O concurso, agora em seu 11º ano, da eVolo Magazine divulgou os vencedores do 2016 Skyscraper Competition: três prêmios principais e 21 menções honrosas entre 489 inscrições. A premiação explora anualmente a vanguarda de construções de arranha-céus "em meio a novidades de tecnologia, materiais, programas, estética e organização espacial". Dentre os vencedores deste ano, há um projeto que propõe uma megaestrutura aterrada pelo perímetro do Central Parque, um arranha-céu que atua como um centro para drones em futuras aplicações comerciais e uma torre que aproveita o clima da Islândia como local ideal para servidores de dados.
Vladimir Gintoff
eVolo divulga os vencedores da "2016 Skyscraper Competition "
Dia Mundial da Água: Arquiteturas que fazem uso da água como elemento de projeto
Em homenagem ao Dia Mundial da Água, que é comemorado hoje, 22 de março, compilamos uma série de projetos publicados em nossas plataformas que mostram as relações mais estratégias, inovadoras e inesperadas entre a arquitetura e este elemento vital.
Arquitetura e água têm uma longa história de relações, dos aquedutos construídos pelos romanos à emblemática Casa da Cascata de Frank Lloyd Wright, e num momento em que tanto se discutem as mudanças climáticas, esta relação assume uma nova dimensão, fazendo eco a novos modos de pensar o vínculo entre o ser humano e a ecologia. A compreensão cada vez maior da necessidade humana pela água fez com que surgissem novos modos de incorporar este elemento em projetos de vanguarda. Os projetos a seguir apresentam a água sob uma variedade de aspectos: construções próximas a fontes naturais e corredeiras, projetos literalmente conformados pelo vapor, obras fisicamente imersas no líquido e, também, propostas que são ainda apenas visões de um futuro.
As contradições da construção civil na China pelas lentes de Raphael Olivier
Nos últimos 25 anos, a crescente economia chinesa proporcionou aos arquitetos uma necessidade quase interminável de oportunidades de construção. Empréstimos facilitados permitiram um aumento crescente em projetos de infraestrutura: a China consumiu mais concreto em três anos que os todo Estados Unidos utilizou no século XX. Mas em um país onde o número de cidades com mais de um milhão de habitantes passou de 19 em 1970 para 106 em 2015, a velocidade de desenvolvimento permitiu alguns experimentos de alto padrão juntamente com os muitos projetos necessários. Talvez não exista exemplo melhor deste fenômeno que a cidade de Ordos. A metrópole do Interior da Mongólia – lar de mais de 100.000 pessoas – que surgiu no deserto do norte em meados dos anos 2000 foi projetada para mais de um milhão de habitantes. A realidade veio à tona do grande público quando o grupo Al Jazeera escreveu sobre as incertezas do mercado imobiliário chinês.
Após ter vivido na China por vários anos, o fotógrafo Raphael Olivier finalmente cedeu ao impulso de ver Ordos com seus próprios olhos. Ao visitar a cidade no ano passado, encontrou uma cidade bem conservada que ainda é em grande parte desabitada. Entrevistei Olivier sobre o projeto, suas impressões sobre Ordos, a prosperidade chinesa, e o que isso significa para arquitetura fotográfica.
Cidades híbridas: Refletindo sobre os ecossistemas locais
Mais da metade da população mundial vive hoje nas cidades e a tendência é que este número aumente nos próximos anos. Tal mudança traz consigo implicações dramáticas que afetam os sistemas de permeabilidade de água no solo, polinização, redução de ruído, purificação do ar e regulações de temperatura, entre outros. Um novo estudo publicado por The Ecological Society of America, baseado em uma pesquisa conduzida pela University of Exeter e pela Hokkaido University, se aprofunda nos modos como a ocupação urbana do solo interfere nos sistemas ecológicos, e como podemos respeitar essas funções essenciais. O principal foco é uma comparação das táticas dicotômicas do espraiamento das cidades dos EUA versus o urbanismo denso e bem definido da Europa.
Saiba mais sobre o estudo e as soluções que ele oferece, a seguir.
Arquitetura construtivista de Yekaterinburg fotografada por Denis Esakov
A arquitetura construtivista é mais frequentemente relacionada à escritos e projetos que não saíram do papel. As duas estruturas mais famosas e radicais do movimento, o Monumento à Terceira Internacional de Vladimir Tatlin e o Tributo a Lenin de El Lissitzky nunca foram construídos. Na esteira da Revolução Russa de 1917, o construtivismo foi o resultado de artistas cubistas e futuristas combinando suas preocupações com a abstração e o movimento com as questões sociais dos bolcheviques na esperança de usar a arte como uma plataforma para motivar mudanças na sociedade. Enxergando os museus como "mausoléus da arte", em 1918 um novo jornal chamado "Arte da Comuna" afirmou: "O proletariado criará novas casas, novas ruas, novos objetos da vida cotidiana... A arte do proletariado não é um santuário sagrado onde as coisas são tratadas com indolência, mas trabalho, uma fábrica que produz novas coisas artísticas." [1]
Skysphere: uma "casa na árvore" para adultos
Após a infância, casas na árvore são geralmente deixadas de lado juntamente com as fantasias e aventuras associadas à imaginação infantil. No entanto, parece haver uma contrapartida adulta bastante elaborada para este estágio inicial da vida. A Skysphere, concebida por Jono Williams, é o projeto DIY definitivo da casa na árvore do século XXI, em outras palavras, uma plataforma habitável que lembra um casulo anexado à uma coluna de aço.
Os filmes de Daniele Marucci: Nuances arquitetônicas e a quietude do tempo
Superando as limitações da imagens estáticas, o cineasta Daniele Marucci cria vídeos que aproximam o universo fílmico do arquitetônico para oferecer uma compreensão mais rica e imersiva dos edifícios e seus contextos. Marucci trabalha com o fotógrafo Enrico Cano compartilhando retratos íntimos de edifícios que desaceleram nossa experiência ao trazer a atenção às sutilezas. Neste exercício, temos a liberdade de observar a arquitetura, mas também podemos deixar nossa mente vagar, sonhar acordada. Trabalhando frequentemente em locais remotos, o ritmo frenético da cidade é esquecido e uma nova atmosfera passa a nos envolver.
"Síntese e Contenção": A filosofia de projeto de Cadaval & Solà-Morales
Com uma abordagem sutil em relação ao lugar e ao programa, os projetos de Eduardo Cadaval & Clara Solà-Morales são abstrações geométricas fortes, porém não agressivas, fascinantes, porém não indelicadas. Em um recente documentário sobre a obra do escritório - Cadaval & Solà-Morales / Synthesis and Containment - os arquitetos explicam sua história e processo de trabalho com comentários são intercalados com percursos em algumas de seus mais famosos edifícios. Juan Herreros, fundador e diretor do Estudio Herreros, caracteriza os arquitetos não como heroicos ou épicos, mas como bailarinas, que fazem o impossível parecer fácil. Josep Luis Mateo, fundador e diretor do escritório Mateo Architectura, exalta: "pode-se compreender sua obra por si mesma, sem ter que recorrer às suas referências".