BIM (Building Information Modeling) é uma sigla cada vez mais usual entre os arquitetos. A maioria dos escritórios e profissionais já vem migrando ou planeja mudar para esse sistema, que representa digitalmente as características físicas e funcionais de uma edificação, integrando diversas informações sobre todos os componentes presentes em um projeto. Através dos softwares BIM é possível criar digitalmente um ou mais modelos virtuais precisos de uma construção, o que proporciona maior controle de custos, eficiência na obra. Também há possibilidade simular o edifício, entendendo seu comportamento antes do início da construção, e seu respectivo suporte ao projeto ao longo de suas fases, inclusive após construído ou na sua desmontagem e demolição.
São Paulo. Imagem: Leandro's World Tour on VisualHunt / CC BYCopy
A especulação imobiliária é definitivamente a maior vilã apontada por aqueles que hoje estudam, habitam ou simplesmente se interessam por cidades. Ela recebe a culpa de praticamente todos os problemas urbanos: se a cidade é muito densa, se é pouco densa, se tem tem muito trânsito, se é muito cara, se a política municipal é corrupta, se pobres são excluídos às periferias, se empresas lucram com investimentos públicos, se a infraestrutura pública está ociosa, se o patrimônio histórico é destruído, se prédios transformam o visual da cidade, se favelas são incendiadas. A lista é interminável.
O Movimento Moderno teve um papel inquestionável na renovação dos ideais arquitetônicos, aportando uma nova atitude frente ao entendimento dos modos de habitar, da técnica e da estética, marcando profundas mudanças na percepção geral do mundo. Em relação à Argentina, apesar de ser complexa a localização periódica da produção arquitetônica moderna, é possível mencionar alguns dos arquitetos que começaram, a partir dos anos 20, a vincular-se com estas ideias. As contribuições intelectuais e de criação arquitetônica de Alejandro Virasoro, Alberto Prebisch, Ernesto Vautier, Fermín Beretervide, Wladimiro Acosta, Alejo Martinez, Antonio e Carlos Vilar, Juan Kurchan, Jorge Ferrari Hardoy, Antonio Bonet, Abel López Chas, Eduardo Catalano, Eduardo Sacriste e Amancio Williams, entre outros, incluiram, em muitos casos, abordagens originais associadas a novos modos de pensar, manifestando uma arquitetura resultante da análise das condições locais e regionais de seus cidadãos.
"Desde muito pequeno eu me lembro da lareira que tínhamos em casa, de como nos reuníamos ao redor dela. O calor do fogo é uma necessidade básica para as pessoas que vivem no extremo sul do Chile. Aqui, na zona tropical, é o frescor da sombra que reune as pessoas, e ao contrário da lareira, ela está por toda parte".
Atualmente na Costa Rica, o arquiteto Bruno Stagno reflete sobre a sua prática profissional e os projetos que tem desenvolvido ao longo dos últimos anos. Ele reflete sobre como o contexto pode servir como principal fonte de inspiração para um projeto de arquitetura, sobre como as condições climáticas podem ajudar a construir a identidade da arquitetura, e mais do que isso, como para cada latitude do planeta há uma solução específica de projeto.
A automação está rapidamente se tornando uma parte do cotidiano e das carreiras de muitas pessoas, uma tendência que de maneira alguma escapou à indústria da construção. Embora essa tecnologia cada vez mais difundida seja considerada um sintoma do século XXI contemporâneo,a tecnologia de construção automatizada pode ter uma história que remonta à década de 1960. Essa tecnologia, o robô de alvenaria, transformou-se dramaticamente desde sua realização limitada há mais de 50 anos, fragmentando-se em variações mais novas e tecnologicamente avançadas atualmente.
https://www.archdaily.com.br/br/928479/a-evolucao-dos-robos-de-alvenaria-mudando-as-regras-da-construcao-tradicionalLilly Cao
No século XXI a gestão inteligente das cidades será um dos fatores mais influentes no desenvolvimento econômico. Questões sobre como serão confrontados os desafios na área da habitação, saneamento, democracia, educação, segurança, desenvolvimento econômico e qualidade de vida, serão as principais pautas dos gestores.
https://www.archdaily.com.br/br/928652/planejamento-urbano-e-espacos-publicos-parques-como-ferramentas-de-transformacao-socialAna Paula Wickert
A entrevista de Per Kirkeby: "construímos sobre ruínas", publicada no Louisiana Channel, não apenas apresenta as telas coloridas do pintor, escultor, cineasta e escritor dinamarquês, mas também, como o título sugere, reflete sobre a importância de observar o ambiente e o contexto. Pensamento que parece consolidado em seus pavilhões públicos de tijolo, onde algo simples e, às vezes, útil, deixa de lado conceitos inacessíveis para render homenagem ao lugar onde se inserem.
Dando sequência à série de artigos sobre habitação social na América Latina, Nikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy e Ernesto Philibert-Petit apresentam uma reflexão sobre os problemas e soluções para as favelas.
https://www.archdaily.com.br/br/928399/problemas-e-solucoes-para-a-habitacao-social-na-america-latinaNikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy & Ernesto Philibert-Petit
A arquitetura dos centros culturais no México ganhou relevância nos últimos anos, onde existe um interesse latente em proporcionar espaços recreativos e educacionais, fazendo destas estrutura verdadeiros marcos urbanos que atraem visitantes de todo o país ano após ano.
Marte faz parte do imaginário das pessoas há décadas, servindo de tema a ficções literárias e cinematográficas que fascinaram diferentes gerações. Também tem sido objeto de desejo de ambiciosos empresários como Elon Musk e Jeff Bezos, que iniciaram uma corrida bilionária para ocupar o planeta vermelho. Mas a humanidade tem mesmo o direito de colonizar Marte? E, caso positivo, a quem interessa essa ambiciosa tarefa?
Centro de São Paulo. Foto: Mariana Gil/EMBARQ Brasil
Cinco brasileiros morrem em acidentes de trânsito a cada hora. Estatísticas de extrema relevância como essa podem despertar muitas reações positivas, mas nem sempre são o suficiente para mudar a realidade. Porém, saber que na cidade de São Paulo os cruzamentos concentram mais acidentes por quilômetro e que esses aumentaram 5% de 2017 para 2018, já é uma informação capaz de dar insumos aos tomadores de decisão sobre medidas que possam reduzir tais números. Agir nos cruzamentos mais perigosos salvará vidas.
https://www.archdaily.com.br/br/928474/como-o-desenho-das-ruas-de-sao-paulo-influencia-nos-acidentes-de-transitoWRI Brasil
Inauguramos hoje uma série de publicações onde apresentaremos teses e dissertações de acesso público que, de alguma maneira, discutam questões pertinentes à Arquitetura e ao Urbanismo. Vimos a necessidade de mostrar ao maior número possível de pessoas a incrível produção acadêmica de nossas universidades, que por vezes não ganham o devido reconhecimento.
Nesta primeira edição, apresentamos o trabalho do arquiteto Jorge Isaac Perén Montero e sua dissertação de mestrado intitulada "Ventilação e Iluminação Naturais na obra de João Filgueiras Lima, Lelé: Estudos dos Hospitais da Rede Sarah Kubitschek Fortaleza e Rio de Janeiro", orientada pela professora Rosana Maria Caram, na Escola de Engenharia de São Carlos - EESC/USP.
https://www.archdaily.com.br/br/889818/ventilacao-e-iluminacao-naturais-na-obra-de-joao-filgueiras-lima-lelePedro Vada
Planta de Parque Zaryadye / Diller Scofidio + Renfro. Image Cortesía de Diller Scofidio + Renfro
Frequentemente imperceptível para os habitantes, a planta arquitetônica na representação do paisagismo emerge como uma das principais peças gráficas que permitem evidenciar certas relações, não somente de organização estratégica, mas imprescindíveis para um bom projeto de arquitetura.
A distribuição e tipo de espécies vegetais, os níveis topográficos, as relações com as pré-existências do contexto urbano ou natural, os possíveis trajetos e atividades incorporadas, a materialidade e as dimensões precisas para sua construção são algumas das considerações que geralmente reiteram neste tipo de representação.
O resultado permite comunicar de forma sintética as intenções, preocupações e atenções dos autores; Por esse motivo, convidamos você a rever uma série de exemplos diferentes de plantas arquitetônicas de espaços públicos para abordar o papel dessa projeção.
A necessidade global de buscar meios mais sustentáveis para atender novas demandas é um dos pontos mais estimulantes para o reuso de materiais ou estruturas na arquitetura atualmente. No campo da cenografia, a ressignificação de materiais para compor cenários é uma realidade há muito tempo. A prática profissional na área lida com a representação de uma cena, e para tal são utilizados elementos de caráter temporário e que buscam estimular a imaginação do espectador. Nesse sentido, o trabalho da cenógrafa Renata Mota tem aliado a ressignificação ao reuso de materiais - descartados ou doados - que perderam seu uso original para compor cenografias de espetáculos, exposições e outros eventos.
A Igreja Changtteul é um antigo local de culto em Gyeonggi-do, Coreia do Sul, cujo nome remete à imagem de "uma moldura contendo uma janela". Nesse sentido, o caráter do edifício é definido por sua série de janelas, proporcionando aos visitantes uma experiência única de luz e paisagens emolduradas.
Os arquitetos Hanyoung Jang e Hanjin Jang, do estúdio minorormajor, utilizaram as janelas de Changtteul como metáfora para seu partido projetual. A dupla explora o elemento arquitetônico a partir de duas perspectivas: a "janela entre o homem e Deus" e "a janela entre o homem e a natureza".
No Brasil, tem se tornado cada vez maior o número de pessoas optando por morar em apartamentos em vez de residências. Na mesma intensidade, a oferta por edifícios residenciais com uma variedade de plantas e tipologias tem crescido. Dentro desse panorama, buscando a aproximação á ideia de casa, é cada vez mais comum que uma série de edifícios ofertem lofts e apartamentos duplex, favorecendo a amplitude espacial, soluções funcionais, maior iluminação e ventilação natural através de grande aberturas e panos de vidro, pé direito duplo que permitem uma interrelação visual entre os diferentes pavimentos, entre outras qualidades que trazem maior comodidade aos seus moradores.
No âmbito da arquitetura e da engenharia, a palavra "vão" designa a distância entre dois apoios em uma estrutura, em geral em referência ao espaço ininterrupto entre pilares da trama de sustentação dos edifícios. Alguns vãos notáveis ficaram famosos por suas grandes e impressionantes dimensões, sobretudo em programas públicos, como é o caso do MASP de Lina Bo Bardi e do MuBE de Paulo Mendes da Rocha, ambos em São Paulo. No entanto, os grandes vãos podem representar generosidade espacial e liberdade visual em qualquer tipo de projeto, inclusive de menor escala.
Uma pessoa que mora em Moema, bairro com uma das maiores concentrações de renda de São Paulo, vive 20 anos a mais do que uma pessoa que nasce em Cidade Tiradentes, extremo leste da capital. A cidade mais rica do Brasil expõe o quanto o país é desigual, e também o quanto o acesso às políticas públicas variam de acordo com o território onde se vive.
A 5ª edição do PNAM, Prêmio Nacional de Arquitetura em Madeira de Portugal, foi entregue no último dia 8 de novembro no Mosteiro de Alcobaça. Organizado pela Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal (AIMMP), Ordem dos Arquitectos (OA) e Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário (CPCI), a premiação bienal destina-se a arquitetos portugueses que escolhem a madeira como matéria prima para as suas construções.
Conheça, a seguir, os projetos reconhecidos.
https://www.archdaily.com.br/br/928298/menos-e-mais-arquitectos-vence-o-pnam19-com-o-hotel-rural-casa-do-rioEquipe ArchDaily Brasil
O Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foi uma das principais bandeiras da política habitacional em nível federal dos últimos governos. O MCMV, que se configura através do financiamento de novas habitações populares, incentiva incorporadoras a desenvolver seus projetos em áreas distantes dos centros urbanos. Isto ocorre pois, em razão das métricas de desempenho considerarem apenas quantidade de unidades entregues, há um forte incentivo econômico às incorporadoras para construir longe dos centros urbanos, onde os terrenos são mais baratos. Isso significa que boa parte dos empreendimentos estão distantes de boas oportunidades de emprego e serviços básicos, assim como isolados das redes públicas de transporte de massa que, por natureza, não têm condições de atender áreas periféricas de baixa densidade urbana.
A ideia de margem implica na existência de um centro. Assim, tudo aquilo que não faz parte da centralidade é considerado externo, periférico. A divisão entre centro/margem, ou centro/periferia alcança não só a esfera arquitetônica, mas também a política, social e regional. Portanto, ao se falar de práticas profissionais nas margens da arquitetura, se fala também de práticas num campo multidisciplinar, pois consistem mais em uma busca pelo entendimento das questões a serem trabalhadas e menos em uma busca por responder a determinadas questões. Em culturas ou contextos marcados por descontinuidades e interrupções historiográficas, existe um esforço para definir a identidade, passando por um processo de auto-conhecimento e descobrimento para, por fim, chegar à elaboração de projetos para responder a demandas específicas. Por isso, a pesquisa e divulgação de conhecimentos, além de métodos alternativos de produção arquitetônica, são etapas importantes nesse processo.
Cape Town, South Africa. Image Courtesy of Shutterstock
Em um discurso sobre o futuro das cidades, alguém poderia ser perdoado por limitar seu escopo geográfico às inovações na Europa, nos Estados Unidos e, cada vez mais, na China e no Sudeste Asiático. Afinal, Shenzhen está prestes a sediar mais uma vez a única Bienal do mundo dedicada exclusivamente à urbanização, enquanto a arquitetura inteligente e responsiva se manifesta em visões de cidades como Toronto e Londres e gigantes da tecnologia como Microsoft e Siemens. No entanto, apesar de nossa preocupação com os problemas e as oportunidades da urbanização no 'Norte Global' e as inovações arquitetônicas que ele anuncia, há mérito em expandir nossos horizontes - e não apenas em direção a Marte. Até o final do século, nenhuma das maiores 20 cidades do mundo estará na China, Europa ou nas Américas. Enquanto isso, a África receberá 13 das 20, incluindo as 3 primeiras.
https://www.archdaily.com.br/br/927993/porque-a-africa-e-o-futuro-das-megacidadesNiall Patrick Walsh
A história do conjunto habitacional dos “Redondinhos”, em Heliópolis, São Paulo, começou com uma fala mal interpretada de Ruy Ohtake. Em 2003, uma revista publicou a seguinte declaração atribuída ao prestigiado arquiteto e urbanista: “O que acho mais feio em São Paulo é Heliópolis”. Depois de ver a reportagem, Ohtake esclareceu que a intenção foi dizer que o mais feio na cidade era a diferença entre bairros ricos e pobres – “a diferença entre o bairro e Heliópolis, a maior favela”, corrigiu.
A madeira laminada colada (MLC), também conhecida como Glulam (por seu nome inglês 'Glued Laminated Timber'), é um material estrutural fabricado através da união de segmentos individuais de madeira, colados com adesivos industriais (geralmente adesivos de resina de melamina ou poliuretano). As peças resultantes oferecem alta durabilidade e resistência à umidade, podendo vencer grandes vãos e conformar formas únicas.