Em uma nova exposição na Kunst Haus Wien em Viena, o artista austríaco continua sua investigação na arquitetura onde poucos civis pisam.
A busca de Gregor Sailer por estruturas e edifícios incomuns o leva a alguns dos lugares mais extremos da civilização humana – de centros de exercícios militares nos EUA e Europa, a um centro de mineração perto de Chuquicamata, no deserto do Atacama, até campos de neve no Ártico.
Com a retomada do setor de construção a pleno vapor e o anúncio de grandes projetos em diversos países, um grande número de profissionais está se preparando para assumir essas obras. Assim, o acompanhamento do canteiro e a fiscalização são cruciais para a realização de uma boa arquitetura e representam momentos significativos de aprendizagem para profissionais da arquitetura e da engenharia que buscam desenvolver conhecimentos especializados. Mas, apesar de todos os novos esforços que prometem novas tecnologias, um futuro mais sustentável e melhores condições de vida, uma velha questão persiste: a presença de discriminação de gênero no canteiro de obras.
A relação da arquitetura com a natureza é complexa. Se, por um lado, buscamos paisagens naturais para emoldurar, por outro, tentamos a todo custo evitar patologias causadas pela presença de raízes e folhas em nossas paredes e estruturas. Ao mesmo tempo que lançamos mão de tetos verdes, jardins verticais e floreiras para aproximar as cidades da vegetação e melhorar o conforto das pessoas, nos conformamos em construir edifícios com materiais completamente dissociados da fauna e flora. Ainda que a revolução com os biomateriais e novas tecnologias esteja mudando isso aos poucos, devemos nos perguntar se as estruturas e edifícios precisam necessariamente estar separados da natureza em que se apoiam. Foi essa dúvida que motivou os pesquisadores da Universidade da Virginia (UVA) a desenvolverem estruturas geometricamente complexas impressas em 3D feitas de solo, onde as plantas pudessem crescer livremente.
A geração Z compreende o grupo de pessoas nascidas a partir de 1995. Cresceram junto com a popularização da internet e interagem com o mundo integrando todas as formas de tecnologia disponíveis.
A diversidade de mídias disponíveis, a velocidade no tráfego de informação, a interatividade no ambiente virtual e o uso cotidiano desses ativos tecnológicos comuns nos dias de hoje, influencia o comportamento dos indivíduos dessa geração, imprimindo polivalência, agilidade e curiosidade.
Acompanhando o lançamento de nosso primeiro livro, The ArchDaily Guide to Good Architecture, já disponível para compra, analisamos durante o mês de setembro diferentes definições e pontos de vista sobre a "boa arquitetura". Explorando temas como materialidade, contexto e abordagem, nossa equipe de conteúdo desenvolveu artigos que buscam questionar e descrever alguns dos aspectos que fazem uma arquitetura ser boa.
Veja a seguir uma seleção de artigos que colocam esta pergunta em perspectiva, reunidos sob os temas: cidades, materiais, história, contexto e interiores. Leia também, ao fim, um trecho do livro do ArchDaily.
Ao nascer e ao se pôr, o sol invade os espaços interiores e os inunda com alegria como nenhum teto ou aparelho de parede poderia fazer. Esses momentos, no entanto, são breves e difíceis de pegar em meio a uma agenda pesada.
O que é uma boa arquitetura? Há mais de dois mil anos, Vitruvius teria respondido que boa arquitetura é aquela que contempla três princípios básicos: firmitas (firmeza), utilitas (utilidade) e venustas (beleza), como descreveu em seu tratado De Architectura, e provavelmente, ninguém o teria questionado. Hoje, essa ampla pergunta é capaz de despertar centenas de respostas, todas pessoais e subjetivas, que têm a ver com a vivência e experiência de cada um.
O paisagismo é um componente fundamental em diversos tipos de projeto, sobretudo para pensar a integração das edificações com seus entornos e estabelecer articulações entre ambientes. O uso da vegetação confere diversas qualidades aos espaços, e apesar de figurar mais usualmente nas partes externas, o uso de jardins internos pode ser um fator de transformação total na atmosfera dos projetos.
Considerando o tempo, a energia e o impacto ambiental de um processo de construção, a arquitetura deve explorar diferentes metodologias que funcionam com o ambiente construído existente. Por exemplo: Como dar vida a um edifício esquecido? A reutilização adaptativa oferece novas oportunidades a edifícios abandonados, seguindo a ideia de que a boa arquitetura deve ser durável, inovadora e reciclável.
Os arquitetos não devem projetar apenas para o presente, mas também devem pensar em como adaptar os edifícios para o futuro. Em vista da situação atual do mundo em relação à crise climática e aos recursos naturais disponíveis, a reutilização adaptativa explora estratégias para a sustentabilidade e a inovação projetual, trabalhando para reduzir o consumo de energia, com menos emissão de carbono e impacto social positivo.
A importância do contato com a natureza é tema de diversos estudos. Uma pesquisa da Escola de Saúde Pública de Harvard aponta que morar perto de bosques, parques e jardins está associado a um menor risco no desenvolvimento de doenças renais e respiratórias, além de reduzir a depressão. Porém, quem vive em grandes centros urbanos, nem sempre consegue suprir esta falta, seja pela falta de parques, de tempo ou mesmo pela distância da área verde mais próxima. Em tais casos, uma alternativa é levar a natureza para dentro de casa, apostando no poder das plantas como parte integrante da decoração.
CityMakers está trabalhando com o ArchDaily para publicar uma série de artigos, conversas e entrevistas com os diferentes atores da co-produção de cidade por trás do CityMakers Barcelona Lab 2022, um evento que acontecerá de 14 a 18 de novembro. Nesta ocasião, Camilo Osorio, Arquiteto e Mestre em Desenvolvimento Urbano e Territorial na Universidade Politécnica da Catalunha - Barcelona Tech, apresenta seu artigo "Barcelona: Alegria e Ordem". Os dotes naturais e artificiais de uma cidade exemplar".
O grande debate começa: como projetamos e construímos uma cidade de forma que todos se beneficiem? Naturalmente, você já tem uma posição nessa guerra urbana. Ou você é um NIMBY, acrônimo de “Not In My Backyard” (não no meu quintal, em tradução livre), o que significa que você se opõe a novos empreendimento em seu bairro; ou você é um YIMBY, “Yes In My Backyard”, e é pró-desenvolvimento, seja qual for seu motivo. Mas essas siglas não descrevem os problemas reais que levam as pessoas a se posicionarem de um lado ou de outro desse infinito cabo de guerra do “Não construa isso!” e “Sim! Construa isso!”
Seja para um momento de pausa, descontração ou até mesmo para um wifi gratuito, as cafeterias costumam abrigar uma série de situações que envolvem mais que apreciar uma xícara de café. Um lugar tranquilo e agradável, que além de tudo ofereça uma boa bebida quente, é um grande atrativo para quem busca por uma cafeteria para passar algumas horas.
Nesse sentido, um projeto paisagístico que integre o verde a estes ambientes pode aumentar significativamente o conforto dos clientes, ao amenizar temperaturas e oferecer uma barreira contra a poluição atmosférica, sonora e visual. Além disso, após as restrições impostas pela pandemia de Covid-19, espaços abertos, com ventilação natural e jardins passaram a ser prioridades para muitos projetos, inclusive cafeterias.
Em quase todas as línguas indianas, um termo coloquial para "família" (ghar wale em hindi, por exemplo) se traduz literalmente como "aqueles que estão em (minha) casa". Tradicionalmente, os lares indianos abrigavam gerações de uma família sob o mesmo teto, formando bairros próximos de parentes e amigos. A arquitetura residencial, portanto, foi influenciada pelas necessidades desse sistema familiar. Espaços de interação social são essenciais na habitação coletiva, assim como estruturas que se adaptam às necessidades de mudança de cada família. A relação matizada entre cultura, tradições e arquitetura é maravilhosamente manifestada na sintaxe espacial da habitação indiana.
A cada ano, a TIME publica a TIME100 Next, uma lista, inspirada em sua conhecida TIME100, que busca reconhecer 100 pessoas de todas as indústrias do mundo cujas carreiras estão em ascensão. Como resultado, a lista de 2022 da TIME100 Next apresenta desde músicos e profissionais médicos, a funcionários do governo, líderes de movimentos e denunciantes de alto nível ao lado dos principais diretores executivos, todos selecionados pelos jornalistas da revista. Entretanto, na lista deste ano figura a única profissional representante da classe: a arquiteta mexicana Frida Escobedo.
Vivemos em um mundo onde o vivenciado, o lembrado e o imaginado, assim como os diferentes momentos no espaço e no tempo relativos ao passado, presente e futuro, estão inseparavelmente misturados. Recentemente, estão sendo oferecidos vários meios para acessar outros planos de existência, utilizando tecnologias imersivas como realidade virtual e aumentada (VR e AR), criando um caminho para o metaverso no qual somos transportados para espaços que são capazes de ser mais ‘reais’ do que qualquer coisa que vivenciamos atualmente.
A história e a formação cultural das Filipinas estão refletidas na paisagem construída por todo o país, com suas estruturas e habitações que expressam várias influências das nações que ocupavam as ilhas.
Quando falamos sobre arquitetura e habitações filipinas, de modo geral, podemos pensar na primeira casa filipina conhecida: Bahay Kubo. A Bahay Kubo é uma pequena cabana composta por nipa, bambu e outros materiais regionais. Comumente, muitas pessoas ainda optam por adotar este tipo de habitação, que se modernizou com o passar do tempo e permanece como conceito em casas contemporâneas.
O TikTok é uma rede social para compartilhamentos de vídeos curtos e que oferece amplos recursos para editá-los. É possível incluir filtros, legendas, trilha sonora, gifs, fazer cortes e usar a criatividade à vontade. Como no Instagram e no Twitter, você pode seguir o perfil de outras pessoas e interagir, curtindo as publicações, fazendo comentários e até compartilhando pelo WhatsApp.
A configuração do bairro de Heliópolis é consequência de um histórico de ocupações irregulares e de urbanização complexa. Os enfoques do poder público na região nas últimas décadas têm sido os mais variados, sem que, tenha sido possível superar o caráter informal do território, especialmente no que diz respeito à implementação total e articulada da infraestrutura urbana. Foi para abordar esse contexto que o escritório Vigliecca & Associados foi convidado a desenhar os conjuntos habitacionais para as Glebas A e H, realizados, respectivamente, em 2004 e 2013.
https://www.archdaily.com.br/br/989815/urbanizacao-de-heliopolis-os-desafios-da-intervencao-na-cidade-informalAlexandre Kok, Caio França, Gabriela Rudge, Lara Girardi, Lia Soares, Maria Clara Calixto, Marina Liesegang, Marina Saboya, Pedro Trama, Tamara Silberfeld e Valentina Kacelnik
“Todos os espaços físicos que nós (arquitetos) projetamos – edifícios, interiores e cidades já nascem como metaespaços, e nós os chamamos de modelos 3D”. Com essa afirmação Brian Jencek, diretor de planejamento da empresa de arquitetura HOK, de San Franciso, estreita os limites entre o modo de projetar atual e o futuro da arquitetura no metaverso. Segundo ele, não estamos tão longe assim dessa tecnologia, visto que, já usamos as mesmas ferramentas que os designers visuais utilizam, como Unity, Twin motion e Blender, para criar ambientes realistas.
Cada vez mais é comum ver famílias contemporâneas buscando por opções habitacionais que atendam não somente suas condições sociais, econômicas e culturais, mas que também sejam capazes de responder às suas necessidades habitacionais futuras. Ao mesmo tempo, vemos o esforço emocional, físico e financeiro para transformar e adaptar espaços já construídos com o objetivo de responder às mudanças familiares. Dessa forma, pensar em habitações que sejam evolutivas e adaptáveis é um dos grandes desafios para os arquitetos na atualidade.
A primeira segunda-feira de outubro de cada ano marca o Dia Mundial da Arquitetura e o Dia Mundial do Habitat. Celebrados simultaneamente, buscam lançar luz sobre o ambiente construído e seus desafios, assumindo um tema diferente a cada nova edição. Este ano, através do Dia Mundial da Arquitetura, a UIA aposta na “Arquitetura para o bem-estar”, alinhada com a designação de 2022 como o Ano UIA do Design para a Saúde em edifícios e cidades. Paralelamente, o Dia Mundial do Habitat da ONU está centrado em “não deixar ninguém para trás”, e visa abordar para o problema da desigualdade e desafios nas cidades e assentamentos humanos em decorrência da pandemia de Covid-19, das mudanças climáticas e de conflitos de todo tipo.
Apresentando o Outubro Urbano, 31 dias para promover um futuro urbano melhor, o Dia Mundial da Arquitetura e o Dia Mundial do Habitat impulsionam os debates sobre sustentabilidade urbana. Posicionando-se no debate, o ArchDaily participa promovendo conteúdos que abordam os principais tópicos dessas datas, conscientizando, apresentando soluções, engajando a comunidade internacional e empoderando aqueles que fazem arquitetura para melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Como ponto de partida para projetos de arquitetura, o terreno e a sua topografia apontam os direcionamentos que a distribuição do programa poderá seguir. Entre elas, uma solução se destaca pela continuidade entre a topografia e a arquitetura, a partir do rebaixamento do nível da construção e avanço do terreno sobre a cobertura. A partir deste teto jardim criado com as mesmas características do entorno, o resultado causa a impressão de uma intervenção quase inexistente.
A incorporação do terreno como elemento arquitetônico retoma, de certa maneira, o conceito das cavernas, reforçando uma ideia de abrigo e acolhimento a partir de um híbrido entre a configuração inicial e natural e a intervenção arquitetônica.
Hoje em dia, bem-estar é uma palavra comumente usada no design e em outras áreas. Mas o que isso realmente significa? De acordo com o National Wellness Institute, o conceito é definido como "um processo ativo pelo qual as pessoas tomam conhecimento e fazem escolhas para uma existência mais bem-sucedida". Isso pode ser visto de diferentes perspectivas, como fatores ambientais, intelectuais, espirituais e físicos. Embora esses elementos possam ser integrados separadamente na vida de alguém, eles também podem se complementar e trabalhar juntos. Por exemplo, o exercício não apenas fornece benefícios físicos, mas contribui para o bem-estar emocional também.