A neurociência ambiental é um campo emergente, dedicado ao estudo do impacto dos ambientes sociais e físicos, sobre os processos e comportamentos do cérebro. Desde várias oportunidades de interação social aos níveis de ruído, e acesso a áreas verdes, as características do meio urbano têm implicações importantes para os mecanismos neurais e o funcionamento do cérebro, influenciando assim nosso estado físico. O campo ilustra uma imagem diferente de como as cidades impactam nossa saúde e bem-estar, proporcionando assim uma nova camada científica de compreensão, que poderia ajudar arquitetos, urbanistas e tomadores de decisão a criar ambientes urbanos mais equitativos.
Noticias de Arquitetura
Neurociência ambiental: um campo emergente para cidades mais equitativas
Reproduzindo cidades não-violentas: 10 exemplos de espaços públicos amigáveis
Quando consideramos o contexto das cidades, ao mesmo tempo que a violência urbana é um reflexo dos problemas e das desigualdades sociais, ela também reflete no território e na nossa forma de viver. Em outubro, no dia 2, foi celebrado o Dia Internacional da Não-Violência – inspirado nisso, destacamos aqui uma série de projetos para refletir sobre formas não-violentas de ocupar os espaços públicos.
O custo da mudança climática: quem realmente está protegido pelos esforços de mitigação urbana?
O impacto que a crise climática teve no planeta na última década é uma influência crítica de como os arquitetos e urbanistas projetam as cidades do futuro. É claro que, tanto em nível individual quanto corporativo, é importante agir e proteger a Terra antes que os impactos negativos mudem nossos ambientes familiares para sempre - e o tempo esteja se esgotando rapidamente. Quando se trata de criar formas para salvar nossas cidades do “the next big one”, seja um furacão, enchente, nevasca ou incêndio, a maneira como projetamos a infraestrutura preventiva negligencia um número significativo de pessoas. A mudança climática não afeta apenas os lugares mais ricos do mundo, na verdade, tem efeitos maiores sobre os mais pobres.
Editora Romano Guerra lança campanha para viabilizar coletânea de entrevistas com arquitetos brasileiros e estrangeiros
A Editora Romano Guerra lançou campanha de venda antecipada para viabilizar o livro Arquitetura e escrita: relatos do ofício, coletânea que reúne 24 entrevistas com importantes historiadores(as) e críticos(as) brasileiros(as) e estrangeiros(as), pertencentes a distintas gerações e matrizes intelectuais. O livro tem organização de José Lira, Felipe Contier, João Sodré, Jonas Delecave, Paula Dedecca, Samira Chahin e Victor Próspero.
Realizadas pelos organizadores ou por colaboradores convidados, as entrevistas iluminam suas trajetórias de formação, filiações e principais trabalhos na área, suas posições metodológicas e interpretativas, além de seus diálogos com outros autores e disciplinas.
Dicas para organizar a área de serviço: mais funcionalidade no cotidiano
Se anteriormente já discutimos o fato da área de serviço, ou lavanderia, ser um luxo dispensável na casa contemporânea. O fato inegável é que ela é um ambiente presente nos lares brasileiros. Um espaço no qual além de lavar e secar roupas, também armazenamos produtos de limpeza e outros objetos. Por se tratar de uma área, na maioria das vezes, pequena e que deve ser muito funcional, nem sempre é fácil mantê-la organizada. Por isso, apresentamos aqui algumas dicas para aqueles que pretendem tornar esse ambiente ainda mais estruturado para um melhor cotidiano.
Projeto ensina bioconstrução para mulheres
Segundo os dados do Global Media Report, em 2014, 330 milhões de famílias estavam financeiramente ameaçadas pelos custos de habitação e esse número poderia aumentar para 440 milhões até 2025. Esses dados não apenas se confirmaram, como o aumento do número de famílias ameaçadas pode ser muito maior, com a crise desencadeada pela COVID-19.
Se antes a população brasileira em situação de vulnerabilidade social e econômica já enfrentava um grave problema habitacional, atualmente essa situação se agravou. De acordo com o levantamento nacional, feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em março de 2020, quando a pandemia estava apenas começando, já eram mais de 221.000 pessoas em situação de rua.
Construir mais prédios torna a cidade mais cara?
O que você acha de construir mais rodovias para diminuir os engarrafamentos? Se você acompanha o debate sobre política urbana, já deve ter a resposta na ponta da língua: construir mais pistas não melhora o trânsito! Quanto mais rodovias, mais carros!
Construir vias estimula mais pessoas a se tornarem motoristas. Com mais faixas asfaltadas à disposição, mais pessoas se dispõem a trocar o transporte público pela conveniência do automóvel. A população pode buscar moradias mais distantes, imaginando que conseguirá dirigir rapidamente até o trabalho.
CAU lança editais de patrocínio para projetos culturais e de ATHIS no valor de R$ 1,1 milhão
O CAU Brasil lançou dois editais de chamada pública de apoio institucional com o objetivo de selecionar organizações da sociedade civil (OSC) interessadas realizar duas importantes ações de valorização da arquitetura e urbanismo. Mais de R$ 1 milhão será direcionado a projetos culturais e de assistência técnica em habitações de interesse social (ATHIS).
Paul Clemence divulga fotografias da nova Kunsthaus Zurich projetada por David Chipperfield
O fotógrafo de arquitetura Paul Clemence divulgou uma série de imagens da recém-inaugurada extensão do museu Kunsthaus Zürich, projetada por David Chipperfield Architects. O anexo é uma adição independente ao antigo museu e abriga uma coleção de obras de arte modernistas, a coleção Bührle e exposições temporárias. A identidade arquitetônica se inspira nas tradicionais fachadas de pedra do museu, bem como em outros edifícios públicos da cidade.
Arquitetura na Costa Rica: abrigo, ventilação e sombra em madeira e metal
“Nos países tropicais, é na sombra e no ar fresco que as pessoas se reunem e não em espaços fechados e cálidos como em outras regiões do planeta. Para a nossa sorte, aqui na Costa Rica não falta sombra e tampouco brisa,” comenta Bruno Stagno sobre uma possível arquitetura para os trópicos. Neste sentido, além da sombra e da ventilação natural o que é que define a arquitetura costarriquenha contemporânea?
Kingston University Town House de Grafton Architects vence o RIBA Stirling Prize 2021
O Royal Institute of British Architects (RIBA) anunciou o projeto Kingston University Town House de Grafton Architects em Londres como o grande vencedor do Prêmio Stirling 2021. Em nota, o RIBA ressaltou a abordagem progressiva do programa educacional do projeto como um fator determinante para a sua premiação nesta última edição de um dos mais importantes eventos no calendário da arquitetura no Reino Unido, mencionando ainda o caráter aberto e democrático da proposta de intervenção como uma ferramenta para a promoção de acessibilidade e da coesão social. O projeto da Grafton Architects para a Town House da Universidade Kingston de Londres, resultante de um concurso de arquitetura organizado pelo próprio RIBA no ano de 2013, foi o primeiro projeto construído pelas arquitetas recentemente premiadas com o Primo Pritzker Yvonne Farrell e Shelley McNamara no Reino Unido.
Repensando o papel das cidades experimentais no combate às mudanças climáticas
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Na busca incessável para combater as mudanças climáticas, é cada vez mais fácil encontrar soluções grandes e ousadas, como a visão conceitual "water smart city", a proposta do ecologista Allan Savory para tornar os desertos do mundo mais ecológicos, e até mesmo o plano, do presidente da câmara de Nova York, Bill de Blasio, para transformar parte da Governors Island num "laboratório vivo" para a investigação climática. A restauração dos recifes de ostras ocorre em quase todos os cruzamentos críticos ao longo da costa leste, desde a Florida até ao Maine. Esforços valiosos, no entanto, quando considerados coletivamente, o ônus de resolver a nossa crise climática foi deixado em grande parte aos governos municipais, e aos atores privados, tornando a maioria das soluções fragmentadas. O sucesso de uma abordagem tem pouca ou nenhuma correlação com a de outra. Mas o que aconteceria se todas as soluções relacionadas pudessem ser aplicadas num ecossistema único e controlado, quando o meio ambiente e o urbanismo, não estão em desacordo, mas trabalham em conjunto? Conheça a cidade experimental.
Instalação feita com fungos vence concurso da Bienal de Arquitetura de Tallinn 2022
O escritório australiano Simulaa, em parceria com Natalie Alima, acaba de receber o primeiro prêmio no concurso de projetos para a Bienal de Arquitetura de Tallinn de 2022 na Estônia. Intitulada de Burlasite, a proposta foi desenvolvida a partir de uma estrutura impressa em 3D que servirá como um substrato para o crescimento de uma estrutura orgânica secundária feita de fungos. Neste sentido, a proposta desenvolvida pelo Simulaa procura destacar a importância do reaproveitamento e reutilização de materiais locais de origem orgânica na arquitetura contemporânea e sustentável. A Bienal de Arquitetura de Tallinn está planejada para ser aberta ao público no dia 7 de setembro de 2022, sendo que a instalação deverá permanecer no local por mais dois anos.
OMA completa primeira fase da loja de departamentos KaDeWe em Berlim
O primeiro quadrante da transformação das lojas de departamento KaDeWe, projetado pelo OMA, abriu suas portas para o público. A loja em Berlim revela uma nova abordagem do design de varejo, na era das compras on-line, mudando o comportamento do consumidor. O masterplan dividiu o edifício histórico, da maior loja de departamento da Europa continental, em quatro setores menores, facilmente acessíveis e navegáveis. O quadrante completo apresenta um vazio de seis pavimentos, que abriga uma série de escadas rolantes e atua simultaneamente como circulação, varejo e um espaço para eventos.
Nossas cidades são construídas para os jovens?
As cidades em que vivemos hoje foram construídas com base em princípios concebidos há décadas, com a perspectiva de garantir que sejam habitáveis por todos. Ao longo da história, as cidades têm sido catalisadoras do crescimento econômico, servindo como pontos focais para negócios e migração. No entanto, na última década, especialmente durante os últimos dois anos, o mundo testemunhou reconfigurações drásticas na forma como as sociedades funcionam, vivem e se deslocam.
O tecido urbano de hoje destaca dois padrões demográficos: rápida urbanização e grandes populações jovens. As cidades, embora crescendo em escala, na verdade se tornaram mais jovens, com quase quatro bilhões da população mundial com menos de 30 anos vivendo em áreas urbanas, e em 2030, UN-Habitat espera que 60% da população urbana tenha menos de 18. Então, quando o assunto é planejamento urbano e futuro das cidades, fica evidente que os jovens devem fazer parte da conversa.
Aedas projeta Garden City em Xangai
Aedas revelou seu projeto para um empreendimento de uso misto em Shanghai, um edifício médio de alta densidade que compreende vários blocos de escritórios, espaços comerciais e um hotel conectado por uma extensa rede de espaços públicos. Uma espinha de circulação central que percorre todo o local conecta os diversos programas e, em conjunto com uma série de espaços verdes, recria a atmosfera do tecido urbano orgânico.
Relações de poder e desigualdade em mapas: uma análise urbana através da cartografia
A humanidade como a conhecemos hoje é resultado de séculos e mais séculos de fenômenos naturais e migratórios complexos responsáveis por forjar a aparência geográfica e humana do planeta no qual habitamos. Humanos são seres sensoriais, e como tais, se relacionam com o mundo através de suas experiências vividas, mas, além disso, há outra forma pela qual podemos compreender o mundo no qual vivemos, isto é, através da uma representação bidimensional inventada pelo homem—os mapas. A cartografia, muitas vezes, é utilizada para delinear fronteiras e estabelecer limites, e desta forma têm sido utilizada historicamente como uma ferramenta de opressão e segregação.
Biblioteca Nacional da França finalmente é concluída após 10 anos em reforma
Anteriormente conhecido como Bibliotheque du Roi, o Richelieu da Biblioteca Nacional da França, perto do Palais-Royal, finalmente concluiu a construção após quase 10 anos de reformas. A transformação do local de 300 anos incluiu restaurações de fachadas, instalação de um jardim interno e manutenção de instalações, promovendo inovação, modernidade e abertura para um público mais amplo. O projeto, que é uma biblioteca e um museu, continuará a abrigar um enorme campus para a história das artes e do patrimônio, e proporcionará aos visitantes um local para caminhadas, descobertas e intercâmbios. O local está previsto para ser aberto ao público no verão de 2022.
Como usar redes em apartamentos?
Uma das paixões nacionais e unânime ícone de brasilidade, as redes fazem parte do dia a dia do brasileiro e representam um importante mobiliário da casa. Morar em apartamentos ou casas pequenas, porém, muitas vezes pode tornar mais difícil a inclusão delas no ambiente doméstico. Neste artigo apresentamos exemplos de como incluir as redes nos projetos, inspirando seu uso em apartamentos.
Conheça os seis projetos finalistas do Architecture-in-Development Global Challenge 2021
O Architecture-in-Development (A--D) tem o orgulho de apresentar os seis projetos finalistas do Global Challenge 2021. Além disso, as seis equipes selecionadas serão incluídas em um programa de incentivo e desenvolvimento de seis meses, o qual tem como principal objetivo aproximá-las de potenciais parceiros e colaboradores além de possíveis oportunidades de investimento público e recursos que possam finalmente auxiliá-las a encontrarem os meios de realizarem seus projetos no futuro próximo.
O que acontece com o saco de lixo depois que o colocamos na calçada?
Já estamos acostumados com campanhas de educação ambiental, algumas gerações mais recentes tiveram aulas na escola sobre o tema, as informações são bem simples e já estão marteladas na cabeça de muita gente: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Apesar disso por algum motivo a maioria ainda não consegue seguir a simples recomendação de separar os diferentes resíduos que descartamos diariamente: os orgânicos (passíveis de serem reaproveitados como adubo), os sólidos (passíveis de reciclagem) e finalmente os rejeitos (o que não é reaproveitável) que vão necessariamente direto para os aterros sanitários.
Como as cidades estão assumindo um papel central no combate à crise climática
Desde que o acordo de Paris foi firmado em 2015, minimizar os efeitos e consequências das mudanças climáticas em curso no planeta tem sido, pelo menos declarativamente, um objetivo comum em todo o mundo; no entanto, as ações que estão sendo tomadas variam amplamente de país para país. Pensando nisso, as principais grandes cidades do planeta decidiram se posicionar e partir para a ação ao invés de apenas esperar ordens de cima. Fato é que muitas das iniciativas levadas a cabo pelas administrações municipais e regionais acabam sendo neutralizadas pelo consequente aumento das emissões de carbono em outras regiões do país e do mundo. Além disso, é importante ressaltar que a vulnerabilidade e a capacidade de adaptação frente às consequências do agravamento da crise climática varia muito de lugar para lugar. Procurando esclarecer e discutir o conceito de desigualdade ambiental, este artigo chama a atenção para o fato de que a crise climática só pode ser combatida de maneira eficaz através de um esforço global conjunto, coordenado e transdisciplinar.
Casas de tijolos na Espanha: o uso da alvenaria em projetos de interiores e exteriores
A facilidade de acesso, a alta disponibilidade no mercado, a resistência e durabilidade assim como o valor relativamente baixo fazem do tijolo um dos materiais mais utilizados na industria da construção civil, servindo muitas vezes, como símbolo de identidade da arquitetura de uma determinada região. No caso da Espanha, país profundamente influenciado pela cultura e arte mudéjar, o tijolo, que tem sido amplamente utilizado na arquitetura espanhola desde tempos imemoriais, ocupa ainda hoje uma posição privilegiada no cenário da arquitetura contemporânea. Recorrentemente utilizados para a construção de planos, arcos e abobadas, tijolos também aparecem na forma de estruturas vazadas como cobogós e muxarabis, permitindo a iluminação e ventilação natural de espaços interiores, especialmente em se tratando de um território cálido como o sul da Europa.
Pensando nisso, apresentamos à seguir uma série de projetos de arquitetura contemporânea que fazem uso deste material, acompanhados de um breve memorial descritivo fornecido pelos arquitetos responsáveis.