Este artigo é o terceiro de uma série que se concentra na Arquitetura do Metaverso. O ArchDaily, em colaboração com John Marx, designer, fundador e diretor da Form4 Architecture, traz mensalmente artigos que buscam definir o Metaverso, transmitir o potencial desse novo domínio e entender suas limitações.
“Almocei na lua, nadei em um lago sombrio em Marte, joguei croquet com as nuvens e persegui o arco-íris debaixo do mar, tudo em uma tarde gloriosa.” Como e onde você interage com um metaverso próximo de você influenciará o quão real e significativa essas experiências podem parecer. Ao passo que, fundalmentalmente, o metaverso pode ser visto como uma série de intenções econômicas sobrepostas, há uma oportunidade única e importante para arquitetos e designers de espaços e lugares influenciarem o resultado desses esforços e criarem um futuro mais humanista e vibrante.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura (Minc), disponibiliza aos cidadãos um novo e moderno repositório digital dos Bens Culturais Registrados (BCR). O portal online é fruto de parceria com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e dá acesso à sociedade brasileira informações sobre cada um dos bens culturais imateriais registrados como Patrimônio Cultural do Brasil.
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Fazer arquitetura envolve mobilizar aspectos diversos em relação ao meio onde se insere o edifício: contexto sócio-cultural, político, econômico; estética, legislação, funcionalidade, e, dentro desta última, eficiência de uso, ocupação e conforto. As obras de Laurent Troost têm mostrado a articulação entre esses diversos fatores, com particular atenção ao último: o conforto, especialmente o térmico. Em geral, seus projetos priorizam a ventilação natural em detrimento do uso de climatização artificial, quase que obrigatória nas construções dentro do modelo de cidade atual.
O Conselho de Artes do Canadá escolheu o coletivo curatorial Architects Against Housing Alienation (AAHA) para representar o Canadá na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura, La Biennale di Venezia 2023, com a exposição Not for Sale! O pavilhão, aberto de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, tem como objetivo chamar a atenção e incentivar o diálogo sobre soluções potenciais para os desafios gerados pela crise habitacional no país.
Organizada e sediada pelo Centro Cultural Europeu (ECC), uma organização sem fins lucrativos comprometida em promover cultura por meio de intercâmbios internacionais, a sexta edição da exposição Time Space Existence "chamará a atenção para as expressões emergentes de sustentabilidade em suas diversas formas, que vão desde um foco no ambiente e paisagem urbana até as conversas em curso sobre inovação, reutilização, comunidade e inclusão".
Arquitetos, designers, artistas, acadêmicos e fotógrafos de 52 países se reunirão para explorar e contemplar os conceitos filosóficos de tempo, espaço e existência, por meio de diferentes meios e perspectivas diversas. Destacando um total de 217 projetos, a exposição ficará disponível de 20 de maio a 26 de novembro de 2023, no Palazzo Bembo, Palazzo Mora e nos Jardins da Marinaressa, em Veneza, durante a Bienal de Arquitetura de Veneza de 2023. Ao longo dos seis meses de abertura, a exposição será complementada por um programa de palestras, conferências e workshops.
A mudança de um país de quatro estações demarcadas para um com clima tropical em 1973 representou uma nova experiência de vida e, na prática da arquitetura, implicou uma adaptação à nova realidade. O contato com os costumes e hábitos da nova vida que se impunha, assim como a arquitetura tradicional que encontramos, indicou que nossa metodologia de projeto e construção deveria mudar para incorporar este novo mundo com seu clima e suas experiências.
O escritório MAD Architects com sede em Pequim, China, apresenta o projeto de seu primeiro projeto na América do Sul: a torre de uso misto "Qondesa" em Quito, Equador, que em breve se tornará o edifício mais alto da cidade.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2023 divulgou o júri da 18ª Exposição Internacional de Arquitetura. Presidido pelo arquiteto e curador italiano Ippolito Pestellini Laparelli, o júri conta também com a arquiteta e curadora palestina Nora Akawi, a diretora e curadora americana do The Studio Museum in Harlem, Thelma Golden, a fundadora e coeditora sul-africana da Cityscapes Magazine, Tau Tavengwa; e a arquiteta, pesquisadora e educadora polonesa radicada em Londres, Izabela Wieczorek.
O Júri Internacional concederá o "Leão de Ouro para a Melhor Participação Nacional", o "Leão de Ouro para o melhor participante da Exposição Internacional - O Laboratório do Futuro", bem como o "Leão de Prata para um jovem promissor na Exposição Internacional O Laboratório do Futuro". O Júri poderá ainda atribuir uma menção honrosa a uma Participação Nacional, e no máximo duas menções honrosas aos participantes da Mostra Internacional O Laboratório do Futuro. Os anúncios e a cerimônia de premiação acontecerão em Veneza no sábado, 20 de maio de 2023.
Moradias podem ser entendidas como a forma mais significativa e primária de arquitetura, já que a casa está intimamente relacionada à ideia de abrigo, uma das necessidades básicas da humanidade. Nas palavras do arquiteto Mario Botta, “Enquanto houver um homem que precisa de uma casa, a arquitetura ainda existirá.” No entanto, apesar de sua ubiquidade, ou talvez por causa dela, é difícil encontrar uma definição exata de uma casa. Ao longo da história, diferentes funções e espaços foram adicionados e subtraídos desta unidade, refletindo diretamente o caráter da sociedade que a produziu.
A lista de expectativas que uma casa deve cumprir é longa e está sempre em evolução: fornecer espaços íntimos e seguros onde se possa recarregar energia, mas, ao mesmo tempo, permitir interação, acolhendo amigos e familiares; é o local de lazer e relaxamento, mas também o local da maioria dos trabalhos de cuidado, além de fornecer um pequeno escritório para o início de empreendimentos. Essa tendência de exigir que uma unidade residencial cumpra múltiplos papéis foi aumentada a níveis sem precedentes durante a pandemia. Preocupações com a saúde levaram ao fechamento da maioria dos espaços de trabalho, o segundo lugar onde as pessoas passam a maior parte do tempo, e de cafés, restaurantes, cinemas e shopping centers, os “terceiros lugares”. De repente, a casa teve que se tornar um espaço multiuso.
Praias paradisíacas podem se tornar um lugar ruim para turistas quando são invadidas por sargaço, algas castanhas do gênero Sargassum C. Agardh com distribuição tropical e subtropical em todos os oceanos. Na Riviera Maya, no México, elas eram consideradas um grave problema, mas Omar de Jesús Vazquez Sánchez viu nestas algas a matéria prima para construir casas – ele transformou o sargaço em tijolos sustentáveis.
Na 18ª Exposição Internacional de Arquitetura - La Biennale di Venezia, o Qatar Creates apresentará o documentário Construindo uma Nação Criativa no ACP - Palazzo Franchetti, de 14 de maio a 26 de novembro de 2023. Esta será a primeira vez que as mais novas instituições culturais do Qatar receberão destaque fora do seu país de origem.
ELEMENTAL, Herzog & de Meuron, Office for Metropolitan Architecture (OMA), Philippe Starck e UNStudio são apenas algumas das empresas de arquitetura internacionalmente renomadas que estão trabalhando com Qatar Museums para estabelecer cinco novas instalações culturais no país. As novas construções serão supervisionadas pela organização Qatar Museums, responsável pela manutenção e expansão dos ativos culturais do Catar por meio da gestão da crescente rede de museus, locais históricos, festivais e instalações de arte pública do país.
O Chulah paquistanês de Yasmeen Lari — um fogão ao ar livre usado por mulheres no sul da Ásia — é uma intervenção poderosa que destaca o compromisso da arquiteta com o ativismo feminista e ambiental. O projeto aborda simultaneamente questões de desmatamento, poluição e riscos à saúde enfrentados por mulheres em áreas rurais. Seu design é sistêmico, localmente específico e consciente das necessidades dos mais vulneráveis na sociedade: mulheres e natureza. Seu vasto corpo de trabalho humanitário elaborado em Yasmeen Lari: Architecture for the Future, abre diálogo para ver a arquitetura através da lente ecofeminista.
Este é o ano de Paulo Mendes da Rocha na Casa da Arquitectura. No próximo dia 26 de maio, abrem ao público duas exposições dedicadas ao Pritzker brasileiro. Geografias Construídas: Paulo Mendes da Rocha tem curadoria de Jean-Louis Cohen e Vanessa Grossman e projeto expositivo de Eduardo Souto de Moura e Nuno Graça Moura, enquanto que Paulo: Para Além do Desenho conta com curadoria de Rui Furtado e Marta Moreira e projeto expositivo de Ricardo Bak Gordon.
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O Instituto Tomie Ohtake e a AkzoNobel divulgaram hoje os projetos vencedores do 9º Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake Akzonobel. Foram premiadas três das dez obras finalistas na categoria Profissional; já na categoria Universitária, um projeto foi eleito vencedor e outro foi reconhecido como menção honrosa. Todos os premiados, ao lado dos demais finalistas, podem ser vistos em exposição gratuita no Instituto até 2 de julho.
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A Architectural League of New York anunciou os vencedores do seu 42º ciclo do Prêmio Architectural League para Jovens Arquitetos e Designers. O tema desta edição foi "Desconfortável", e desafiou os jovens designers a contemplarem sua posição enquanto lidavam com muitas responsabilidades desconfortáveis, como enfrentar paradigmas tradicionais, desmantelar legados arquitetônicos, lidar com os custos do conforto ou responder a crescentes preocupações ecológicas.
Estabelecido em 1981, o concurso é aberto a jovens arquitetos e designers para reconhecer o trabalho visionário de jovens profissionais. O tema deste ano foi desenvolvido pelo Comitê dYoung Architects + Designers de 2023, que incluiu os recentes vencedores do Prêmio Jose Amozurrutia, Germane Barnes e Jennifer Bonner. O júri incluiu o comitê, além de Barbara Bestor, Wonne Ickx, Kyle Miller e Tya Winn.
A pele absorve a matéria, o mundo é contemplado, tocado, ouvido e medido por meio da nossa existência corporal. Juhani Pallasmaa, arquiteto finlandês conhecido por propagar a ideia da arquitetura dos sentidos, além da frase acima defende que, ao contrário da visão, o toque é o sentido da proximidade tornando-se assim um eixo principal ao recobrir todo o corpo. É fato que, quando se fala em toque, a primeira imagem que vem à mente geralmente é o contato com as mãos, entretanto, existem outras maneiras de se sentir a arquitetura que podem ser pensadas e desenvolvidas nos projetos, como o toque dos pés descalços sobre uma determinada superfície.
Floresta Cidade é um programa de extensão, pesquisa e ensino da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, iniciado em 2020 e coordenado pela professora Iazana Guizzo. Ao versar sobre a vida urbana carioca através das questões do antropoceno e do deslocamento da perspectiva antropocêntrica, objetiva-se a troca de saberes em torno do habitar na metrópole. A transdisciplinaridade com diversos campos do conhecimento e com sensibilidades conectadas à floresta, historicamente silenciadas, formam o caminho para deslocar o modo habitual de pensar.
O arquiteto Tadao Ando foi encarregado de projetar a exposição do Costume Institute deste ano, que destaca o trabalho de Karl Lagerfeld. A abertura da exposição, intitulada Karl Lagerfeld: A Line of Beauty, foi marcada pelo renomado Met Gala, um evento de arrecadação de fundos frequentado por celebridades e personalidades consideradas culturalmente relevantes no cenário da moda. Abordada como um ensaio temático e conceitual sobre o trabalho de Lagerfeld, e não como uma retrospectiva tradicional, a exposição tem como objetivo ilustrar o método de expressão criativa do designer e sua importância na indústria da moda.
Projetado pelo Renzo Piano Building Workshop, o novo edifício do Istanbul Modern, o primeiro museu de arte moderna e contemporânea da Turquia, foi aberto ao público em 4 de maio de 2023. A cerimônia oficial de abertura do museu será realizada em uma data posterior. O museu, com mais de 10.500 metros quadrados, está localizado na beira-mar de Karaköy, um distrito histórico no encontro do estreito de Bósforo e com o estuário de Golden Horn. O novo edifício oferece espaços para exposições temporárias, programas educacionais interdisciplinares, exibições de filmes e uma extensa coleção de arte.
Pensar o modo como habitamos é pensar a arquitetura. Se foi na necessidade primordial de um abrigo que surgiu a disciplina, hoje a habitação ainda segue como uma das maiores inquietações dos arquitetos. Trazer conforto, buscar por materiais inovadores, respeitar a memória, transformar a cultura. São diversas as camadas que atravessam o projeto de uma residência. Por isso, imaginar o que seria a síntese da casa contemporânea é um grande desafio. Em busca de novos olhares, fizemos uma colaboração com o Ulises Design Studio para entender como a Inteligência Artificial (IA) olha para a casa contemporânea no contexto de 15 diferentes países. Entre dados que esbarram fatos da realidade e da ficção, as imagens que surgem podem trazer não só inspirações, mas também importantes reflexões sobre a prática espacial.
Os concursos de arquitetura são utilizados há muito como forma de eleger os melhores projetos de maneira viável, isonômica e democrática, independentemente de sua finalidade. No Brasil, destaca-se o Instituto de Arquitetos do Brasil, que por mais de século representa os arquitetos do país e advoga veementemente a favor da popularização e formalização dos concursos como forma de contração prioritária de obras públicas, seja para projetos de arquitetura, urbanismo ou paisagismo, por exemplo. As competições garantem que o poder público contrate o melhor projeto, e não necessariamente aquele que oferece o projeto mais barato, como é comum em licitações por pregão.
https://www.archdaily.com.br/br/999454/aprendizagem-de-arquitetura-por-meio-da-competicao-uma-experiencia-academica-em-concursos-de-projetoEduardo Baptista Lopes
A biofilia nos espaços de escritório não é uma tendência passageira. Pelo contrário, representa uma grande mudança na forma como projetamos e construímos nossos espaços corporativos e ambientes de trabalho, abrangendo desde gigantes multinacionais da indústria até as menores startups. Mas esse universo de espaços de trabalho empáticos e focados no bem-estar ainda tem muito a ser explorado.
Jundiaí (SP) implementou seu primeiro projeto-piloto de rua completa, como parte da criação de uma Área da Infância. A intervenção redistribuiu o espaço da rua Lacerda Franco de forma mais democrática entre os diversos usuários da via, incorporando ciclofaixa, extensões de calçada e outras medidas moderadoras de tráfego. Assim, ampliou os espaços de convivência e aumentou a segurança das crianças de várias escolas que frequentam a região.
https://www.archdaily.com.br/br/999619/jundiai-inaugura-rua-completa-com-area-dedicada-a-primeira-infanciaLarissa Oliveira, Bruno Batista e Reynaldo Neto
Desde que existe arquitetura, existe a residência. A moradia é um dos programas primordiais da profissão, e pode ser explorado de muitas maneiras. Desde um programa subordinado a outros, por exemplo, um claustro religioso, até o esplendor da casa unifamiliar. Luis Fernández-Galiano se diz dividido entre o “desperdício” de área com baixa densidade dessa tipologia e seus encantos formais tão sedutores. De maneira esclarecida, lembra do contexto urbano vigente e atesta que habitações coletivas e de densidade alta – apartamentos – fazem mais sentido na cidade.