No Dia da Terra, a Vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, destacou os muitos benefícios das soluções baseadas na natureza e reconheceu o importante papel dos arquitetos paisagistas neste trabalho. Na Universidade de Miami, ela também anunciou US$ 562 milhões em financiamento para projetos de resiliência costeira, apoiando 149 projetos em 30 Estados, por meio da Iniciativa de Prontidão Climática das Costas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA). As observações da Vice-Presidente Harris se baseiam no apoio da administração Biden-Harris ao planejamento e ao design com sistemas ecológicos de maneira equitativa.
Noticias de Arquitetura
Vice-presidente dos EUA Kamala Harris defende soluções baseadas na natureza
Paolo Portoghesi, primeiro diretor da Bienal de Arquitetura de Veneza, morre aos 92 anos
O arquiteto italiano e historiador de arquitetura Paolo Portoghesi, primeiro diretor da Bienal de Arquitetura de Veneza, faleceu aos 92 anos de idade em Calcata, na Itália, conforme informado pela própria organização hoje, terça-feira, 30 de maio.
O que é madeira engenheirada?
A madeira é o concreto do futuro. Provavelmente você já deve ter ouvido essa frase, visto que, as apostas nas construções em madeira estão cada vez mais altas. Entretanto, não estamos falando das técnicas construtivas tradicionais que utilizam madeira, mas sim, desse conhecido material aliado à tecnologia de ponta.
Qual o valor de uma esquina?
Existe uma compreensão subjetiva que nos orienta quando pensamos sobre valores de imóveis. E esse entendimento está basicamente conectado à fórmula como os mercados moldam as cidades. Enquanto uma distribuição espacial dos preços nos sugere valorizar mais as terras dispostas nos centros urbanos, o mesmo modelo econômico faz um contraste e propõe valores menores aos espaços mais afastados.
Historicamente, zonas centrais portuárias foram as responsáveis pelo desenvolvimento de muitas cidades em polos comerciais, que se expandiram também por princípios geográficos e econômicos. Em um modelo urbano padrão, é a partir do centro que as forças de mercado distribuem os preços das terras e suas densidades, que, certamente, consideram os custos de transporte, a renda e a população total.
Possibilidades espaciais para entroncamentos e cruzamentos rodoviários
Entroncamentos rodoviários evoluíram de infraestruturas para distribuir o tráfego a marcos que definem e rasgam a paisagem das cidades. Essas intersecções envolvem viadutos, rotatórias e pontes, podendo ter muitos níveis. Elas se torcem, viram e fazem voltas, criando áreas vazias entre as pistas e em seus baixios. Esses espaços podem ser vistos como liminares e de transição, sem um uso específico. Na sua imprecisão, contudo, podem ser transformados em lugares mais amigáveis à escala humana, voltando a fazer parte dos tecidos urbanos.
A história da maior ilha de plástico flutuante do mundo (e o que fazer com ela)
A urgência das pautas ambientais e do aumento da temperatura do planeta não são novidade. São muitos os fatores que contribuem para o desgaste ambiental corrente, mas existem dois que podem ser tomados como representantes de pontos críticos do sistema de funcionamento do mundo atual: o plástico e o descarte de resíduos — mais conhecidos como lixo.
Não se deve tomar esses dois exemplos como os maiores e nem os únicos fatores problemáticos da crise ambiental, eles serão usados aqui como exemplos para mobilizar questões que envolvem agentes múltiplos, materiais e métodos diversos e que se desdobram em consequências por ora devastadoras, e cada vez mais próximas de irreversíveis.
70 Anos da Unité d'Habitation, pelas lentes de Paul Clemence
A icônica Unité d'Habitation, a primeira da nova série de projetos de habitação de Le Corbusier que enfatizava a vida em comunidade para todos os habitantes, foi concluída em 1952. Para o seu 70º aniversário, o fotógrafo Paul Clemence compartilhou conosco uma série de fotos exclusivas do edifício tal como se encontra atualmente.
Conversando com o ChatGPT: a inteligência artificial pode projetar um edifício?
“Você pode me ajudar a projetar minha torre residencial? São 30 andares e está localizada no Brooklyn, em Nova York.” A resposta do ChatGPT pode ser surpreendente. Dado que o robô não tem experiência em arquitetura e certamente não é um arquiteto licenciado, ele foi rápido em listar considerações para o meu edifício. Códigos de zoneamento, funcionalidade da planta, códigos de construção, materialidade, design estrutural, espaços de comodidades e medidas sustentáveis foram apenas alguns dos tópicos sobre os quais o ChatGPT compartilhou informações.
Como a arquitetura e o design na Terra podem ajudar a planejar a vida em Marte
O fundador da SpaceX e fã de ficção científica, Elon Musk, está tentando tornar o sonho das viagens espaciais uma realidade científica. "A fim de salvaguardar a existência da humanidade", explica ele, "precisamos nos tornar uma civilização multiplanetária." Musk diz que está focado em garantir a construção de um segundo lar em outro lugar no espaço, e está de olho em Marte. E ele não está sozinho, claro. O recém-lançado Moon to Mars Architecture Concept Review da NASA é um “estudo das ferramentas e das operações necessárias para missões humanas à Lua e Marte”, que pode levar a descobertas científicas de longo prazo e, finalmente, à ocupação de outros lugares do espaço.
Mas há um longo caminho a ser percorrido antes de chegarmos lá – e não apenas os 60 milhões de quilômetros (distância média até Marte). O maior desafio para a habitação e eventual colonização de Marte é a própria humanidade e nossa indecisão. Muitos de nós questionamos por que deveríamos investir tanto de nossa energia – tanto esforço quanto recursos – em tal tarefa, quando há muitos assuntos mais urgentes para resolver aqui na Terra?
Como aprimorar a iluminação natural em apartamentos?
Plantas antigas e compartimentadas, aberturas pequenas, pavimentos inferiores que recebem pouca iluminação. Os desafios para aprimorar a iluminação natural em um apartamento podem ser os mais variados. No entanto, algumas estratégias podem ajudar a maximizar a entrada de luz nos interiores e trazer benefícios como: conforto, sensação de amplitude, bem-estar e economia de energia.
Arquitetura aquática: 5 casas que defendem a vida na água
Seguindo as descobertas de um estudo publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution em abril, tornou-se conhecimento público que a ilha artificial de lixo plástico conhecida como Great Pacific Garbage Patch (uma área de mais de 1,6 milhões de quilômetros quadrados entre a Califórnia e o Havaí) serve como lar de um ecossistema costeiro inteiro. A vida marinha está usando a enorme área aglomerada de resíduos plásticos humanos como habitat flutuante, e os cientistas ficaram chocados com o número de espécies que conseguiram estabelecer vida nesse ambiente hostil.
A notícia mais uma vez traz à tona não apenas questões urgentes de mudanças climáticas e poluição do oceano, mas também a questão da migração induzida pelo meio ambiente, mesmo em nível microbiano. A arquitetura está se movendo cada vez mais para reinos experimentais quando se trata de considerar locais para as comunidades do nosso futuro. O aumento do nível do mar colocou a água ao topo da lista desses locais. Mas essas deliberações não são tão recentes quanto se poderia pensar: cidades flutuantes existem há séculos e casas na água são comuns em áreas do Benin, Peru ou Iraque, entre outros.
4 Maneiras de reaproveitar água em casa o ano todo
Cada pessoa necessita de cerca de 110 litros de água para atender as necessidades diárias de consumo e higiene. No entanto, no Brasil, o consumo por pessoa pode chegar a mais de 200 litros/dia, de acordo com a Sabesp. Devido à pressão da água em edifícios e apartamentos, o consumo pode ser maior. Além disso, o país perde cerca de 40% de toda a água potável captada, segundo dados levantados pelo Instituto Trata Brasil em 2022. Mas, ao menos dentro de casa, é possível amenizar esse gasto de água limpa inserindo algumas mudanças simples.
As dificuldades do desenho ambiental e da arquitetura
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge e traduzido por uma inteligência artificial.
Não há poucos deslizes no léxico da arquitetura, e a palavra "arquitetônico" está entre os primeiros da lista. Problemas inevitavelmente surgem quando o adjetivo substitui o substantivo. Isso acontece mais do que se pensa, especialmente nos últimos tempos. Outra questão surge quando, devido em parte a uma pequena falha linguística, a arquitetura é entendida como algo distinto do edifício, abstendo-se da concretude do mundo físico.
A história por trás da Vila Badran no Cairo: arquitetura orgânica na década de 1970
Enquanto os arquitetos egípcios exercitavam seu entendimento do modernismo no tecido urbano na década de 1970, uma "rebelião" na forma da Vila Badran desafiava as formas padronizadas e a geometria rígida. Gamal Bakry mergulhou profundamente em sua imaginação para construir esta obra única que ainda faz parte da cidade do Cairo. Com fachadas curvas e fluídas, a Vila Badran se inspirou em formas naturais. Na tentativa de criar um espaço mais natural em sua essência, a intervenção consiste em uma composição monolítica que abriga uma casa de dois pavimentos projetada para uma família.
Construir junto: conhecendo a obra de Gui Mattos
Seja com a paisagem e a natureza do entorno de um terreno, ou com os desejos e necessidades de seus clientes, para o arquiteto paulista Gui Mattos, a elaboração de um projeto arquitetônico é sempre um processo de diálogos e trocas, construído em conjunto a uma série de outros elementos. Formado em 1986 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAU Santos), ele lidera, desde 1987, o escritório de arquitetura que leva seu nome e que hoje conta com mais de 40 colaboradores.
10 Projetos de arquitetura contemporânea que celebram a cultura portuguesa
Preservar, difundir e criar expressões culturais. Quando visitamos museus, galerias, bibliotecas e distintos centros culturais entendemos outras visões de mundo. É desta forma que ampliamos nossa subjetividade, empatia e ganhamos novos saberes. Em Portugal, um país de história milenar que cruza diversas camadas culturais, da comida às artes, há um constante investimento em equipamentos que ajudam a compartilhar e reforçar seu passado e presente. E, como não poderia ser diferente, a arquitetura é fundamental para tecer estas narrativas.
Olson Kundig e a engenhosidade das partes móveis em sua arquitetura
O escritório Olson Kundig, sediado em Seattle, é um exemplo de como o contexto e a cultura podem influenciar a abordagem projetual de uma empresa. Fundado em 1966 por Jim Olson e agora composto por centenas de colaboradores e treze diretores/proprietários, incluindo Tom Kundig, o escritório conta com um portfólio extenso e diversificado que abrange diferentes escalas e orçamentos. Em palestras e entrevistas, Kundig em particular, frequentemente aborda sobre como ter crescido em uma região de forte tradição mineradora e madeireira influenciou a estética industrial e racional de seus projetos, o uso de materiais duráveis e de baixa manutenção, bem como uma atenção especial à artesania na arquitetura. Em muitos dos projetos do escritório, no entanto, chama a atenção a engenhosidade e o destaque dado às partes móveis, embaçando os limites entre dentro e fora. Isso é geralmente alcançado através da incorporação de dispositivos manuais que permitem que os usuários ativem diretamente o edifício, conectando-os ao mesmo tempo ao contexto, mas também com a própria edificação e os mecanismos dinâmicos ali presentes.
David Adjaye divulga projeto do maior centro de arte e cultura da Índia durante a Bienal de Veneza de 2023
O Museu de Arte Kiran Nadar (KNMA) divulgou uma maquete de seu novo edifício durante abertura da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia. O anúncio fez parte dos Projetos Especiais da Curadoria apresentados no Arsenale - Artiglierie em Veneza. O edifício, localizado em Delhi e projetado pelo arquiteto ganês-britânico Sir David Adjaye em colaboração com a S. Ghosh & Associates, deverá se tornar o maior centro cultural da Índia quando for inaugurado em 2026.
Consequências emocionais da síndrome do ninho vazio: como arquitetos podem lidar com isso
Mudanças são difíceis. Especialmente quando são impostas a você. Mas mudanças também podem ser boas. Os primeiros meses depois que um filho sai de casa — mais alguns meses de apreensão antecipada — são os mais difíceis de suportar. Apesar do orgulho sentido por suas conquistas e das esperanças para um futuro brilhante, o sentimento agridoce é reforçado pelo vazio do espaço que eles deixam para trás.
Assim como muitos futuros pais entram em um período repentino de "aninhamento" antes da chegada da criança — limpando, organizando e adaptando a casa para o bebê — aqueles que estão no final do ciclo de criação dos filhos experimentam um sentimento oposto de tristeza quando os filhos deixam o lar. Sentimentos de vazio, solidão e falta de propósito, ao se deparar com o silêncio arrepiante de um quarto estranhamente arrumado, são acompanhados pela ansiedade sobre como lidarão com o mundo e pela perda da identidade como pais.
Casas tropicais: criando um diálogo entre a natureza e o ambiente construído
O clima tropical é famoso pela exuberância de sua flora. Não à toa, projetos arquitetônicos realizados na região mantém um constante diálogo entre a natureza e o ambiente construído. Afinal, não é novidade como a biofilia agrega diversos benefícios para o usuário. No entanto, altas temperaturas, chuvas frequentes e elevados níveis de umidade do clima apresentam desafios únicos para conciliar a conexão entre interior e exterior com a construção de casas que sejam confortáveis e eficientes ao longo do tempo. Na busca por soluções que atendam às necessidades e demandas, fizemos uma seleção com projetos residenciais que se apropriam do contexto para se tornarem únicos nesse ambiente.
Considerando uma cidade de 15 milhas por hora
Este artigo foi originalmente publicado em Common Edge.
Quando a MUNI, rede municipal de trens de São Francisco, gastou muito dinheiro em um "metrô central" para Chinatown, eu fiquei receoso. Num sábado recente, porém, eu revivi o passeio pelas galerias que eu fazia antes da pandemia, pegando o trem de Berkeley para a cidade, caminhando para uma galeria perto da estação Embarcadero, depois pegando um bonde passando pelo estádio de beisebol até a estação CalTrain, onde troquei para outro bonde para ir às galerias e estúdios de artistas da Minnesota Street's Dogpatch.
Histórias embaixo d'água: Pavilhão do Panamá na Bienal de Arquitetura de Veneza 2023
A 18ª Bienal de Arquitetura de Veneza inaugurará em 20 de maio de 2023. Com curadoria de Lesley Lokko, terá o tema O Laboratório do Futuro, apresentando o continente africano como uma força impulsionadora na configuração do mundo por vir. Dividida em 63 pavilhões nacionais, 89 participações individuais e nove eventos paralelos pela cidade, a Bienal reunirá profissionais de diferentes disciplinas e origens.
Recentemente, o Ministério da Cultura da República do Panamá e a curadora, arquiteta e designer Aimée Lam Tunon, apresentaram as plantas preliminares para o pavilhão panamenho intitulado Panamá: Histórias embaixo d'água. Trata-se de uma análise de três áreas diferentes dentro da antiga Zona do Canal do Panamá, que abordam questões de divisão e integração: as estruturas e sistemas arquitetônicos divisores; as identidades apagadas das comunidades submersas; e a ilha de Barro Colorado, examinada criticamente a partir dos conflitos entre as noções de proteção e controle.