Antes de começar a projetar, o mais importante é entender como a cozinha será utilizada. Este é o enfoque básico que qualquer arquiteto deve ter, ou seja, compreender que a cozinha é um local que precisa ser muito bem planejado, levando em consideração que este espaço possui fluxos e distintas áreas de trabalho. Isso precisa ser levado em conta desde o início do projeto.
Mas além do estilo ou do desenho requerido pelo cliente, é importante definir certa modulação que permita otimizar seu rendimento e assim minimizar os custos de fabricação de seus diferentes elementos. Deste modo, as medidas de todos os componentes de uma cozinha devem ser entendidas e interiorizadas antes que o espaço que os abrigará seja definido.
Há duas importantes questões que dizem respeito à frágil condição atual do campo da Arquitetura. Com muita dificuldade, e reticência, é possível perceber um direcionamento coletivo, dentro da pluralidade individual que o contemporâneo sugere. Uma homogeneidade díspar que encontra semelhança, por exemplo, na dificuldade que a Política moderna tem na distinção prática de esquemas em vigor – como Esquerda e Direita. Ou seja, o cenário anterior dicotômico, mas exposto, substituído por um cenário novo, plural, e funcionalmente convergente.
https://www.archdaily.com.br/br/790330/fantasia-do-precario-felipe-ss-rodriguesFelipe SS Rodrigues
Nesta série de fotografias, intitulada Stacked, o fotógrafo Malte Brandenburg mostra um olhar atento para os méritos dos projetos habitacionais de Berlim do período do pós-guerra. Registradas sob um céu azul homogêneo, as imagens buscam afastar a carga histórica e social sobre os edifícios, apresentando-os como puras obras de arquitetura.
Para os oitenta anos de Álvaro Siza, em 2013, escrevi um texto para o jornal Público e a Ordem dos Arquitectos de Portugal. Falei no mestre utilizando palavras e expressões como luta corpo a corpo, capacidade de pensamento sincrético, treino de alta competição, intervenções cirúrgicas, serenidade, densidade, silêncio, combates, esforço, paciência, entusiasmo, reserva, prudência e medo, mas, principalmente, alegria.
Texto da Aula Inaugural pronunciada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP em 1 de março de 1967. Reedição da publicação do Centro de Estudos Brasileiros do Grêmio da FAU-USP, 1975. Compartilhado conosco por Rosa Artigas.
Como fundador do "do tank" Elemental, o arquiteto chileno Alejandro Aravena (nascido no dia 22 de junho de 1967) talvez seja o arquiteto mais socialmente engajado a receber o Prêmio Pritzker recentemente. Distanciando-se de uma abordagem puramente estética, Aravena explica: "não achamos que somos artistas. Arquitetos gostam de construir coisas que são únicas. Mas se algo é único, ele não pode ser replicado, então, em termos de servir muitas pessoas em muitos lugares, o valor é próximo a zero."[1] Para Aravena, o principal objetivo do arquiteto é melhorar o modo de vida das pessoas ao abordar tanto as necessidades sociais e desejos humanos, como as questões políticas, econômicas e ambientais.
Amanda Burden é ex-diretora do Departamento de Planejamento Urbano de Nova Iorque e presidente da Comissão de Planejamento Urbano durante o mandato de Michael Bloomberg, onde trabalhou para promover a recuperação de Lower Manhattan e melhorar o acesso do público à orla do Brooklyn, entre outros importantes projetos que contribuíram para melhorar os espaços públicos de Nova Iorque nos últimos anos.
Nesta TED Talk, Burden explica como os espaços públicos de Nova Iorque, desde pequenos parques até as grandes intervenções realizadas recentemente, que têm como foco os pedestres, têm sido fundamentais para garantir a qualidade de vida das mais de 8 milhões de pessoas que vivem na cidade.
https://www.archdaily.com.br/br/789835/ted-talk-como-os-espacos-publicos-fazem-as-cidades-funcionaremEquipo Plataforma Urbana
Como diretor da Bienal de Veneza 2016, Alejandro Aravena procurou mudar as bases da arquitetura. Ao invés de um olhar introspectivo das deficiências da profissão, como Rem Koolhaas fez em 2014, o chileno, ganhador do Prêmio Pritzker deste ano, nos pede para olhar na direção oposta — para as vastas áreas do horizonte construído, que tradicionalmente ficam além da alçada da profissão: favelas urbanas, megacidades sem natureza, zonas de conflito, portos comprometidos ambientalmente, aldeias rurais distantes.
"Acreditamos que o avanço da arquitetura não é um objetivo em si, mas um meio para melhorar a qualidade de vida das pessoas", afirma Aravena na introdução ao evento. Em outras palavras, a sua Bienal não questiona o que a arquitetura deve ser, ainda que falhe, mas sim o que poderia fazer, mas muitas vezes esquece.
Como parte da cobertura do ArchDaily Brasil na Bienal de Veneza 2016, apresentamos uma série de artigos escritos pelos curadores das exposições e instalações à mostra no evento.
Pessoas vestindo uma enorme cabeça escultural de um unicórnio tornou-se uma das imagens mais surreais a serem vistas na Bienal de Veneza 2016.
Parte da exposição Prospect North no Pavilhão escocês, produzida em conjunto por Lateral North, Dualchas Architects e Soluis, um estúdio de design e visualização de Glasgow, as cabeças de unicórnio, alce e urso polar permitem que você seja imerso numa realidade virtual do mundo do passado, presente e futuro das Highlands.
Em uma pesquisa publicada na Success Magazine alguns anos atrás, foram apresentadas 20 qualidades de um funcionário ideal, e pediu-se que selecionassem a mais importante.
86% dos executivos seniores selecionaram, dentre tantas outras, duas qualidades como as mais importantes para promoção e para o sucesso da carreira:
Hoje em dia, os principais materiais de construção utilizados na indústria da construção são concreto, aço e madeira. Do ponto de vista da sustentabilidade ecológica, há quatro diferenças importantes entre estes três materiais: em primeiro lugar, a madeira é o único material dentre os três que é renovável; segundo, a madeira precisa apenas de uma pequena quantidade de energia para ser extraída e reciclada em comparação com aço e concreto (mas a implementação de seu potencial não é tão desenvolvida até o momento); em terceiro lugar, a madeira não produz resíduos até o final da sua vida, uma vez que pode ser reutilizada muitas vezes em vários produtos ou ser utilizada como combustível e; quarta, a madeira absorve grandes quantidades de carbono da atmosfera, - uma árvore pode conter uma tonelada de CO2 [1] - e o carbono absorvido permanece incorporado enquanto a madeira estiver sendo utilizada.
Considerando o fato de que 36% das emissões totais de carbono na Europa, durante a última década, vieram da indústria da construção [2], bem como 39% das emissões totais de carbono nos Estados Unidos [3], a materialidade da construção deve ser uma prioridade futura na regulamentação pública como medida contra o aquecimento global. A quantidade de CO2 na atmosfera e o nível de emissões de carbono das grandes economias em todo o mundo são as grandes questões que precisam ser resolvidas com urgência, a fim de evitar maiores catástrofes climáticas, possivelmente mais freqüentes no futuro. O regulamento em vigor em vários países da UE, que incentiva a utilização de materiais renováveis em edifícios, está mostrando a direção que a indústria da construção deve seguir. Se estas medidas forem adotadas em toda a UE e mais - se outros países começarem a seguir esta tendência também - haverá significativamente mais madeira nas cidades.
Muitos avanços tecnológicos mudaram o modo como projetamos nos últimos 150 anos, mas talvez nenhum tenha causado um impacto maior que a invenção do elevador. Antes da invenção da trava de segurança para elevadores de Elisha Otis em 1853, os edifícios raramente superavam os 7 pavimentos. Desde então, as construções vêm alcançando alturas cada vez maiores. Em 2009, o edifício mais alto do mundo, o Burj Khalifa, atingiu a marca de 163 pavimentos (e para acessá-los: elevadores Otis). Em um século e meio que separam esses dois marcos históricos, a tecnologia dos elevadores mudou relativamente pouco -- até agora.
Todos os anos a Serpentine Gallery convida um arquiteto a projetar um pavilhão que ocupará seus gramados e receberá as centenas de milhares de visitantes nos meses de verão. Pavilhões temporários como este são uma oportunidade importante para arquitetos testarem novas ideias e comunicarem ao público o que a arquitetura é e o que ela poderia ser.
A menos que você esteja em Londres, não terá a oportunidade de visitar fisicamente o pavilhão, mas graças a internet podemos levar você até lá.
A arquitetura estereotômica é caracterizada por duas razões de força, sua continuidade nas cargas axiais que fazem chegar ao solo seus componentes, ao natural, na terra, e a busca pela luz onde suas paredes maciças são perfuradas para iluminar e permitir a habilidade humana. É partindo deste ponto que este projeto adquire sua potência e declara sua intenção.
O que é favela, hoje, em São Paulo? Quais seus conflitos e potencialidades? Como arquitetos, urbanistas e planejadores poderiam propor uma forma mais gentil e inovadora de intervir nessa realidade? A partir destas questões são propostas estratégias de requalificação para a segunda maior favela da cidade de São Paulo, Paraisópolis.
Um grupo de arquitetos e urbanistas foram consultados pelo jornal estadunidense The Wall Street Journal (WSJ) sobre as cidades líderes em inovação urbana através de certos projetos.
Nessa oportunidade, entre os peritos consultados estão Edward Glaeser, economista e autor do “O Triunfo das Cidades”, e Douglas Kelbaugh, acadêmico de arquitetura e urbanismo da Universidade de Michigan, que apostaram em cidades de menor tamanho, em vez de megacidades, e que consideram não terem recebido tanta atenção.
Apesar do fato de que a lista poderia continuar crescendo, o grupo de especialistas escolheu cinco cidades, incluindo uma latino-americana, que se destacam por ações interessantes que podem inspirar outras cidades, levando em consideração o contexto local.
Ao nos deslocarmos pela cidade, a tecnologia pode ser uma grande ferramenta para nos informar o que está acontecendo em nosso entorno. Desta maneira, é possível tomar melhores decisões que facilitam as atividades cotidianas.
Em cidades latinoamericanas existem vários aplicativos projetados para que seus habitantes estejam cientes do estado do transporte, seja público ou privado, da segurança ou de outros assuntos mais variados. Vamos mostrar aqui três deles.
Em nossas cidades, certos processos tendenciais tornam-se estruturais. As políticas públicas consagram, através do tempo, essas lógicas de consolidação. Tal é o caso da qualificação crescente das áreas centrais em detrimento das áreas periféricas. Em geral, conformam-se centralidades em torno da área de fundação da cidade, o que conflui logo a um encadeamento radial de subcentralidades urbanas de diferentes hierarquias.
A dependência a um centro urbano hegemônico condiciona o desenvolvimento da cidade. As transformações propostas vêem-se restritas por essa estrutura condicionante e a ausência de centros cívicos que construam centralidades de bairros condicionam o sistema de centralidades urbanas. A partir do cenário planejado, estabeleceram-se alguns critérios para construir centralidades cívicas nos bairros a partir de uma série de estratégias de articulação espacial e funcional na trama aberta local.
Para entender gentrificação imagine um bairro histórico em decadência, ou que apesar de estar bem localizado, é reduto de populações de baixa renda, portanto, desvalorizado. Lugares que não oferecem nada muito atrativo para fazer… Enfim, lugares que você não recomendaria o passeio a um amigo.
Saiba mais, a seguir.
https://www.archdaily.com.br/br/788749/o-que-e-gentrificacao-e-porque-voce-deveria-se-preocupar-com-issoEmannuel Costa
Como seriam as cidades se fossem planejadas respeitando a vegetação que existia antes de seu surgimento? É possível recriar paisagens naturais em entornos urbanos?
O arquiteto belga Luc Schuiten desenvolveu uma proposta futurista chamada "Cidade Vegetal". Nela, questiona os aspectos que têm impulsionado a arquitetura nos últimos anos e o estilo de vida da maior parte da população que não leva em conta a exploração dos recursos naturais.
Nesta TED Talk, o arquiteto mostra um esboço de como imagina um distrito de Bruxelas em 1800, em 1900, como era em 2000 e como poderia ser no futuro se fosse projetado segundo princípios de biomimética, isto é, inspirado na natureza e suas formas.
A luz natural tem se mostrado um excelente elemento criador de formas com o qual a arquitetura pode criar ambientes dinâmicos. Pioneiro em projetos de iluminação, William M. C. Lam, (1924-2012) enfatizou em seu livro "Sunlighting as Formgiver" que a consideração pela luz natural vai muito mais além da economia de energia. Os arquitetos já encontraram inúmeras maneiras de implementar a luz natural e o fato de propor uma tipologia lumínica coerente pode ser um alvo valioso durante o processo de projeto. No entanto, análises de iluminação natural centram-se principalmente no consumo de energia.
Siobhan Rockcastle e Marilyne Andersen, porém, desenvolveram uma abordagem qualitativa no EPFL, em Lausanne. Seu interesse foi impulsionado pela diversidade espacial e temporal da luz do dia, criando uma matriz com 10 tons de luz natural.
Um jardim, um aquário, um parque, um estacionamento, um centro de pesquisas...no subsolo. A ideia é aproveitar os espaços nas cidades que não estão sendo utilizados para transforma-los em locais habitáveis.
Com o início da Bienal de Veneza 2016, as primeiras impressões dos pavilhões nacionais começaram a ser publicadas em todos os tipos de mídias sociais. Além da mostra principal, que tem curadoria de Alejandro Aravena, a Bienal conta também com 63 exposições organizadas por diferentes países que respondem ao tema desta edição: Reporting from the Front. Compilamos, a seguir, uma série de fotografias publicadas em diferentes contas no Instagram que mostram um pouco de alguns pavilhões nacionais.