Arquiteto da Pontifícia Universidade Católica do Chile (2012). Interessado no debate sobre eficiência, materiais e a importância de se conectar com o usuário durante o processo de projeto.
Nos últimos anos vários arquitetos apresentaram propostas para responder a uma possível crise alimentar no futuro, desde as mais conceituais e utópicas, até outras mais clássicas e viáveis. As estatísticas estimam que mais de 80% da população viverá em cidades até 2050 e o transporte de petróleo necessário para enviar comida a partir da área rural se tornará cada vez mais caro. Plantagon, uma empresa sueco-estadounidense, criou recentemente uma fazenda vertical em forma de cúpula geodésica que funciona como uma grande estufa urbana.
Mais informações, imagens e um vídeo da proposta abaixo.
Há alguns anos, o governo da Bélgica encarregou a International Polar Foundation para o projeto e a operação de uma nova estação de pesquisa para o continente antártico. Pensando neste continente como o "intocado" - relativamente livre do impacto humano - a estação Princess Elisabeth Antarctica buscou e teve sucesso em ser a primeira estação "emissão-zero". Mais informações e imagens a seguir.
Com um superfície de 1.104 km² e uma população de 7 milhões de pessoas, Hong Kong é uma das cidades mais populosas do mundo e é conhecida por sua paisagem cheia de arranha-céus. Por razões históricas, políticas e geográficas, o país ocupa somente 23,7% da terra e somente 6,8% da área disponível para habitação. A conseqüência é uma cidade composta por edifícios claustrofóbicos sobrepostos, os que foram registrados pelo fotógrafo alemão Michael Wolf.
Esta semana no Cinema e Arquiteturaapresentamos o filme "Squat, La ville est à nous", do diretor Christophe Coello. O filme mostra a ação do coletivo "Miles de viviendas", seguindo duas ações entre os anos de 2003 e 2011; um coletivo que busca lutar contra a especulação imobiliária e a degradação da vida urbana através da ocupação de habitações abandonadas em Barceloneta.
Um interessante fenômeno se produz a partir destas ocupações, quando as "senhoras" dos apartamentos vizinhos começam a conviver com os ocupantes e fazem parte ativa da luta.
Mais informação e o trailer do filme depois do intervalo.
Em Outubro de 2012, Studio Mumbai completou um pavilhão de verão no Museu Nacional de Arte Moderna. Sua equipe de arquitetos e construtores voaram da Índia para Tóquio para construir três pequenos pavilhões de madeira e bambu na esplanada do museu. A Revista JA+U registrou o processo do projeto desde sua construção até a sua finalização e conversou com Bijoy Jain - fundador do estúdio - sobre esta interessante colaboração intercultural.
Esta semana no Cinema e Arquitetura, apresentamos um filme de suspense dirigido por Joseph L. Mankiewicz e filmada pela primeira vez em 1972, como adaptação da obra de teatro de Anthony Shaffer. Sua trama se centra no jogo louco entre um velho escritor de novelas e o amante de sua ex-esposa. O dono da casa propõe ao visitante que simule entrar e roubar sua mansão para obter o dinheiro da indenização do seguro e poder pagar a pensão que sua ex-esposa pede pelo divórcio.
Embora o foco do filme seja este jogo de situações a beira da loucura, a casa e seus espaços se fazem protagonistas das distintas cenas, atuando como a tela de fundo que alguma vez teve a obra de teatro que inspirou o filme. O interessante aparece no remake de 2007 - no qual Michael Caine toma o papel do velho novelista -, onde a antiga mansão inglesa se transforma numa moderna e minimalista do século 21, com elevatores, claraboias e câmeras de segurança.
Enfrentando o clima extremo de 37 ° C, ventos de areia e 0% de probabilidade de chuva em Abu Dabhi, os arquitetos enfrentam uma batalha difícil ao projetar seus edifícios altos. Com um projeto deficiente, as areias podem comprometer a integridade estrutural do edifício e o intenso calor e claridade podem dificultar um ambiente interno confortável. Em resposta a isso, as Torres Al Bahar - dos arquitetos de Aedas - é composta por uma fachada que responde a estes estímulos climáticos levando como inspiração cultural a "mashrabiya", um dispositivo tradicional islâmico de sombreamento em rede.
Há alguns meses, no bairro romano de Quadraro, foi concluída a primeira residência urbana construída de fardos de palha. A casa, que foi projetada pela equipe do escritório BAG Offinamobile - dirigida pelo arquiteto Paolo Robazza- tem uma estrutura de estrutura de madeira e muros de palha, além de uma mistura de terra local e tijolos triturados, que é uma reinterpretação moderna da arquitetura vernacular tradicional romana.
O resultado é uma construção natural que "transpira", alcançando uma eficiência térmica muito alta, o que possibilita que o ambiente se mantenha fresco no verão e quente no inverno, evitando a umidade por completo.
Mais informação e imagens de sua construção a seguir.
Os arquitetos Kazuhiro Kojima e Kazuko Akamatsu desenharam recentemente esta nova escola primária em Kumamoto - apresentada através do vídeo da Revista JA+U-, de forma que seu interior pode funcionar como parte de seu espaço externo em meio às árvores. O edifício de dois pavimentos tem formato em "L", com paredes estruturais que possibilitam que suas salas sejam formadas livremente, conforme a necessidade. Quando as portas entre as paredes estão abertas, o espaço é totalmente conectado, inclusive os pátios externos, permitindo que possa se apreciar paisagens mais distantes. O pavimento superior é coberto por uma estrutura de madeira, possibilitando que os estudantes possam usar ativamente o espaço externo.
Os arquitetos foram agraciados com o projeto através do concurso Artpolis.
Construída inteiramente de madeira e erguida sobre pilotis que reduzem ao mínimo o impacto ambiental da construção, a casa Ufogel - que recebe seu nome da união das palavras UFO (Ovni) e Vogel (pássaro, em alemão) - se caracteriza por apresentar um interior compacto (45m²) que se amplia através de diferentes níveis interconectados, gerando espaços confortáveis e bem iluminados para seus moradores.
A Europa está em crise. Pelo que nos interessa, a Espanha está enterrada até o pescoço em toda lama da crise. A arquitetura, o setor mais afetado, nada nos pântanos da crise. Estamos fartos de falar da crise. Nós a encontramos de costas e sem esperá-la, chocou-se contra nossas mentes dormidas, a devoramos, a digerimos, a vomitamos.
Não necessitamos já do porquê, buscar os culpados, conhecer o quem, o como, o quando. Já sabemos de tudo.
Cansada do debate constante sobre as causas da crise em seu país, Ana Asensio compartilhou com Archdaily esta interessante e otimista reflexão sobre o futuro da arquitetura na Espanha. A crise obrigou a buscar novas formas de desenvolvimento para seguir em frente, as que aparentemente estão terminando com uma série práticas que silenciosamente estavam gerando um prejuízo maior à profissão neste país.
É assim que - depois de tudo - parece haver uma luz no fim do túnel... Convidamos você para debater a respeito com base no texto completo escrito por Ana Asensio Rodríguez, a seguir.
Há alguns meses contamos sobre a realização da competição Solar Decathlon Europe 2012 em Madri, Espanha, concurso internacional de Arquitetura e Engenharia que convida todos os anos estudantes universitários do mundo todo a projetar habitações sustentáveis que sejam capazes de se auto abastecer com energia solar e funcionar perfeitamente durante o mês da competição.
O concurso de 2012, patrocinado pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos e pelo Laboratório Nacional de Energias Renováveis (NREL), premiou a Casa CANOPEA, da equipe francesa RHÔNE ALPES. Na continuação os convidamos a conhecer o projeto vencedor.
Esta semana em Cinema e Arquitetura , voltamos às primeiras décadas do século passado para apresentar o documentário histórico de Walther Ruttmann, realizado em 1927 e que mostra - de forma enérgica - a vida da cidade de Berlim, do nascer ao pôr do sol.
O documentário: Berlim, Sinfonia de uma Grande Cidade foi filmado durante mais de um ano com câmeras escondidas para atingir o efeito mais real e cotidiano possível, conseguindo transmitir esta atmosfera industrial e caótica mas, às vezes, inocente da cidade durante esses anos, com o apoio da música de Edmund Meisel.
A região de Kogane-cho em Yokohama foi famosa durante anos por ser um distrito da luz vermelha, mas agora a área está passando por um processo de renovação. Este projeto, liderado pela cidade de Yokohama e pelo Centro de Gerenciamento de Koganecho, converte o espaço em desuso sob a ferrovia elevada em uma galeria, café, estúdio e espaço para artistas. Cinco escritórios de arquitetura trabalharam com aproximadamente 100 a 150 m² de área disponível. Como podemos ver no vídeo feito por JA + U, o espaço é composto por caixas de concreto inseridas entre os pilares da estrutura existente, algumas delas com telhados inclinados que marcam a sua presença no local
"O morador urbano de hoje não sabe de onde vem ou como são produzidos os alimentos que consome ou como eles são distribuídos. Nós nos tornamos dependentes de grandes e poderosas corporações que trazem grandes quantidades de alimentos de fazendas industrializadas aos nossos supermercados. Mas todo o processo permanece oculto, é massivamente complexo e, em última análise, insustentável." Carolyn Steel, autora de Hungry City, em sua palestra TED."How Food Shapes Our Cities" (Como o alimento molda nossas cidades).
Em algumas partes do mundo, as pessoas estão lentamente começando a "revolução dos alimentos." A necessidade causada pela crise econômica ou a mudança de mentalidade das pessoas que procuram comer melhor para prevenir doenças quase epidêmicas, como a obesidade, têm impulsionado a ação das pessoas, tomando a situação em suas próprias mãos e se tornando apicultores urbanos ou "agricultores de telhado."
Na América Latina, apesar de seus muitos benefícios aparentes, esta questão ainda não é foco de debates cotidianos, mas timidamente vêm alcançando algumas famílias. Apesar da participação de grupos comunitários e da pressão política serem vitais para promover esses movimentos, também o poderia ser o projeto arquitetônico.
Veja, a seguir, alguns programas de agricultura urbana de sucesso na América Latina e uma série de propostas internacionais que podem nos dar idéias como a arquitetura pode apoiar essa revolução, se colocarmos o alimento no centro do projeto.
Desenhado pelos arquitetos Ben e Daniel Dratz, do escritório Dratz&Dratz Architekten, este "edifício de papel" é um espaço de trabalho temporário de 190 m2 composto por 550 fardos de papel reciclado comprimido, procedentes dos supermercados da região. Os irmãos receberam um subsídio da Zollverein School of Management and Design (ZSMD) para construir a estrutura sobre o terreno de um antigo complexo minerador nomeado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Mais informações e imagens a seguir.
Recentemente exibido no Arquitectura Film Festival Santiago de Chile 2012, o documentário "Grande Hotel" mostra o decadente estado atual de um hotel de 12000 m², ostentoso e imponente, construído em 1955 nas costas da colônia portuguesa de Beira, em Moçambique. A diretora Lotte Stoops contrapõe imagens da época - que ilustram a majestosidade de seus espaços interiores e jardins - com material contemporâneo que coloca em evidência a transformação do edifício 60 anos mais tarde, onde atualmente vivem em suas ruínas mais de 2500 pessoas que tentar seguir a diante.
FICHA TÉCNICA
Titulo original: Grande Hotel Ano: 2010 Duração: 70 min. Origem: Bélgica, Moçambique Diretor: Lotte Stoops Produtor: Ellen De Waele Co-Produtor: Denis Vaslin Diretor de Fotografia: Joao Robeiro Produção: Serendipity films, Volya Films
Fernando Hidalgo Romero, do Terapia Urbana nos forneceu seu projeto do jardim vertical de 40 m², incluído na ampliação da Clínica Coração Sagrado USP de Sevilha, realizada pelos arquitetos do estúdio Penteado Arquitetos Este é o primeiro jardim vertical localizado em um centro hospitalar em toda a Europa e sua implementação foi concluída no início de setembro.