Desde o seu lançamento em 2000, o Serpentine Pavilion tem oferecido a arquitetos renomados e emergentes uma plataforma para experimentação de projetos, tornando-se uma importante mostra da arquitetura contemporânea. Ao nos aproximarmos da inauguração do Serpentine Pavilion 2023, projetado por Lina Ghotmeh e intitulado À Table (expressão francesa que se refere ao ato de sentar juntos para comer) relembramos as últimas seis edições do pavilhão.
Serpentine Pavilion de 2022, por Theaster Gates
O Serpentine Pavilion de 2022 teve como título Black Chapel e foi projetado pelo artista Theaster Gates, de Chicago, em parceria com Adjaye Associates. Indo além da arquitetura para criar um espaço voltado às experiências de espiritualidade compartilhadas, potencializadas pela música e pelas artes sacras, o projeto se inspira nas tipologias arquitetônicas recorrentes na prática do artista. Faz referência aos fornos Stoke-on-Trent na Inglaterra, aos fornos em formato de colmeias do oeste dos Estados Unidos, aos tempiettos romanos e às algumas estruturas tradicionais africanas.
Serpentine Pavilion 2021, por Counterspace
Counterspace, o 20ª escritório a aceitar o convite para projetar o Serpentine criou uma intervenção “baseada em locais de encontro, organização e pertencimento passados e presentes em Londres”. Reinterpretando as formas de Londres na estrutura, referenciando a arquitetura de locais de culto, mercados, restaurantes, livrarias e instituições culturais que são particularmente relevantes para comunidades migrantes nos bairros, o projeto também teve fragmentos instalados por toda a cidade.
Serpentine Pavilion de 2019, por Junya Ishigami
O projeto de Junya Ishigami para o pavilhão de 2019 assumiu a forma de uma peça de ardósia que se ergue na paisagem do parque sustentada por pilotis que criam um campo interior. “Meu projeto trabalha com nossas perspectivas do ambiente construído contra o pano de fundo de uma paisagem natural, enfatizando uma sensação natural e orgânica como se tivesse crescido do gramado, lembrando uma colina feita de rochas”, explicou Ishigami.
Serpentine Pavilion 2018 de Frida Escobedo
O projeto de Escobedo, que funde elementos típicos da arquitetura mexicana com referências locais de Londres, apresentou um pátio cercado por dois volumes retangulares construídos com telhas de cimento. Essas peças foram empilhadas para formar um tipo de parede comum à arquitetura mexicana que é permeável, permitindo ventilação e vistas para o outro lado.
Serpentine Pavilion 2017 por Diébédo Francis Kéré
O Serpentine Pavilion de 2017, projetado por Francis Kéré, foi concebido como um microcosmos - "uma estrutura comunitária dentro de Kensington Gardens". O pavilhão foi projetado para fundir conscientemente referências culturais da cidade natal de Kéré, Gando, em Burkino Faso, com "técnicas de construção experimentais". O arquiteto esperava que o pavilhão, como condensador social, “se tornasse um farol de luz, um símbolo de narrativa e união”.
Serpentine Pavilion 2016 por BIG
O Serpentine Pavilion 2016, projetado por BIG, consistia em uma "parede descompactada" na qual uma linha reta de tijolos tubulares de fibra de vidro posicionada no topo da parede era dividida em dois lados ondulados, abrigando o programa do pavilhão. Pela primeira vez, o Serpentine Pavilion 2016 também foi acompanhado por quatro "summerhouses" projetadas por Kunlé Adeyemi, Barkow Leibinger, Yona Friedman e Asif Khan.
Nota da editora: Este artigo foi publicado originalmente em 08 de fevereiro de 2022 e atualizado em 3 de maio de 2023.