Ao longo do último século, os carros foram o elemento dominante no planejamento de cidades e municípios. Pistas para veículos, expansão de faixas, estacionamentos e garagens foram sendo criados e usados enquanto continuamos nossa dependência pesada em carros, deixando os planejadores urbanos com a tarefa de desenvolver maneiras criativas para tornar as ruas mais seguras para ciclistas e pedestres. Mas muitas cidades, especialmente algumas na Europa, se tornaram exemplos de ideologias progressistas sobre como projetar novos espaços para nos tornarmos livres dos carros e repensar as ruas para torná-las mais amigáveis aos pedestres. Será que já estamos experimentando a morte lenta dos automóveis pelo mundo e favorecendo os que preferem caminhar ou andar de bicicleta? E se sim, como isso pode ser feito em uma escala ainda maior?
Historicamente, os Estados Unidos encontram grandes problemas para tornar autovias mais favoráveis aos pedestres. Em grande escala, a dependência em carros é especialmente evidente na gigantesca infra-estrutura de rodovias. Embora intuitivamente pareça que a construção de rodovias possa reduzir o trânsito, o resultado prático tem o efeito oposto: mais rodovias levam a mais problemas e mais carros. A obsessão dos Estados Unidos com a construção contínua de autopistas não para nas grandes rodovias interestaduais, e mesmo alguns dos centros urbanos mais movimentados e proeminentes tem tido dificuldades para se tornarem menos dependentes de carros.
Nos últimos anos, foram apresentados muitos pedidos para retirar carros das ruas e favorecer o uso de pedestres e ciclistas. A Ponte do Brooklyn, na cidade de Nova York, talvez seja o caso recente mais notável, com muitas ideias circulando sobre como a atração turística pode servir a usuários que cruzam de um bairro ao outro. No final do ano passado, New York City’s Brooklyn Bridge is perhaps the most recently notable, a ponte retomou espaço dos carros no sentido Manhattan e o devolveu como uma pista dedicada aos ciclistas.
"We're installing these new bike lanes but we're seeing very little uptick in cycle modal share. I guess we just don't have the Dutch cycling culture" pic.twitter.com/SYZW6L7CVL
— Sam 🚴🌱🍻Ⓥ (@MCRCycleSam) January 20, 2022
Desde que a ciclovia foi implantada, o número diário de ciclistas aumentou em mais de 88% em relação ao mesmo momento do ano passado. Algumas pessoas podem argumentar que não há um apetite para cidades favoráveis ao ciclismo nos Estados Unidos, mas os dados revelam que essa afirmação não poderia estar mais distante da verdade. Nossa cultura não aparentar ser amigável aos pedestres porque nossas cidades não foram projetadas para isso, mas quando essas intervenções são aplicadas, as pessoas as utilizam em números e frequência impressionantes. Além do sucesso da Ponte do Brooklyn, há outras oportunidades para abrir caminho para uma cidade pró-ciclismo?
Outros lugares pelo mundo, especialmente os países europeus, especially European countries, ou tiveram há muito tempo esses aspectos do planejamento urbano inseridos em suas cidades, ou estão amplamente adotando esses medidas ativas para aprimorar o uso de suas vias públicas. No mês passado, Berlim anunciou uma proposta para criar a maior área livre de carros do planeta para garantir que suas ruas sejam saudáveis, seguras e favoreçam o meio ambiente. Parte dessa decisão vem de um estudo e 2014 conduzido pelo Parlamento Regional de Berlim, que indicava que cerca de 60% do espaço nas ruas e estradas era dedicados a carros, embora apenas um terço de todas as jornadas sejam feitas de carro. Em comparação, apenas 3% das ruas são pistas dedicadas ao ciclismo, que compõem 15% das jornadas. Ao aumentar o acesso a pedestres e ciclistas, Berlim espera ver o número disparar. Até Paris, com seu ousado plano de 'cidades de 15 minutos', que inspirou outras cidades a reconsiderarem o acesso às necessidades diárias e aos métodos de transporte para atrair visitantes, incorporou uma ênfase no acesso seguro dos ciclistas às ciclofaixas e ciclovias.
Quanto mais as cidades começarem a implementar estratégias para manter os pedestres e ciclistas em segurança, mais poderemos continuar evoluindo nossas cidades até que elas se tornem lugares menos dependentes de carros e considerando as demandas de seus usuários.