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Como a tecnologia pode contribuir com a arquitetura vernacular?

A indústria de arquitetura e construção passou por uma transformação com a integração de diversas ferramentas digitais, agora essenciais para o processo de design. A adoção dessas tecnologias tem efetivamente acelerado as operações, aprimorado a eficiência e elevado a qualidade do design. No entanto, essa mudança digital também gerou uma divisão digital que vai além da acessibilidade às ferramentas e softwares. Ela abrange o desafio crucial de integrar comunidades tradicionais e indígenas no contexto do desenvolvimento urbano. Será que a tecnologia avançada pode apoiar o crescimento da arquitetura vernacular? Será que as práticas construtivas indígenas podem encontrar um lugar na visão de um futuro digitalizado?

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Entrelaçamento de ideias: conhecendo a obra de Rede Arquitetos

A palavra "rede" tradicionalmente remete à um entrelaçamento de fios. Na concepção contemporânea, entretanto, adquire um significado relacionado à conexão, colaboração e integração, seja de ideias, de pessoas ou de processos. Não por acaso, essas são justamente as diretrizes fundamentais do Rede Arquitetos, ateliê colaborativo de arquitetura fundado em 2011 na cidade de Fortaleza, Ceará, pelos arquitetos Bruno Perdigão, Epifanio Almeida, Igor Ribeiro e Bruno Braga. Atualmente, a equipe é liderada por Braga, Luiz Cattony e João Torquato e tem como princípio o trabalho coletivo, acreditando no encontro, e não na sobreposição de ideias, como estratégia para alcançar as melhores soluções.

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Como salvar um edifício da demolição: procedimentos que revelam o potencial das estruturas existentes

O século XX marcou uma mudança definitiva no campo da arquitetura, à medida que o movimento modernista rompeu com os estilos tradicionais de construção e encorajou a experimentação e inovação. Com a ajuda de novos materiais e tecnologias, essa época representa um momento crucial na história da arquitetura, já que tanto as cidades quanto as técnicas de construção evoluíram em um ritmo sem precedentes. No entanto, muitas estruturas – que até hoje permanecem como testemunho – estão perto de completar cem anos de idade. O design austero dessas estruturas nem sempre são acolhidas pelo público, enquanto os princípios funcionalistas muitas vezes dificultam a adaptabilidade dos seus espaços interiores. Considerando que muitas vezes ocupam posições centrais dentro da cidade, há uma pressão crescente para demolir essas estruturas e reconstruir essas áreas completamente. 

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O que é uma Zona de Baixa Emissão?

O desestímulo ao uso de carros particulares é uma medida fundamental para o enfrentamento às mudanças climáticas, melhoria da qualidade do ar e redução dos sinistros de trânsito. As cidades precisam encontrar maneiras de reduzir o tráfego e priorizar o bem-estar das pessoas, além de considerar os impactos ambientais e sociais do uso do automóvel, oferecendo opções de transporte que gerem menos emissões de carbono.

Recentemente, as zonas de baixa emissão (LEZ, na sigla em inglês para low emission zones) têm se tornado uma estratégia popular em diversas cidades do mundo e as ações implementadas nessas áreas são eficazes para as pessoas dependerem menos dos carros, a partir da oferta de alternativas de transporte mais limpas, econômicas e acessíveis.

Inovações e o potencial dos painéis de CPC na descarbonização da construção civil: entrevista com Josef Kurath

Os painéis de concreto CPC são resultado da tecnologia de "concreto protendido com carbono", que teve sua origem em um extenso projeto de pesquisa realizado em colaboração entre a Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW) e a empresa Silidur AG, sediada em Andelfingen. Esses painéis são reforçados com fios de carbono pré-tensionados, o que possibilita que sejam significativamente mais finos e leves, mantendo a mesma capacidade de carga dos painéis reforçados convencionais.

A abordagem inovadora da CPC na fabricação de painéis de concreto reduz o consumo de materiais em 75% e minimiza a pegada de carbono na produção de concreto. O ArchDaily entrevistou o Professor Josef Kurath, do Departamento de Design de Arquitetura e Engenharia Civil da Universidade de Ciências Aplicadas de Zurique (ZHAW), que desempenhou um papel crucial no desenvolvimento desses painéis de concreto. Na entrevista, discutimos sua perspectiva sobre a descarbonização na arquitetura e as motivações que impulsionaram a criação dos painéis da CPC. Além disso, comparamos o CPC com o concreto tradicional e as possibilidades de escalabilidade e acessibilidade no futuro.

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Brilho sutil: transformando ambientes com a iluminação de marcenaria e mobiliário

Uma iluminação bem planejada faz toda a diferença em um projeto de interiores, em diversos aspectos. Ela transcende a dimensão meramente estética para desempenhar um papel fundamental na criação de atmosferas que são capazes de interferir e modificar as emoções e percepções das pessoas nos ambientes. E se, de maneira direta, a iluminação pode proporcionar uma luminosidade geral e mais uniforme em um espaço, garantindo que todo o ambiente seja iluminado adequadamente para atividades diárias, de maneira indireta ela oferece uma abordagem mais sutil e eficaz, que cria ambientes acolhedores, suaves e agradáveis.

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Ressignificar e reviver: explorando o reuso em pavilhões e bienais

Diante da iminente crise climática e da busca pela sustentabilidade, os conceitos de renovação e reutilização surgiram como estratégias cruciais na busca pela descarbonização na indústria da arquitetura. Esses princípios pregam que criar novas estruturas pode ser sustentável, mas incentivam os arquitetos a minimizar sua pegada ecológica reativando e reciclando recursos existentes. Este ano, projetos inovadores alinhados a esses temas foram exibidos como parte da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. O objetivo principal deste evento de renome mundial é servir como uma plataforma para arquitetos, designers e pensadores abordarem coletivamente a sustentabilidade, a descarbonização, a conservação de recursos e o futuro da indústria.

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Projetos multiuso: espaços híbridos para um futuro sustentável

Semelhante a um camaleão que muda de cor para se misturar com seu ambiente, a arquitetura deve constantemente evoluir e se adaptar às demandas em mudança. Há algumas décadas, as casas costumavam ser associadas apenas à vida privada e ao descanso, enquanto os espaços de trabalho eram exclusivamente projetados apenas para isso: trabalho. Era comum que cada uso fosse separado em seu próprio quarto, tornando espaços fechados e rígidos a norma padrão para os arquitetos seguirem. Isso é, é claro, até que novos padrões de vida e trabalho tenham borrado essas fronteiras para responder às tendências contemporâneas.

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“Se estávamos no centro do problema, agora podemos estar no centro das soluções”: Pedro Gadanho sobre a mostra Generation Proxima

No País dos Arquitectos é um podcast criado por Sara Nunes, responsável também pela produtora de filmes de arquitetura Building Pictures, que tem como objetivo conhecer os profissionais, os projetos e as histórias por trás da arquitetura portuguesa contemporânea de referência. Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal é um país muito instigante em relação a este campo profissional, e sua produção arquitetônica não faz jus à escala populacional ou territorial.

Neste episódio da sexta temporada, Sara conversa com o arquiteto e curador Pedro Gadanho sobre a exposição Generation Proxima: Práticas Ambientais Emergentes na Arquitetura Portuguesa. Ouça a conversa e leia parte da entrevista a seguir.

Arquitetura e espaços públicos da China: projetos de 2023

No dinâmico cenário do desenvolvimento urbano contemporâneo, a arquitetura pública é uma força essencial na reformulação das cidades. Na verdade, esse elemento de regeneração urbana pode recuperar economias e reativar áreas comerciais. Nessa era de mudanças, as cidades da China se transformaram em centros financeiros, atraindo empresas e arquitetos de renome mundial que estão redefinindo esses horizontes. Por sua vez, essas metrópoles se tornam reflexos da inovação e de um estilo de vida do futuro.

As cidades da China se tornaram centros de modernidade como resultado de sua explosiva proeminência na economia mundial. As cidades se tornaram ímãs para maravilhas arquitetônicas que vão além da simples funcionalidade, desde a reinvenção incessante de Xangai até o renascimento cultural de Pequim. Bem como, o inegável surgimento de Shenzhen como um centro global de tecnologia, pesquisa, fabricação, negócios, economia, finanças, turismo e transporte, com o Porto de Shenzhen, o quarto porto de contêineres mais movimentado do mundo. Em geral, essas cidades são uma porta de entrada crucial para a compreensão da dinâmica de desenvolvimento em ambientes metropolitanos.

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Curiosidades e mitos sobre os edifícios mais emblemáticos da Cidade do México

Entre o tumulto e da majestosidade da Cidade do México, os edifícios emblemáticos que povoam seu horizonte não só contam com uma arquitetura imponente, mas com histórias e segredos que despertam a curiosidade. A seguir trazemos algumas das curiosidades e mitos que envolvem os edifícios da Cidade do México, que são os pilares de múltiplas narrativas.

Como a Holanda se tornou o país das bicicletas

Os Países Baixos, chamados coloquialmente de Holanda, são sinônimo de suas bicicletas, elemento icônico do panorama urbano da cidade. A integração dos ciclistas com veículos automotores muitas vezes surpreende os visitantes.

A ligação dos holandeses com as bicicletas é visível nas estatísticas: em 2021, 84% da população da Holanda utilizava bicicletas diariamente. Em Amsterdam, esse número chega a cerca de 63% da população, demonstrando uma forte preferência pelo veículo. Em contrapartida, apenas 7% dos brasileiros optam pela bicicleta como meio de transporte principal.

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O que é refúgio climático?

Com o agravamento da emergência climática em escala global, um contingente cada vez maior de pessoas é forçado a abandonar suas casas devido a catástrofes naturais, secas e outros fenômenos meteorológicos. Esses deslocados são frequentemente referidos como “refugiados climáticos”. Esta crise humanitária exige ação imediata, mas antes é preciso entender quem são essas pessoas e de que maneira a comunidade internacional pode abordar de forma apropriada essa problemática crescente.

Nossas cidades ainda não estão mortas!

Este artigo foi publicado originalmente na Common Edge.

Desde que a pandemia atingiu às cidades, é possível perceber uma alta no número de reportagens urbanas pessimistas. E não é difícil entender o porquê. Em 2020, as cidades centrais dos Estados Unidos passaram das histórias de sucesso de "volta por cima" para lugares fantasmas; o transporte perdeu quase todos os passageiros; dezenas de milhares de lojas e restaurantes fecharam; e boa parte da população com maior poder aquisitivo se mudou para os subúrbios e ou cidades distantes.

Inteligência artificial como aliada na descarbonização da arquitetura: da concepção à apropriação dos edifícios

Por muito tempo, a sustentabilidade foi vista como sinônimo de tecnologia no meio arquitetônico. A eficiência era diretamente relacionada a aparatos tecnológicos inovadores que cobriam as edificações de parafernálias. Hoje em dia, entretanto, o conceito de sustentabilidade abrange cada vez mais diferentes estratégias que estão relacionadas também ao reconhecimento de técnicas vernaculares e materiais locais como primordiais para a criação de edificações sustentáveis e neutras em carbono.

No entanto, independente da técnica ou dos materiais utilizados, o denominador comum é a busca pela diminuição da pegada de carbono de nossas arquiteturas, uma situação que exige mudanças na forma como os edifícios são concebidos, construídos e operados.  Ou seja, retornar ao vernacular ou utilizar o aplicativo de última geração são estratégias que, apesar de muito diferentes, desejam chegar a este mesmo lugar e, por isso, são igualmente válidas.

Economia da biofilia: o sentido de projetar com a natureza

Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.

Um simples passeio no parque tranquilizará até mesmo o indivíduo mais tenso. Mas e quanto aos lugares onde as pessoas passam muito mais tempo, como escolas, escritórios e hospitais? Qual papel a arquitetura pode desempenhar na incorporação da natureza nesses ambientes? E qual o custo adicional disso? Bill Browning publicou um livro - The Economics of Biophilia: Why Designing With Nature in Mind Makes Financial Sense, 2nd Edition (escrito com Catie Ryan e Dakota Walker) - argumentando que o custo de trazer a natureza para ambientes construídos não é proibitivo, mas aditivo. Um estrategista ambiental com uma longa história em construção sustentável, Browning é um dos sócios (com os arquitetos Bob Fox e Rick Cook) da consultoria de design sustentável Terrapin Bright Green. Recentemente conversei com Browning sobre arquitetura biofílica – e, como ele foi membro fundador do conselho de administração do Green Building Council dos EUA, também sobre os pontos fortes e fracos do sistema de classificação LEED.

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Neuroarquitetura e materialidade: como o design de superfícies influencia a experiência humana

A arquitetura, ao longo de sua existência, tem se reinventado, não apenas pelo surgimento de novas técnicas e tendências, mas também pelo entendimento mais profundo do ser humano. Em tempos recentes, o campo da neuroarquitetura tem revelado estudos valiosos sobre a influência dos ambientes construídos em nossos cérebros e, por consequência, em nossos comportamentos e bem-estar. Esta interdisciplinaridade sugere que o design de interiores, especificamente a materialidade e design de superfícies, pode desempenhar um papel crucial na modulação das respostas neurais e comportamentais dos indivíduos.

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Elevando a arquitetura zero líquida com soluções inovadoras de fachada

Mover-se em direção a um futuro sustentável é um desafio global que envolve que todas as disciplinas trabalhem juntas. De acordo com o Relatório de Status Global 2021 para Edifícios e Construção, quase 40% das emissões de carbono vêm desta indústria. Isso coloca uma grande responsabilidade sobre ela, que deve estar aberta a explorar estratégias, tecnologias e materiais inovadores para pavimentar o caminho em direção a uma meta de sustentabilidade universal: alcançar a neutralidade de carbono até o ano de 2050.

Com isso em mente, este artigo apresenta três produtos e sistemas específicos - vidros de baixo carbono, concretos de baixo carbono e materiais leves - que arquitetos estão aplicando em seus projetos para contribuir para um design arquitetônico de baixo impacto.

Pesquisa revela vantagens ecológicas do home office

Com a pandemia, muitas empresas e pessoas precisaram descobrir novas formas de trabalho e o home office ganhou espaço – a descoberta da possibilidade de realizar diversas atividades à distância surpreendeu muita gente. Havia uma expectativa de que este modelo de trabalho fosse permanecer. Mas a verdade é que muitas empresas estão retornando aos turnos presenciais ou híbridos – e esta pode não ser a melhor opção para o planeta.

Tons neutros no design de interiores: 30 projetos com paleta de cores discreta

A história das 'cores neutras' é uma jornada fascinante pela evolução da estética humana e das sensibilidades de design. Estreitamente relacionada à composição de materiais encontrados organicamente na natureza, a harmonia de cores entre brancos, cinzas e tons terrosos desempenhou um papel fundamental na expressão artística, na moda, design de interiores e arquitetura por milênios. Desde os tons discretos das estruturas arquitetônicas de argila, palha, madeira ou tijolo até o estilo de interiores contemporâneo, agora predominante, as cores neutras transcendem fronteiras culturais e continuam ocupando um lugar especial em nossa paisagem visual — oferecendo uma elegância sofisticada e versatilidade que resistiram ao tempo.

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Edifícios neutros em carbono são caros?

A descarbonização do setor da construção já não é uma escolha, e sim, uma necessidade. À medida que as nações se esforçam para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa até 2050, está cada vez mais claro que os padrões de construção atuais não vão longe o suficiente para promover mudanças tangíveis. Alcançar metas climáticas requer que as economias defendam medidas que impulsionem a neutralidade de carbono, ao mesmo tempo em que gerenciam os custos associados de forma eficaz. Como as estratégias de desempenho neutro em carbono impactariam os custos de construção?

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