![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 1 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0373/b357/6527/8600/0134/newsletter/10688-06.jpg?1591280490)
No exercício da arquitetura, os profissionais constantemente devem lidar com o desafio de representar um projeto de forma clara e compreensível antes de ser construído, tornando o espaço de alguma forma visível para um público muitas vezes não especializado na área. A renderização é um dos modos mais difundidos de representação tridimensional entre os arquitetos por apresentar o projeto de forma considerada “mais próxima da realidade”. A realidade, por sua vez, inclui a presença de pessoas e os modos de habitar os espaços – representados por meio de escalas humanas, que devem estar em consonância com a imagem que se pretende transmitir e o entendimento da arquitetura, do local em que está inserida e da forma como é habitada.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 5 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0399/b357/65e6/b400/01bc/newsletter/VIGLIECCA_ASSOC-SOLNASCENTE-PERSPECTIVA_VILA_COM_CITA%C3%87%C3%95ES.jpg?1591280529)
No desenho à mão, a expressão de cada arquiteto é perceptível pela variação de traços e modos de representar a escala humana e figuras. Na produção digital, a particularidade do traço pode ser perdida, mas as diferentes formas de representação da figura humana, como a partir de fotografias, aquarelas e ilustrações, não deixam de comunicar ideias em relação ao render – que pode expressar uma imagem realista, sintética, jocosa, conceitual etc. –, e ao profissional ou escritório que o produziu. Assim, são importantes ferramentas para a comunicação entre escritório, projeto e clientes, investidores, jurados de concursos ou qualquer que seja o público atingido pelas imagens.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 6 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0348/b357/65e6/b400/01b9/newsletter/03.jpg?1591280441)
Ao contrário dos croquis, as renderizações costumam representar um ambiente de forma muito próxima ao “real”. Seduzem os clientes com imagens que se aproximam de representações de algo já construído, mas a partir de imagens produzidas digitalmente, baseadas em modelos 3D e reguladas por ferramentas que controlam a aparência dos materiais, as rugosidades, sombras, reflexos, brilho e outras variáveis em inúmeras combinações.
Na elaboração das visualizações por meio de renderizações, a escala humana é um fator relevante para uma série de compreensões. As medidas de um edifício, por exemplo, se tornam mais facilmente legíveis com a presença de figuras humanas e a relação comparativa estabelecida entre as medidas das pessoas e as medidas do edifício.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 8 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0364/b357/6527/8600/0133/newsletter/06_HM-ANGERS-LUXIGON.jpg?1591280472)
Ainda que seja possível estabelecer as relações de proporção a partir da própria arquitetura, como por exemplo a partir das medidas de uma escada ou uma porta, o uso pode não ser totalmente compreensível a partir apenas da imagem do objeto arquitetônico em si. Um mesmo espaço pode adquirir um significado contemplativo, participativo ou recreativo a depender das atividades desempenhadas pelas escalas humanas, o que revela possíveis usos para além daqueles pré-determinados ou sugeridos pela arquitetura.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 4 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/038c/b357/6527/8600/0135/newsletter/MALI_3.jpg?1591280514)
A arquitetura é pensada e feita para pessoas. Nesse sentido, a presença da escala humana não só nas renderizações, mas também em croquis, colagens ou qualquer outra forma de representação tridimensional do projeto, parece um acréscimo essencial e indicativo de quem irá ocupar aquele espaço. Portanto, renderizações que incluem escalas humanas vestindo agasalhos em regiões tropicais ou figuras escandinavas em locais marcados pela diversidade de etnias causam estranheza. A importância da escala humana está relacionada também à conexão entre o projeto e o contexto em que está inserido.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 3 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0380/b357/65e6/b400/01bb/newsletter/imagemC.jpg?1591280501)
Apesar de ser um dos últimos elementos inseridos nas visualizações arquitetônicas – que, por sua vez, está entre as últimas etapas de elaboração do projeto –, a escala humana representa aquela que é, ou deveria ser, a preocupação primeira da arquitetura: as pessoas. Assim como nos baseamos nas medidas humanas para estabelecer algumas distâncias e medidas no projeto, sua presença também é base para comunicação entre projeto arquitetônico e o público atingido pelas imagens renderizadas.
![Os últimos serão os primeiros: o papel das escalas humanas nas renderizações - Imagem 7 de 8](https://images.adsttc.com/media/images/5ed9/0356/b357/65e6/b400/01ba/newsletter/05.jpg?1591280461)
Em um artigo publicado anteriormente no ArchDaily é possível encontrar uma lista de sites dedicados a representar a diversidade dos habitantes de diferentes partes do mundo. Em outro artigo, publicamos algumas de dicas de como adicionar escalas humanas às suas renderizações.