrevista a arquiteta Carla Juaçaba expressa que o aspecto mais importante que deve ser abordado é o contexto no qual se está projetando: o meio ambiente, o clima, a luz natural, possibilitam aproveitar todo o seu potencial, que deriva no uso de materiais locais. Um dos objetivos principais da arquitetura sustentável é construir com o que está à disposição. Os materiais que utilizamos são sustentáveis e podem ser totalmente reciclados; um material que foi e que se transformará no futuro, em outros projetos.
Também se preocupa com o papel das mulheres na arquitetura, o tema das mulheres arquitetas é complexo; não só porque é uma profissão ainda muito masculina e devemos impor muito para ganhar espaços, inclusive pequenos. No entanto, acredito que não há nenhuma diferença entre o trabalho dos homens e das mulheres, e é encorajador ver as mulheres arquitetas. (...) Acredito que ser arquiteto no Brasil de hoje não é a mesma coisa para homens e para mulheres. Escolas de arquitetura mostram uma situação muito contraditória: mais de 70% dos estudantes matriculados são mulheres, enquanto no mercado de trabalho e na vida profissional a maioria é de homens. É uma questão difícil de entender, mas ninguém fala disso. É fácil falar de igualdade entre os sexos, mas a realidade mostra que ainda há um longo caminho a percorrer.
* Texto por Silvina Barraud, cortesia de Un Día | Una Arquitecta
Conheça a biografia completa de Carla Juaçaba aqui.