LINIA: instalação fotográfica aborda comunidades que vivem perto das fronteiras geopolíticas da OTAN

LINIA, um projeto assinado pela Associação VICE VERSA, é uma instalação fotográfica que explora e documenta as histórias e a mentalidade coletiva dos territórios próximos a uma das linhas geopolíticas mais frágeis e rígidas do contexto atual: a linha que separa a OTAN das nações que não fazem parte do tratado. O projeto, iniciado por Dorin Ștefan Adam e Laurian Ghinițoiu, está em exibição na estação de trem de Timișoara, na Romênia, e foi uma das principais exposições da Bienal de Arquitetura de Timișoara 2022, que ocorreu de 23 de setembro a 23 de outubro de 2022. A programação de LINIA foi prorrogada, no entanto, para permanecer aberta ao público até 23 de abril.

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© Laurian Ghinițoiu

Até o início da guerra na Ucrânia, a fronteira da OTAN parecia um conceito invisível porém, uma vez iniciada a crise, essa linha ganhou novos significados, definindo quais territórios são seguros e quais não são. O projeto pretende explorar o caráter dos territórios que circundam esta linha, territórios que seriam quase indistinguíveis, não fosse a firmeza da linha que os separa. As fotografias mostram exemplos da vida dos vizinhos, momentos fugazes do cotidiano, mundanos e familiares, mas em nítido contraste com a crise em andamento que se desenrola em maior escala.

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© Laurian Ghinițoiu

A exposição contém 40 fotografias tiradas por Laurian Ghinițoiu viajando ao longo de 3.500 quilômetros de fronteira em 18 dias, começando no 146º dia após o início da guerra. A documentação acompanha a fronteira oriental do território da OTAN de norte a sul, expondo instâncias da vida cotidiana sobrepostas à situação inesperada trazida pelo início da guerra. Isso representa um episódio piloto, pois o projeto deve ser estendido em 2023 por toda a fronteira leste-oeste da OTAN, da Noruega à Geórgia.

A localização da exposição ajuda a expandir seu discurso. A estação ferroviária representa um ponto de conectividade e um ponto de entrada na cidade, mas em menor escala, a ferrovia também é uma fronteira, limitando a expansão do tecido urbano. O local foi escolhido para enfatizar que as linhas não são apenas elementos de separação, significando distinção, elas também são usadas para representar conexões possíveis apesar das grandes distâncias entre os extremos. As estações de trem representam esses pontos, conectados em amplos territórios por meio de uma teia de linhas e ferrovias. A cidade ocidental de Timisoara está conectada à fronteira leste por meio de uma ferrovia, anteriormente conhecida como “o trem da fome”, pelas longas 17 horas que levava para atravessar o país.

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© Laurian Ghinițoiu

A exposição é desenvolvida como parte da Beta, a Bienal de Arquitetura de Timişoara. O evento Beta 2022 apresentou diversos eventos, conferências, visitas guiadas e exposições explorando o tema “A Cidade como Bem Comum”. O tema das fronteiras, linhas e brechas foi recorrente na abordagem dos participantes, como exemplifica a exposição principal do evento, intitulada “Another Breach in the Wall” (outra brecha no muro). Através de várias intervenções na cidade, se explorou noções como micronações e as pequenas e subversivas ações e estratégias que podem mudar os espaços urbanos questionando as leis, regras e códigos segundo os quais as cidades são produzidas e habitadas.

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© Laurian Ghinițoiu

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Sobre este autor
Cita: Florian, Maria-Cristina. "LINIA: instalação fotográfica aborda comunidades que vivem perto das fronteiras geopolíticas da OTAN" [LINIA, a New Photographic Installation Looks at the Communities Living near Borders and the Lines that Separate Them] 07 Nov 2022. ArchDaily Brasil. (Trad. Ghisleni, Camilla) Acessado . <https://www.archdaily.com.br/br/991695/linia-instalacao-fotografica-aborda-comunidades-que-vivem-perto-das-fronteiras-geopoliticas-da-otan> ISSN 0719-8906

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