O período entre as décadas de 50 e 70 no Brasil se caracterizou, sobretudo, pela produção e difusão da arquitetura brutalista. Apesar da falta de uma definição unânime que caracterize o que pode ser entendido como um desdobramento da arquitetura moderna, o termo “brutalismo” é utilizado de forma geral para denotar edifícios da época que têm um denominador comum: o uso aparente dos materiais construtivos, em especial o concreto.
No entanto, o brutalismo é mais que um estilo; é também um modo de pensar e fazer, conforme investiga o historiador e crítico Reyner Banham em seu livro de 1966 “El Brutalismo en Arquitectura ¿Etica o Estetica?”. O autor foi responsável pela cristalização e difusão do termo, que ainda hoje se desdobra em pesquisas que demonstram a diversidade geográfica, conceitual e arquitetônica da linguagem brutalista ao redor do mundo.
Entre projetos já publicados no ArchDaily Brasil, selecionamos sete obras em diferentes regiões brasileiras que refletem a pluralidade e riqueza de abordagens do brutalismo no país. Confira:
Tribunal de Justiça do Estado do Piauí / Acácio Gil Borsoi
Faculdade de Arquitetura da UFBA / Diógenes Rebouças
Centro de Exposições do Centro Administrativo da Bahia / João Filgueiras Lima (Lelé)
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP) / João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi
Ginásio do Clube Atlético Paulistano / Paulo Mendes da Rocha e João De Gennaro
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro / Affonso Eduardo Reidy
CEASA Porto Alegre/ Carlos Maximiliano Fayet, Cláudio Luiz Araújo e Carlos Eduardo Comas + Eladio Dieste
Publicado originalmente em 20 de fevereiro de 2020.