Muito se discute a respeito das formas de reduzir o impacto ambiental que o mercado da construção civil gera, seja pelos resíduos que as atividades de canteiro tradicionais produzem, ou, ainda, pelo consumo de água vinculado aos processos produtivos que alguns tipos de edificação demandam. Os atuais movimentos de revisão destes parâmetros tradicionais da construção são impulsionados pela pauta ecológica, mas também, e talvez, sobretudo, respondem às possibilidades de melhorar a logística e rentabilidade dos processos do canteiro, tornando as obras mais ágeis e econômicas para quem constrói. A construção a seco é uma alternativa à qual o mercado tem recorrido, já que se trata de uma opção que promove uma obra rápida, limpa, eficiente e, em geral, com menor demanda material.
Esse tipo de construção, como o nome sugere, não utiliza água na composição estrutural dos edifícios, a não ser pelas fundações, e pode ser desenvolvido a partir do uso de diversos materiais, aço, madeira, e até mesmo concreto. No caso dos dois primeiros, a construção é composta por perfis leves - que no caso do aço compõem o steel frame, e no caso da madeira, o wood frame - e contraventada por painéis estruturais, enquanto no caso do concreto, uma dupla de painéis pré-fabricados, armados com treliças metálicas, forma os componentes de estruturação das obras. Separamos aqui um compilado de projetos com programas e usos diversos que provam a versatilidade e exemplificam as possibilidades desse tipo de sistema construtivo.