Toda criança já teve que desenhar uma casa. Talvez um dia ensolarado com algumas nuvens, uma árvore frondosa, uma família com um cachorro, cercas baixas de madeira ou até um carro. Mas, é quase certeiro que estará ali representado um volume simples com um telhado inclinado de duas ou quatro águas. Este arquétipo da casa é algo que figura em praticamente todas as culturas, e até hoje muitos arquitetos utilizam-no para projetos contemporâneos.
Além da função primordial de escoar a água da chuva e a neve, protegendo a edificação das intempéries, os telhados podem ser um artifício formal importante para composição de um projeto. Com a arquitetura moderna, as lajes impermeabilizadas surgiram com força, mas coberturas inclinadas continuaram tendo espaço cativo para clientes e arquitetos. Neste artigo abordaremos os vários tipos de telhados e, mais especificamente, o processo de fabricação e características das telhas de ardósia natural.
Hoje, o Open House Worldwide (OHWW) realizará seu primeiro evento colaborativo: um festival de eventos, discussões, tours e outras atividades, com 48 horas ininterruptas de duração. Como parceiro de mídia, o ArchDaily transmitirá todo o evento.
À medida em que as preocupações em torno das consequências da ação humana em escala global aumentam, a busca por alternativas de menor impacto no meio ambiente nas mais diversas escalas também tem se tornado mais comum. Na construção civil, setor em que apenas os edifícios são responsáveis por 33% do consumo global de energia e 39% das emissões de gases de efeito estufa, práticas como a da bioconstrução têm apontado uma direção diferente na forma de lidar com as demandas humanas de forma indissociada da natureza.
Em termos gerais, a bioconstrução é conhecida como a concepção de ambientes sustentáveis a partir do emprego de materiais e técnicas construtivas de baixo impacto ambiental, levando em conta parâmetros como a adequação às condições locais e o tratamento de resíduos.
Localizado no porto de Agde, no sul da França, o eclético Castelo Laurens guarda uma história tão rica quanto sua arquitetura. Emmanuel Laurens, proprietário e arquiteto da villa, buscou inspiração em diferentes países do mundo para criar sua obra-prima. O fotógrafo Romain Veillon visitou o castelo antes de sua reforma e registrou o palimpsesto arquitetônico de seu interior.
Ao longo dos últimos anos assistimos a uma (re)descoberta de um dos principais e mais fascinante capítulos da história da arquitetura moderna. O concretismo puro e explícito de uma arquitetura comumente chamada de brutalista passou a despertar um interesse tão significativo quanto previsível na comunidade internacional de arquitetos e amantes da arquitetura. Acontece que, este fenômeno o qual costumamos chamar de “brutalismo soviético”, encontra-se indissociavelmente conectado ao contexto político totalitário e opressor que o viu nascer. Não é de se espantar que, na maioria dos países que estiveram sob influência e domínio soviético até o final da guerra fria, esta face da arquitetura seja muitas vezes tratada com um certo ceticismo, quando não com repudia e desprezo. Neste contexto, a paisagem urbana e arquitetônica de um país como a Polônia não poderia ser menos complexa e fascinante.
Vários autores como Michel Foucault, Maurice Merleau-Ponty e os pensadores contemporâneos Marina Garcés e Judith Butler trouxeram o tema do corpo para a mesa de discussões globais da filosofia. Isso tem permeado diversas disciplinas onde o corpo é o centro de seu estudo e até mesmo em algumas outras onde essa relação não parece tão evidente.
O International Photography Awards anunciou os vencedores do prêmio de fotografia de 2020. Apresentando trabalhos fotográficos notáveis de todo o mundo, o concurso deste ano reuniu mais de 13 mil inscrições de 120 países. Veja a seleção de vencedores e menções honrosas nas subcategorias de Arquitetura, que envolvem belas-artes, paisagens urbanas, pontes, edifícios, interiores, históricos, industriais e abstratos.
O que é o conforto no morar? Como a cidade serve de palco para a sua vida? De que forma as questões de gênero e raça influenciam a forma como você caminha à noite na rua? Porque a casa do vilão é sempre mais legal que a do mocinho? Estes são alguns dos temas do Betoneira, podcast apresentado pelos arquitetos André Scarpa, Marcelo Barbosa e Paula Otto.
O princípio do Betoneira é falar de tudo um pouco para falar muito sobre arquitetura, pessoas e cidades, misturando os mais variados temas, assuntos, convidados, opiniões, teorias e memes sob a ótica particular de cada um dos três.
https://www.archdaily.com.br/br/951286/betoneira-um-podcast-sobre-arquitetura-pessoas-e-cidadesEquipe ArchDaily Brasil
Barozzi Veiga, em colaboração com Tab Architects e Barbara Van Der Wee Architects, acaba de vencer o concurso para a renovação do Museu Judaico da Bélgica. Discreta, porém presente e integrada ao tecido urbano, segundo o júri, a proposta foi selecionada entre cinco projetos finalistas que concorriam ao prêmio.
Descolonizar. Provavelmente você já ouviu essa palavra, mas se não fizer ideia do que se trata, talvez possa imaginar que tem a ver com colonização. Nós brasileiros, conhecemos bastante o que é colonização: fomos colônia de Portugal por muito anos, falamos português, comemos bacalhau na Páscoa e somos em grande maioria católicos por conta disso.
Já entender a palavra descolonizar é compreender que a colonização não trouxe só heranças linguísticas, religiosas e culinárias, mas também envolveu muita exploração: culturas foram apagadas, líderes locais foram mortos, riquezas foram roubadas e memórias destruídas.
O surfe é um esporte e um estilo de vida. Como arte de he'e nalu, reflete a arquitetura como um jogo entre a experiência espacial e o ambiente. Hoje, a arquitetura comercial e cultural do surfe se tornou cada vez mais comum – projetos que se inspiram em casas icônicas e retiros à beira-mar para criar novas conexões entre o público, os surfistas e o oceano.
A Altamira Editorial disponibilizou gratuitamente o livro Arquitetas e arquiteturas na América Latina do século XX para download em seu website. De autoria de Ana Gabriela Godinho Lima, a publicação reúne um "levantamento da atuação das arquitetas latino-americanas do século XX, no campo da produção teórica e prática do edifício."
https://www.archdaily.com.br/br/951280/altamira-disponibiliza-gratuitamente-o-ebook-arquitetas-e-arquiteturas-na-america-latina-do-seculo-xxEquipe ArchDaily Brasil
Agora que estamos todos passando muito mais tempo dentro de casa devido à pandemia, tivemos a chance de realmente entender e apreciar o impacto significativo que as janelas podem ter em um espaço. Vistas, ângulos de sol e orientação das janelas são considerações importantes ao projetar um novo edifício - e por mais agradável que seja ter uma conexão com o exterior, as janelas também podem causar problemas como brilho excessivo e ganho de calor. É claro que ninguém quer um prédio com janelas apenas de um lado ou com as persianas fechadas constantemente para poder ver a tela do computador; uma solução arquitetônica versátil é sombrear as janelas usando uma tela metálica.
Desde o Brasil colônia, pessoas negras se organizavam em resistência ao regime escravocrata e colonial. Irmandades, quilombos, famílias de santo. Imprensa negra, associação de trabalhadoras domésticas, Frente Negra Brasileira, Teatro Experimental Negro. Blocos-afro, MNU, grupos literários, organizações de mulheres negras, frentes internacionais. Ativismo político trançado às artes e à espiritualidade que nos permitiram chegar até aqui.
Guilherme Wisnik conversa com Bianca Santana, jornalista, escritora, doutora em ciência da informação e mestra em comunicação pela Universidade de São Paulo. Santana é autora de "Quando me descobri negra", colunista de ECOA-UOL e da revista Gama, e integrante da UNEafro, umas das entidades que compõem a Coalizão Negra por Direitos.
https://www.archdaily.com.br/br/951211/movimento-negro-e-movimento-de-mulheres-negras-no-brasilEquipe ArchDaily Brasil
A energia solar é oficialmente a forma mais barata de gerar eletricidade atualmente. Quem garante é a Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês) em seu relatório anual World Energy Outlook 2020 recém-publicado. “Com drásticas reduções de custo na última década, a energia solar fotovoltaica é consistentemente mais barata do que novas usinas a carvão ou gás na maioria dos países, e os projetos solares agora oferecem alguns dos menores custos de eletricidade já vistos”, afirma o documento.
O escritório Foster + Partners divulgou imagens atualizadas do projeto The Tulip, uma torre de 305 metros de altura em Londres construída para o Grupo J. Safra. As últimas imagens digitais mostram mais detalhes da base da torre, bem como os interiores do projeto.
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) lançou, em outubro, um curso básico online e gratuito de BIM (Building Information Modelling). Dividido em dois módulos, o curso Democratizando BIM se destina a todos os profissionais dos setores de arquitetura, engenharia e construção (AEC). Para se inscrever, basta acessar o site e preencher o formulário.
https://www.archdaily.com.br/br/950925/abdi-lanca-curso-online-e-gratuito-de-bimEquipe ArchDaily Brasil
Se você estiver em um local afetado pela pandemia de COVID-19, passar 20 minutos vivenciando a natureza em um parque, rua ou mesmo em seu quintal, pode reduzir significativamente seus níveis de estresse. Apenas se certifique de seguir as diretrizes federais, estaduais e locais, além de manter o distanciamento social de 2 metros (6 pés). Mas, se você não puder sair de casa, fazer uma pausa abrindo uma janela e olhando para uma árvore ou planta, também auxiliam a aliviar o estresse.
https://www.archdaily.com.br/br/950729/em-meio-a-pandemia-de-covid-19-reserve-um-tempo-para-se-reconectar-com-a-naturezaJared Green
Segundo estimativas das Nações Unidas, atualmente mais de 55% da população mundial vive em cidades ou áreas urbanizadas, com uma forte probabilidade de este numero aumentar para quase 70% ao longo das próximas décadas. Apesar deste previsível e vertiginoso crescimento populacional urbano, muitas das grandes cidades do mundo têm feito pouco ou quase nada para qualificar suas infraestruturas já muito precárias e insuficientes. De fato, o que se desenha a nossa frente é o grande desafio da vez, talvez um dos maiores que a humanidade já enfrentou. Se a solução dos problemas de grande escala parece algo impraticável ou até impossível, talvez devêssemos buscar resolver os pequenos problemas, um de cada vez.
O Edifício Ícaro Jardins da Graciosa, projetado pelo Studio Arthur Casas, foi premiado no Rethinking The Future, uma celebração que reconhece projetos de arquitetura e design de todo o mundo em mais de 40 categorias. Localizado em Curitiba, o edifício conta com 21 unidades de apartamentos divididas entre três torres de estrutura de concreto aparente.
Concorrendo na categoria residencial acima de cinco pavimentos, o edifício de Casas apresenta uma fachada marcada por circulações que atuam como varandas, destacando a horizontalidade das torres. Com projeto paisagístico de Renata Tilli, as linhas horizontais são evidenciadas pelo verde das plantas cultivadas em vasos que percorrem o perímetro dos pavimentos.
https://www.archdaily.com.br/br/951004/edificio-icaro-jardins-da-graciosa-do-studio-arthur-casas-recebe-o-premio-rethinking-the-futureEquipe ArchDaily Brasil
Um estudo publicado recentemente pelo Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) revela quais são as melhores cidades do mundo para quem não quer usar o carro para encontrar serviços básicos como escolas e centros de saúde, além ter acesso a pé para outras facilidades.
Entre as cidades mais indicadas para pedestres estão Londres, Paris, Hong Kong e Bogotá. Mais de mil cidades foram avaliadas de acordo com o acesso que oferecem a quem precisa encontrar produtos e serviços sem depender de outros meios de transporte, a não ser os próprios pés. Segundo o relatório, as cidades americanas estão entre as menos adequadas aos pedestres, com a sua expansão urbana.
Em todo o mundo, desde 2014, todos os anos, no dia 31 de outubro, é comemorado o Dia Mundial das Cidades. Para marcar este evento, a UN-Habitat lançou o Relatório Mundial das Cidades 2020 sobre o valor da urbanização sustentável, com foco nos temas mais atuais e urgentes. Analisando o valor intrínseco das cidades na geração de prosperidade econômica, mitigação da degradação ambiental, redução da desigualdade social e construção de instituições mais fortes, o relatório destaca como, juntos, esses fatores podem gerar mudanças transformadoras.
Na análise de um projeto arquitetônico é comum que nos debrucemos sobre questões como quais foram as demandas e contexto histórico daquele projeto, como foi seu processo de elaboração e representação, de que forma foi construído. Tendemos a estudá-lo como um processo finalizado. Entretanto, no momento em que a obra é construída ela se abre à cidade e a terceiros, se torna vulnerável a falhas, imperfeições, requalificações e apropriações não previstas a priori. As consequências derivam então de conflitos, relações sociais e políticas que atuam na cidade formando uma paisagem fluida e mutável.