![Uma breve história do movimento de design da Secessão de Viena - Imagem 1 de 4](https://images.adsttc.com/media/images/6295/8eeb/3e4b/31bd/9a00/0001/newsletter/Andrew_Moore.jpg?1653968616)
Todos os movimentos de arquitetura ao longo da história surgiram de mudanças na sociedade que exigiram um novo estilo que refletisse melhor a maneira como a tecnologia avançou e como as pessoas expressam suas crenças e valores políticos, religiosos e morais. Enquanto algumas mudanças ocorrem ao longo de um período de vários anos, outras são vivenciadas de maneira repentina. A Secessão de Viena foi, sem dúvida, o último caso. No final do século XIX, um grupo de artistas e arquitetos pretendia explorar o que a arte deveria ser no que se refere à restrições de influências globais que poderiam introduzir um novo modernismo.
Durante esse tempo, a Europa estava passando pelo renascimento, pelo colapso de impérios, novos países e governos surgindo, novas descobertas em ciências e tecnologias que trariam a sociedade para um novo mundo. No entanto, como a arquitetura tende a ser atrasada em relação aos outros segmentos, muitos designers e artistas sentiram que a ambiguidade trazidas por essas mudanças permaneceriam se atitudes significativas não fossem tomadas. Em 1897, um grupo de conhecidos criativos austríacos, incluindo Koloman Moser, Joseph Maria Olbrich e Gustav Klimt, renunciou a seus cargos na Associação de Artistas Austríacos. Estabeleceu a União dos Artistas Austríacos, conhecida como Vereinigung Bildender Künstler Österreichs, ou a Secessão de Viena. Seu objetivo era quebrar as tradições conservadoras que se enraizaram na história e criar uma visão internacionalista e abrangente de gêneros artísticos contemporâneos e atemporais.
![Uma breve história do movimento de design da Secessão de Viena - Imagem 4 de 4](https://images.adsttc.com/media/images/6295/6d1e/3e4b/31a6/be00/0007/newsletter/Moritz_N%C3%A4hr__Public_domain__via_Wikimedia_Commons.jpg?1653959961)
Os Secessionistas decidiram projetar um edifício que incorporasse seus ideais e também servisse como sede, onde poderiam se reunir e planejar eventos públicos que apresentariam ao mundo o novo e moderno movimento de design vienense. O resultado foi o Edifício da Secessão, por Olbrich, aluno de Otto Wagner, que contrastava fortemente com várias outras grandes instituições culturais que o cercavam. O edifício era conhecido como “Túmulo de Mahdi” por sua fachada branca e “O Repolho Dourado” por causa da estrutura treliçada da cúpula no topo do telhado. Acima da entrada estava inscrito em alemão “Der Zeit ihr Kunst- der Kunst ihr Freiheit” (À idade, sua arte, à arte sua liberdade), uma referência ousada à sua revolução e sua dedicação à mudança da estética da arte.
![Uma breve história do movimento de design da Secessão de Viena - Imagem 2 de 4](https://images.adsttc.com/media/images/6295/6d27/3e4b/31a6/be00/0009/newsletter/no_author_from_AD.jpg?1653959971)
Coletivamente, os secessionistas desencadearam um novo movimento que não se caracterizava por nenhum estilo, mas se mantinha unido por um “Jugendstil”, ou “estilo jovem”, inspirado na adaptação alemã da Art Nouveau. A versão vienense também usava linhas curvas e fazia referências a plantas e à natureza, mas evoluiu para formas simples e geométricas. Um ano após a sua fundação, o grupo concebeu uma exposição para apresentar o seu trabalho e o de outros artistas internacionais apreciados pelo grupo. A exibição ganhou atenção global e foi elogiada por sua inovação nas artes contemporâneas.
![Uma breve história do movimento de design da Secessão de Viena - Imagem 3 de 4](https://images.adsttc.com/media/images/6295/6d22/3e4b/31a6/be00/0008/medium_jpg/Pudelek__CC_BY-SA_4.0_via_wikimedia_commons.jpg?1653959967)
A Secessão de Viena, apesar de sua ascensão meteórica, mudou ao longo dos anos, à medida que seus membros começaram a se concentrar individualmente em atividades e interesses artísticos. Eventualmente, divergências internas e o aumento do consumismo fragmentaram o movimento. Independentemente disso, o movimento foi um precedente importante que contribuiu significativamente para a ascensão da cultura na Áustria ao longo do século XX. Sua memória está solidificada no edifício Secessionista, nas obras de arte de Klimt, incluindo “O Beijo”, e na Estação de Metrô Karlsplatz de Otto Wagner.
O movimento é considerado um momento de identidade cultural na Áustria. Em 2004, cem anos após a dissolução do grupo, o país emitiu uma moeda de colecionador de 100 euros. A frente apresentava o edifício da Secessão e a parte de trás apresentava um friso de Klimt. Embora nunca possamos ver um choque mais poderoso e repentino na maneira como a arquitetura se transforma ao longo do tempo, temos que agradecer à Secessão de Viena por abrir o caminho para artistas e arquitetos introduzirem o modernismo como o conhecemos.