Durante a primeira semana de setembro, a Design Week de Milão abriu suas portas para mais de 60 mil arquitetos, designers, artistas e artesãos de todo o mundo para explorar inovações e trocar ideias sobre design de interiores, móveis e iluminação. Paralelamente ao evento realizado na Rho Fiera, intervenções de arquitetos de renome mundial foram instaladas em toda a cidade como parte do Fuorisalone.
O programa Fuorisalone contou com o patrocínio da Câmara Municipal de Milão e teve início no mês de abril com uma edição digital sob o tema "Formas de Viver", abordando as questões que inspiram e influenciam o futuro do mobiliário e do design. Continue lendo a seguir para conhecer as 5 principais instalações externas.
O mundo abriga milhares de parques nacionais, os quais podem ser definidos como espaços alocados para a conservação, hospedando terras geralmente deixadas em seu estado natural para as pessoas visitarem. O próprio termo “parque nacional” difere em todo o mundo. No Reino Unido, por exemplo, a frase simplesmente descreve uma área relativamente pouco desenvolvida que atrai turistas. Nos Estados Unidos, essa terminologia é muito mais rígida, descrevendo 63 áreas protegidas operadas pelo serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos.
Peter Zumthor, em uma de suas obras mais emblemáticas, dá ao concreto uma dimensão quase sacra. Trata-se da pequena Capela de Bruder Klaus, em um vilarejo na Alemanha, uma construção ao mesmo tempo robusta e sensível. O cimento branco, misturado a pedras e areia da região, trazem um tom terroso à construção. As 24 camadas desse concreto foram despejadas, dia após dia pela mão de obra local, e comprimidas em uma forma pouco usual. Seu exterior plano e liso contrasta com a outra face, feita de troncos de madeira inclinados, que forma um vazio triangular. Para remover as formas internas, os troncos foram incendiados em um processo controlado, reduzindo os troncos a cinzas e criando um interior carbonizado, variando entre o preto e o cinza, com a textura dos negativos dos troncos que outrora continha o concreto líquido. O resultado é uma obra prima da arquitetura, um espaço de reflexão e transformação, em que o mesmo material aparece de maneiras diametralmente opostas.
A atual pandemia escancarou as muitas desigualdades enraizadas em nossa sociedade, especialmente no que se refere à distribuição extremamente desigual de recursos e infraestruturas públicas em territórios urbanos. Desde o início da corrente crise sanitária mundial, aqueles que podiam pagar, por exemplo, optaram por trocar a vida na cidade por suas confortáveis casas de final de semana em meio à natureza. No outro extremo, também testemunhamos como as pessoas mais pobres sofreram com a dificuldade de acesso à cidade, espaços públicos e áreas verdes—sendo forçados a continuar suas rotinas de trabalho e deslocamento apesar das muitas restrições e dos evidentes riscos de saúde pública. Para piorar, não podemos deixar de mencionar a questão do acesso (ou a falta de) à moradia digna e de que forma deveríamos abordá-la para responder aos muitos desafios do presente e do futuro.
Não é surpresa que a questão fundiária no Brasil seja uma temática complexa. Como define Ermínia Maricato, o “nó da terra” está no centro de diversos conflitos; seja em questão da ocupação produtiva das terras nas áreas rurais, ou no cerne das questões de direito à cidade, habitação e infraestrutura nos centros urbanos. Mas, o que pouco se discute no campo do urbanismo e das políticas públicas urbanas são as relações de causa e efeito do conflito de terras na gestão atual de áreas públicas, principalmente no que diz respeito à organização do patrimônio municipal, e, mais importante, os seus efeitos práticos no desenho da cidade e nas dinâmicas urbanas.
“Equidade” é um termo tão amplo quanto fugaz, e isso também se extende para o campo da arquitetura. Embora muitos arquitetos e arquitetas reafirmem constantemente seu desejo por uma maior equidade em nossa disciplina, motivações não são suficientes para alcançar resultados na prática. Além disso, há uma série de problemas históricos que contribuem e muito para que esses anseios ainda pareçam muito distantes de serem alcançados.
No século XIV, Geoffrey Chaucer escreveu “Familiaridade gera desprezo”. Por definição, “local” é “familiar”. Por que os humanos ficam tão entusiasmados em ir além do familiar, do local e buscar o que é novo, universal e redentor? A palavra “local” tem o peso do verdadeiro valor, como “densidade” ou “sustentável”. Mas a atração da conexão entre todos os humanos é poderosamente sedutora, e esse desejo de conectar quase sempre fica aquém de nossas esperanças.
Este artigo é uma colaboração doColectivo RE e foi publicado originalmente em 02 de agosto de 2020, na segunda edição de Huevo de Pato, uma publicação que tem por objetivo compartilhar reflexões e experiências como estratégia para a democratização do saber e do fazer.
As previsões para o futuro são alarmantes. Pelo menos é o que nos mostra o relatório do IPCC 2021, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (órgão da ONU) recentemente publicado. Segundo o documento, as mudanças climáticas causadas pelos seres humanos são irrefutáveis e irão se agravar nas próximas décadas se não houver esforços para modificar a situação, afirmando que o aquecimento de 1,5ºC a 2ºC será ultrapassado em um futuro muito próximo.
“Se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de dióxido de carbono do mundo, com cerca 2,8 bilhões de toneladas, superado apenas por China e Estados Unidos.” Essa afirmação chama muita atenção na reportagem de Lucy Rodgers para a BBC, sobre a pegada ecológica do concreto. Com mais de 4 bilhões de toneladas produzidas por ano, o cimento responde por cerca de 8 por cento das emissões globais de CO2 e é elemento fundamental para a produção de concreto, o produto mais fabricado no mundo. Para se ter uma noção, produz-se cerca de meia tonelada de cimento por pessoa do mundo todo ano, o suficiente para construir 11.000 edifícios Empire State. Com esses números impressionantes, há alguma forma de reduzir este impacto?
Uma das obras mais conhecidas de Oscar Niemeyer, o icônico edifício Copan, no centro de São Paulo, poderá finalmente ter suas obras de restauro iniciadas. Após dez anos de negociações, o projeto apresentado por uma empresa contratada pelo condomínio foi parcialmente aprovado pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Projetado por Niemeyer em parceria com Carlos Lemos, o edifício completa 70 anos de início da construção no ano que vem. Há quase duas décadas, porém, vem sofrendo com problemas de manutenção da fachada, como infiltrações, queda de pastilhas, descaracterização, desprendimento de concreto e exposição da armadura, segundo constatado em laudos técnicos e denunciado aos órgãos de patrimônio.
Enquanto alguns países estão apenas começando a aproveitar seu potencial eólico, outros já estão substituindo turbinas antigas por modelos mais novos e eficientes. Com isso, surgiu a questão: o que fazer com as pás das turbinas, um imenso material de difícil reciclagem?
A tecnologia de energia eólica cresceu rapidamente nos últimos 15 anos. Dada a vida útil de 20 anos – das atuais pás de turbinas eólicas – elas precisarão ser descartadas em um futuro próximo. Pensando nisso, empresas do setor criaram o programa Re-Wind, que apoia pesquisadores de várias partes do mundo a buscarem alternativas para reuso dos materiais das turbinas. O projeto explora o potencial de reutilização das lâminas das pás em estruturas arquitetônicas e de engenharia.
https://www.archdaily.com.br/br/969561/pas-de-turbinas-eolicas-viram-bicicletarios-na-dinamarcaMayra Rosa
O 11th Street Bridge Park da OMA e Jason Long alcançou novos marcos importantes em seu projeto e na campanha de capital após uma série de refinamentos. A equipe aprimorou ainda mais as áreas do programa em todo o parque da ponte e mudou a localização do anfiteatro e do principal espaço de reunião, estendendo sua capacidade para 250 pessoas. Os acabamentos e os projetos paisagísticos também foram refinados, enquanto as vias de pedestres, terraços, centros e praças públicas permaneceram inalterados.
Depois de quase um século do surgimento do Art Déco, parece que este icônico estilo do início do século XX está voltando à moda. Como podemos observar em muitos dos novos projetos de interiores e mobiliário que estampam as páginas das principais revistas de arquitetura ao redor do mundo, é impossível não associar o glamour, o brilho e a elegância dos anos 1920 com este revivalismo tardio do Déco em pleno século XXI. Com isso em mente, seria importante refletirmos sobre a influência da estética Art Déco na arquitetura contemporânea e de que maneira esta retomada poderia transformar a maneira como nos relacionamos com um estilo que parecia esquecido no passado.
A partir do mote "Inteligência para a Vida", o Pavilhão da Espanha na próxima Expo Dubai 2020 procura sintetizar "nosso engenho, nossa criatividade e nossa capacidade inovadora como ferramentas essenciais para preservar a vida e a biodiversidade e construir um futuro sustentável". O projeto foi encomendado ao escritório escritório Amann-Cánovas-Maruri, e está situado na área temática "Sustentabilidade", próximo ao que sem dúvida será um dos principais pontos de encontro: a Praça Al Wasl e o Pavilhão dos Emirados Árabes Unidos projetado por Santiago Calatrava.
O escritório Zaha Hadid Architects acaba de ser eleito o vencedor do concurso internacional para o projeto da nova Estação Central de Trens da cidade de Vilnius, na Lituânia. Chamado pela equipe de ‘Green Connect’, o projeto procura estabelecer um novo centro integrado de transportes assim como promover a reurbanização e a qualidade de vida no centro da cidade—além de estar alinhado com o plano de desenvolvimento sustentável de Vilnius para os próximos anos.
Diferente do conceito de igualdade, a equidade nos ensina que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos auxílios. Por isso, através de um conceito de equidade urbana é possível manter singularidades de cada região de um munícipio, preservando sua diversidade e riqueza, mas sem esquecer as necessidades de infraestrutura que implicam diretamente desde a qualidade do espaço público até os serviços básicos que uma residência privada recebe - conceber a cidade de forma justa independente da região que recebe o investimento.
Projetado por AGi Architects, Mission Possible, o Opportunity Pavilion da Expo 2020 Dubai oferece engajamento social e intercultural por meio de uma plataforma universal e urbana. Oportunidade é um dos três temas principais da exposição deste ano, juntamente com Sustentabilidade e Mobilidade, que exploram como podemos "desbloquear o potencial de indivíduos e comunidades, destacando que cada um de nós tem um papel a desempenhar na criação de mudanças positivas". A estrutura se assemelha a uma grande praça pública com uma identidade arquitetônica universal, já que o local transcendeu gerações, culturas e eras.
O OMA Nova York projetou uma nova ponte de pedestres de 145 metros sobre o rio Apatlaco que busca conectar o lado leste e o centro de Jojutla de Juárez, Morelos, como parte de um esforço de reconstrução do Infonavit após os danos estruturais e ambientais na área após os terremotos de 2017 no México: casas construídas nas margens do rio sofreram colapso, a linha principal de drenagem sofreu fraturas, espaços abertos foram ocupados com aterros sanitários e a dificuldade de atravessar o rio foi agravada pela destruição da ponte principal.
Saskia Sassen, professora da Robert S. Lynd, de Sociologia da Universidade de Columbia, prevê em seu livro de coautoria "Os Documentos de Quito e a Nova Agenda Urbana" que, no futuro, as cidades serão um campo de batalha crucial, à medida que continuamos a lutar contra a gentrificação e o crescente grau de isolamento em nossas comunidades. Sassen argumenta que “as cidades devem ser um espaço inclusivo, tanto para os ricos quanto para os pobres. No entanto, nossas cidades nunca alcançaram igualdade para todos, já que nunca foram projetadas dessa forma. Mesmo assim, elas não devem ser lugares que toleram desigualdades ou injustiças”.
Era 2006, Frank Gehry foi contratado para projetar o impressionante Museu Guggenheim de Abu Dhabi. Desde então, passaram-se 15 anos e ainda faltam outros cinco para que possamos ver este edifício finalmente inaugurado.
O Royal Institute of British Architects (RIBA) anunciou que o arquiteto britânico Norman Foster presidirá o júri do Prêmio Stirling de 2021. O júri também incluirá Simon Allford, presidente do RIBA, a arquiteta Annalie Riches, vencedora do Prêmio RIBA Stirling de 2019 e a artista Dame Phyllida Barlow, assessorada pela arquiteta e especialista em sustentabilidade Mina Hasman.
A escolha pelos elementos dos banheiros, cozinhas e lavanderias é sempre um desafio de projeto. Seja no revestimento, nos metais ou nas louças, é importante reunir o máximo de informações possível para projetar um espaço funcional e harmonioso. Dentre esses elementos, destacamos aqui as informações necessárias para se escolher o melhor tipo de cuba e suas aplicações.
O projeto de uso misto do OMA para o Morden Wharf, em Londres, recebeu autorização do Comitê de Planejamento do Royal Borough of Greenwich. Criado para a incorporadora U+I, o projeto está localizado em uma antiga zona industrial de 2,4 hectares na Península de Greenwich, de frente para a Arena O2.