A indústria do entretenimento costuma oferecer à arquitetura alguns de seus programas mais inusitados. De parques temáticos que exploram tempos perdidos e mundos ainda não descobertos a Las Vegas, cidade já muito estudada por suas características urbanas particulares e numerosos edifícios de hotéis e cassinos que apresentam, lado a lado, uma infinidade de estilos arquitetônicos.
No Brasil não é diferente e o impulso em explorar a economia do entretenimento resultou, em meados do século XX, em um singular edifício em estilo normando-francês, construído na serra do Rio de Janeiro: o Palácio Quitandinha
Elementos vazados como cobogós e muxarabis são comumente utilizados para proteger os espaços internos de um edifício da radiação solar direta sem bloquear a ventilação, uma característica favorável sobretudo a locais de clima predominantemente tropical, como o Brasil. Menos comum é o uso destes elementos em interiores, mas nestes casos os elementos vazados permitem flexibilizar a divisão entre os ambientes internos, sem segregá-los completamente.
Como bem disse o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han: toda época está marcada por suas mazelas emblemáticas. Estes malesrepresentam alguns dos desafios mais importantes da história da humanidade, adversidades que trazem consigo uma série de mudanças não apenas no que se refere à saúde pública, mas principalmente em termos econômicos e políticos, revelando a complexidade oculta por trás daquilo que costumamos chamar de “normalidade”.
Cidades têm implementado ciclovias temporárias para viabilizar deslocamentos seguros durante a pandemia de COVID-19 e evitar que usuários do transporte coletivo migrem para carros e motos. Aos poucos, a prática ganha corpo na América Latina, inclusive no Brasil. É uma oportunidade de ouro para fortalecer a mobilidade urbana por bicicleta – mas para isso, é preciso que as intervenções emergenciais incorporem boas práticas de segurança viária.
https://www.archdaily.com.br/br/946450/ciclovias-temporarias-a-resposta-de-cinco-cidades-do-brasil-e-america-latina-a-covid-19Andressa Ribeiro e Fernando Corrêa
O Relatório Brundtland, de 1987 -“Nosso Futuro comum”- trouxe a noção de que o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas". Desde então, o termo sustentabilidade tem sido cada vez mais popularizado e, muitas vezes, banalizado nos nossos cotidianos. Na indústria da construção civil isso não é diferente. Por mais que saibamos que para construir, precisamos destruir, de que forma é possível mitigar os impactos na construção, durante a vida útil e na demolição das edificações? Um edifício sustentável, na sua concepção, construção ou operação, deve reduzir ou eliminar os impactos negativos e podendo até criar impactos positivos no clima e meio ambiente, preservando recursos e melhorando a qualidade de vida dos ocupantes. Dizer que um edifício é sustentável é algo fácil e até sedutor. Mas o que torna, exatamente, uma construção sustentável?
Responder isso pode não ser tão simples. É por isso que nos últimos 30 anos foram criadas diversas certificações de sustentabilidade de edificações, que através de avaliações terceirizadas e imparciais de diversas esferas, são verificados os aspectos sustentáveis de uma construção. Cada uma delas concentra-se em aspectos particulares e, muitas vezes, são mais focadas em determinadas regiões do mundo. Enquanto há certificações que atestam se a edificação atende ou não a critérios de eficiência ou impactos, outras criam distintas classificações, segundo a pontuação recebida pela edificação para os diferentes aspectos. Abaixo, listamos algumas das principais certificações de sustentabilidade existentes no mundo, alfabeticamente, suas principais aplicações e uma breve explicação:
A arquitetura moderna portuguesa tem reconhecida tradição em buscar soluções que exploram as virtudes da paisagem, seja integrando, seja tensionando os elementos naturais para criar paisagens outras que resultam da sobreposição da cultura com a natureza. Exemplos facilmente lembrados são a Casa de Chá Boa Nova e as Piscinas de Marés de Leça da Palmeira, ambas projetadas por Álvaro Siza, ambas respondendo, cada uma à sua maneira, à paisagem marítima e rochosa onde se situam.
Mas não é apenas a arquitetura moderna que se preocupa com a paisagem. Em Portugal, a produção contemporânea têm mostrado exemplos instigantes de como é possível lidar com o entorno natural, explorando suas potencialidades sem comprometer sua integridade. Como exemplo, reunimos a seguir 12 projetos contemporânos que exploram, a partir de diferentes recursos, a relação entre o natural e o construído.
Gatos simplesmente não se importam. Eles não se importam se você comprou comida gourmet, se seu mobiliário é feito sob medida ou se você tem caixas de papelão espalhadas pela casa, e eles definitivamente não se importam se estão invadindo sua sessão de fotos.
A seguir, reunimos uma série de fotografias de arquitetura em que os gatos, mais uma vez, não se importaram de roubar a cena.
Em Yucatan, arquitetos estão revivendo uma antiga técnica de estuque maia para edifícios contemporâneos, combinando arquitetura moderna com história e cultura regional. A técnica é chamada de “chukum”, um termo derivado do nome popular da árvore Havardia albicans nativa do México. Feito com a casca dessa árvore de chukum, o material tem várias qualidades definidoras que o separam do estuque tradicional, incluindo propriedades impermeáveis e uma cor natural terrosa. Embora o chukum inicialmente tenha caído em desuso após a conquista espanhola da civilização maia, foi redescoberto e reempregado por Salvador Reyes Rios do escritório de arquitetura Reyes Rios + Larrain Arquitectos no final dos anos 1990, iniciando um ressurgimento do uso na área.
https://www.archdaily.com.br/br/946352/a-beleza-rustica-do-chukum-na-arquitetura-mexicana-modernaLilly Cao
O escritório de arquitetura Gómez Platero projetou um memorial para homenagear as vítimas da COVID-19. Localizado no Uruguai, o primeiro monumento de grande escala dedicado às vítimas mundiais do coronavírus receberá o nome de "Memorial Mundial à Pandemia" – um espaço de luto e reflexão sobre os impactos humanos no planeta.
O CAU/RJ lançou a oitava edição do Programa de Patrocínio Cultural. Em função da pandemia da COVID-19, este ano, serão considerados apenas projetos que contemplem atividades realizadas remotamente. As inscrições também serão realizadas de forma virtual.
https://www.archdaily.com.br/br/946537/cau-rj-lanca-edital-de-patrocinio-para-projetos-online-no-valor-de-100-reais-milEquipe ArchDaily Brasil
SOM e Fender Katsalidis acabam de ser anunciados como os grandes vencedores do concurso internacional de arquitetura para o projeto do Central Place Sydney, um edifício de escritórios que promete transformar a região central da cidade australiana. Implantado em pleno coração do novo distrito de negócios de Sydney, o megaempreendimento visa alavancar o desenvolvimento urbano local, oferendo uma infra-estrutura moderna e inovadora além de vários benefícios para os espaços públicos da zona central de Sydney.
O OMA divulgou imagens da nova loja da famosa marca de joias Tiffany & Co., na Quinta Avenida de Nova Iorque. Com conclusão prevista para 2022, a intervenção “reimagina a experiência comercial, preservando a identidade histórica do edifício original”.
Um bom projeto de arquitetura deve ser acessível a todas as pessoas, independente de suas capacidades físicas e cognitivas. Para aumentar a conscientização sobre esses problemas e ajudá-lo no processo projetual, compilamos algumas operações básicas que devem ser concluídas para que as pessoas possam habitar espaços residenciais confortavelmente e sem obstáculos.
É importante lembrar que cada país tem suas próprias normas em relação ao desenho universal, portanto, as dimensões específicas apresentadas abaixo - baseados no Guia de Acessibilidade Universalda Ciudad Accesible– são conceituais e podem variar em cada projeto. Antes de projetar uma casa acessível, reveja as normas locais e aprofunde as necessidades e exigências de seus usuários, garantindo assim uma boa qualidade de vida para eles a longo prazo.
Há anos, os arquitetos têm enfatizado a iluminação natural, a ventilação e a conectividade com a natureza como formas de melhorar a saúde e o bem-estar dos funcionários. Agora que o coronavírus tem muito mais probabilidade de ser transmitido no interior dos espaços - o risco é quase 20 vezes maior, de acordo com um estudo - um esforço poderia ser feito para mover ambientes de trabalho para o exterior das edificações. “Os benefícios da luz e do ar fresco são bastante evidentes, e a pandemia apenas reforça isso”, diz Christopher McCartin, diretor administrativo de projeto e construção da incorporadora imobiliária Tishman Speyer, que vem incluindo “espaços externos significativos” em seus empreendimentos de escritório em todo o país.
https://www.archdaily.com.br/br/946378/pos-covid-projetos-de-escritorios-incluem-espacos-de-trabalho-ao-ar-livreLydia Lee
Dia a dia é uma minissérie de três médias-metragens desenvolvida pela Comissão de Política Urbana (CPU) do CAU/RJ. Cada episódio é dedicado a um dos três eixos propostos dentro da temática do direito à cidade – saneamento, mobilidade e habitação – através da visão e do cotidiano de três mulheres que vivem em regiões do Rio de Janeiro totalmente distintas: Realengo, Barra da Tijuca e morro Santo Amaro (Catete). O primeiro episódio, que estreou no dia 21 de agosto e aborda o tema da habitação, está disponível online.
https://www.archdaily.com.br/br/946529/assista-ao-primeiro-episodio-da-miniserie-online-sobre-habitacao-saneamento-e-mobilidade-do-cau-rjEquipe ArchDaily Brasil
O escritório holandês MVRDV acaba divulgar o projeto para a If Factory, uma estrutura abandonada convertida em um novo edifício de 11.000 m2, com escritórios do Instituto de Pesquisa Urbana da Vanke e espaços para aluguel. Localizado em Nantou. um dos bairros mais antigos de Shenzhen, o projeto é o maior empreendimento de remodelação já proposto na cidade.
O Atelier Marko Brajovic, em parceria com a agência ℓiⱴε e a Oca Brasil, acaba de divulgar o projeto do HOM, uma espécie de cápsula portátil que oferece um espaço de trabalho adequado dentro de casa. A proposta explora uma necessidade relativamente nova da casa pós-pandêmica, oferecendo "um espaço de trabalho seguro, controlado e equipado" que se integra de forma orgânica com o ambiente doméstico.
https://www.archdaily.com.br/br/946465/atelier-marko-brajovic-cria-capsula-de-home-office-que-pode-se-instalada-em-qualquer-casaEquipe ArchDaily Brasil
Esta semana, apresentamos uma seleção de algumas das melhores fotografias de casas de tijolo publicadas em nossos sites. Estes 11 projetos mexicanos revelam a inventividade dos arquitetos no uso deste que é um dos materiais construtivos mais utilizados na América Latina. Veja a seguir uma série de fotos feitas por nomes como Carlos Berdejo Mandujano, Onnis Luque e Patrick Lopez.
Terra, palha e madeira são alguns dos elementos construtivos usados por uma comunidade rural na República dos Camarões. Além do baixo custo, o grande trunfo do projeto é respeitar a paisagem local – levantando casas harmoniosas com o entorno.
Chamada de Aldeia Warka, a vila é baseada na arquitetura vernacular. Isso significa que são aplicadas técnicas tradicionais de construção e materiais disponíveis localmente, como pedras, bambu e fibras naturais.
O BIG, trabalhando em parceria com a empresa malaia de arquitetura Hijjas e a dinamarquesa Ramboll, acaba de ser anunciado como o grande vencedor do concurso internacional de arquitetura e desenvolvimento urbano da região de Penang, na Malásia. Intitulada de BiodiverCity, a proposta apresentada para o concurso se insere no contexto de um ambicioso plano de planejamento urbano para 2030, uma iniciativa que irá acrescentar 4,6 km de novas praias públicas, 240 hectares de parques e áreas verdes além de mais 25 km de litoral ao sul da península da Malásia. Com três ilhas artificiais construídas a partir do zero, o projeto concebido pelo BIG e seus parceiros procura estabelecer novas diretrizes de desenho urbano, mesclando uma variedade de programas e atividades, incorporando sistemas alternativos de mobilidade e promovendo a sustentabilidade urbana de modo geral.
O Valle de Bravo é uma região do Estado de México localizada poucos quilômetros à sudoeste da capital do país. Caracterizada pela presença de um grande lago artificial criado em 1947 com a construção da barragem Miguel Alemán, o Valle de Bravo é hoje responsável pelo abastecimento de água para boa parte da população da Cidade do México e Toluca. Por sua proximidade à capital, a represa é um importante destino de viagens de final de semana, o que acabou despertando o interesse de muitos arquitetos e arquitetas, responsáveis por projetos de arquitetura que encontram ressonância na paisagem oferecendo uma experiência única junto à natureza exuberante de um dos principais vales da planície central mexicana.
Dentro do conjunto de debates no campo da arquitetura, a relação entre o desenvolvimento projetual e a educação – especialmente infantil – tem ganhado destaque. A relação entre o campo da arquitetura junto à sociologia e filosofia, por exemplo, é notória. Muitas vezes, ao desenvolver um projeto, discussões entre estes campos são imbuídas projetualmente como instrumento potencializante das relações entre espaço e usuário. Quando pensamos especificamente na tipologia educacional dedicada a crianças, tomamos mecanismos que vão muito além de questões físicas de ergonomia, mas pensamos na arquitetura como ferramenta educacional.