Eduardo Souza

Editor Sênior de Brands & Materials no ArchDaily. Arquiteto e Mestre pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

NAVEGUE POR TODOS OS PROJETOS DESTE AUTOR

Calçadas que geram energia através dos passos

Sol e vento vêm à nossa cabeça rapidamente quando pensamos em energias provindas de fontes renováveis. Descentralizar a produção de energia elétrica de grandes usinas é algo que tem movido engenheiros e inventores por todo o mundo. Mas pensar em transformar a energia mecânica do caminhar das pessoas em energia elétrica é algo que sai um pouco do senso comum. A tecnologia foi desenvolvida pelo fundador da Pavegen, Laurence Kemball-Cook, através de uma plataforma que se mescla ao passeio, desenvolvendo um produto que converte os passos em energia elétrica, mas que também pode gerar dados e até recompensas. Mas antes de sair por aí se sentindo o Michael Jackson em Billie Jean, entenda melhor como esse sistema funciona.

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Guia de projeto para paraciclos e bicicletários

Estudos mostram que o investimento público em redes cicloviárias integradas e seguras promove transformações urbanas, proporcionando mais humanidade, saúde e qualidade de vida na cidade. Enquanto cidades na Holanda e nos países nórdicos já incorporaram as bicicletas no cotidiano, com uma parcela significativa da população utilizando o meio de transporte para os deslocamentos diários, grande parte do mundo ainda vem buscando um modelo para diminuir os congestionamentos e aumentar seu uso. Segundo o ITDP (Institute for Transportation and Development Policy), investir no transporte não motorizado permite a redução dos congestionamentos, melhora a qualidade do ar, a saúde física e mental dos moradores, e ainda o comércio local e a visibilidade das marcas, uma vez que ciclistas tendem a prestar mais atenção ao comércio local e ocupam menos espaço do que os automóveis.

Mas junto às ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, é imprescindível proporcionar locais adequados para que as bicicletas possam ser estacionadas nos finais dos percursos. Enquanto os bicicletários são espaços fechados, geralmente com algum tipo de vigilância e infraestrutura adicional, os paraciclos são as estruturas que permitem apoiar e trancar a bicicleta de forma segura. Eles podem se integrar no mobiliário urbano de uma cidade, junto a bancos, placas, luminárias e totens informativos. 

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Você se preocupa como seu projeto de arquitetura irá envelhecer?

Quando a obra finalmente acaba, a limpeza pesada é feita e os clientes estão se preparando para a festa de open house, tudo parece perfeito. Os revestimentos estão todos no seu devido lugar, brilhando e com a cor original. As superfícies de madeira ainda não têm riscos ou descascados e há até um frescor no ar do começo de uma nova etapa da vida. 

Mas nem tudo são flores. Por descuidos na etapa projetual, durante a obra ou a simples e implacável ação do tempo, logo as primeiras imperfeições começam a saltar aos olhos, o que é comum (mas não deixa de ser triste). Pequenas fissuras, manchas, estufamentos, entre muitos outros problemas que todos nós já lidamos em algum momento começam a aparecer. Aquela linda madeira da sua esquadria começa a ficar acinzentada. A pintura desbota onde o sol incide mais forte. Aquelas tábuas começam a empenar e soltar da fachada. 

Peso e leveza: mesa apoia-se sobre pés de aço inoxidável muito delgados

Uma mesa robusta e leve é um oxímoro, ou melhor, era. O impulso para este projeto foi perceber essa contradição. Uma mesa maciça normalmente exigiria uma estrutura robusta e pernas abaixo do tampo. Na conceituação da mesa, a equipe procurou desmaterializar sua estrutura, criando uma sensação de instabilidade com uma superfície visualmente sólida suportada por uma malha incrivelmente fina. O design ousado fala sobre a identidade do cliente, um centro de pesquisa que amplia os limites do design e da manufatura usando tecnologia e ciência.

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Mobiliários de fibrocimento: leveza e resistência

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Cortesia de Swisspearl

A ideia de transformar materiais frios e brutos em formas elegantes sempre fascinou artistas, arquitetos e designers. Desde as esculturas de mármore carrara de Lorenzo Berdini e Michelangelo, onde formas humanas eram talhadas de pesados blocos de pedras com detalhes como o toque da pele ou a leveza de um manto, tornar aos olhos objetos rígidos e pesados em macios e leves é algo extremamente desafiador. Na arquitetura isso não é diferente: entre descolar um volume levemente do chão, deixar um pequeno recuo entre estrutura e vedação, alterar o revestimento de parte de um bloco, há diversos artifícios para tornar a edificação visualmente mais leve.

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Fachadas recicláveis e duradouras: 20 edifícios revestidos em zinco

O zinco é um elemento natural extraído do minério. É a sigla ZN, que aparece na temida Tabela Periódica, aquela que tanto nos atormentava nas aulas de química. Através de um processo metalúrgico para a queima das impurezas, a redução do óxido de zinco e o refino, ele assume uma aparência muito mais amigável, que são as chapas, bobinas e rolos utilizados na construção civil. A principal característica deste material é sua maleabilidade, que permite que seja trabalhado facilmente, permitindo revestir complexas formas em fachadas e coberturas das construções.

Conheça os vencedores na 56ª Premiação IAB-RJ e do Prêmio Arquiteto do Amanhã

O Departamento Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ) a 56ª Premiação Anual e o 35º Prêmio do Arquiteto do Amanhã, anunciou no dia 14 de dezembro seus vencedores, na Casa do arquiteto Oscar Niemeyer, sede do IAB-RJ, no Flamengo, com exposição de todos os trabalhos concorrentes. O Júri resolveu, por unanimidade, conceder o Grande Prêmio IAB/RJ 2018 ao Edifício Aruá, de FGMF Arquitetos.

Sob o objetivo de valorizar a prática e a produção intelectual dos arquitetos e urbanistas e os trabalhos acadêmicos produzidos nos cursos de arquitetura, o 35º Prêmio Arquiteto do Amanhã foi aberto a profissionais recém graduados e a estudantes matriculados a partir do 5º semestre. Os estudantes interessados puderam inscrever suas propostas produzidas obrigatoriamente em disciplinas curriculares durante o segundo semestre letivo de 2017 e o primeiro semestre letivo de 2018, individualmente ou em equipe, com até um trabalho por categoria entre as nove categorias lançadas pelo IAB-RJ. Na edição 2018, nove categorias foram disponibilizadas: arquitetura de edificações; arquitetura de equipamentos culturais; patrimônio cultural, restauro e transformação de uso de edificações; tecnologia e inovação na arquitetura; produção teórica; urbanismo e paisagismo; habitação de interesse social; e impacto metropolitano.

Confira abaixo a lista dos vencedores e menções honrosas das duas premiações.

15 Cursos online que podem ser úteis para arquitetos e estudantes

Cursos online têm ganhado cada vez mais espaço na internet. Além da flexibilidade e comodidade de aprender na hora e no local que quiser, eles proporcionam o acesso a conteúdos de professores conceituados e faculdades importantes. No campo da arquitetura e construção a oferta de cursos online tem aumentado bastante. Ano passado fizemos essa lista, que focava em técnicas construtivas e materiais, principalmente. Dessa vez selecionamos 15 cursos online que abrangem diferentes assuntos. Desde uma série de vídeos sobre a concretização de um projeto até uma obra, passando por instalações sanitárias até cursos sobre parametrização na arquitetura, veja abaixo a seleção que fizemos de cursos que poderão proporcionar boas informações técnicas e ajudar muito no próximo projeto:

Conheça os vencedores do Prêmio IABSP 2018

A Premiação IABsp, um dos mais aguardados e competitivos prêmios da arquitetura brasileira,  revelou ontem, 7 de dezembro, os vencedores de 2018 em 14 categorias. Ao longo dos anos, desde sua primeira edição em 1968, a premiação do IABsp se afirmou como uma importante plataforma de crítica, reconhecimento e divulgação da produção da arquitetura e do urbanismo nacional, promovendo a troca de ideias e de novas soluções entre os arquitetos brasileiros.

Além das premiações por categoria, foi concedido o prêmio Rino Levi, relativo ao conjunto da obra de um arquiteto. Neste ano, quem recebeu a homenagem foi Rosa Kliass, pelo conjunto de sua obra de paisagismo.

Conheça abaixo os vencedores nas categorias:

Pavilhão temporário é construído na Casa de Vidro de Lina Bo Bardi

O Instituto Bardi acaba de inaugurar o seu "Pavilhão de Verão", uma estrutura construída aos pés da Casa de Vidro, de Lina Bo Bardi, e que contará com uma agenda de concertos, exposições, palestras, entre outros usos. Construída em meio à vegetação e com uma forma orgânica que lembra obras de Lina, o pavilhão ao mesmo tempo mescla-se e chama atenção no contexto. Toda a arrecadação realizada durante as atividades será revertida para a manutenção e programação cultural do Instituto Bardi / Casa de Vidro em 2019.

Veja abaixo o memorial do projeto, desenvolvido por Sol Camacho.

Resultado do Concurso para a reurbanização da área central de Conde, Paraíba

No dia 22 de outubro, o projeto vencedor do 1º Concurso Público de Projetos de Conde foi divulgado. Foram enviados 32 projetos, vindos de 11 estados com propostas de intervenção para uma área de aproximadamente 14.266 m², com projetos de paisagismo, urbanismo, infraestrutura urbana e dos equipamentos públicos e mobiliários do espaço. A área definida como objeto do concurso é a que concentra a maior quantidade de áreas livres e equipamentos públicos implantados dentro do perímetro urbano de Conde, como mercado, escolas, praças, igrejas, feira livre, serviços de transporte e repartições públicas. Dentre eles, as praças Pedro Alves e Antônio de Sousa Santos, juntamente com as ruas Domingos Maranhão e Nossa Senhora da Conceição, apresentam expressivos potenciais urbanísticos e abrigam relevantes eventos sociais da cidade.

O júri foi formado por profissionais da área de arquitetura e urbanismo, além de um representante local. O projeto vencedor veio de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) e atendeu a vários aspectos solicitados que foram a economia, o comércio local e a criação de espaços de permanência para a população. A equipe formada por Bruno de Moraes Britto, Camila Bellver Alberti, Douglas Silveira Martini, Jean Michel Forte dos Anjos e Mariana Mocellin Mincarone. Veja os projetos premiados abaixo:

Fundação Iberê Camargo, de Alvaro Siza, pelas lentes de Ronaldo Azambuja

Alvaro Siza orquestra, como poucos, a experiência do visitante em suas obras. Por meio de compressões e descompressões, aberturas e fechamentos, volumes, vazios e luz, o arquiteto português marca os trajetos, os pontos de vista, as perspectivas e a passagem do tempo. Este ensaio, do fotógrafo Ronaldo Azambuja, retrata a obra dez anos após sua inauguração.

Dicas para desenhar árvores na representação de arquitetura

Todos temos a memória de infância de desenhar uma casinha com uma porta e uma janela, um telhado de duas águas e uma árvore do lado. Mas, o que diferencia os arquitetos do restante da população, é que continuamos desenhando isso depois de adultos, geralmente com um pouco mais de técnica. E, da mesma forma que nossos desenhos de casas foram se tornando mais complexos e completos, o desenho das vegetações precisou melhorar um pouco. (Aquela forma parecida com um brocólis não agradaria muito clientes e professores). Ainda que geralmente as árvores não sejam os focos principais dos desenhos, elas desempenham um papel importante na composição dos croquis, principalmente para representar a escala, sombreamento pretendido ou alguma intenção de paisagismo.

Pavilhão do Brasil na EXPO Dubai 2020: vencedores do concurso

Foi divulgado hoje, 12 de novembro, o resultado do concurso para o Pavilhão Brasileiro na EXPO 2020. O objetivo do concurso era a seleção de proposta e posterior contratação do Projeto Executivo completo (Projeto de Arquitetura, Projetos Complementares e Projeto de Expografia), serviços de Fiscalização da Obra, Consultoria e serviços correlatos para o Pavilhão do Brasil na Exposição mundial. O concurso foi promovido pela Apex Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e contou com a organização do Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento do Distrito Federal – IAB/DF.

Segundo o edital do concurso, “o Pavilhão do Brasil deveria destacar a diversidade com o tema TOGETHER FOR DIVERSITY, dividido em natureza, pessoas e o amanhã (Together for Nature, Together for People e Together for Tomorrow). Esses são os pontos de partida para que os arquitetos mostrem a diversidade de fauna e flora, a multiplicidade étnica, criativa, cultural de nosso povo e ainda apresentem o Brasil como um país agregador, além de ator de relevância global nas questões internacionais relacionadas à sustentabilidade. A palavra-chave que resume o tema brasileiro é a sociobiodiversidade brasileira – e o Pavilhão do Brasil, desde a sua concepção, deve refletir essa característica tão única do país.”

Concurso para a Requalificação do Eixo Monumental de Maringá: confira o resultado

O resultado oficial para o Concurso Nacional para Requalificação do Espaço Público do Eixo Monumental de Maringá foi divulgado. Trata-se de uma área central na cidade, compreendida entre a Praça da Catedral e o complexo esportivo da Vila Olímpica. O Eixo Monumental totaliza, aproximadamente, 169 mil m², e inclui jardins, áreas públicas, estacionamento de veículos e calçamento perimetral às fachadas. Por se tratar de uma área bastante grande, o projeto deveria ser apresentado em 7 trechos, para garantir a licitação e execução das obras por fases. O projeto vencedor foi elaborado pela equipe formada por Pedro Paes Lira, Manoela Muniz Machado, Julia Marini, Laura Figueiredo e Juliette Tellier, do escritório Natureza Urbana; com consultoria de paisagismo de Bianca Vasone, Gabriella Ornaghi e Lilian Dazzi; e de engenharia de Alexandre Horiye Ferreira e Felipe Macedo Barbosa.

A comissão julgadora, formada pelos arquitetos e urbanistas Haroldo Pinheiro, José Gilberto Purpur, Mario Figueroa, Orlando Busarello e Renato Leão Rego deliberou pelos seguintes vencedores:

Casas brasileiras: 15 projetos com aço em planta e corte

Elementos metálicos vêm sendo usado na arquitetura e construção civil há centenas de anos, seja como elemento decorativo, coberturas ou mesmo para reforçar estruturas de alvenaria. No entanto, é apenas na segunda metade do século XVIII que surgem as primeiras pontes cuja estrutura era inteiramente feita em ferro fundido. Um século mais tarde, o ferro foi substituído por uma liga mais resistente e maleável, muito usada ainda hoje na arquitetura: o aço.

Mais denso que o concreto, a resistência o aço subverte seu peso e proporciona maior rigidez com menos material - permitindo a realização de estruturas mais leves e esbeltas que aquelas feitas de outros materiais, como a madeira ou o próprio concreto. Não é, de longe, o material mais usado na arquitetura residencial, entretanto, seu uso tem possibilitado a construção de alguns interessantes - e belos - exemplos de casas contemporâneas:

Portas invisíveis: Como ocultá-las de maneira elegante nos seus projetos

Às vezes, uma porta pode ser uma enorme dor de cabeça em um projeto. Pense em uma fachada limpa e contínua ... ter uma porta no meio dela pode arruinar a clareza de seu desenho. Mas nem sempre uma porta precisa ser constituída pela tradicional folha em madeira, com batentes, guarnições, fechaduras, puxadores e vistas.

E se elas pudessem se mesclar completamente com a parede? Todos nós já sonhamos com passagens escondidas e salas secretas escondidas em nossas casas. Mas para que isso funcione, a abertura deve ser disfarçada ou oculta.

Livro resgata a memória do arquiteto Hans Broos e sua contribuição à arquitetura brasileira

Nascido na Eslováquia em 1921, o arquiteto Hans Broos iniciou sua carreira no Brasil em 1953, após diplomar-se na Alemanha em 1949. Sua curta carreira europeia foi marcada pela reconstrução da Alemanha, quando trabalhou ao lado do arquiteto Egon Eiermann, sendo seu assistente na Universidade Técnica de Karlsruhe. Nesse período, Broos teve contato com Le Corbusier e seus preceitos da arquitetura moderna. Desde o princípio alinhado aos arquitetos do movimento moderno, Broos desenvolveu seus primeiros trabalhos em Blumenau e Florianópolis, em Santa Catarina, longe dos grandes centros brasileiros. Ao longo de sua vida profissional, o arquiteto sempre se debruçou sobre diversos tipos de programa: do residencial ao industrial, passando pelo religioso, pelo comercial e pelo social ao longo de mais de 50 anos de carreira e cerca de 400 projetos. Destes, aproximadamente 100 foram executados em vários estados como Santa Catarina, São Paulo, Pernambuco e Goiás. O arquiteto faleceu em 2011.