Art nouveau, ou arte nova, foi um movimento artístico surgido na Bélgica do final do século XIX e que rapidamente se difundiu por diversos países do continente europeu e nos Estados Unidos. Arte “nova” porque rejeitava cânones e demarcava uma ruptura com o passado. Estimulados pelos resultados e mudanças trazidas à sociedade pela Segunda Revolução Industrial, os artistas do movimento buscavam criar uma linguagem que acompanhasse os avanços desse contexto e superasse a antiguidade, o academicismo e o conservadorismo na estética. Assim, em suas obras, elementos clássicos surgiam combinados a itens contemporâneos e diferentes estilos eram mesclados para formar um conjunto original.
Artigos
Como o Art Nouveau influenciou a arquitetura italiana
Escritório A Idade do Tempo / Reutov Design
Este projeto trada da reforma de um escritório comercial em um edifício do século XIX. O edifício originalmente era a fábrica de armamento Czarista, o qual, depois da revolução e da Segunda Guerra Mundial sob comando da União Soviética, se transformou em um complexo dedicado à ciência e tecnologia. Tempos depois o espaço foi abandonado e em seguida se transformou em um edifício de escritórios.
Novos olhares na arquitetura: jornalista Pedro Andrade assina linha de revestimentos com a Portobello
Parceiros de longa data, a Portobello e o jornalista e apresentador Pedro Andrade embarcam juntos em um novo projeto, desta vez na criação da linha Horizontes, inspirada nos cinco destinos preferidos de Pedro e lançada neste ano como parte da coleção 2021 Unlimited Experience. A nova parceria representa mais um passo de inovação da Portobello, de interagir com profissionais de diferentes áreas no processo criativo da empresa, que normalmente convida profissionais de arquitetura e designers de mobiliário e superfícies.
Reparcelamento do solo: uma solução para a urbanização não-planejada
Uma vez que a urbanização acontece, seja legal ou ilegalmente, e os terrenos são subdivididos e povoados, é extremamente difícil reorganizar a posteriori seus limites, sobretudo de propriedade, e garantir terrenos para necessidades públicas básicas.
Tal dificuldade acontece devido a dois fatores principais. Em primeiro lugar, qualquer reorganização de terrenos requer o deslocamento dos usuários existentes, o que afeta suas redes sociais, culturais e econômicas — ou seja, o chamado “capital social” — e também afeta o senso de igualdade e de distribuição justa de direitos. Em segundo lugar, o valor do solo urbano aumenta com seu uso intensivo, especialmente quando a oferta é escassa em uma situação de grande demanda.
Entre o sonho e a realidade: arquitetura como reflexo das migrações entre México e EUA
“Cópias do abandono” é um trabalho de pesquisa desenvolvido pela artista mexicana Sandra Calvo entre 2016 e 2018. Composto por uma série de videos, arquivos, desenhos e depoimentos, o resultado de sua extensa pesquisa de campo foi transformado em uma espécie de instalação audiovisual, a qual foi recentemente escolhida para ser apresentada no Pavilhão do Mexico na Bienal de Veneza de 2021. O trabalho de Sandra Calvo procura reunir evidencias sobre o impacto dos processos migratórios na arquitetura, principalmente entre o México e os Estados Unidos. Ela se concentra em refletir sobre a relação ambígua que se cria entre as casas onde os migrantes trabalham nos Estados Unidos, e as casas que eles constroem com o fruto de seus suor em seu país de origem, o México.
Uma embalagem que pode ser incluída na mistura do concreto
Soluções que facilitam a usabilidade e, ao mesmo tempo, são sustentáveis, devem sempre ser destacadas. A Klabin, empresa brasileira de papel e embalagens do Brasil, desenvolveu a primeira embalagem de cimento do mercado que pode ser integrada ao processo no momento da preparação do concreto. A embalagem hidrodispersível é feita com papel 100% dispersível, o que significa que pode ser incorporada no preparo do concreto, agilizando a produção com o uso direto na betoneira de eixo horizontal. Basta colocar a embalagem fechada na betoneira, acrescentar areia, brita, água e misturar até que ela se disperse e se integre ao produto final, mantendo a qualidade do concreto. A nova embalagem tem garantia de alta performance e fácil manuseio.
Habitação Social: 60 exemplos em planta
Habitação Social é um dos principais temas quando pensamos o direito à cidade, pois fornecer moradia digna a todos em zonas urbanas de boa conexão é fundamental para a construção de territórios mais democráticos.
Infelizmente, em muitos países o termo "Habitação Social" ainda é visto como um empreendimento imobiliário que busca construir o maior número possível de unidades, com os materiais mais baratos e sem preocupação com a qualidade de vida de seus moradores - se fechando em um objeto imobiliário ao invés de servir à urbe e às pessoas. Embora este fato seja recorrente, existem diversos exemplos que retrataram o oposto desta ideia, nos quais arquitetos ao desenhar manifestam seu ponto de vista político através de projetos excepcionais em suas diferentes soluções e que também aprimoram a experiência urbana.
Elementos têxteis em projetos: o uso do tecido na composição arquitetônica
Nas cabanas primitivas, há milhares de anos, o homem utilizava peles de animais e galhos de árvores para construir o que seria seu abrigo, os mesmos materiais utilizados para proteger o seu corpo das intempéries. Das vestimentas para as casas, estes elementos têxteis acompanham a história da humanidade evoluindo conforme a tecnologia, conquistando um espaço na produção arquitetônica que vai além da criação de estruturas com membranas de poliéster/PVC e lonas, podendo ser visto em outras aplicações como painéis nas fachadas, divisórias internas, coberturas vazadas, etc.
Feiras Mundiais são coisa do passado? O papel da arquitetura para o futuro das Exposições Internacionais
Exposições Internacionais, como as Feiras Mundiais de outrora ou as Expo do século XXI, parecem hoje coisa do passado. Esses mega eventos de escala mundial foram responsáveis por apresentar ao mundo novas tecnologias e soluções construtivas inovadoras, eles introduziram algumas das mais radicais mudanças no mundo da arquitetura assim como criaram marcos que transformariam para sempre a paisagem de nossas cidades. Ao longo das inúmeras feiras e exposições mundiais já realizadas, podemos acompanhar o desenvolvimento do próprio discurso arquitetônico—desde o exuberante Palácio de Cristal de 1851 até a última, e ainda não realizada, Expo 2020 de Dubai.
Para quem fazemos renders hiper-realistas?
A pergunta pode parecer direta, mas a busca pelas respostas pode apontar para uma série de caminhos mais complexos que contribuem não apenas para o entendimento do público-alvo das renderizações hiper-realistas na arquitetura, mas também para problematizar quais são seus objetivos.
SimCity criou uma geração de urbanistas
Enquanto trabalhava em Raid on Bungeling Bay — um jogo sobre bombardear cidades —, o lendário designer de jogos Will Wright descobriu que se divertia mais projetando as cidades do que as destruindo. Ele então se perguntou se os jogadores iriam gostar de ter essa mesma oportunidade.
Quatro anos depois, o resultado foi SimCity, um jogo que partiu das bases de um jogo tradicional, trocando as fases por uma jogabilidade aberta e os objetivos claros por um sandbox, uma “caixa de areia” para criar. Os jogadores receberam uma área sem nada construído, uma pilha de dinheiro e algumas ferramentas básicas de planejamento antes de poderem fazer o que quiserem.
A renderização como ferramenta de preservação do patrimônio na China
O patrimônio construído é um valioso tesouro que nos foi deixado por nossos ancestrais. Edifícios históricos falam não apenas sobre o passado, mas também sobre o presente. Eles nos fazem refletir sobre a nossa própria cultura—quem nós somos e de onde viemos. Entretanto, a medida que nossas cidades crescem e a nossa sociedade evolui, o progresso se dá, muitas vezes, às custas da ruína e do consequente desaparecimento deste mesmo patrimônio, o qual gradualmente parece ser desprovido de sentido. Neste contexto, a proteção e preservação de edifícios históricos parece nunca ter estado tão ameaçada quanto nos dias de hoje.
As 20 maiores cidades do mundo em 2021
De acordo com o último relatório das Nações Unidas sobre as populações nas cidades, até 2030, “projeta-se que as áreas urbanas abriguem 60% da população global e uma em cada três pessoas viverá em cidades com pelo menos meio milhão de habitantes”. Crescendo em tamanho e número, as cidades são centros de governo, comércio e transporte e, em 2021, as 20 maiores cidades do mundo já totalizam meio bilhão de pessoas. Com efeito, uma a cada cinco pessoas em todo o mundo vive em uma cidade com mais de 1 milhão de habitantes.
A seguir, reunimos as 20 maiores megacidades do mundo em 2021, de acordo com o número de pessoas que vivem em sua área metropolitana. Embora Tóquio seja a maior cidade em nível global, com um total de mais de 37 milhões de habitantes, a maioria das maiores cidades do mundo está nos dois países mais populosos, China e Índia. Entre elas, temos cinco metrópoles na China – Xangai, Pequim, Chongqing, Tianjin e Guangzhou – e três na Índia – Delhi, Mumbai e Calcutá. A maior cidade do continente americano é São Paulo, com 22 milhões de habitantes, seguida pela Cidade do México e Buenos Aires, na Argentina. Istambul, na Turquia, ocupa a 13ª posição com uma parte da cidade situada na Europa e outra parte na Ásia.
O que é placemaking?
Apesar de muitas vezes serem utilizados como sinônimos, espaço e lugar podem assumir definições diferentes a depender do contexto em que são utilizados. Nesse sentido, o placemaking demonstra que a criação de lugares vai muito além da sua concepção física, envolvendo parâmetros como sociabilidade, usos, atividades, acessos, conexões, conforto e imagem de forma a criar vínculos entre as pessoas e o que então será entendido como lugar.
Grande Museu Egípcio junto às pirâmides de Gizé está pronto para ser inaugurado
Projetado pelo escritório de arquitetura irlandês Heneghan Peng, o tão aguardado Grande Museu Egípcio—uma estrutura inteiramente dedicada à egiptologia e implantada junto às grandes pirâmides do Egito—, deverá finalmente ser inaugurado no próximo verão. A apenas 2 km de distância das pirâmides de Gizé e considerado o maior museu do mundo dedicado a uma única civilização, o complexo cultural do Grande Museu Egípcio está sendo construído para abrigar uma coleção de aproximadamente 100.000 artefatos antigos, cobrindo uma área total de 24.000m² além de contar com um museu infantil anexo, um centro de conferências, espaços educacionais, um núcleo de conservação e restauração assim como extensos jardins paisagistas dentro e fora do edifício principal.
A estranheza das renderizações arquitetônicas “imperfeitamente perfeitas”
Há pouco mais de 50 anos, em 1970 mais especificamente, um roboticista japonês chamado Masahiro Mori cunhava um importante conceito ou hipótese no campo da estética, robótica e computação gráfica: Uncanny Valley—traduzido para o português como Vale da Estranheza. Naquela época, as renderizações arquitetônicas, ou melhor, colagens e fotomontagens, ainda eram feitas com o emprego de métodos analógicos. Uma década depois, o surgimento dos primeiros computadores pessoais e a popularização dos programas CAD impulsionaram uma ampla adoção de métodos digitais para a elaboração de imagens ilustrativas de projetos de arquitetura. Quase quarenta anos depois, as renderizações arquitetônicas evoluíram a tal ponto que é quase impossível distinguir um render de uma fotografia. Resultado direto do desenvolvimento de novas tecnologias, da utilização de softwares cada vez mais sofisticados e computadores cada dia mais rápidos e eficientes, os limites entre representação e realidade parecem se desmanchar no ar. A sutileza desta suspicaz semelhança, e o desconforto que ela provoca, é a nossa porta de entrada para o misterioso Vale da Estranheza de Mori.
O que é arquitetura multidisciplinar?
Arquitetura é um campo complexo que exige a contribuição de muitas áreas para se fazer possível. Sem a colaboração de campos complementares, muitos dos projetos que conhecemos hoje seriam completamente diferentes ou sequer estariam de pé. Como seria Brasília seria o paisagismo de Burle Marx? O que seria do edifício da CCTV do OMA sem os cálculos estruturais da Arup? Seriam os projetos habitacionais do ELEMENTAL tão potentes sem a contribuição das comunidades que neles vivem?
Abrimos aqui um espaço para você opinar e compartilhar sua experiência neste tópico específico. Compartilhe o que você pensa sobre a multidisciplinaridade na arquitetura e conte sua história. Os comentários serão selecionados e farão parte de um próximo artigo.
Museu da Universidade de Cornell projetado por I.M. Pei, pelas lentes de Nipun Prabhakar
O fotógrafo indiano Nipun Prabhakar compartilhou conosco uma série de imagens do Herbert F. Johnson Museum of Art, projetado pelo arquiteto sino-americano I.M Pei. O arquiteto fora contratado em 1968 pela Universidade de Cornell para construir um museu que também deveria servir como um centro cultural e de ensino para a comunidade acadêmica. Concluído em 1973, o edifício recebeu o Prêmio de Honra do Instituto Americano de Arquitetos em 1975.
Evolução da planta residencial: da Revolução Industrial ao período entre Guerras
A introdução de novas técnicas e materiais, juntamente com as inovações na infraestrutura, resultantes da revolução industrial, abriu o caminho para a habitação vertical. Investigando especificamente um período de tempo em que um fluxo populacional foi direcionado para as cidades e as divisões de classes sociais foram questionadas, este artigo analisa a evolução da planta residencial na Europa entre 1760 e 1939.
Estudando a transformação da unidade habitacional durante a revolução industrial até o período entre guerras, este artigo destaca quatro exemplos proeminentes que repensaram os layouts tradicionais e responderam aos desafios de sua época. Ainda hoje influentes, os modelos mencionados, restaurados para uso, fazem parte do tecido urbano do século XXI. Localizados em Londres, Paris, Amsterdã e Moscou, as plantas mostram os padrões de bem-estar interior em constante mudança, diretamente ligados a uma metamorfose mais ampla, equalizando e proporcionando o crescimento das populações urbanas. Descubra a evolução das unidades habitacionais, desde as casas geminadas até as cidades-jardim da Inglaterra; o Bloco de Haussmann, uma vida vertical para uma burguesia moderna; a Extensão de Amsterdã, das Alcovas aos Blocos de Habitação Social; e a Transition Type House na Rússia.
Madeira engenheirada na arquitetura indígena da América do Norte: adaptação e resiliência
A popularidade crescente dos produtos de madeira em massa, no Canadá e nos Estados Unidos, levou a uma redescoberta dos seus fundamentos entre os arquitetos. Não menos importante para os arquitetos indígenas, para quem a madeira engenheirada oferece um caminho para recuperar e desenvolver as tradições de construção de seus ancestrais. Como a madeira é um recurso natural renovável e uma fonte de empregos florestais, ela se alinha aos valores indígenas de administração e comunidade, obscurecidos pelas práticas de construção dominantes do século XX.
Entendendo Absorção e Difusão Acústica em projetos de arquitetura
"Acústica", na arquitetura, significa melhorar o som nos ambientes. Apesar de ser uma ciência complexa, entender o básico - e tomar decisões eficientes - é muito mais fácil do que se imagina. O primeiro passo é entender que existem duas categorias técnicas usadas em acústica: isolamento e tratamento de som. Insonorização significa "menos ruído" e tratamento, "mais qualidade de som".
De estruturas vazias a parques interativos: a evolução dos estacionamentos
Em teoria, as vagas de estacionamento têm apenas uma função: estacionar um carro com segurança até que ele seja usado novamente e, em termos de projeto, as garagens são flexíveis e simples, exigindo intervenções mínimas. No entanto, os estacionamentos hoje em dia não são mais considerados espaços de função única. Quanto mais vazio o local, mais potencial ele tem para integrar funções adicionais. Arquitetos e urbanistas redefiniram os estacionamentos tradicionais, acrescentando instalações recreativas e comerciais à estrutura. Em vez de uma planta típica com marcações amarelas e brancas no chão, agora estamos vendo estruturas convidativas que incorporam fachadas verdes e playgrounds na cobertura, com lava-carros, cafeterias e áreas de trabalho / estudo.
As diversas qualidades do Hempcrete como um material natural sustentável
O cânhamo é uma das culturas mais antigas domesticadas pelo homem. Com sua ampla variedade de usos e aplicações, é fácil entender por que tem sido um produto desejável ao longo da história. As sementes e flores de cânhamo são usadas em alimentos saudáveis, medicamentos e produtos de beleza orgânicos; as fibras e os caules da planta do cânhamo são usados em roupas, papel e biocombustível. Hoje, até mesmo um resíduo do processamento de fibra de cânhamo, as chamadas lascas de cânhamo (hemp shives), vêm sendo utilizadas para criar materiais de construção sustentáveis, como o concreto de cânhamo (hempcrete).
Substituir asfalto por grama torna nossas cidades mais sustentáveis e acessíveis
O Índice de Prosperidade da Cidade (City Prosperity Index) é uma ferramenta criada pela UN-Habitat em 2012 para avaliar o progresso de uma determinada cidade segundo cinco princípios: produtividade, infraestrutura, qualidade de vida, igualdade e sustentabilidade ambiental. Em maior ou menor grau, cada um destes cinco fatores tem um impacto considerável na maneira como ocupamos nossas ruas e espaços públicos. Como uma das principais infra-estruturas urbanas, ruas e avenidas podem desempenhar uma infinidade de diferentes funções em uma cidade, facilitando tanto a mobilidade e o deslocamentos de pessoas, bens e veículos, quanto a organização e distribuição dos sistemas de energia, abastecimento de água, coleta de lixo, etc. Somando-se a isso, vias públicas muitas vezes podem assumir a condição de espaços verdes, praças e até parques lineares, promovendo a biodiversidade, proporcionando sombra e disponibilizando uma série de espaços de encontro e socialização. Nesse sentido, as ruas são muito mais do que apenas uma infra-estrutura de mobilidade, elas são também espaços públicos vibrantes, os quais dizem muito sobre progresso e a qualidade de vida de uma cidade.