Bitcoin, NFT's e metaverso: refletindo sobre o ano do mercado imobiliário digital

Imagine se há alguns anos você acordasse com a notícia de que alguém pagou mais de um milhão de dólares por três lotes de terreno digital ao lado da famosa mansão digital do rapper Snoop Dogg. Você provavelmente se perguntaria: "O que é um terreno digital, e por que alguém pagaria por isso?" Durante o ano, uma corrida para comprar propriedades, arte e terras aconteceu — mas tudo isso existe em um mundo virtual chamado de metaverso. Embora este mundo já existisse muito antes da pandemia, os lockdowns impulsionaram o mundo online para um novo nível, chamando a atenção de compradores privados e corretores que começaram a canalizar dinheiro para esta realidade. Mas como surgiu este mundo, o que o futuro nos reserva, e qualquer um pode se juntar a esta realidade virtual?

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Genesis Plaza em Decentraland. Imagem Cortesia de Decentraland

Essas novas plataformas que hospedam realidades digitais parecem modernas, não atualizadas para os mundos online em que vivíamos há não muito tempo, por meio dos primeiros jogos da Internet como Minecraft e The Sims. Exceto pelo tempo, há muito mais dinheiro envolvido — estes universos são construídos sobre blockchains e adquiridos com suas próprias moedas criptográficas. Você não apenas tem a oportunidade de criar um alter-ego online, fazer amigos, compartilhar obras de arte únicas, mas também pode comprar e vender itens virtuais. Embora este novo mundo pareça um pouco indisciplinado e cheio de especulação, isso não impediu as pessoas de gastarem grandes quantias de dinheiro.

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MARS HOUSE Digital NFT. Imagem cortesia de Krista Kim

Parte deste frenesi começou com a criação e venda do NFT- Non-fungible Token" ("Token não-fungível", em tradução livre). A venda de uma peça por cerca de 70 milhões de dólares foi em grande parte vista pelo público. Quando o mundo imobiliário digital começou a ganhar destaque, e a Mars House, uma casa funcional projetada por Krista Kim foi vendida por quase meio milhão de dólares em março, os investidores começaram a construir e vender suas próprias propriedades fictícias. Para efeito de comparação, o preço médio de uma casa nos Estados Unidos na época em que a Mars House foi vendida era mais de 100.000 dólares a menos. Há apenas alguns meses, o Facebook anunciou que estaria assumindo sua posição no metaverso, e até mudando seu nome para Meta para mostrar sua dedicação em viver em uma nova realidade alternativa.

Agora, ainda mais, jogadores surgiram neste campo, tais como o Decentraland e o Sandbox. Estes universos estão fazendo mais do que servir como locais para o próximo desenvolvimento. Eles também estão se tornando mundos onde as pessoas podem assistir a eventos virtuais como concertos e desfiles de moda, lugares para comprar roupas para avatares e até mesmo adquirir itens que podem ser enviados para sua casa. Algumas pessoas estão propondo fornecedores virtuais onde as pessoas podem vender seus próprios bens — como a loja AR Etsy. Grandes marcas já entraram no negócio, com a Adidas anunciando um grande investimento nas últimas semanas. Em vez de criar mundos falsos completamente novos, alguns estão replicando cidades e locais famosos, como Nova York e Las Vegas, permitindo aos usuários comprar uma peça digital de um edifício do mundo real.

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O Metaverse Group comprou a “116 parcela imobiliária no coração do bairro da Fashion Street” de Decentraland por 618.000 mana. Imagem Cortesia de Decentraland

Mas se você não é um milionário, o metaverso também pode ser para você, já que a maioria destas transações tem menos de seis dígitos. A maior parte do financiamento acontece quando se compra o próprio terreno, e depois se paga a um construtor para projetar e reformar seus espaços com todas as comodidades, acabamentos e ostentação que eles não têm em suas casas reais. E se você não puder pagar por tudo de uma vez, os bancos virtuais estão oferecendo hipotecas virtuais para ajudar.

Então, o que vem a seguir para o mundo virtual das NFTs e do mercado imobiliário? Muitos afirmam que este é apenas o começo, e o início de como usaremos a próxima iteração da internet. Até mesmo novos negócios estão surgindo para apoiar estas realidades alternativas, oferecendo-se para administrar ativos digitais, a construção, e a riqueza digital. Quando Justin Bieber realizou um concerto no início deste mês, milhões de fãs não tiveram que pagar por ingressos para um local físico, visto que podiam apenas sintonizar para ver seu avatar virtual cantar suas canções no metaverso. Na verdade, este novo mundo mostra como nossas vidas reais e digitais se tornarão mais perfeitas e totalmente integradas do que nunca.

Este artigo é parte do Tópico do ArchDaily: Resumo do Ano. Mensalmente, exploramos um tema específico através de artigos, entrevistas, notícias e projetos. Saiba mais sobre os tópicos mensais. Como sempre, o ArchDaily está aberto a contribuições de nossos leitores, se você quiser enviar um artigo ou projeto, entre em contato.

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Sobre este autor
Cita: Overstreet, Kaley. "Bitcoin, NFT's e metaverso: refletindo sobre o ano do mercado imobiliário digital" [Bitcoin, NFT's, and the Metaverse: Reflecting on the Year of Digital Real Estate and Design] 09 Jan 2022. ArchDaily Brasil. (Trad. Bisineli, Rafaella) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/973988/bitcoin-nfts-e-metaverso-refletindo-sobre-o-ano-do-mercado-imobiliario-digital> ISSN 0719-8906

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