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Novo aeroporto da Cidade do México poderá servir como local de preservação de murais modernistas

Este artigo foi originalmente publicado na Metropolis Magazine como "How a Small Mexico City Exhibition Fueled a Debate About Preservation and Power."

É um dia cinza no bairro de Narvarte na Cidade do México e as rajadas de vento anunciam a chuva iminente. A presença do Centro SCOP, um gigantesco complexo modernista abandonado, faz com que este cenário pareça ainda mais sombrio. O edifício é uma obra prima - inclusive intimidante - do modernismo mexicano: um enorme conjunto de edifícios em concreto aparente projetado pelo arquiteto Carlos Lazo, os quais cobrem uma área de mais de um hectare com suas dezenas de murais coloridos e vibrantes.

Em seu auge, o edifício chegou a abrigar mais de 3.000 trabalhadores da Secretaria de Comunicações e Transportes (SCT). Hoje, salvo o solitário segurança na guarita, o conjunto encontra-se completamente vazio.

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10 Espaços virtuais feitos com o Tilt Brush da Google

Tilt Brush, uma ferramenta da Google para desenhistas, continua ganhando terreno entre artistas, ilustradores e arquitetos, que a estão usando para fazer os primeiros esboços de seus trabalhos. Disponível para Oculus e HTC Vive, a Tilt Brush converte qualquer ambiente na tela perfeita para exprimir sua criatividade em escala real com os pincéis 3D.

A arquitetura religiosa ainda é relevante nos dias de hoje?

Algumas das mais importantes obras de arquitetura ao longo da história da humanidade se devem à religiosidade e espiritualidade do ser humano. Ao longo das últimas décadas, um crescente número de pessoas têm se importado cada vez menos com as práticas religiosas no sentido mais tradicional, isso não significa que a maioria delas seja completamente cética, mas o fato é que muitos destes monumentos arquitetônicos têm lentamente começado a perder parte de seu significado. Aquilo que Louis Kahn chamou de “imensurável” e Le Corbusier se referia como “inefável” estaria deixando de ser relevante para as pessoas?

A proposta do Vaticano para a Bienal de Veneza de 2018 - primeira participação do país no mais importante evento de arquitetura do mundo - é apresentada como “uma espécie de peregrinação não apenas religiosa, mas também cética”. Com isso, está cada vez mais evidente que o papel dos espaços “religiosos” está se transformando pouco à pouco, de espaços iconográficos para ambientes mais ambíguos que procuram refletir a "espiritualidade" de uma maneira mais ampla.

E o que isso significa? Ainda há espaço para a espiritualidade na arquitetura? É possível criar espaços religiosos abertos para pessoas de diferentes crenças e até mesmo para aquelas mais céticas? E o que faz com que um espaço seja dotado de "espiritualidade"?

Como projetar onde não há gravidade?

Não são muitos os arquitetos que tiveram o desafio de projetar no espaço sideral, mas quem sabe o que nos aguarda no futuro... Será que teríamos que nos preocupar com chuvas de asteroides e foto-biorreatores? Buscando investigar este tema a Metropolis Maganize analisou o projeto da Estação Espacial Internacional, apontando como as regras convencionais de arquitetura se tornam obsoletas na gravidade zero. Paredes, tetos e pisos podem ser permutáveis e o conceito da 'forma que segue a função' é levado ao extremo.

2018 marca os 20 anos da construção da Estação Espacial Internacional. O Satélite é constituído por 34 peças separadas, as quais foram entregues por ônibus espacial ou automotora no espaço. Com nenhuma margem para erros, a construção de 13 anos da Estação Espacial foi, talvez, um dos grandes sucessos do milênio, recebendo 230 astronautas, cosmonautas e turistas espaciais nas últimas duas décadas. 

5 pontos básicos para viver da arquitetura com dignidade

Este texto é a versão ampliada e traduzida para o português do artigo original "5 puntos básicos para una arquitectura digna", publicado em junho de 2017 no blog da Fundação Arquia.

Quando o Paisaje Transversal surgiu há 10 anos, na Espanha, uma das razões que também nos movia era exigir e propor uma profissão mais responsável e respeitosa com os próprios colegas e com o restante da sociedade. Naquele momento, víamos, e ainda vemos, uma das consequências mais perniciosas do ensimesmamento e a auto-suficiência da arquitetura, tanto no mundo profissional quanto (de forma superlativa) nas universidades, é a grave ignorância em torno de questões básicas como o trabalho, a gestão de negócios ou a lei, entre muitas outras.

Este desconhecimento generalizado imposto e auto-imposto com orgulho, por se tratarem de temas cinzentos e secundários, levou à prática um sistema anômalo onde, com demasiada frequência, explora, precariza e auto-precariza a profissão. E isso, naturalmente, acaba prejudicando os profissionais, a profissão e a sociedade.

Uma causa não evidente desse fenômeno vem do fato de que, em muitos casos, esse abandono de funções é voluntário, baseado em uma posição liberal não solidária e anti-sistêmica, ou causado pela precariedade de uma profissão que, em algum momento, esteve bem e que não quer assumir seu novo status.

Listamos abaixo cinco princípios que consideramos necessários para difundir e reivindicar para reconstruir uma profissão digna e responsável:

Lições para o Brasil: cidades que se desenvolveram com bons projetos de habitação social

Dias após a tragédia do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no centro de São Paulo, que deixou vítimas fatais e centenas de desabrigados, é impossível não se perguntar sobre os rumos da habitação social no Brasil.

Até este ponto da história, a maioria dos programas de habitação social vão em direção à construção de novas unidades habitacionais. Mas segundo a especialista em planejamento urbano e habitação, Elisabete França, esse raciocínio muitas vezes é prejudicial para o desenvolvimento social de cidadãos de baixa e média renda.

Como adicionar escalas humanas às suas renderizações como um profissional

Não é nenhum mistério o porquê colocamos escalas humanas em nossas visualizações de projetos. Pessoas são o caminho mais rápido para uma conexão emocional. Com as indicações visuais certas, você pode evocar sentimentos profundos, transformando uma simples imagem em uma fonte de admiração ou aspiração. Nas visualizações arquitetônicas, tentamos moldar esses sentimentos, trabalhando com as percepções que a maioria de nós compartilha. Enquanto todos nós somos criaturas de circunstâncias, usando nosso conhecimento experiencial para nos guiar cotidianamente, muito do nosso condicionamento faz o mesmo. É por isso que é tão importante considerar como você usa as escalas humanas ao criar visualizações de seus projetos.

As escalas são seus guias visuais, alertando o espectador para a história ou sentimentos que você deseja transmitir. Às vezes, essa história é de uso, uma explicação de como alguém interage ou se move através de um espaço. Outras vezes, é um pouco mais abstrato. Qualquer que seja a direção, a arte de incluir escalas é realmente um estudo de composição, condicionamento e narrativa. Quanto mais você souber sobre cada tópico, melhor será a sua imagem - especialmente quando você tiver um pedido complicado do cliente.

Nesta parte, gostaria de mostrar a você como abordamos o assunto na Kilograph. Como nossas origens são diversas - artistas, arquitetos, especialistas em marcas e técnicos de realidade virtual - estamos constantemente discutindo sobre como fazer as pessoas se destacarem, do ponto de vista psicológico e estético. Aqui está o que já descobrimos.

Arquitetura de qualidade não se produz rejeitando a história - tampouco replicando-a

Este artigo foi originalmente publicado pela Common Edge como "Architecture Ignores History At Its Own Peril".

A gravidade é inegável. Ficamos de pé, erguemos objetos, estremecemos quando vemos nosso peso na balança. Para os arquitetos, a gravidade tem um significado especial: é a força essencial a ser trabalhada. Clima, energia e materiais também são importantes — mas esses têm características específicas à sua localização.

A gravidade é a constante eterna. Mas há outro elemento universal no ato de projetar: a história, o papel de todas as coisas que passaram da ideia para a realidade, em todos os lugares. Se existem “razões” para um edifício ser feito ou finalizado de uma certa maneira, a história é a lente inegável que faz sempre parte de como os projetistas pensam sobre o que deve ser construído.

São Paulo, fora de alcance: uma entrevista com Mauro Restiffe

Documentar a paisagem urbana é tarefa que fotógrafos realizam quase desde o surgimento da fotografia na segunda metade do século XIX. Inesgotável, a cidade continua servindo de matéria-prima para a fotografia, que, em contrapartida, oferece uma imagem de cidade que é, simultaneamente, igual e diferente daquilo que se percebe ao experienciar o espaço urbano.

Mauro Restiffe talvez seja um dos fotógrafos que mais profundamente vive a cidade e seus espaços residuais - aspecto facilmente notado ao ver a seleção de fotografias escolhidas para a mostra São Paulo, fora de alcance, em exibição no Insitituto Moreira Salles de São Paulo e com curadoria de Thyago Nogueira. Reunindo fotos que registram momentos de transformação e desgaste urbano de lugares como a Cracolândia, Bom Retiro, Luz, Itaquera, Ipiranga, entre outros bairros, Restiffe compõe uma imagem fragmentada de São Paulo do período entre 2012 e 2014, mas que - um pouco pela técnica e sobretudo pelo olhar - representa também outros tempos da Pauliceia.

Eladio Dieste e a importância da experimentação no canteiro de obras

Nascido em Artigas, no Uruguai, na segunda década do século XX, Eladio Dieste sagrou-se exímio construtor, com a maior parte de sua obra situada na capital de seu país origem, Montevidéu e em cidades adjacentes. No entanto, sua obra acabou obtendo reconhecimento mais amplo depois de sua morte, após o Massachussets Institute of Technology (MIT) reconhecê-la em 2005 por meio do trabalho teórico de Stanford Anderson. Formado em Engenharia, sua relação com o canteiro de obras e experimentações in loco permitiram-no explorar ao limite a materialidade e as possibilidades estruturais.

Com um trabalho intimamente ligado à relação entre materialidade e canteiro, desenvolveu uma rica produção arquitetônica a partir de estudos de finas cascas cerâmicas, batizadas por ele como Cerâmica Armada. Junto a esta técnica construtiva, Dieste encontrou na adoção de tijolos cerâmicos a essência à resolução estrutural requerida, dado que o material apresentava excelentes propriedades estruturais – resistente aos intrínsecos esforços de compressão; rapidez construtiva; facilidade de mão-de-obra; e que junto à inserção do aço, resistia à flexão. A partir disso, encontrou no tijolo a natureza ideal à plasticidade e desenho estrutural buscado, possibilitando vencer grandes vãos com esbeltas estruturas autoportantes, apoiadas somente nas extremidades – livres de apoios centrais, onde parede, piso e teto unificavam-se como um só corpo.

Mas por que Eladio Dieste pode ser considerado um notável construtor?

Você sabe o que é necessário para promover o uso da bicicleta como meio de transporte nas cidades brasileiras?

Como já tem sido discutido em diversos países do mundo, a promoção da bicicleta como meio de transporte tem diversos benefícios para as cidades e seus cidadãos, tais como: redução de doenças crônicas (como hipertensão e doenças cardiorespiratórias), taxas menores de sobrepeso e obesidade, menos mortes e lesões no trânsito, níveis mais baixos de poluição do ar, entre outros. Apesar de constantemente disseminados todos esses impactos positivos, na América Latina menos de 10% [1] da população adulta usa a bicicleta como meio de transporte, enquanto que em países europeus como Holanda e Dinamarca, esse número ultrapassa 25% das viagens [2].

Com o objetivo de melhor compreender a relação entre ambiente construído e promoção da bicicleta no Brasil, um estudo [3] buscou entender as associações entre uso da bicicleta como meio de transporte e ciclovias e transportes de massa na cidade de São Paulo. A pesquisa foi

8 Materiais biodegradáveis que o setor da construção civil precisa conhecer

Na arquitetura, estamos tão envolvidos na criação de coisas novas que muitas vezes esquecemos o que acontece no final do ciclo de vida de um edifício - a infeliz e inevitável demolição. Podemos querer que nossos prédios sejam atemporais e vivam para sempre, mas a dura realidade é que eles não são. Então, para onde espera-se que todo o lixo vá?

Assim como a maioria dos resíduos não recicláveis, eles acabam nos aterros e, como a terra necessária para esse tipo de infraestrutura torna-se um recurso cada vez mais escasso, precisamos encontrar soluções alternativas. Todos os anos, apenas no Reino Unido, 70 a 105 milhões de toneladas de resíduos são criados a partir da demolição de edifícios, e apenas 20% disso é biodegradável, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Cardiff. Com um projeto inteligente e uma melhor percepção dos materiais biodegradáveis disponíveis na construção, cabe a nós, arquitetos, tomarmos as decisões corretas durante toda a vida útil de um edifício.

Uma dança na casa-estúdio de Luis Barragán

Dancing through the Architecture of Luis Barragán é um vídeo que registra a dança de corpos e a experiência do espaço da Casa-Estúdio de Luis Barragán, localizada na Cidade do México e famosa por seus pátios, jardins e misticismo característicos da obra do arquiteto mexicano. O vídeo é dirigido por Andrés Arochi, que comenta: 

Quando começamos a gravar, a magia começou a acontecer. A luz irrompeu pela janela e os corpos dos dançarinos começaram a fluir de forma inesperada. 

Passeio virtual pela Case Study House #11 de J.R. Davidson

As notas editoriais sobre a Case Study House #11 da Arts & Architecture estabelecem os “princípios básicos da arquitetura moderna”: uma ênfase em “ordem, adequação e simplicidade”. A habitabilidade e a praticidade são fundamentais, e a “farsa” não é aceita. Tal como acontece com outras casas da série, este projeto de JR Davidson alcança esses objetivos com linhas horizontais limpas, uma planta aberta e com a integração com o exterior.

É uma casa modesta e compacta, com um conceito menos rebuscado que algumas outras casas do programa — sem jardins internos ou espelhos d'água; e nenhuma história complicada para os clientes imaginários (pense nas próximas duas, a #12 e especialmente a #13) — mas sem dúvida mais bem-sucedida em fornecer um modelo para o lar americano médio. Seu valor não depende de um paisagismo dramático ou da vista, mas de um projeto inteligente e da atenção para resolver os problemas cotidianos. Andar pelo modelo 3D da Archilogic revela a elegância da abordagem de Davidson.

Fachada do novo Sesc Avenida Paulista recebe vídeo mapping do VJ Spetto

Estabelecido na mais icônica das avenidas paulistanas, após oito anos em obras, finalmente a nova unidade do Sesc Avenida Paulista abriu suas portas no último domingo, 29 de Abril. Com uma programação pautada pelo tripé “Arte, Corpo e Tecnologia”, a instituição que prevê um público de aproximadamente 18 mil pessoas por semana, já observou parcialmente a expectativa concretizando-se.

As lições de Lacaton & Vassal para se construir modestamente

A dupla francesa Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal é conhecida por suas intervenções delicadas, reorientando estruturas negligenciadas com aparente facilidade. Originalmente publicado no site Harvard Gazette com o título original de "They Build, But Modestly", este artigo reconta as lições que eles ofereceram aos alunos em uma palestra na Harvard Graduate School of Design.

Por volta de 1980, dois jovens arquitetos terminaram sua graduação em Bordeaux, na França, e mudaram-se para a Nigéria. Nas regiões remotas do país africano, eles foram inspiradas pelas estruturas simples que viram em meio às impressionantes paisagens do deserto. As casas eram abertas ao ar, tinham telhados de palha utilitários e eram feitas com pedaços de madeira local. A modéstia prevalecia em estruturas que também traziam beleza.

As lições de construção na África permaneceram com Anne Lacaton e Jean-Philippe Vassal em sua prática baseada em Paris, Lacaton & Vassal: usar o que há no local, permanecer simples, abraçar o ar livre e honrar luz, liberdade e graça. Eles praticam arquitetura social baseada na economia, na modéstia e na beleza dos espaços.

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Nota do IABsp sobre o desastre no edifício Wilton Paes de Almeida em São Paulo

O Instituto de Arquitetos do Brasil - Departamento São Paulo (IABsp) solidariza-se com as vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida. Para além da tragédia que esse episódio representa, cabe destacar que estamos diante de problemas sistêmicos que afligem a maioria das grandes cidades brasileiras e que demandam discussões que articulem necessariamente políticas urbanas, habitacionais de patrimônio cultural e de gestão dos bens públicos.

Projetos "open source" podem aproximar-nos do sonho da habitação acessível universal?

Projetos "open source" podem aproximar-nos do sonho da habitação acessível universal? - Image 1 of 4
Renderização. Cortesia de SPACE10

O sonho da habitação universal acessível tem sido uma ideia experimentada e testada por arquitetos ao longo da história. Da excêntrica Dymaxion House, de Buckminster Fuller, uma imaginação de como viveríamos no futuro, às casas que poderiam ser montadas como móveis da IKEA, muitas propostas têm enfrentado o desafio de criar habitações acessíveis ou moradias que pudessem ser replicadas, não importa o tempo e o lugar. No entanto, embora o uso de técnicas como construção pré-fabricada e materiais baratos parecesse, em teoria, capaz de resolver problemas imediatos de falta de moradia e a crise global da habitação, repetidamente essas propostas simplesmente não decolaram. Mas por que?

O laboratório de pesquisa da IKEA, SPACE10, está tentando encontrar uma resposta para essa pergunta através da colaboração de código aberto (open source). Ao lançar o projeto de uma micro-casa que usava apenas um material e uma máquina para criá-la acompanhada por um site que cataloga o processo e convida ao feedback, estão convidando arquitetos, designers e aspirantes a trabalharem juntos na criação de uma solução que poderia melhorar a vida de milhões de pessoas. “A visão”, dizem, “é que, ao alavancar a criatividade e o conhecimento coletivo do mundo, podemos disponibilizar casas modulares, sustentáveis e de baixo custo para qualquer pessoa e, como resultado, democratizar as casas de amanhã”.

Coabitação, casas sob medida e economia criativa: é esse o futuro das habitações de alta densidade?

Este artigo foi originalmente publicado na revista Redshift da Autodesk como "Comunidades personalizáveis podem ser a chave para o futuro da moradia urbana".

Londres tem uma fascinante história de urbanização que remonta ao assentamento romano em 43 d.C.. Durante a Revolução Industrial e a Era Vitoriana, a população da cidade atingiu seu pico, assim como seus problemas relacionados à densidade populacional. O ar estava cheio de fuligem e fumaça, cortiços abarrotados eram a regra no centro da cidade, e a cólera e outras epidemias se espalhavam rapidamente devido a um saneamento inadequado.

Essas condições deram origem ao planejamento urbano moderno e à política de saúde pública, que agora define qual seria uma “boa densidade” no futuro da habitação urbana. A ONU prevê que em 2050, 66% da população mundial viverá em áreas metropolitanas, em comparação com os 54% de hoje.

Promover a diversidade para tornar as cidades mais equitativas

Quando existe uma combinação equilibrada de atividades complementares em um determinado bairro (ou seja, uma mistura de residências, locais de trabalho, comércio e serviços), parte significativa das viagens cotidianas de seus moradores podem permanecer curtas e caminháveis. Usos diversos, com horários de pico diferentes ao longo do dia, contribuem para manutenção de ruas movimentadas e seguras por mais tempo, estimulando a atividade de pedestres e ciclistas e promovendo um ambiente humano animado onde as pessoas desejam viver. Isto também contribui para o equilíbrio da demanda do transporte coletivo, resultando em uma operação mais eficiente e sustentável por períodos mais longos do dia. Pessoas de todas as faixas etárias, gêneros e renda podem interagir com segurança em locais públicos.

Promover a diversidade para tornar as cidades mais equitativas - Image 1 of 4
© ITDP Brasil

Fotógrafo registra as composições geométricas na evolução da arquitetura de Viena

Fotógrafo registra as composições geométricas na evolução da arquitetura de Viena - Imagem de Destaque
© Zsolt Hlinka

Em sua mais recente série de fotos intitulada "Viennametry", o fotógrafo e gravurista húngaro Zsolt Hlinka captura os vazios inexplorados na colcha de retalhos da arquitetura histórica e contemporânea de Viena. Depois de estudar os edifícios simétricos de esquina de Budapeste, Hlinka mudou-se para o norte, para a Áustria, em sua busca pela geometria e simetria na paisagem urbana.

O que é direito à cidade? Publicação gratuita apresenta trajetória conceitual do termo

O termo ‘direito à cidade‘ esteve na boca dos participantes das jornadas de junho de 2013, que tiverem como estopim o aumento das tarifas dos transportes públicos em vários estados do Brasil. Esteve também presente nas faixas penduradas em ocupações de torres vazias e prédios abandonados do movimento Ocupe Estelita, que desde 2008 luta pela preservação do Cais José Estelita, em Recife (PE). Fora do País, estampou cartazes turcos quando árvores foram derrubadas no parque Gezi, em Istambul, para dar lugar a um centro comercial.

Mas o que, afinal, significa direito à cidade, expressão veementemente evocada por movimentos sociais nos últimos anos e que, no Brasil, ganhou territorialidade após as mobilizações de 2013?

Madeira Laminada Cruzada: o que é e como utilizá-la

Madeira Laminada Cruzada: o que é e como utilizá-la - Image 1 of 4
O Sorriso / Alison Brooks Architects. Image © Alison Brooks

Há algumas semanas publicamos um artigo sobre uma nova crise da sustentabilidade, que normalmente não nos damos conta. A indústria da construção civil vem consumindo uma quantidade exorbitante de areia, e aos poucos ela vem acabando. Utilizada para a fabricação de concreto, vidros, entre outros materiais, esse é um dado preocupante para o futuro. Além disso, já é sabido que a construção civil é um dos maiores produtores de resíduos sólidos no mundo. Somente no Brasil, cuja área ainda é bastante rudimentar e pouco industrializada, o campo representa cerca de 50% a 70% do total de resíduos sólidos produzidos, tratando-se de um enorme problema público. Mas como mudar esse panorama, se a maioria dos materiais que utilizamos não são renováveis e, portanto, são finitos?

Popularizada na Europa e aos poucos ganhando espaço no restante do mundo, a Madeira Laminada Cruzada, mais conhecida como Cross-laminated timber (CLT), destaca-se por sua resistência, aparência, versatilidade e sustentabilidade.

Estudantes de arquitetura da Somália preservam digitalmente o patrimônio construído de seu país - antes que seja tarde demais

Estudantes de arquitetura da Somália preservam digitalmente o patrimônio construído de seu país - antes que seja tarde demais - Imagem de Destaque
via Somali Architecture

Desde o início da guerra civil em 1991, as paisagens política e arquitetônica da Somália, no Leste da África, têm sido instáveis. Enquanto os centros urbanos do país, como a capital Mogadíscio, ostentam um tecido diversificado de mesquitas históricas, cidadelas e monumentos ao lado de estruturas cívicas modernistas, as décadas de conflito resultaram na destruição de muitas estruturas importantes. E, embora a luta tenha diminuído substancialmente nos últimos anos, o futuro do patrimônio arquitetônico do país ainda está longe de alguma segurança.

Em resposta a isso, estudantes de arquitetura somali residentes no Reino Unido, Itália e Estados Unidos se uniram para criar o Somali Architecture, um projeto de pesquisa que arquiva e "reconstrói" digitalmente estruturas icônicas por meio de modelos 3D. O objetivo é “preservar a identidade e a autenticidade” da Somália por meio de sua arquitetura - existente e destruída. “Queremos que cada construção icônica do passado seja reinterpretada para um futuro mais coerente”, dizem os estudantes.

Veja a seguir uma seleção das estruturas que a Somali Architecture descobriu e reconstruiu até agora.

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