Em regiões urbanizadas, devido ao alto custo dos terrenos e a disputa pelo acesso à infraestruturas urbanas, é comum vermos exemplos de edificações geminadas, sobretudo em áreas de uso residencial. Erguidas quase sempre seguindo um eixo de simetria, compõem duplas ou faixas de várias residências que, além de baratear o custo da obra e do projeto, apresentam um bom aproveitamento do uso do solo.
Aqui, selecionamos dez casas brasileiras geminadas que apresentam diferentes estratégias projetuais para lidar com as condicionantes urbanas.
Durante os primeiros dias de quarentena em diferentes cidades do mundo pudemos ver ruas, praças e parques desertos. Uma das coisas mais desejadas em tempos pré-pandêmicos era a vida pública dos espaços urbanos. Nesse sentido, reunimos uma série de fotografias que ajudam a compreender a importância da presença humana aos espaços públicos das cidades.
Projetar em uma época marcada por rápidas e constantes transformações significa estar atento ao surgimento de novas demandas e, mais do que isso, significa desenhar espaços que abarcam tal mutabilidade.
O mobiliário flexível, seja por sua capacidade de movimentação, por sua facilidade de transformação ou por assumir diferentes funções em uma mesma forma, é reflexo desse comportamento contemporâneo. São peças que possibilitam diferentes opções de organização espacial remodelando suas configurações conforme requisitos específicos e necessidades de mudanças servindo, também, para otimizar os espaços internos.
Em junho deste ano, o programa Cidades Globais, da Universidade de São Paulo (USP), realizou a pesquisa Emoções Momentâneas para mensurar como a pandemia alterava a relação dos sujeitos com os espaços públicos em São Paulo. Entre os dados recolhidos, um chamou a atenção do coletivo pesquisador: 86% dos entrevistados tinham vontade de ocupar espaços verdes como parques e praças.
“A pesquisa aponta para um desejo de reconciliação com o espaço público”, explana a arquiteta Deize Sanches, uma das responsáveis pela pesquisa. “Um desejo de ver o potencial dos espaços verdes na melhora da qualidade de vida de um modo que antes da pandemia não estava acontecendo.”
A 5ª edição do Prêmio {CURA} dá continuidade à proposta de realização de concursos de ideias com temas que se alinham às discussões atuais da arquitetura, cidade e sociedade, compreendendo sempre que arquitetura é uma profissão baseada na ação. Desta vez, os participantes foram estimulados a projetar a reforma de um apartamento no emblemático Edifício Copan, projetado por Oscar Niemeyer no centro de São Paulo.
Incorporar a figura humana na fotografia de arquitetura é uma das formas mais eficazes de ajudar o espectador a decifrar a escala de uma obra. Com ela, não apenas é possível transmitir noções das medidas dos elementos fotografados, mas também criar interessantes relações que podem favorecer a composição de uma imagem. Com isso em mente, compilamos a seguir uma seleção de nossas fotografias favoritas que têm na escala humana seu principal elemento compositivo.
A série de artigos de Nikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy y Ernesto Philibert-Petit, sobre o estudo da habitação social na América Latina, nesta ocasião, os autores apresentam conselhos práticos para a realização de projetos que abordem novas soluções para o futuro da habitação social.
https://www.archdaily.com.br/br/919958/conselhos-praticos-para-o-futuro-da-habitacao-social-na-america-latinaNikos A. Salingaros, David Brain, Andrés M. Duany, Michael W. Mehaffy & Ernesto Philibert-Petit
O primeiro edifício residencial totalmente impresso em 3D está sendo construído na Alemanha pela empresa PERI GmbH segundo projeto desenvolvido pelos arquitetos e engenheiros da por MENSE-KORTE. Atualmente em estado avançado de construção na cidade de Beckum, no estado da Renânia Norte-Vestfália, a estrutura de dois pavimentos e aproximadamente 160 m2 de área total está sendo erguida através de um inovador sistema de construção 3D. Este será o primeiro edifício no país a empregar esta técnica de construção para fins comerciais, depois de ter passado ao longo dos últimos meses por todos os processos de aprovação e regulamentação pelas autoridades locais.
Jean Nouvel acaba de revelar seu projeto para Sharaan, um resort escondido dentro das colinas rochosas de AlUla, um oásis cultural no noroeste do país. Com uma abordagem moderna sobre modos de vida milenares, o projeto coloca em prática composições monumentais esculpidas nas rochas, respeitando e preservando a paisagem. Inspirado na vizinha Hegra, o primeiro Patrimônio Mundial da UNESCO na Arábia Saudita, o conceito tem um viés de curadoria, que reúne paisagem e história.
Publicado em 1960, seu texto foi considerado um dos marcos da escrita feminina e negra no Brasil e já foi traduzido para mais de treze idiomas. Os registros de Carolina trazem uma perspectiva única das condições de vida extremamente precárias de uma moradora de favela no final da década de 1950 no Brasil, uma narrativa até então ignorada ou simplesmente desconhecida do público em geral, quiçá dos gestores públicos.
MVRDV revelou as primeiras imagens do "Sky Valley" de Chengdu, projeto para o concurso da Cidade de Ciência e Tecnologia no sudoeste da China. A proposta vencedora apresenta “uma cidade habitável na paisagem da comunidade rural Linpan”, fundindo tecnologia e natureza, urbano e rural, modernidade e tradição. Localizado em uma das cidades emergentes da China, o projeto equilibra as necessidades da região por meio de um fluxo de trabalho computacional desenvolvido pelo grupo de tecnologia MVRDV NEXT.
Os pavimentos em madeira caracterizam-se pelo calor de sua aparência, pela sua textura rica ao tato e pelas tonalidades naturais que variam de acordo com a origem das suas peças, mudando com o clima e com o passar do tempo. No exterior, as superfícies de madeira são amplamente utilizadas para criar terraços e áreas de estar, aproveitando as suas qualidades para reunir confortavelmente as pessoas em pisos mais macios e acolhedores. Sendo construídos com peças modulares, os decks de madeira podem facilmente gerar topografias artificiais, moldando espaços públicos criativos e eficazes para descanso, esportes, brincadeiras e encontros coletivos.
Hufton + Crow revelou sua última série de fotos, capturando os projetos criativos e recentes da Dinamarca concluídos entre 2018 e 2019. As fotos mostram a Usina de Energia CopenHill e o Centro de Recreação Urbana do BIG, junto com a Biblioteca e Casa de Cultura de Tingbjerg e a Estação Køge Nord, ambos desenhado por COBE.
Os limites entre o exterior e o interior das casas localizadas em climas frios são geralmente sólidos e definitivos, permitindo que os espaços residenciais possam ser encerrados quando as intempéries impedirem o conforto ambiental. Este não é o caso das casas localizadas em países como a Colômbia, por exemplo, onde as temperaturas em geral transitam acima da média adequada ao conforto térmico.
Reformas de pequeno porte estão entre as obras mais comuns no Brasil, mas isso não significa que estes trabalhos sejam isentos de possíveis problemas relacionados à orçamento e especificação. Uma ferramenta útil para evitar transtornos é o Pro-Reforma, um aplicativo web gratuito que especifica, quantifica e orça automaticamente os produtos e serviços necessários para sua obra de reforma.
https://www.archdaily.com.br/br/950929/pro-reforma-um-aplicativo-gratuito-para-quantificar-e-orcar-projetos-de-reformaEquipe ArchDaily Brasil
Se você não leu “Descolonización del diseño, por una práctica incluyente” por Ashby Solano recomendo que vá primeiro ao artigo para entrar em uma discussão que está ganhando maior ressonância –embora não o suficiente– em diferentes núcleos do design. Mas o que é pensamento decolonial no design? Podemos acreditar na decolonização no México e na América Latina quando sua profissionalização caiu sob o dogma do pensamento eurocêntrico? Ou seja, eles nos ensinaram o que é design correto, o que é o bom design e o que deve ser profissionalizado.
O escritório japonês SANAA projetou o anexo da Galeria de Arte de New South Wales (AGNSW) em Sydney. Primeira obra do escritório na Austrália, o projeto visa transformar um dos principais museus de arte da região, conectando-o a um jardim público com vista para o porto. Com uma natureza diáfana e iluminada, o novo edifício foi concebido para contrastar com o antigo, uma construção neoclássica do século XIX.
Embora o concreto seja um dos sistemas construtivos mais utilizados no mundo todo, seja por sua durabilidade, maleabilidade e/ou resistência às intempéries, não devemos esquecer que a industria do concreto é uma das maiores emissoras de CO2 relacionas à industria da construção civil. Por este motivo, ao longo dos últimos anos, muitos arquitetos e arquitetas passar a experimentar novas possibilidades para tratar de otimizar seu rendimento, apropriando-se de todas as suas vantagens técnicas e buscando resolver alguns de suas desvantagens ambientais. Como resultado disso, alguns projetistas passaram a explorar a possibilidade de substituir as tradicionais fôrmas de madeira por materiais mais sustentáveis como o bambu, uma planta que cresce em abundância em quase todas as partes do mundo e que, com um baixo impacto ambiental, permite obter acabamentos aparentes com texturas de grande qualidade.
Viver em isolamento despertou em muitos arquitetos e arquitetas uma centelha de criatividade levando-os a explorar meios e métodos não convencionais para conceber seus projetos e instalações. Ao invés de fecharem seus escritórios e colocarem todos os projetos em andamento em standbyaté que a vida voltasse ao normal, profissionais das áreas criativas se mantiveram ativos, buscando inspiração em outras disciplinas como as artes performáticas e o teatro, vencendo o desafio imposto pelas regras de distanciamento social para (re)aproximarem-se de seus clientes e espectadores.
Ashley Bigham e Erik Herrmann, sócios e fundadores do Outpost Office, utilizaram-se deste tempo de distanciamento físico do trabalho prático para repensar a questão da “mobilidade”, desenvolvendo uma série de desenhos em escala 1:1 durante seu retiro no campus Ragdale, Illinois. Apropriando-se de tecnologias de ultima geração, a dupla utilizou robôs de marcação de campo controlados por GPS para criar uma instalação em escala urbana que procura responder algumas das principais questões relacionadas aos espaços públicos. Como resultado, Bigham e Herrmann receberam o primeiro prêmio no concurso Ragdale Ring 2020.
As visualizações arquitetônicas atingiram recentemente níveis impensáveis, sendo uma grande fonte de inspiração e parte fundamental do processo projetual na arquitetura. Sendo assim, nos orgulhamos de anunciar a primeira edição do Prêmio de Visualização de Arquitetura do ArchDaily, onde premiaremos as melhores do ano.
Para nós, as visualizações se tornaram uma ferramenta poderosa que amplia a forma como se pensa e projeta cidades, edifícios e estruturas. É por isso que - graças a IPEVO, Cove.tool e Concepts - lançamos a 1ª edição do Prêmio de Visualização de Arquitetura do ArchDaily: para encontrar os melhores talentos do mundo e descobrir quem está ditando as tendências através de seu trabalho e estética, ajudando-nos a visualizar o futuro da arquitetura e sua representação.
Ir além da escala humana não é novidade. Por séculos, construtores, engenheiros e arquitetos têm criado edifícios monumentais para marcar a espiritualidade ou o poder político. Palácios, edifícios governamentais ou templos sempre atraíram a admiração e reverência das pessoas, alimentando a ainda não totalmente compreensível obsessão por construções em grande escala.
Hoje em dia, algumas das maiores e mais impressionantes estruturas estão menos relacionadas a funções religiosas ou governamentais e parecem estar se voltando para programas mais culturais. Além disso, na maioria das vezes, as estruturas são abertamente releituras da natureza.
A cidade abandonada é um típico cenário de suspense, um lugar de terror e degeneração, a estimulante mistura entre perigo e liberdade. Uma ambiência que incita, ambiguamente, repúdio e curiosidade. Um espaço sombrio, oculto e marginal que parece lamentar, no silêncio assustador, o vazio deixado por aqueles que ali viveram. Nos seus fragmentos espalhados pelo chão, o medo, a descoberta e a inevitável nostalgia de um passado que não é necessariamente seu recriam histórias de abandono. Espaços que tiveram nome, data, função, e agora decompõem-se lentamente na solidão do presente.
Nos primeiros anos da história moderna, os monges taoístas cultivavam Bonsais buscando trazer a beleza das árvores do exterior para o interior, considerando-as um elo entre o humano e o divino. No século XVIII, na periferia de algumas cidades europeias, surgiram diversos passeios ou avenidas arborizadas, gerando espaços de descanso e socialização até então inexistentes nas cidades da época.
Nas cidades modernas, as árvores são utilizadas como elementos essenciais nos processos de urbanização e as espécies vegetais são um contraponto insubstituível às construções e à harmonização dos espaços. A boa escolha das espécies de árvores e sua correta manutenção geram inúmeros benefícios, como isolamento acústico e visual, regulação da temperatura, geração de corredores biológicos e controle da velocidade do vento. O principal erro na escolha de uma espécie é não considerar que se trata de um ser vivo, que tem necessidades específicas e que possui externalidades.
Kengo Kuma & Associates e Mad Arkitekter venceram o concurso para a nova Biblioteca Ibsen em Skien, Noruega. Trabalhando em parceria com a BuroHappold Engineering, a equipe desenvolveu o projeto como uma homenagem ao renomado dramaturgo Henrik Ibsen. Um novo centro cultural na cidade, o objetivo da biblioteca é tornar o drama e a literatura de Ibsen acessíveis a todos.