A luz natural tem se mostrado um excelente elemento criador de formas com o qual a arquitetura pode criar ambientes dinâmicos. Pioneiro em projetos de iluminação, William M. C. Lam, (1924-2012) enfatizou em seu livro "Sunlighting as Formgiver" que a consideração pela luz natural vai muito mais além da economia de energia. Os arquitetos já encontraram inúmeras maneiras de implementar a luz natural e o fato de propor uma tipologia lumínica coerente pode ser um alvo valioso durante o processo de projeto. No entanto, análises de iluminação natural centram-se principalmente no consumo de energia.
Siobhan Rockcastle e Marilyne Andersen, porém, desenvolveram uma abordagem qualitativa no EPFL, em Lausanne. Seu interesse foi impulsionado pela diversidade espacial e temporal da luz do dia, criando uma matriz com 10 tons de luz natural.
Um jardim, um aquário, um parque, um estacionamento, um centro de pesquisas...no subsolo. A ideia é aproveitar os espaços nas cidades que não estão sendo utilizados para transforma-los em locais habitáveis.
Com o início da Bienal de Veneza 2016, as primeiras impressões dos pavilhões nacionais começaram a ser publicadas em todos os tipos de mídias sociais. Além da mostra principal, que tem curadoria de Alejandro Aravena, a Bienal conta também com 63 exposições organizadas por diferentes países que respondem ao tema desta edição: Reporting from the Front. Compilamos, a seguir, uma série de fotografias publicadas em diferentes contas no Instagram que mostram um pouco de alguns pavilhões nacionais.
Embora tenha sido um elemento essencial nas estruturas clássicas, o friso foi deixado para trás pelos arquitetos que buscaram por novos sistemas de fachada. No entanto, no recém-inaugurado anexo do Kunstmuseum Basel, projetado pelo escritório suíço Christ & Gantenbein em colaboração com o grupo de design iart, o friso retorna com um caráter tecnológico, atuando como uma série de pixels ocultos na fachada que exibem imagens em movimento e textos.
No final de 2015, a Escola de Design e Tecnologia de Copenhague recebeu um ciclo de palestras TED. Na ocasião, foram convidados 12 profissionais para compartilharem suas visões sobre o futuro a partir de diferentes áreas, da biologia e comunicação à gastronomia e o desenho urbano.
Um dos palestrantes foi o renomado arquiteto e urbanista Jan Gehl, sócio fundador do escritório Gehl Architects e consultor de diversas cidades em todo o mundo (entre as quais, Moscou, Nova Iorque, São Paulo e Singapura) que passaram por grandes mudanças e começaram a priorizar as pessoas e a mobilidade sustentável.
Conjuntos habitacionais são encontrados em todos os tamanhos, formas e organizações. Assim, buscar pelos exemplares que se enquadram nas categorias que você quer pode ser um processo tedioso que consiste basicamente em explorar uma lista desorganizada. Para tornar esta tarefa mais fácil e, ao mesmo tempo, catalogar alguns importantes conjuntos habitacionais, a página Collective Housing Atlas oferece uma biblioteca online de projetos de habitação coletiva organizadas em diferentes categorias.
O que queremos dizer quando afirmamos que nossas casas são "extensões" de nós mesmos? Mais precisamente, pode uma casa ser uma extensão de mais de uma pessoa? O que acontece quando uma casa é projetada para duas pessoas muito diferentes? Estas são as indagações do projeto Home at Intersection do arquiteto Yushang Zhang.
Desenvolvido como um projeto pessoal em seu tempo livre, a Home at Intersection é como uma história contada através da arquitetura. A história narra a relação de dois jovens, como eles embarcam em um novo capítulo juntos, construindo a casa dos sonhos. Mas muito mais do que isso, o projeto investiga temas como individualidade e limites de interações sociais, usando a arquitetura como um meio para entender emoções escondidas.
Em termos de homenagem a uma pessoa, ser escolhido para representar seu país como estampa em uma cédula de dinheiro é uma das maiores honras que se pode alcançar. Mesmo com as transações eletrônicas cada vez mais presentes, o dinheiro em espécie permanece como um padrão confiável de troca de bens e serviços; então, ter seu rosto estampado nas notas é garantia de que as pessoas o verão diariamente, assegurando, de algum modo, que seu legado permaneça vivo.
Entre as personalidades escolhidas para estampar as notas de diferentes moedas, alguns poucos arquitetos foram imortalizados e continuam circulando diariamente nas carteiras de pessoas de várias partes do globo. A seguir, mostramos 15 arquitetos imortalizados desta forma e quanto eles "valem".
Este artigo é parte da nossa nova série "Material em Foco", onde os arquitetos compartilham conosco o processo de criação através da escolha de materiais que definem parte importante da construção de seus projetos.
Na zona rural da Catalunha, nos arredores da pequena cidade de Alforja, está uma paisagem incongruente: entre as casas de pedra masia dispersas, há uma estrutura de aço e vidro, uma caixa retilínea resolutamente entre as formas tradicionais de habitação. Mas, uma vez dentro da casa OE House, projetada por Fake Industries Architectural Agonism e Aixopluc, percebe-se que o edifício não é tão diferente dos seus vizinhos: no piso superior, o teto incorpora um sistema de abóbadas de cerâmica, com design quase vernacular. Este recurso, em seguida, combina com a madeira compensada e painéis de OSB para criar uma paleta de materiais eclético. Conversamos com o arquitetos do projeto, David Tapias, do Aixopluc e Cristina Goberna e Urtzi Grau, do Fake Industries Architectural Agonism, para descobrir o que está por trás dessas escolhas de materiais incomuns.
https://www.archdaily.com.br/br/788326/material-em-foco-casa-oe-por-fake-industries-architectural-agonism-plus-aixoplucAD Editorial Team
Sem sombra de dúvidas, os celulares trouxeram uma série de benefícios para quem vive nas cidades: podemos usar um aplicativo que nos indica quanto tempo falta para passar um ônibus, ou, com um GPS, podemos fugir do engarrafamento no trânsito.
No entanto, é verdade que às vezes nos distraímos com os celulares, arriscando, consequentemente, nossa segurança. Por exemplo, quando olhamos o celular ao cruzar uma rua sem nem nos darmos conta se o semáforo está verde ou vermelho para os pedestres.
Convidados pelo The Architecture Project e no contexto de um Tourde Imprensa relacionado com a arquitetura da saúde, visitamos a cidade de Aarhus, na Dinamarca, para conhecer os últimos projetos de 'cura' (healing) que se estão sendo construídos na cidade.
Após anos suplantada por Copenhague, Aarhus é uma cidade portuária que procura reinventar-se e voltar a brilhar - e está conseguindo. A grata surpresa é que foram os arquitetos que impulsionaram esta mudança e que foi a arquitetura que invadiu todos os espaços, desde seu esquecido porto industrial até seu centro histórico cheio de valiosos edifícios patrimoniais.
Esta visita nos deixou importantes lições: "a arquitetura da cura" não se relaciona exclusivamente com os projetos hospitalares, mas com espaços que estimulam positivamente as pessoas, criam lugares amáveis para viver e conviver, ao conectar-se (o máximo possível) com o usuário para dar o que ele realmente necessita.
O processo que ocorre para a finalização de um projeto contempla distintas variáveis para os arquitetos, desde determinar quais são as necessidades do usuário até como será a instalação do canteiro de obras. Esta última é parte importante da lógica projetual de uma obra e de seu critério de desenho. As Micro Cabanas de Colorado Outward Bound enaltecem este processo, utilizando um partido que leva em consideração o desenho da unidade mínima habitacional em condições extremas e a execução da montagem num tempo reduzido e num lugar de difícil acesso.
The Garden, Nebamun, Thebes (c.1380 ac) [Dominio público]. Imagem via Wikimedia Commons
Neste artigo publicado originalmente na coluna Paisajes Tejidos de LOFscapes, sua autora nos introduz ao, agora popular, conceito de paisagenscriadas. Aqui, a paisagem como resultado da necessidade de articular processos de organização urbana e sistemas naturais é, portanto, uma aproximação a paisagem como a inter-relação entre a geografia e os processos históricos e socioculturais.
A autora nos relata como, através de projetos estratégicos, produziu-se uma mudança no antigo paradigma da paisagem como uma cena bucólica e estética por sistemas complexos, performativos, multifuncionais e de larga duração. Então, se a paisagem não pode ser capturada em só momento, por que continuamos acreditando que é um meio de sublimação geográfica que pousa no território?
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https://www.archdaily.com.br/br/787949/paisagem-nao-se-encontra-se-criaRomy Hecht M.
Nesta série, apresento alguns "padrões obsessivos", que dão prosseguimento ao meu trabalho de fotografias abstratas de arquitetura de diferentes cidades e sua relação com a experiência emotiva de seus habitantes.
Destas e de outras obras, extraí diferentes padrões geométricos de fachadas que pareciam interessantes para, em seguida, usá-los como matrizes de uma malha criada com a ajuda de montagens digitais. Desse modo, crio novas fachadas urbanas de formas exageradas que imitam edifícios gigantescos.
O fracasso da utopia das cidades planejadas levantou várias críticas desde a década de 1960. Autores como Jane Jacobs, através da estreita observação do cotidiano das cidades, entenderam as paisagens planejadas como monótonas e não comprometidas com a diversidade estética e funcional, essencial para a vida urbana. Estas críticas reforçaram a ideia defendida por Jan Gehl e outros autores de que as cidades devem servir às pessoas. O espaço da rua experimentado por pedestres, antes esquecido em propostas modernistas, recuperou nas últimas décadas a sua importância como um palco de urbanidade. [1]
Em 2007, uma organização não governamental chamada Jane's Walk, foi criada em Toronto com o objetivo de difundir as ideias de Jacobs. Este instituto incentiva as pessoas a realizar passeios comunitários a pé, trazendo as pessoas para as ruas para experimentar e discutir a qualidade do ambiente urbano em que vivem.
https://www.archdaily.com.br/br/787512/de-jane-jacobs-aos-janes-walk-uma-defesa-pela-vitalidade-urbana-carol-farias-e-andre-goncalvesCarol Farias e André Gonçalves
Os projetos urbanos de Paris nos últimos anos têm chamado a atenção internacional. Isto porque as propostas estão orientadas segundo um paradigma de mobilidade urbana sustentável, isto é, centradas nas pessoas, ciclistas e transporte público.
Por isso, propostas como a ampliação dos espaços públicos nas margens do rio Sena, a criação de mais Zonas 30, a remodelação da avenida Champs-Élysées e o Plano de Bicicletas 2015-2020, que pretende transformar a cidade "na capital mundial do ciclismo", estão se tornando modelos a serem seguidos.
Turku é a cidade mais antiga da Finlândia e a terceira maior do país, e passou recentemente a investir em medidas ambientais e de mobilidade urbana, visando reduzir a zero suas emissões de carbono até 2040.
Na meta proposta pela cidade, duas medidas se destacam, sendo uma delas o investimento nos seis primeiros ônibus elétricos que fazem parte de um plano que visa aumentar o uso desta forma de energia no transporte público.
Outra medida mais recente é promover o uso do transporte público entre os condutores. Como? Oferecendo o valor de US$22 a todas as pessoas com habilitação para dirigir, para que façam seus deslocamentos de ônibus.
A década de 1960 assistiu a vários movimentos das minorias, dentre eles o dos ambientalistas. Eles tinham como principal alvo de suas críticas o lançamento de grandes quantidades de produtos químicos no meio ambiente, sem o entendimento dos seus impactos sobre a biosfera.[1] Nesta década destacamos o início da mudança no olhar sobre a preservação do patrimônio que passou de uma visão tradicional que valorizava apenas os monumentos “excepcionais” à proteção a grupos de edificações históricas, à paisagem urbana e aos espaços públicos. “Quando se pensa em termos de patrimônio ambiental urbano, não se pensa apenas na edificação, no monumento isolado, testemunho de um momento singular do passado, mas torna-se necessário, antes de mais nada, perceber as relações que os bens naturais e culturais apresentam entre si, e como o meio ambiente urbano é fruto dessas relações”.[2]
Os cruzamentos podem ser locais complexos que acabam sendo conhecidos como lugares perigosos nas cidades. Em parte, isto é explicado pelo fluxo dos automóveis, que circulam em diferentes direções e competem pelo espaço público.
Esta situação foi abordada por Carlo Ratti, pesquisador e diretor do centro de inovação social e urbana, Senseable City Lab, vinculado ao MIT, que elaborou uma proposta para os cruzamentos que é muito mais eficiente que os semáforos.
Tornar mais acessível e próxima a relação dos cidadãos com a água nos entornos urbanos é um objetivo que pode ser reconhecido em uma dezena de projetos ao redor do mundo.
Em sua maioria, estes projetos podem focar em situações de encosta ou rios, como por exemplo os projetos que impulsionam Paris a construir mais espaços públicos ao torno do rio Sena, ou Moscou, a integrar o rio Moscova na vida cotidiana da capital russa.
Apesar disso, existem outros projetos de menor escala que tornam possível a relação entre habitantes com este recurso em suas cidades, tanto nos casos em que o inclui como elemento paisagístico, quanto como reflexo de um princípio de sustentabilidade.
A Realidade Virtual (RV) está prestes a mudar para sempre a arquitetura, o que significa que cada empresa precisa decidir como vai responder a essas mudanças. Isso pode soar como uma hipérbole, mas imagens 3D e os benefícios computacionais não são nada em comparação com o que a realidade virtual traz.
As imagens geradas por computador são, em muitos aspectos, uma versão atualizada das representações desenhadas à mão no passado. A realidade virtual possibilita um modo totalmente novo de ver os projetos. Baseada no software de desenho existente, ela permite que você utilize modelos 3D e os experimente de maneiras surpreendentes. Portanto, se sua empresa está pensando se deve ou não investir em tecnologia de realidade virtual agora, aqui estão algumas razões pelas quais você deve deixar de considerar e começar mudando a forma como seu escritório de arquitetura funciona.
Sem praças, sem calçadas largas para os pedestres nem transporte público para todos os habitantes. Assim poderão ser as cidades do futuro se as prefeituras e órgãos responsáveis não perceberem os riscos de um crescimento urbano desordenado, afirmou a ONU Habitat.
Buscando evitar tais previsões, se reuniram recentemente em Barcelona 700 representantes municipais e da sociedade civil durante um encontro que precedia a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Urbano Sustentável (Hábitat III) que acontecerá em outubro em Quito, Equador.
Ao redor do mundo, são várias as cidades que estão implementando planos de longo prazo para se tornarem mais habitáveis - locais onde os cidadãos possam realizar suas atividades cotidianas gerando o menor impacto possível no meio ambiente.
Isto se dá pois a maioria dessas iniciativas são concebidas sob critérios de sustentabilidade, visando aumentar as áreas verdes e os espaços públicos, fomentando as caminhadas e o uso da bicicleta, além de promover a construção de habitações que incorporem tecnologias de gestão de recursos.
Quando publicamos o artigo Vivendo no limite com a Casa Brutale, em julho do ano passado, esperávamos que fosse uma matéria popular em nosso site, mas nunca imaginamos que estaria entre os primeiros lugares no ranking de artigos mais lidos de 2015. No entanto, o que aconteceu depois foi ainda mais surpreendente. Até o final daquela semana, o projeto havia sido publicado por uma série de mídias não relacionadas diretamente com a arquitetura, como por exemplo o Yahoo, CNET e CNBC.
Apesar de ser muio atraente, com aspectos que tangem o impossível, o projeto parecia estar destinado a permanecer no papel. Entretanto, muito rapidamente o projeto encontrou um cliente e está a ponto de ter sua obra iniciada. Mas o que é necessário para um projeto viral se tornar uma construção real?