O que é a técnica? Qual é sua essência? Onde reside? O que representa? E o que projeta? Estas são as perguntas que motivam este escrito, desde uma mirada contemporânea. Uma posta em discussão entre quatro pensadores do século XX: Oswald Spengler1, José Ortega y Gasset2, Friedrich Georg Jünger3, e Martin Heidegger.4
Igor Fracalossi
Arquiteto, Mestre em Projeto e Crítica da Arquitetura e candidato a Doutor em Projeto Arquitetônico pela PUC-Chile
Em busca do inútil: quatro aproximações à técnica
Arquitetura, Conhecimento e Escritura: como abordar um fato arquitetônico através de palavras?
No último parágrafo da página trinta e seis de seu livro Presenças Reais, George Steiner põe em jogo uma asseveração: "Só no campo da literatura moderna, se calcula que as universidade soviéticas e ocidentais registram umas trinta mil teses doutorais por ano."1. Na página seguinte, continua sua proposição com outro dado: "Se estima que, desde fins da década de 1780, se produziram sobre os verdadeiros significados de Hamlet vinte e cinco mil livros, ensaios, artigos, teses doutorais e contribuições a colóquios críticos e especializados." (o sublinhado é meu). Steiner publicou seu livro no ano de 1989. Passados vinte e quatro anos, se pode supor que a quantidade de teses doutorais publicadas anualmente é consideravelmente maior, ademais se são postas em jogo todas as disciplinas de todas as universidades do mundo. É de supor, consequentemente, que a situação da arquitetura em quanto disciplina não seja substancialmente diferente. Portanto, a primeira pergunta que se faz este ensaio é: o que significa uma tese em meio a este hipertrofiado conjunto?
A Literatura da Arquitetura, uma conversa com Germán del Sol [Parte II]
A Literatura da Arquitetura, uma conversa com Germán del Sol [Parte I]
Aproximações a uma metástase urbana / Igor Fracalossi
I
Existem seis critérios básicos para a identificação do câncer de pele de acordo com o método ABCDEF1: Assimetria; Bordas irregulares; Cores variadas entre marrom, vermelho e preto; Diâmetro maior que 6 mm; Evolução na elevação em relação ao nível da pele adjacente, ou nos outros critérios; e F) funny looking (aspecto engraçado).
Fundamentos da Arquitetura Contemporânea / Siegbert Zanettini
O objetivo deste texto é trazer elementos que possam contribuir para uma reflexão sobre a contemporaneidade da arquitetura onde abordaremos alguns pontos que fazem parte da conclusão da obra “Razão e Sensibilidade”, texto sistemático que apresentei no ano 2000, para minha Livre Docência na FAUUSP e resultantes das experiências no universo teórico-prático, nas quatro últimas décadas.
Michelangelo: aprendizagem da arquitetura / Domingos Tavares
Da editora. Michelangelo aprendeu a ser arquitecto quando os códigos de competência e estabilidade do saber tiveram de ser rompidos para se encontrar a resposta necessária a cada problema concreto. Senhor de uma fé inabalável e municipalista convicto, reteve os antecedentes neoplatónicos instalados no espírito artístico florentino, a componente de valorização do papel do homem como ser e destinatário da arte e o sentido eminentemente científico do conhecimento ao serviço da democratização da vida na República.
Nascido para Observar / Glenn Murcutt
Cynthia Davidson: O que “sustentável” significa pra você, especialmente com respeito ao seu trabalho?
Glenn Murcutt: É manter ou seguir levando; continuar. Coisas vivas podem ser sustentáveis se permitidas crescerem em equilíbrio com outros organismos e não consumirem em índices maiores do que é sustentável, como normalmente fazemos quando fazemos super-colheitas ou intoxicamos a terra. Nós não nos planejamos adequadamente para o futuro. Os povos aborígenes australianos têm a cultura mais longa e contínua registrada no planeta. Eles sobreviveram por ao menos 40.000 anos –não através de competição, mas sim através de cooperação; trabalharam com a terra e não contra ela. Os povos aborígenes tradicionais têm vivido e trabalhado de maneira muito sustentável.
Arquitetura é vida. Prêmio Aga Khan para a Arquitetura 2013
Da editora. Este livro procura revelar as qualidades que unem arquitetura e vida. Destaca um conjunto de projetos e edifícios, situados em várias geografias e culturas, que deram um contributo significativo para a compreensão dos nossos valores e para a vida quotidiana dos seus utilizadores.
A Solidão dos Edifícios / Rafael Moneo
Escolhi três edifícios para exemplificar meu trabalho. Eles diferem com respeito às exigências e às condições do sítio, mas todos são edifícios públicos. Eles podem ser considerados como representativos do meu trabalho dos últimos dez anos.
Por que edifícios ao invés de projetos? Por que trabalho ao invés de discurso teórico? Eu acredito que na crua realidade de obras construídas é possível ver claramente a essência de um projeto, a consistência de ideias. Eu acredito fortemente que arquitetura precisa do suporte da matéria; que o primeiro é inseparável do segundo. A arquitetura surge quando nossos pensamentos sobre ela adquirem a condição real que somente os materiais podem fornecer. Aceitando e negociando com as limitações e restrições, com o ato de construção, a arquitetura se torna o que ela realmente é.