Projetar espaços abaixo do nível do solo é sempre um grande desafio, principalmente nos quesitos de iluminação e ventilação. Entretanto, soluções criativas possibilitam espaços subterrâneos acolhedores e arejados como o uso de painéis perfurados para entrada de luz na Casa K ou, até mesmo, a implementação estratégica de um espelho d’água com fundo de vidro no térreo permitindo que a iluminação natural atinja o subsolo da Casa Jardim do Sol.
Na grande maioria dos exemplos, a escolha em ocupar o subsolo surge em decorrência da intenção de diminuir a taxa de ocupação no terreno possibilitando, muitas vezes, espaços ajardinados maiores. Em termos de regulamentação urbana, vale ressaltar que muitas cidades brasileiras não só permitem como incentivam a ocupação do subsolo como estratégia para também diminuir a área ocupada no terreno.
Apesar de ser uma solução que encarece o custo da obra pela grande movimentação de terra necessária, quando possível, possibilita a criação de espaços adicionais importantes, não somente garagens e área técnicas, como se costuma relacionar ao subsolo, mas também academias de ginástica e adegas como na Casa MAA e na Casa Boa Vista, estúdio de trabalho como na Casa W3 Sul, pátio interno como na Casa Geminada e até mesmo usos incomuns como sala de massagem na Casa Lagoa ou um espaço para a coleção de 40 automóveis antigos na Casa Jardim do Sol.
Dentre essa variedade de usos e disposições formais, confira a seguir exemplos de casas brasileiras que possuem áreas subterrâneas.