A flexibilidade dentro de um espaço surge como um conceito arquitetônico que segue as transformações da sociedade. Como o arquiteto americano Frank Lloyd Wright disse: "arquitetura é vida; ou pelo menos é a própria vida tomando forma e, portanto, é o registro mais verdadeiro da vida como foi vivida no mundo ontem, como é vivida hoje ou sempre será vivida." Nesse sentido, mudar o layout de uma cozinha vai além de meros ajustes estéticos; Isso reflete a maneira como as pessoas viverão. A abertura da cozinha fechada tradicional cria um espaço mais flexível no qual diferentes atividades compartilham uma conexão visual sem barreiras estruturais.
A retirada das paredes da cozinha permite maior interação dentro das áreas e dá lugar à fluidez em todo o espaço. O design de uma cozinha aberta envolve o uso de tipos específicos de produtos - cada um com seu próprio material, estilo e uso - que se adaptam às dimensões e necessidades de uma casa. Neste artigo, fornecemos uma seleção de produtos que podem ser encontrados na categoria "Cozinha" do Architonic.
Vemos, nas cidades brasileiras, novas edificações residenciais sendo construídas com varandas em balanço, isso é, além do perímetro da edificação, avançando sobre os recuos mínimos exigidos (no Rio de Janeiro, sobre os afastamentos). Porém, o que temos visto nos últimos anos é um movimento crescente de fechamento dessas varandas com painéis de vidros e, consequentemente, o aumento dos compartimentos contíguos a eles. Mas qual seria o motivo deste fechamento? Se há necessidade de se aumentar os compartimentos, por que já não são projetados assim?
https://www.archdaily.com.br/br/987252/o-fechamento-de-varandas-como-artificio-de-vendaDavid Cardeman e Rogerio Goldfeld Cardeman
O que acontece quando ruas, praças e prédios começam a desaparecer em uma cidade?
Este é o caso de Cerro de Pasco, capital do distrito de Chaupimarca e da província de Pasco, localizada 4.380 metros acima do nível do mar nas terras altas dos Andesperuanos. É neste lugar que a constante expansão da prática de mineração "a céu aberto" tem devorado o tecido urbano, resultando em danos permanentes ao território à medida que seus espaços públicos, bens tombados e, consequentemente, sua história, desaparecem.
Toda cidade é um ambiente complexo, reunindo pessoas, culturas, arquitetura, comércio e até a natureza. Ao vivenciar uma cidade, muita atenção é dada à sua aparência, mas isso não é tudo. A teoria do design sensorial visa ir além da visão e explorar a riqueza do ambiente construído por meio de texturas, cheiros e sons. Para as autoridades e urbanistas da cidade, muita atenção geralmente vai para a paisagem visual e sonora de uma cidade, mas em termos de odor, o foco está principalmente no gerenciamento de resíduos ou na limpeza de áreas insalubres. No entanto, o olfato, tão frequentemente negligenciado, está fortemente ligado à criação de memórias afetivas. O sentido contribui para nossa compreensão do mundo; revela práticas culturais de outra forma ocultas, e completa a experiência de um ambiente.
As áreas verdes são consideradas uma das formas mais adequadas e acessíveis para mitigar os efeitos do aumento das temperaturas nos ambientes urbanos. À medida que o clima global aquece, as cidades em todo o mundo enfrentam ondas de calor mais frequentes e extremas, colocando seus cidadãos em risco. Muitas cidades estão adotando estratégias para reduzir o impacto das ilhas de calor urbanas, que são geradas quando a cobertura natural do solo é substituída por superfícies que absorvem e retêm calor, como pavimentos e edifícios. Isso aumenta a temperatura em vários graus. As cidades têm seu microclima, influenciado por esse fenômeno aliado a uma série de fatores muitas vezes esquecidos. Para que uma estratégia climática seja eficiente, todos os fatores precisam ser levados em consideração.
A pergunta-título deste artigo parte da dedução de que, se as cidades — nos moldes modernos — são entes espaciais possuidores de um ponto originário e demarcatório de desenvolvimento, logo, as mesmas também detêm um ponto (ou linha) equivalente de finitude. A questão poderia ser sanada de imediato ao se valer da cartografia. Sob a ótica administrativa e organizacional, mapas permitem, de certo modo, definir a extensão de todo e qualquer aglomerado urbano. Contudo, os limites arbitrados por bases de representação escalar não dão conta de derrogar a reflexão, pois o senso de apreensão da cidade é muito mais complexo. Como elabora Ferrão (2003), numa fala que abarca, para além da geografia e arquitetura, a dimensão sociopolítica da matéria: a cidade é um “objeto de contornos cada vez mais invisíveis.”
https://www.archdaily.com.br/br/985913/onde-comeca-e-onde-termina-uma-cidadeJoão G. Santos
Relembrando sua infância, Peter Zumthor disse uma vez: “Memórias como essa contêm a experiência arquitetônica mais profunda que eu conheço. São os reservatórios das atmosferas e imagens arquitetônicas que exploro em meu trabalho como arquiteto. ”Essas palavras aludem a um conceito fundamental por trás do design para crianças: tudo o que encontramos nos primeiros anos de nossas vidas, incluindo a arquitetura, pode ter um grande impacto em nossa perspectiva futura do mundo. Quando os espaços são projetados de acordo com as necessidades específicas das crianças, elas estimulam seu bem-estar físico e mental, além de aumentar as habilidades de autonomia, auto-estima e socialização. Arquitetos têm a responsabilidade de garantir que as crianças vivam, brinquem e aprendam em ambientes que contribuam para o seu desenvolvimento saudável de longo prazo.
O ArchDaily apresenta os projetos de arquitetura mais inovadores através do olhar criativo de fotógrafos especializados. Seus registros nos aproximam das obras, refletem a visão dos arquitetos e, sobretudo, transmitem e despertam as mais variadas emoções.
A partir de conversas com esses talentosos fotógrafos, podemos entender, pelo menos um pouco, o que eles sentem ao se depararem com um projeto arquitetônico com uma câmera na mão.
Mesmo com todas as estranhas tendências de design de interiores residenciais voltando, você provavelmente não esperava pelos nichos rebaixados. Este conhecido recurso de design da década de 1970 é ao mesmo tempo retrô e moderno, que proporciona um lugar confortável para relaxar e uma fuga completa das distrações da televisão e do cinema. Em vez de um design que suporta e favorece uma conexão digital, ter uma grande área para sentar e, literalmente, conversar, pode ser o espaço que todos precisamos.
No dia 19 de agosto comemora-se o dia mundial da fotografia, ferramenta fundamental para o registro imagético da nossa sociedade. Se, por um lado, a fotografia é protagonista nos diálogos que envolvem arquitetura e cidade, retratando momentos históricos e valorizando os edifícios, por outro, ela também consegue nos guiar pelo contexto e bastidores do momento, eternizando o processo.
Para além de sua funcionalidade primária, as coberturas são um dos elementos mais fundamentais na estética de um edifício, podendo assumir diferentes formas, compostas por variadas estruturas e vedadas por diversos materiais. Mas, para além da estética, as coberturas precisam atender às condições climáticas de onde estão localizadas, considerando as mudanças periódicas em relação à chuva, sol e ventos.
A fotografia de arquitetura tem sido historicamente um gênero dominado por homens, assim como a própria arquitetura e a indústria da construção em geral. Mas esse cenário está mudando rapidamente. Alguns dos maiores nomes da fotografia de arquitetura muntial agora são mulheres e no campo nacional, não é diferente. Ao enfrentar barreiras de gênero, sendo uma das principais dificuldades a exposição ao espaço público em horas não usuais, carregando equipamentos valiosos — como a fotógrafa Ana Mello já afirmou em entrevista — essas profissionais estão rompendo paradigmas e eternizando as obras com seus olhares aguçados e sensíveis.
Ao longo dos anos, as configurações urbanas foram mudando e assumindo novas formas. Os espaços de trabalho tornaram-se mais flexíveis, os escritórios em casa são comuns e os crescentes custos na construção levaram a mudanças na forma como as edificações são concebidas e construídas, nos direcionando para áreas externas públicas e comunitárias destinadas à atividades de lazer e encontros sociais. Nossos estilos de vida em constante transformação estão, portanto, moldando uma nova paisagem urbana que influencia na maneira como concebemos e usamos esses espaços. Entretanto, algumas tipologias menores e muitas vezes não reconhecidas persistiram e permanecem tão necessárias como sempre foram.
Estes não são lugares de função definida, mas abrigam instâncias valiosas em nosso dia-a-dia. São os espaços intersticiais (ou intermediários) que atuam como amortecedores e conectam nossos espaços privados aos edifícios ou ambientes públicos e funcionais. São os corredores, áreas de espera, elevadores, escadas, entradas e outras zonas de transição que entrelaçam nosso ambiente construído.
https://www.archdaily.com.br/br/987010/espacos-intersticiais-e-vida-publica-pequenas-intervencoes-que-tecem-nosso-ambiente-construidoHana Abdel & Paula Pintos
As últimas duas décadas mostraram ao mundo novas maneiras de viver como resultado de diferentes mudanças sociais, econômicas e ecológicas. Naturalmente, essas mudanças chegaram à arquitetura e à prática urbana, provocando novos conceitos dentro das tipologias tradicionais. Ao projetar um espaço, independentemente de sua função, sempre se priorizaram as necessidades dos usuários, garantindo-se a praticidade e funcionalidade, mas, recentemente, palavras-chave como flexibilidade, privacidade, inclusão e consciência ecológica tornaram-se forças motrizes por trás dos processos de design. Neste Interior Focus, veremos como as cidades atuais e as tendências de vida em todo o mundo reformularam o design de interiores e introduziram modificações nas tipologias típicas.
As cidades humanas giram em torno das relações entre pessoas e lugares. As comunidades prosperam com recursos compartilhados, espaços públicos e uma visão coletiva para sua localidade. Para nutrir cidades felizes e saudáveis, arquitetos e o público em geral aplicam métodos de placemaking ao ambiente urbano. Placemaking - a criação de lugares significativos - depende fortemente da participação comunitária para produzir efetivamente espaços públicos atraentes.
A arquitetura molda nossas vidas todos os dias, mas como ela pode ser descentralizada? No centro dos esforços para projetar ambientes de realidade estendida (XR) está o desejo de tornar esses projetos mais humanos e mais relacionáveis. À medida que tecnólogos, arquitetos e os próprios usuários desenvolvem novas ferramentas para o metaverso, bem como espaços aumentados e virtuais, novos projetos são cada vez mais democratizados e de código aberto. Ao mesmo tempo, o processo de design está sendo reimaginado.
A arquitetura é criada para as pessoas, mas como se projeta além da escala humana? Com o interesse pela biodiversidade e habitats de animais em alta, acelerado pela crise climática, há também a questão do abrigo e o que significa projetar espaços de interação e reabilitação. À medida que o olhar dos arquitetos vai além das estruturas para as pessoas, sua atenção é voltada para diferentes tipos de recintos e espaços abertos que repensam o envolvimento com os animais e seu bem-estar.
Hoje em dia está cada vez mais fácil notar a presença da tecnologia nas grandes cidades devido à velocidade em que nos movemos e ao capital. “Smart Cities” ou “Cidades Inteligentes”, é um termo popular para descrever a relação do planejamento urbano e tecnologia, cujo eixo norteador é a informação em prol da conectividade dos edifícios. Entretanto, a acessibilidade a essas novas tecnologias, revelou como é possível, a partir de nossas experiências únicas como cidadãos, acompanhadas de uma grande preocupação com o registro dos ambientes urbanos, mapear e vivenciar as cidades a partir de outras perspectivas.
Ao contrário do que algumas pessoas erroneamente dizem, o enxaimel não é um estilo, mas sim uma técnica construtiva. Trazida ao Brasil pelos imigrantes alemães, foi utilizada principalmente em regiões do Espírito Santo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A técnica se tornou hoje um forte elemento de atração turística. Mas afinal, o que define ela?
https://www.archdaily.com.br/br/985955/o-que-e-arquitetura-enxaimelArchDaily Team
Existe uma só maneira de habitar o litoral? A costa do Pacífico, o maior oceano da Terra, é um vasto território que possui uma grande diversidade de temperatura, ventos, topografia, entre outras condicionantes. Portanto, há uma grande variedade de ecossistemas que vão desde a extremidade congelante dos polos, amplos desertos, florestas, até a selva tropical quente e úmida. Essa diversidade majestosa não é alheia à arquitetura, que responde aos diferentes contextos nos quais se insere. Como resultado, há uma multiplicidade de obras arquitetônicas que compartilham o enquadramento das vistas para o mar.
A lista a seguir apresenta 30 projetos residenciais ao longo da costa do Pacífico latino-americano, revelando as diversas abordagens arquitetônicas que existem neste litoral.
O premiado projeto Moradas Infantis em Canuanã foi desenvolvido pelos estúdios de arquitetura Aleph Zero e Rosenbaum entre 2016 e 2017. Localizado em uma escola rural mantida durante quase 40 anos em Formoso do Araguaia, no Tocantins, atende cerca de 842 alunos em um regime de internato. Os arquitetos foram escolhidos para requalificar o alojamento, formado por duas vilas idênticas, uma para mulheres e outra para homens, propostas para 270 alunos cada uma, e elaborar uma solução arquitetônica que organizasse o espaço habitacional dos estudantes em uma área escolar.
https://www.archdaily.com.br/br/985951/moradas-infantis-em-canuana-encontro-entre-arquitetura-vernacular-e-tecnologias-industriaisAlexandre Kok, Caio França, Gabriela Rudge, Lara Girardi, Lia Soares, Maria Clara Calixto, Marina Liesegang, Marina Saboya, Pedro Trama, Tamara Silberfeld e Valentina Kacelnik
Fruto direto do aquecimento global, o fenômeno das ondas de calor tem se mostrado mais avassalador e frequente a cada novo verão. A mais recente delas irrompe há dias na Europa, com agravamento nos países da região oeste, a exemplo de Bélgica e Reino Unido. O derretimento da superfície da pista de aterrissagem do Aeroporto de Luton e os incêndios causados na vila de Wennington, em Londres, e em Calatayud, no sudoeste da Espanha, são alguns dos episódios que ajudam a entender os contornos críticos do problema.
A venda casada é um dos grandes problemas relativos ao direito do consumidor e costuma ser proibida na maioria das economias de mercado. Ela acontece quando o vendedor condiciona a comercialização de um produto ou serviço à compra de outro. No Brasil, o código de Defesa do Consumidor, no artigo, 39, inciso 1.º,condena expressamente tal artifício.Por sua vez, a Lei 12.529/2011, a qual estrutura o sistema brasileiro de defesa da concorrência, em seu art. 36, inciso XVIII, estabelece que a venda casada constitui uma infração da ordem econômica.
"Menos é mais!", "ornamento é crime", são algumas das frases de modernos que moldaram a linguagem arquitetônica ocidental no século passado e ainda seguem como forte influência na hora de pensar os espaços hoje. O minimalismo, por mais que dificilmente seja realizado dentro de sua essência original, ainda tende a valorizar o vazio, a limpeza estética e o purismo do espaço.