Ao longo da história de um edifício, é possível que este assuma funções diferentes daquela para a qual foi originalmente pensado. É o caso, por exemplo, das casas que viraram museus, seja por terem se tornado ícones da arquitetura, seja porque em algum momento perderam sua função original e passaram por uma renovação para abrigar um espaço expositivo.
Nos casos em que casas se transformam em museus, a sua finalidade inicial, a de abrigo de pessoas, dá lugar à função de abrigo da memória. A estrutura do edifício permanece e, com os novos usos, o espaço interno pode ser remodelado ou não: nos casos em que as antigas residências se tornam lugar de visitação justamente por seu valor arquitetônico, a divisão interna dos espaços e o mobiliário são fatores importantes na composição visual do objeto exposto, ou seja, a casa. Já no caso de coleções de arte que são instaladas em antigas residências, as divisões preexistentes dos espaços - entre outras possibilidades - podem funcionar como guias para o percurso expositivo, classificando em salas os diferentes períodos históricos, movimentos ou estilos.
Dessa forma, ao visitar uma casa-museu é possível estar em “dois lugares" ao mesmo tempo: a casa - como espaço construído -, e o museu - como espaço expositivo. Selecionamos 17 projetos entre casas que foram reformuladas para abrigar museus e casas como museus. Confira: